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02 | O Fôlego Perdido

todo mundo sabe como esse estilo de vida é perigoso

mas eu adoro isso, a sensação é incrível

comemorar todas as noites e todos ficam eufóricos

eu descobri como lidar com minha raiva

[..]

sim, noites solitárias, eu fico acordado

ore a Deus, para minha alma guardar

meu coração se tornou muito frio para ser quebrado

Me, Myself & I || G-Eazy, Bebe Rexha

— Cacete, Flinn, que porra você tem na cabeça agora?! — exclamou o capitão do time para o defenserman da equipe, irritado. — Até a minha irmã de cinco anos defenderia esse disco melhor que você!

      Estávamos perdendo por pontos consideráveis no treino, então não culpava Kai por estar puto com o desempenho bosta de Callen Flinn. Não sei onde infernos sua mente estava, mas não era naquela pista de gelo.

     — Não sei qual dor na bunda você tem, mas tem que parar com essa merda aqui — falei em sua direção, em um tom necessário apenas para nosso grupo ouvir. — Está deixando um lado em aberto, eles estão aproveitando isso. Guarde seu lado esquerdo, porra.

     Maneou a cabeça, concordando e se movimentando com seus patins sobre a pista. E, com muito sofrimento, mas resultado mais positivo, conseguimos levar a partida para um empate, o que foi fodidamente bom.

     Minnesota Duluth, nosso time de hóquei no gelo, estaria jogando em Eveleth no sábado, e um jogo que significaria muito para a temporada na qual não íamos muito bem. Essa seria a maldita chance de aplacar nossa colocação.

     — O que aconteceu hoje, Callen? — Rome questionou com provocação quando já estávamos no vestiário. — Tenho certeza que estava pensando no traseiro de alguma gostosa sentada em seu rosto, estou certo? Parece o único motivo cabível — continuou, enquanto enxugava os cabelos castanhos encaracolados com a toalha.

     — Não entraria nesse assunto se fosse você, Rome — negou Kai Scott, o mesmo que gritava com Flinn minutos atrás. — O cara dormiu com sua irmã, talvez não goste da resposta que vai receber.

     O coro de risadas preencheu o recinto. Segui em silêncio enquanto entrei debaixo de uma ducha, almejando que a água levasse a exaustão do treino frustrado e o cansaço da noite passada.

     Após a madrugada de corridas no asfalto do Trivia, havia conseguido dormir apenas uma hora depois que cheguei em casa, para logo depois vir para o treino. Mesmo após o fim da corrida, escolhi por estender a noite — o que, agora, não me parecia mais atrativo. Ao menos não havia ganhado uma ressaca — ainda.

     — Está silencioso hoje, Russo — disse Callen quando saí da cabine, fazendo uso do apelido referente à minha origem, com adição do sotaque, que havia pegado entre o time e se excedeu para além das pistas. — Humor nada condizente com a vitória da noite passada. Você ganhou uma boa grana, cara. — Então riu em zombaria, adotando uma sombra de malícia presunçosa no rosto. — E, vamos ser sinceros, sua noite não acabou ali. — Talvez se referisse às duas garotas as quais me viu saindo no final.

     — Deveria estar radiante? Foi só mais uma corrida qualquer. — Ignorei seu último comentário. O moreno tatuado e de cabelo preso em um coque balançou a cabeça, evidenciando que discordava totalmente da minha fala. Callen era um dos caras que eu mais considerava ali, nossa parceria era sólida o suficiente para que ele fosse considerado um grande amigo. — Como estão as coisas? — Você quer me contar alguma coisa?, era o que meu olhar dizia.

     Eu não fazia o tipo invasivo, não era conhecido por forçar as coisas que não me pertenciam — eu era paciente, e não exigia, conquistava.

     Seu semblante acabou tensionando, e Flinn suspirou.

     — A Jess — confessou, em um sopro —, ela me viu ontem com uma garota e, quando nos esbarramos na festa minutos depois, acabamos discutindo.

     Jess Odell era um longínquo caso que ele tinha há meses. Ele não comentava nada sobre com os outros, mas em nossas conversas às vezes demonstrava realmente gostar da garota, no entanto não admitia, e, aparentemente, ela tampouco. Há algumas semanas puseram um ponto final no que tinham — só não estavam sabendo ainda como lidar com isso. Eu realmente não entendia isso. Se eles se gostavam, por que ficar nesse fodido empasse? Mas parece que sentimentos não são tudo — não quando você não consegue abrir mão de algumas coisas, de alguns vícios.

     — Tenho certeza que você não perdeu a chance de falar merda. — Meu tom não era de acusação, só estava deduzindo o que provavelmente havia tomado seus pensamentos hoje.

     Callen ficou em silêncio por segundos e depois confirmou.

     — Eu acabei dizendo que o que tivemos não significou nada.

     Uma mentira que havia machucado a ambos. Masoquista do caralho, Flinn.

     — Topa ir beber alguma coisa hoje? — Olhou-me surpreso e riu fraco, balançando a cabeça em compreensão à mão estendida. Eu poderia estar sendo o amigo solidário hoje. — Vencemos ontem, acho que a comemoração ainda deve se estender.

     — Porra, sim. E é por minha conta.

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Soprei a fumaça do cigarro em demora. O cheiro de nicotina trazendo um alento aos meus sentidos dúbios pelo tesão e a bebida. A ruiva sobre meu colo continuava a me provocar ao beijar meu pescoço com sua boca atrevida, além de sussurrar obscenidades com sua voz baixa e safada.

     — Talvez devêssemos sair daqui. — questionou ao meu ouvindo, em um sussurro descarado. — O que acha?

     Por baixo da mesa, ciente e confiante de que ninguém veria, aventurei minha mão que estava em contato com sua coxa deliciosa. Ela suspirou discretamente, abafando um gemido, quando meus dedos tocaram sua rendada e úmida calcinha.

     — Eu sei que está molhada e me quer dentro de você agora, e, acredite, eu também quero isso como o inferno — falei para que apenas ela ouvisse, a fumaça ainda em contato com seu rosto delicado. — Mas vamos esperar apenas mais um tempo, querida. — Brinquei com seu clitóris sensível, torturando-a, adorando-a. — Mas tenha uma certeza: vou encerrar essa noite me enterrando fundo em sua boceta deliciosa.

     Alex riu com perversão ao morder os lábios rosados, um brilho travesso em seus olhos com a promessa. Pegou por entre meus dedos o cigarro e o levou aos lábios, descansando o braço em meu ombro.

     — E você, Apollo? — a voz de Kai ressoou sob a música abafada do bar. Voltei-me para ele, vislumbrando seu questionamento sob os olhos escuros e centrados. Ele, definitivamente, era a cabeça daquela matilha, não só por ser o capitão, mas por ser calculista e seguro de cada passo e ação. Kai era a porra de um predador, como eu. Notei isso no momento nos encaramos pela primeira vez anos atrás, quando cheguei naquela pista de gelo. — O que acha do que nos espera nesse final de semana?

     Todos estavam em um pub o qual frequentávamos com certa frequência, todo o time se encontrava entretido o suficiente com mulheres e bebidas — alguns queriam mais que isso, as merdas ilícitas, mas não iríamos arriscar tendo uma partida tão perto. Álcool e fodas teriam que ser suficientes, não havia brecha.

     — Os Wild's são bons no ataque e defesa, mas não são rápidos, eles não possuem muita segurança nas manobras sobre o gelo — apontei. — Nossa defesa é suficiente, além de termos o que falta neles.

     — Não falei, cara? Até o Russo concorda. — Rome tomou a palavra, levando um copo de bebida à boca. — Esse jogo já está ganho, vocês estão se preocupando à toa.

     Sua fala era equivocada, mas não errada, de todo modo.

     Da entrada do estabelecimento vislumbrei um cara loiro, alto e de semblante despreocupado adentrando, logo tomando caminho em nossa direção.

     — Olha só quem apareceu. — Ergui minha long neck quase vazia, saudando-o. — O futuro magnata de Minnesota. — Ele odiava que o remetessem ao seu futuro império, as indústrias milionárias de sua família.

     Trevor Prince, meu amigo e colega de time, maneou a cabeça em um comprimento a todos da mesa, juntando-se a nós.

     — Acabei me atrasando na casa dos meus pais. — Vagou os olhos para a mulher em meu colo. Eu não poderia julgá-lo, era uma visão tentadora demais. — Espero não ter perdido o melhor da noite.

     — Oh, não — Callen garantiu, sinalizando para um grupo de garotas que olhavam em nossa direção, não escondendo interesse. — Você chegou na melhor parte, Prince.

     Aquilo se arrastou para o ápice da noite. A fome do entorpecimento consumindo as mentes de toda aquela equipe que se via seu habitat, além das pistas, claro — de gelo e a do asfalto.

     O hóquei, sem dúvida, era o lugar onde eu podia perseguir minhas metas, correr atrás dos meus ganhos, e eu gostava disso para caralho.

     Mas era sobre o valente onde estava meu deleite. No controle que eu possuía ao reger um jogo, uma manipulação nas corridas. Porque não ficava atrás, não precisava correr atrás da vitória, eu a conquistava. E eu não estava amaciando meu ego, não curtia esse lance — isso era sobre fatos, sobre como me conheciam, sobre o legado que eu havia conquistado, na diversão ilegal.

     Em certo momento desisti dali e cedi à vontade de Alex, e a levei até meu carro, saboreando um pouco dela de forma profana antes de ligar o Lamborghini e fazer seu motor rugir nas avenidas desertas de Duluth sob a madrugada, com direção até meu apartamento. Não poupei velocidade só porque estava com uma garota no volante — e ela apreciou isso. E eu sabia perfeitamente porquê. A excitação da adrenalina, o fôlego perdido mediante o perigo tão próximo — se aventurar mediante um abismo.

     O perigo, sem dúvidas, era o meu amigo mais íntimo. 


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NOTAS

Defenserman: posição do jogador no hóquei gelo, cuja meta é impossibilitar a marcação adversária. 

Eveleth: cidade de Minnesota, no condado de St. Louis. 



alguém aqui? eu jurava que geral ia desistir da história, mas vou tentar me iludir e pensar que não ksjss. com uma longa demora — que dor — consegui terminar esse cap depois de ter escrito outros atrás dele. não sei por que, mas o apollo parecia gritar na minha mente pra vir conhecer vocês. o que acharam dele? kajkaskks vou tentar trazer o cast secundário ao longo dos capítulos, pra vocês conhecerem melhor cada um.

acho que é só isso. 

até mais, e não nos abandonem, o perigo vai clamar por vocês. 

de sua autora,

K. L. Lawrence

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