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01 | Sonhando com Romeu e Julieta

eu era a maldita garota errada

no maldito lugar errado

quebrei meu balão de vidro

soltei meu balão de vidro

Hermit The Frog || Marina

Eu odiava atrasos. No entanto, a hipocrisia e ironia gritavam quando, mesmo desgostando tal, eu o fazia.

    Minha primeira aula havia começado há 20 minutos e eu ainda não estava lá. O motivo? Era bem frívolo: ressaca.

    Ah, e não, eu não tive um porre na noite passada — não com álcool e com toda certeza não em uma rave. Cafeína foi o meu problema ao virar uma madrugada estudando para um maldito seminário de literatura.

    E mais uma dose de ironia: era o mesmo para o qual eu estava atrasada.

    Meus passos apressados pelo campus poderiam estar passando despercebidos pelos outros alunos ou estavam provavelmente estranhando minha performasse de Usain Bolt.

    E então... Puft. Eu atropelei alguém no processo.

    Mas que merda.

    — Desculpa! — apressei-me em falar para à garota desconhecida que acabei esbarrando e talvez, também, derrubado suas coisas. Eu odiava quando a gravidade não nos ajudava. — Você está bem?

    — Sim, mas da próxima vez tente desviar das pessoas por quem passa, Flash. — Ela tinha ficado irritada mesmo. E eu também teria se um projeto de gente de um metro e meio quase tivesse passado por cima de mim.

    Após entregar sua bolsa que estava no chão, fitei dois olhos acinzentados que, nada contentes, me observavam. E, nossa, era muito linda com seus cabelos cacheados e volumosos sob sua pele morena. Ela puxou a alça da bolsa sobre a alça do croped preto que abraçava seu busto, e que também era harmônico com o tamanho de seu short de estampa militar.

    — Mais uma vez... Desculpa. — Saí logo em seguida, ainda preocupada com minha aula que poderia não acontecer. — E tenha um bom dia!

    — Como eu odeio esse lugar — a desconhecida murmurou baixo ao sair e também seguir seu caminho.

    Ela não era a única, isso era certo.

   — Bom dia, senhora Carter. — A mulher de cabelos grisalhos se voltou para mim, nada contente, e fechou os olhos, como se buscasse paciência para com sua aluna irresponsável. — Eu juro que posso explicar o atraso... — cessei minha fala quando ela ergueu a mão ao suspirar.

    — Para nos poupar da perda de mais tempo com suas justificativas que não me interessam, se apresse antes que seja tarde demais, Prince. — Ouvir ela dizer aquilo, apesar de seu tom duro, me fez querer abraçá-la, e não o fiz por temer que mudasse de ideia.

    — Você é minha professora preferia! — Pude ver seu rolar de orbes quando passei por ela, seguindo sua instrução.

    Segurando o notebook em frente a meu busto, marchei até Scarlett, sentada em uma das cadeiras do auditório, e que se pudesse estaria fuzilando minha carne com seus olhos azuis vibrantes.

    — Mas que porra, Kim, o que diabos estava fazendo? — repreendeu-me, com a voz baixa e ressentida. — Eu pensei que iríamos ficar na mão por sua culpa. — Batucou em sua perna com as unhas perfeitas pintadas em escarlate.

    Como se você tivesse o direito de cobrar alguma coisa, já que não fez nada. A frase veio até minha língua, contudo a engoli.

    Scarlett era uma das minhas melhores amigas desde que ingressei na Universidade de Minnesota Duluth, assim como Olívia — a qual estava com a atenção voltada em seu celular. Seu perfil de modelo padrão de revista dava inveja a muitas. Mais de um metro de setenta de corpo magro e esbelto, cabelos escuros e sedosos na altura do ombro que a deixava parecendo uma cópia da Megan Fox, diferente de mim; uma loira sem graça e sem atributos. Seu estereótipo deixava muitos impressionados. Mas, aos meus olhos, de nada servia sua beldade que só mascarava seu interior um tanto azedo. Morissette não era uma pessoa má, mas por vezes fazia um santo perder a plenitude com sua essência meio... enervante, como agora. E esse definitivamente não era um dia em que eu estava com uma milésima fração da paciência de um santo.

    — Meu celular descarregou e, consequentemente, perdi meu despertador — escolhi mentir, abrindo o notebook com os arquivos que consumiram parte de meus neurônios há poucas horas atrás.

    O despertador tocou, sim, talvez até umas duzentas vezes, mas só consegui acordar no meio de um sonho com Romeu e Julieta — e por sorte antes das mortes iminentes. Talvez eu tenha imergido demais no estudo shakespeareano.

    — Que seja. — Deu de ombros. — Você encontrou seu irmão esses dias? Ele tem ignorado minhas ligações, dá para acreditar?

    Sim. Minha melhor amiga tinha um rolo com Trevor, meu irmão. E eu não sabia por que ela perdia seu tempo com isso. O primogênito da minha família era um cafajeste egocêntrico, e como se não bastasse, também era pateticamente vangloriado aqui por ser um jogador de hóquei, assim como seu grupinho irritante.

    — Talvez esteja ocupado, soube que eles vão jogar fora nesse final de semana. — Podia ser verdade, mas também havia a possibilidade de simplesmente estar ignorando-a. Bom, eu não iria me meter nesse impasse.

    — É, talvez. — Seu rosto denunciava que não acreditava nisso, mas aquilo não era da minha conta, nós duas sabíamos. Ela que se entendesse com sua cruz.

    Cessamos a conversa quando nosso nome foi enunciado.

    Acho que devia ter ficado na companhia Romeu e a Julieta, de fato.

Sério, pai? Jantar em família? — questionei a ele enquanto apoiava o celular no meu ombro e retirava minhas sapatilhas da bolsa. — Na última vez que o senhor arranjou um desses a noite não terminou bem.

    — É só para nos vermos, você e seu irmão praticamente esqueceram que têm pais, Kim. — Soltei um riso com seu drama. — Não consigo lembrar da última vez que esteve aqui.

    Havia sido há duas semanas, e ele sabia perfeitamente.

    — Em minha defesa, esse semestre está difícil para mim. Não deixo de ir aí por mal, o senhor sabe. — Eu sentia muita saudade deles.

    — Sim, querida, mas tente hoje. Estava pensando até em fazer a receita de torta da sua avó. — O senhor Bruce Prince conseguia ser persuasivo quando queria.

    — Está jogando sujo. — Ele riu do outro lado da linha. — Chegarei às sete. — E que Deus me ajudasse nessa noite.

    — Sabia que você não me deixaria na mão. — Alguém falou perto dele, supus que fosse minha mãe. — Preciso desligar. Um beijo, meu bem.

    — Beijo. — Ri de lado. — Amo você, papai.

­    — Também amo você, querida. — Com a voz transbordando carinho, finalizou a chamada.

    Minha tarde passou em um sopro, no entanto ainda aproveitei um tempo para ensaiar os passos de uma coreografia que eu estava criando. Quando comecei tive a sensação de que ela estava estranha e em um ritmo errado, e minutos de ensaio depois percebi que não era apenas uma sensação.

    Mais um desastre para a cota desse dia.

    E foi durante a ida até a casa da minha família nos arredores de Superior, uma pequena cidade próxima à Duluth, já pelo início da noite, que tentei me preparar para o que me esperava. No mínimo uma discussão acalorada com minha mãe, e, no pior caso, deixar meu pai triste conosco novamente.

    Ela era uma famosa advogada, seu nome tinha peso na advocacia criminalista. Até aí tudo ia bem, mas a história mudava de figura quando ela queria que sua filha levasse seu legado à frente. Algo certamente improvável para mim. A dança sempre fora minha paixão, e eu me via feliz cursando o que gostava e buscando seguir o meu sonho. Mas não poderia ser tão fácil, como sempre. Minha mãe frisou inúmeras vezes que era contra minha escolha, assim como eu era uma decepção para ela ao negligenciar seu sonho.

    E o meu sonho? Onde fica?

    Eu sabia, lutar contra sua insistência foi uma das melhores coisas que poderia ter feito na minha vida. Não queria ser uma Cara Prince 2.0, o que eu almejava era crescer como Kim, a garota apaixonada por dança que iria construir sua carreira.

    — Lide com isso como quiser, mãe — disse para o nada dentro do carro, aumentando uma música qualquer de Ariana Grande que começava a soar no rádio. — Isso mesmo, Ari. Don't need no hold up.

postando mais uma das 27439 histórias que residem em minha mente populosa (pouco a pouco vocês vão conhecendo uma a uma). e, sim, a kim é meio doidinha, mas eu amo tanto essa garota que nem tá escrito. agora, digam-me, alguém ficou curioso pra saber o que acontece nesse jantar? sei que sim, vocês amam um caos \o/  

até mais ver

de sua autora,

K. L. Lawrence



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