Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Inevitável, incompreensível e incontrolável.

  ·  · ┈┈──── Notas iniciais.

Olá! Como prometido, aqui está um segundo capítulo fresquinho para vocês. Espero que vocês gostem e divulguem muito, em!

Não se esqueçam de comentar o que acharam.

·  · ┈┈────

Capítulo 2
Inevitável, incompreensível e incontrolável.


Quaisquer que sejam os olhos que tenham visto cada passe impressionante de Xiao Zhan na quadra poderiam afirmar que ele, de fato, tem talento muito mais que altura. O homem parecia flutuar em cada arremesso, arrancando gracejos ao realizar de forma bela e impecável as jogadas. O treinador luta para ser capaz de dar atenção aos demais, mas há determinação no Xiao, e ainda que nem todos os passos sejam perfeitos, qualquer um ali percebe sua capacidade de captar tais erros e aplicar de forma satisfatória na próxima tentativa. Seus braços estão cruzados e sua mão descansa em seu rosto, pensando e calculando na sua sorte do dia. Xiaojun mantém os olhos no treinador, segurando a risada. Timothee bate palmas nem que seja apenas pela apreciação de vê-lo beber água, e isso é um divertimento e tanto para ele. O co-capitão nem crê na sorte que caiu sobre seu colo.

Coça sua garganta, cessando o riso, repreendendo-se por estar se divertindo quando deveria focar na pequena competição se desenrolando em sua frente para tirar notas úteis depois. Empurra levemente o ombro de Yibo, tentando chamar sua atenção, pois se sua mente pertence à algum espaço tempo, este não é o presente.

Wang aperta firmemente a barra de sua camiseta quando percebe toda a animação correndo por suas veias. Não faz sentido, nem que tentasse criar uma explicação, porém sente que seria quase uma traição ficar tão empolgado com seu cunhado em quadra. O Xiao mais velho trouxe para si e seus parceiros puro entretenimento. Ele de forma autêntica se joga e se diverte no jogo, envolvendo a atenção de seus telespectadores; encantador. Não há nenhuma outra palavra para defini-lo. Sua língua passeia por entre seus lábios, dando alguns passos para o lado, acompanhando-o de longe. É a primeira vez que conhece alguém capaz de parecer tão doce e arisco de forma harmoniosa, delicado em seus traços sem perder sua masculinidade; intenso sem deixar de ser cuidadoso. Assemelha-se à uma explosão, calorosa e catastrófica.

— A forma como ele arquiteta um bom controle com a bola me deixa extasiado. — O treinador apertou o apito em mãos, suando pela expectativa. Essa que foi muito bem atendida quando o jogo terminou em um placar de 32 X 22 para o time azul. — Certo… vocês..  Uau! — o treinador põe a mão na testa tentando processar as próximas ordens que deveriam passar a eles. O peso da mão do homem mais velho recai sobre o ombro de Yibo, dando a deixa para ele assumir enquanto arquiteta seus pensamentos.

— Em fila. — Sua voz ressoa imponente, causando o efeito imediato nos novatos que param o que estão fazendo, formando a fila inicial. Xiaojun bufa, revirando os olhos. Ele precisa de apenas duas palavras, essa é o efeito do Wang.

—  Segunda-feira iremos expôr uma lista no quadro de avisos do prédio principal com o nome dos aprovados. — Xiaojun diz, batendo palmas e vendo um por um sair do ginásio. — Esse teste foi um dos melhores com certeza. Estou louco para começar a competir junto dos novos caras e….Yibo? — franze o cenho, confuso, procurando pelo amigo, deparando-se apenas com  suas costas enquanto ele caminha em direção aos bancos dos reservas, onde alguns pegam suas bolsas esportivas.

Foi como um impulso que não pôde controlar, uma vontade crescente invadindo seu corpo, o levando em direção ao maior mexendo em suas coisas no banco. Seus olhos estão presos na  pulseira caída no chão, e seu dono não parece ter dado sua falta, mas Yibo viu. Se abaixa, pegando-a, chamando a atenção de Xiao Zhan. O Jovem de madeixas azuladas estende a pulseira em direção a ele, sem sequer proferir uma palavra, fazendo o Xiao sorrir, um tanto confuso.

— Obrigado! — Yibo apenas move sua cabeça positivamente, como se apenas dissesse um “disponha”, ou algo semelhante. Seus olhos presos no sorriso do maior que, definitivamente, é diferente do de Meng. Pisca, se afastando tão rápido quanto se aproximou, deixando um Xiao Zhan confuso para trás.

Ignora o olhar curioso de Xiaojun, levando seus pensamentos de volta para a questão dos novos integrantes do time. De fato, parece que essa será uma boa temporada para o time, assim espera. Por ser seu último ano no curso, precisaria dar tudo de si em sua vida acadêmica como nunca antes. Equilibrar cada parte de sua vida tem sido difícil, principalmente com um noivado de pé. Não que não quisesse casar-se com o amor de sua vida, seria loucura se disser que não. Apenas não é a prioridade para o Wang no presente momento.

— Meninos, vão descansar. Irei mandar em seus e-mails a lista para revisarem. Estou sentindo nossa sorte dobrar neste semestre! Tenho a garrafa perfeita para comemorar. — Timothee sabe ser muito esforçado nas áreas que despertam seu interesse. Por esse motivo, jamais deixou de se esforçar em virar um bêbado de ponta. Nunca deu aula embriagado, mesmo que seja difícil para seus alunos discernir seu estado consciente para o estado embriagado. Ainda sim, ambos se divertem tentando adivinhar.

— Wang você está mais distraído hoje. — O braço de Xiaojun envolve seus ombros assim que saíram da Universidade, prontos para irem embora. — Quer dizer, você normalmente aparenta não dar a mínima quando falamos.

— E eu não dou.

— Ah! — todos já deveriam ter se acostumado com o jeito único e peculiar de Yibo. Nem mesmo seu namorado deixa de se surpreender com suas respostas curtas e grossas; E por falar nele, ao olhar para seu carro, Xiao Meng está encostado no mesmo, com a atenção presa no aparelho em suas mãos. — Preciso arrumar amigos mais comunicativos... — o moreno ao seu lado murmura baixinho.

— Não se preocupe quanto a isso, seu namorado não é comunicativo o suficiente para você? — Hendery sussurra no ouvido de Xiaojun que finalmente percebe sua presença. O moreno sorri, virando-se para agarrar seu loiro.

— Os céus ouviram minha oração. — Agarra-se a ele, deixando Yibo sozinho que apenas se contentou em acenar para o namorado do amigo ao vê-los se afastar.

— Amor! — Meng sorri para si. — Você demorou um bocado... — fez manha, agarrando-se ao seu braço e beijando a pele exposta de seu ombro descoberto pela regata.

Yibo permitiu-se mimá-lo um pouco antes de ir direto ao assunto.

— Precisamos conversar sobre seu irmão.

── ֺ ──ׅ─

— Não tenho muito o que contar. — Xiao Meng entrou na defensiva no momento que seu namorado terminou a sentença e ambos se sentaram em uma das mesas mais afastadas do café do campus. E ambos sabem que Meng precisa de uma xícara de chá para começar a falar.

— É seu irmão. — O mais velho bate levemente sua testa na mesa da cafeteria. — Meng.

— Ah, o que foi? Todos temos questões das quais não falamos, o meu é o Xiao Zhan. E não é apenas sobre mim, tem haver com meus pais e tantas outras questões. — Falar o nome de seu irmão soa como ácido deixando seus lábios. Morde seu lábio, criando esperanças sobre haver uma pequena possibilidade dele esquecer este assunto.

O Wang se encosta na poltrona, cruzando seus braços e mantendo seus olhos firmes no noivo. E lá se vão suas esperanças. Leva a xícara de chá até seus lábios, tomando um grande gole antes de formular seus pensamentos da forma mais clara possível.

— Começou quando entramos no colegial. Ele desenvolveu crises de ansiedade, o que em crianças são sintomas mais somáticos como dor  de cabeça, dores na barriga e episódios de choro intensos. Papai e mamãe eram...  Bem, eles não sabiam lidar com isso. Você sabe como é cruel dizer que seus pais não estão prontos para lidar com as questões mais sérias de seus próprios filhos? Ele simplesmente detestava ir para escola, lembro bem disso, mas a mamãe achou que tudo bem e então só piorou e as crises começaram a chegar com mais frequência. De início pensaram que era só mais um preguiçoso, claro, clássico. Mas se mostrou muito pior quando ele deixou de fazer tudo e qualquer coisa que envolvia pessoas; papai descobriu que uma das professoras do Zhan fazia da vida dele um inferno. Colocava ele em situações sociais que apenas pioraram sua ansiedade. E aos nove anos ele fugiu de casa, uma criança fugindo de casa, saindo sem rumo buscando por algo que sequer possui discernimento para compreender. Ele ficou dois dias inteiros fora e, quando a polícia o encontrou, ele estava bem e sorridente. Uma idosa o acolheu em seu restaurante até nos localizar. — Meng sorri, não por achar graça, mas pela forma como se sentiu tão nervoso e perdido na época. — Ele disse que queria continuar conhecendo outros lugares.

A xícara entre seus dedos aquece sua mão, e ele parece muito focado nesse fato, tentando pensar em algo mais, tentando deixar as coisas mais claras em sua mente.

— Zhan passou por uma série de exames psicológicos; não que ele falasse sozinho, ou escrevesse mensagens bizarras com seu próprio sangue nas paredes. Meus pais estavam preocupados com o que aquela educadora horrível o causou. Só que além de sua ansiedade social, nada mais ele tinha. Uma criança normal que apenas carregava uma personalidade peculiar.

— Ele foi embora… — Yibo sabia que soou mais como uma afirmação que um questionamento. 

— Bem, conforme o tempo e inúmeros tratamentos, ele melhorou, mas ainda tinha suas restrições sociais. Porém ele despertou um desejo insano de viajar e conhecer o mundo. Como um gatilho! Se ele não estivesse muito tempo no mesmo ambiente, não precisaria estreitar os laços sociais. — Lambe seus lábios, provando mais do chá. — Lembro-me de vê-lo muito chateado quando nossos pais cancelavam nossas viagens em família por conta do trabalho. Nos dávamos bem, mas eu seguia com minha vida em um ritmo diferente do seu. Você sabe, dividir sangue, aparência, nada disso nos faz irmãos.

— Hum.

— Quando fechamos onze anos, o tio Haikuan foi nos visitar. Por ele trabalhar viajando, nosso tio conheceu boa parte do mundo. Os dois deram-se bem imediatamente. Meu tio já era casado na época, ele e o marido dele apegaram-se ao Xiao Zhan nos meses em que ficaram. Papai achou uma boa ideia, não que ele quisesse se livrar, não imagino que seja isso.

Se conhecesse Xiao Zhan criança, gostaria de ter lhe dito que ele sempre terá o mundo todo em seu alcance.

— Então ele foi. Ainda nos víamos, pelo menos até os quatorze anos. Depois ele parou o contato, na época a mamãe e o papai estavam muito ocupados com o nascimento do Yuan para notarem o afastamento do outro filho. Ficamos dez anos sem nos falar. Não me fez falta, confesso. E eu já não sei mais nada sobre ele. Sequer sei o que ele está cursando.

Há milhares de coisas às quais Yibo não diz em voz alta. A irresponsabilidade de seus sogros com o irmão de seu noivo é uma delas. Independente das motivações dos pais deles, dar as costas de tal forma, deixar a criação dele nas mãos de um outro alguém, é desumano. Eles deveriam ter dado um jeito, lidar com as coisas, pois é isso que pais fazem, muito diferente disso, eles deixaram para que Haikuan e o esposo criassem Xiao Zhan. E não há outra forma de colocar isso, é o que foi feito com uma criança que sequer podia compreender o que acontecia em sua cabecinha.

— Ele conhece o Yuan?

— Não pessoalmente. Mamãe usou chamadas de vídeos para apresentá-los. O Yuan gosta bastante dele, e me parece ser o único além do papai a estar feliz por vê-lo cara a cara. — Meng afasta sua xícara já vazia. — Enfim, hoje temos quase vinte e quatro anos e não tem mais nada que eu saiba. — Levanta-se, pegando sua mochila e acordando seu namorado para a vida. — Agora que você já matou a vossa curiosidade, podemos ir?

Ao dirigir de volta para casa, ele e Meng não conversam, ambos perdidos em suas próprias questões. Se pergunta se Meng compreende que, talvez agora, ele não consiga mais manter Xiao Zhan  afastado como antes, que de alguma forma ele está incluso em suas vidas agora. E se questiona se ele compreenderia que Yibo gostaria de conhecê-lo, que ele definitivamente estará em seu time e isso será inevitável.

Há milhares de coisas inevitáveis, há outras milhares que se pode compreender, ainda que não aceitem. E há outras que se pode odiar, mas nunca controlar. E todas elas fazem parte de ser humano. Inevitável, incompreensível e incontrolável.



·  · ┈┈──── Notas finais.

Até quarta! 😉

·  · ┈┈────

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro