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Capítulo 06-03

Durante o intervalo para o almoço, parte da Turma 201 se concentrou em uma sala de aula, ao final do corredor escuro do Pavilhão Três. Anna Luíza estava de frente a eles, entoando sua voz incrédula com os últimos acontecimentos no colégio.

— Você está organizando uma revolução, é isso mesmo? — Rebeca disse em um tom descrente.

— Sim. Precisamos dar um basta nessas novas regras que foram impostas — Anna retrucou no mesmo tom.

— Que eu me lembre, a última vez que tentamos não deu em nada. Foi um fiasco total — replicou Rebeca.

— E qual foi o nosso erro?

— Fazer o protesto — murmurou Tiago na lateral da sala. — O quê? Esse foi o nosso erro sim.

— Não foi e, sim, não ter organizado. Tudo foi meio às pressas e sem um ideal — disse Anna Luíza. — Mas agora nós temos um. Fazer o colégio voltar a ser harmônico. Sem essa repressão que os alunos não podem fazer nada sem medo. Onde os alunos não podem nem se expressar direito.

— O que você está falando, Anna Luíza? — Rebeca contraiu o cenho em reprovação. — Você só está se rebelando, pois, o Diretor está finalmente te punindo como sempre deveria ter feito.

— Não. Vocês não têm ideia do que está acontecendo pelo colégio. Não são só as minhas punições. São os professores que estão sendo cortados se não seguirem a mesma linha de raciocínio dos donos do colégio, o que pode prejudicar a nossa educação. São os alunos que antes se sentiam incluídos e que agora se escondem depois que baniram os banheiros unissex. Temos muito motivos para lutar, Rebeca.

Um silêncio se instalou quando Anna terminou de elencar as razões pelas quais ela estava decidida a lutar. O restante da Turma a encarava, ainda não muito certa de que iniciar uma guerra contra os donos do colégio seria algo inteligente a se fazer.

— Então a solução seria o quê? Uma greve? — Fábio murmurou sentado em cima de uma carteira com os braços ao redor da cintura de Daniele.

— Sim! Uma greve de fome, estou precisando emagrecer dois quilos — disse Dani saltitando no lugar.

— Ah, se for isso eu também apoio — concordou Rebeca assentindo a cabeça mais do que o normal.

— Nossa! Nem em um momento crítico como este vocês duas não deixam de falar merda — disse Amanda revirando os olhos.

As duas amigas não retrucaram, apenas fungaram virando o rosto para Anna Luíza que chamou a atenção para si.

— Eu tive uma ideia. Precisamos de algo forte. Um protesto com uma lista de exigências aliada com uma greve. Mas precisaríamos do apoio de todos os alunos do colégio.

— E como convenceríamos os alunos a se juntar conosco? — Matheus indagou cravando seus olhos nos de sua namorada.

— Vamos ter que fazer um trabalho de formiguinha. Conversando um a um e explicando toda a situação — respondeu Anna séria. — Claro que terá alguns que não vão participar, mas aí teremos que convencê-los de não atrapalhar. O que acham?

A turma se entreolhou, não tendo muita certeza sobre o plano, mas eles sabiam da necessidade de haver um protesto contrário às novas diretrizes que o colégio estava adotando.

O celular de Anna começou a tocar, fazendo-a encarar a tela brilhante e vendo nome de seu pai. Ela fez um sinal com a mão pedindo para a turma aguardar um momento e disparou para fora da sala, trombando em uma mulher assim que contornou a porta.

— Desculpe — proferiu ela rápida sem dar muita importância. — Alô.

— Anna, preciso falar algo com você — reverberou a voz de Marcos. — Algo que não será por telefone.

— O que aconteceu?

— Nada sério, querida. Só vamos sair para jantar hoje à noite. Tá bem? No restaurante de sempre. Nós três, eu, você e sua avó. Ela já está sabendo.

— Tá. Até a noite então — falou Anna estranhando e desligando o telefone.

Ela marchou de volta à sala de aula encontrando a turma em um silêncio absoluto, parecendo que todos haviam chegado em um acordo enquanto ela estava fora. Ela parou de frente a todos do grupo que a encaravam.

— Qual a decisão de vocês, galera? Estão comigo nessa?

— Pode apostar que sim — respondeu Marcelo como líder da decisão.

A turma começou a sorrir exalando uma esperança nos olhos de que a revolução que estava prestes a acontecer seria um enorme sucesso.

À noite, Anna Luíza se recolhia em seu quarto sentada à mesa de frente ao seu computador. Ela fazia algumas pesquisas de presentes a dar no dia dos namorados enquanto ouvia Amanda falando aos risos sua aventura de mais cedo.

— Não acredito que você inventou essa história — falou Anna após Amanda terminar de contar o que dissera a Matheus.

— Foi preciso. O único jeito que encontrei de dizer a ele que ursinho é o pior presente a se dar. A não ser que seja um chá de bebê.

— Muito obrigada, Amanda. Você salvou o meu namoro.

— De nada, amiga. Vou tomar banho. Beijos.

Amanda desligou o celular, fazendo Anna voltar sua atenção cem por cento em sua pesquisa, o que não demorou muito já que Dona Carla invadiu o quarto seguindo até sua neta.

— Atrapalho? — murmurou ela serenamente.

— Não. Só estava procurando um presente para o Matheus. Uma inspiração, na verdade. Não quero dar uma camiseta, short ou ingressos de jogo de futebol.

— Aposto que ele adoraria o último. Mas no que pensou então?

— Algo mais a minha cara.

— Uma bomba — garantiu Dona Carla aos risos.

— Não. Algo que ele lembre de mim todas as vezes que olhar para o presente.

— Entendi. Talvez uma foto sua em um porta-retrato.

— Isso mesmo, vó. Esqueci que ele tem oitenta anos — Anna Luíza disse ironicamente.

Ela se pôs em pé indo até sua cama onde se jogou. Dona Carla a acompanhou, sentando-se na beirada do colchão.

— Você gosta mesmo desse menino, não é?

— Muito — respondeu Anna dando um sorriso que iluminaria um deserto inteiro à noite. — O quê? Eu sorrio quando penso nele.

— Sabe, querida, só por nos fazer sorrir pelo simples fato de existir, já merece toda a nossa devoção e, o melhor, nosso coração. — Dona Carla deu dois tapinhas em Anna, fazendo-a levantar. — Que tal nós irmos ao shopping procurar um presente que seja a sua cara? Aí depois, nós seguimos direto ao restaurante encontrar teu pai.

— É uma excelente ideia.

Anna Luíza seguiu ao seu banheiro ajeitando o cabelo e trocando-se. De lá, as duas partiram para o shopping onde Anna acreditava ter encontrado o presente perfeito. Logo após, a avó e a neta foram para o restaurante onde Marcos já as esperavam.

Ele estava com as mãos abaixo na mesa, pousada em seu colo. A palma da mão parecia uma torneira pingando de tão úmida que se encontrava. O nervosismo fez morada no corpo do pai de Anna Luíza que não fazia ideia de como lhe dar uma notícia sem fazer sua filha surtar.

— Gostando da comida? — indagou Marcos avaliando o humor de sua filha.

— Muito. Adoro este restaurante — respondeu ela cortando sua carne bem-passada e ingerindo depois.

Marcos engoliu em seco, mesmo dando algumas bebericadas na água com gás e limão. Ele não conseguia uma brecha para introduzir o assunto de uma forma cirúrgica, então decidiu fazer como os adultos fazem quando os filhos ralam o joelho e não querem passar remédio que arde.

— Estou namorando — disparou ele despejando o remédio no joelho dolorido. — Minha secretária.

— A Rosa? — retrucou Anna Luíza boquiaberta.

— Não. Ela se despediu. Vivian é o nome dela.

— Ow, isso é... bom né, querida — tentou Dona Carla, cautelosa.

Anna colocou os talheres de lado ajeitando as costas na parte de trás da cadeira de madeira tingida de preto. Ela cruzou as pernas inclinando o queixo para cima.

— É sim — garantiu ela sem esforço algum. — Uma surpresa, não posso negar. Mas é algo bom sim, pai. Você encontrar alguém que lhe faça companhia.

— Fico muito contente com isso, Anna — falou ele mais aliviado como se dois sacos de areia de quinze quilos acabassem de sair das costas. — Não sabia como você reagiria.

— Sou adulta, pai. Sei lidar com assuntos sérios. Eu discuto política na internet. — Anna fez uma pausa, voltando a cortar sua carne. — Agora me diga, como ela é?

— Incrível! Engraçada, inteligente. Desde que a conheci comecei a enxergar um outro lado da vida.

— Que bom, Marcos. Você merece ser feliz — Dona Carla afagou sua mão carinhosamente. — Precisamos conhecê-la.

— Em breve.

— Mas pelo menos uma foto você tem — Anna falou. — Preciso dar um rosto a esta pessoa na minha mente. Vai, me mostra a foto dela do Whatsapp.

Marcos tirou o celular no bolso demorando uns trinta segundos para abrir o aplicativo e clicar no perfil de sua amada. Quando a viu, seu rosto se iluminou. Ele virou o aparelho eletrônico a sua sogra e, posteriormente, a sua filha que levou o rosto atrás contraindo os olhos.

— Ela é bonita — murmurou Anna com meia voz. — Tenho certeza que ela é ótima.

— É sim, filha. E você vai adorá-la — garantiu Marcos guardando o celular.

— Tenho certeza — respondeu Anna voltando à sua refeição, mas não sem antes trocar um olhar velado com sua avó, que não a questionou de imediato, mas conhecia sua neta o suficiente para saber que algo estava passando por sua cabeça.

No dia seguinte, durante o intervalo do almoço, os casais que ali estudavam não se desgrudavam devido o dia dos namorados. Em um canto afastado do pátio descoberto, Marcelo e Rebeca estavam sentados, um de frente ao outro. Rebeca não parava de se mexer, completamente ansiosa para saber realmente qual era o seu presente.

— Feliz dia dos namorados — falou Marcelo estendendo um embrulho que foi arrancado de suas mãos em um só movimento.

Rebeca rasgou o embrulho como uma criança em dia de Natal. Ao encarar o presente, ela sorriu feito boba, murmurando:

— Não é um cupom de churrascaria.

— Não — disse Marcelo não entendendo nada.

Rebeca tirou da caixinha preta, que se revelou do embrulho, uma corrente prateada com um pingente em forma da letra "R", toda banhada em prata com algumas pedrinhas brilhante.

— É lindo. Coloque em mim — Rebeca virou colocando o cabelo ao lado permitindo ao Marcelo enganchar a corrente em seu pescoço. — Agora o teu. Feliz dia dos namorados.

Rebeca estendeu seu presente. Marcelo abriu a caixa vendo um relógio de tela redonda e número digitais.

— Legal. Eu estava precisando de um.

— Sim! Para você nunca mais se atrasar. Não gosto de ficar esperando — falou Rebeca da forma mais doce possível.

E um sorrindo para o outro, eles se aproximaram dando um longo beijo. O primeiro beijo deles no dia dos namorados.

O mesmo acontecia com Fábio e Daniele, que estavam sentados a menos de três metros dali.

— Aqui está o teu presente — Daniele falou entregando um embrulho retangular a Fábio, que o abriu revelando um livro.

— Obrigado — proferiu ele abrindo a capa dura vermelha e encontrando letras estranhas. — Está escrito em Russo?

— Sim. O amigo do meu tio é Russo e disse que esse livro é ótimo — garantiu ela inocentemente e fazendo-o rir delicadamente. — Não gostou?

— Adorei. Vou tentar ler... um dia. Agora aqui está o seu.

— É lindo. Você quem fez? — indagou Daniele vendo um quadro pintado com tinta a óleo de uma paisagem com traços expressionistas.

— Sim. É um dos primeiros que pintei.

— Eu adorei. Vou guarda para sempre, sabe, esperar você morrer e ficar famoso para depois vender e viver de renda — falou Daniele sério.

— Você é maluquinha — garantiu Fábio jogando-se até a boca dela, enchendo-a de beijos.

Em um giro de cento e oitenta graus, Anna Luíza encarava Matheus ansiosa. Ela se encontrava com os olhos fechados e com a palma da mão direita aberta para cima.

— Não pode olhar.

— Nossa, mas que suspense — falou ela rindo enquanto Matheus depositava seu presente em sua mão.

— Abra.

Anna Luíza deu um grito jogando seu presente para longe. Um sapo verde que voou em direção onde Rebeca estava sentada aos beijos com Marcelo, atingindo-a na cabeça.

— Ai, menina. Fique quieta, você está estragando o clima — gritou Rebeca.

— Calma, Anna — pediu Matheus aos risos. — E desculpe pelo sapo. Não sabia que você tinha medo. Desculpe.

— Não. Está tudo bem — falou ela ofegante e encarando-o que não parava de rir. — Eu fui ridícula né?

— Não. Só a sua cara de assustada que foi engraçado. Eu ouvi um boato que eu lhe daria um sapo de pelúcia de presente e que você estava furiosa por isso. Foi aí, que tive a ideia de realmente te dar um, só para ver a sua cara. Desculpe.

— Você é um tonto — disse ela já relaxada.

— Mas aqui está o seu verdadeiro presente.

Matheus lhe entregou o embrulho. De lá, ela tirou um anel com uma pedra transparente entalhada, o que a fez sorrir de orelha a orelha.

— Quando o vi, lembrei de você. É simples e encantador, assim como você — discursou Matheus enquanto ela colocava o anel no dedo anelar direito.

— Adorei — murmurou ela lhe dando um beijo rápido. — Feliz dia dos namorados.

Matheus abriu seu embrulho fofo e sentindo um pano. Assim que terminou de rasgar o papel de presente, ele riu.

— Um pano de prato?! — murmurou ele confuso e desdobrando o tecido de algodão branco com algumas frutas bordadas.

— Mas é personalizado. Mandei bordar teu nome.

— Legal — disse ele sem graça vendo seu nome na parte traseira do pano, o que fez Anna cair na gargalhada.

— Como você é falso!

— Não. Eu gostei mesmo. O que mais faço na vida é secar louça. Vou usar direto isso.

— Eu lhe trouxe isso em caso de você, realmente, me dar o sapo. Mas este é o seu presente.

Anna lhe deu um outro embrulho que encobria dois bonequinhos de mãos dadas, feitos de forma artesanal com pano de algodão e linhas de lã.

— Queria te dar algo para você se lembrar de mim assim que o visse. Esses bonequinhos representam eu e você.

— Adorei. Este eu realmente adorei — garantiu ele. — Feliz dia dos namorados.

Os dois se entrelaçaram em um abraço caloroso seguido de um beijo longo e apaixonado. Beijo que fez Amanda suspirar observando a cena inteira, com Tiago a tiracolo.

— Deu vontade né? De namorar — proferiu Tiago.

— É! Fazer o quê? Quem sabe ano que vem nós não estamos namorando — respondeu Amanda ainda vendo os três casais curtindo o dia.

— Nós? Tipo eu e você?

— Ow, não. Me desculpe, me expressei mal — murmurou ela rápida e sem graça. — Não quis dizer literalmente eu e você.

— Entendo. Mas não vi mal nenhum.

Amanda tornou seu olhar encontrando os olhos pretos de Tiago cravados nos dela. Ela engoliu em seco, enquanto tentava pôr seus pensamentos em ordem.

— Você é um péssimo aluno — falou ela depressa. — Não seguiu a minha última dica.

— Segui sim.

— Não, senhor. Se tivesse, estaria passando o almoço com alguma pretendente. Era para você se aproximar de alguma menina, pois hoje elas estão mais sensíveis e cairiam mais fácil na sua rede.

— Mas foi o que eu fiz.

— E recebeu um "não" mesmo assim? — questionou ela incrédula.

— Muito pelo contrário. Funcionou direitinho. Do jeito que eu queria. Aliás, estou aqui. Passando o almoço com ela.

Tiago começou a tirar de sua bolsa uma maçã, fechando logo em seguida. Amanda continuava sem esboçar nenhuma reação, ainda não conseguindo assimilar o que estava acontecendo.

— Tenho uma maçã para dividir com você. Aceita?

— Só tenho um chiclete — respondeu ela.

— Feliz dia dos namorados então.

— Nem pense nisso, Tiago.

— Bom, foi só a minha primeira tentativa — garantiu ele com um olhar semicerrado sabendo que, a partir daquele momento, ele não desistiria tão fácil de conquistá-la.

Na sala da diretoria, o senhor Diretor assistia um vídeo na tela do computador. Leci abriu a porta correndo, como se estivesse atrasada para um compromisso importantíssimo.

— Desculpe, senhor, pela demora. Estava fiscalizando os alunos.

— Fiscalizando em quê?

— Na verdade, estava apostando qual aluno iria dar o pior presente de dia dos namorados. O Arthur da Turma 307 deu um creme contra acne para a namorada.

— E isso é ruim?

— Péssimo! Pode acabar um namoro.

— Pode mesmo — respondeu ele pensando em uma experiência própria. — Mas a chamei aqui para outro assunto, Leci. Tivemos uma denúncia gravíssima e teremos que atuar de forma preventiva.

— Qual, senhor?

— Uma revolução. A Turma 201 está organizando uma revolução e nós temos que impedir.

Leci assentiu a cabeça preparada para a nova missão que estava por vir. Nunca em sua história na direção, o senhor Diretor estava tão atento a qualquer sinal de faísca que poderia causar uma confusão no colégio. Talvez porque agora ele sabia que, qualquer coisa que acontecesse, ele poderia perder o emprego de imediato.


***

Hei, Turma. Estamos quase na metade do livro, e aí, o que estão achando? Me deixem suas impressões aqui, é muito importante o feedback :D

Beijos!

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