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Capítulo 01-03

No pátio, Amanda estava impaciente olhando para os lados freneticamente. Fábio, ao seu lado e sentado em um banco, encontrava-se desanimado.

— Ah, fala sério. Onde está ela? Não aguento mais esperar, estou morrendo de fome — reclamou ele.

— Eu também! Mas não podemos ir sem ela, seria uma traição.

— Traição sou eu sentado aqui com fome sabendo que hoje tem frango frito. Amanda, uma galinha morreu e seria indelicadeza nos atrasarmos para o seu velório e enterro. Entende-se enterro com eu engolindo-a — Fábio disse tirando um riso frouxo dela.

— Deixe sua mãe te ouvir falar assim! Ela nem imagina que você só é vegetariano quando está com ela.

— Já me acostumei a enganá-la, mas o que faço é menos pior. Meu primo finge que é Corintiano na presença do pai dele.

— Engraçado. Ele é palmeirense?

— Não. Ele prefere assistir vôlei — confessou Fábio fazendo Amanda entender o que ele queria dizer.

— Enfim, não vamos esperar mais, Fábio. A Anna que fique para trás dessa vez.

Antes que os dois conseguissem dar um passo, Tiago os abordou, também nada animado.

— Posso almoçar com vocês? — indagou ele fazendo quase uma cara de choro.

— O Marcelo também te esqueceu? — proferiu Amanda.

— Não. Eu é que não quis me juntar a eles. Sabe como é, não quero ficar de vela para ele e para a Rebeca.

— Mas a Daniele também está sempre com eles — Fábio o lembrou.

— Mais um motivo para eu ficar longe deles. Não aguento mais almoçar ouvindo besteiras.

— E isso é algo que sempre sai da boca dela — Amanda concluiu. — Então tá. Vamos.

E o trio saiu dando longas pernadas até adentrar o refeitório que continuava lotado. Eles seguiram para o lado oposto onde o quarteto estava tendo o almoço mais silencioso da vida deles, até que Rebeca quebrou o silêncio.

— Estou com o cotovelo doendo, Anna Luíza. Você me empurrou muito forte naquela sala.

— Desculpe. Da próxima vez eu meço minha força.

— Não haverá uma próxima vez — Rebeca bufou. — Sério, Matheus, como você consegue namorar essa menina? Você deveria ganhar um prêmio por aturar todas as chatices dela sem nem cogitar o suicídio.

— Eu gosto das chatices dela — confessou ele.

— E nós não estamos namorando, só para a sua informação — Anna Luíza disse.

— Não? — Rebeca e Matheus falaram em uníssono.

— Você sabe muito bem disso, Matheus. Ou não deixei claro hoje mais cedo?

— Deixou, mas pensei que fosse algo do momento e que mais tarde você reconsideraria.

— E por que devo?

— Porque ele é uma boa pessoa, tem um rosto simétrico, as bochechas um pouco maior do que o normal, mas nada que o deixe feio. Malha três vezes na semana e cozinha muito bem — comentou Marcelo sendo encarado por todos. — Desculpe. Acho que essa é a descrição do meu tio no Tinder.

— Respondendo a sua pergunta, Anna Luíza, eu acho que você deve reconsiderar porque eu sei que você gosta de mim. Nós dois somos incríveis juntos.

— Mas eu também sou incrível sozinha — Anna Luíza garantiu exibindo a sua autoconfiança e amor próprio.

— Mas somos melhor juntos — insistiu ele.

— Ah, Matheus, joga tudo pra cima logo e aproveita as oportunidades que a vida está te dando de se livrar dela.

— Rebeca, você não está ajudando em nada — Marcelo falou.

— Eu sei, mas isso é muito divertido — Rebeca proferiu dando uma gargalhada, um tanto forçada.

— Não estou entendendo por que você armou todo esse almoço com o Marcelo e com a Hiena? — Anna Luíza murmurou.

— Você me chamou do quê?

— Hiena! E acredite, esse é o apelido mais carinhoso que eu já te dei.

— Olhe aqui, "Anta Luíza", você se acha a rainha desse colégio, mas, minha querida, você não é. No máximo é a delinquente que com vinte anos de idade já vai ter acumulado três prisões perpétuas, o que deixará o mundo livre de suas maldades.

— Eu não faço nenhuma maldade.

— Não? Você sequestrou o meu gato no nono ano, e como resgate pediu meu trabalho de geografia.

— Não sequestrei. Ele apareceu em minha casa.

— Eu tenho o vídeo da câmera de segurança que aparece você pegando-o da minha garagem.

— Já falei, foi a minha irmã gêmea! E depois que ela fez isso, desapareceu e nunca mais foi vista. Sinto muita falta dela — garantiu Anna sendo melancólica ao final da frase.

— Você é louca — afirmou Rebeca.

— O que está achando do almoço? — perguntou Marcelo ao Matheus que deu um meio sorriso em resposta.

— Quer saber, eu já entendi o que está acontecendo por aqui. Você pediu para o Marcelo me arrastar até aqui, onde você e a Hiena estariam, achando que eu me esqueceria de tudo, só porque a Hiena consegue me irritar mais do que qualquer outra pessoa — Anna Luíza proferiu quase espumando de raiva.

— É tão óbvio assim? — Matheus disse se recolhendo da carteira.

— Não só óbvio, como burrice. Teria sido mais simples se você apenas tivesse feito a coisa certa e ter me dado espaço para pensar. Você sempre estraga tudo, Matheus. E este suco está aguado — Anna Luíza se levantou e, antes de partir, pegou seu copo, entornando-o na cabeça de Rebeca.

— Ah! Sua ridícula!

— Tchau, querida — Anna falou se afastando da mesa, enquanto Rebeca tentava-se limpar.

— Acho que foi uma péssima ideia — Marcelo falou.

— Você acha? — Matheus disse bufando e se enterrando na cadeira perdendo completamente o apetite.

No outro lado do refeitório, Amanda, Tiago e Fábio acabavam de se sentar com seus pratos em mãos e, pouco tempo depois, Daniele chegou ao lado deles carregando a bandeja azul pronta para almoçar.

— Posso me sentar?

— Não. Almoce em pé — Amanda respondeu em tom de deboche.

— Ah, é que eu não consigo. Ou eu seguro a bandeja ou os talheres. A última vez que fiz isso, fiquei sem mesada por três meses pra conseguir pagar a louça chinesa que quebrei da minha vó.

— Sente-se então, Daniele. Mas evite este tipo de comentário — Tiago falou.

— Obrigada! Vocês salvaram o meu almoço — disse ela sentando-se e ajeitando-se em sua cadeira à frente de Fábio. — A Rebeca me abandonou e não ainda não leu nenhuma de minhas mensagens.

— Ela está com o Marcelo. Todo mundo sabe disso — murmurou Tiago entre duas garfadas em sua refeição.

— Eu sei. Mas eu sempre os acompanho no almoço, café da tarde e, às vezes, nos amassos do final do dia.

— Quê? — Fábio indagou quase cuspindo sua comida.

— Mas eu não olho, né, porque é estranho. Como se eu estivesse ao lado de uma vaca mascando capim há duas horas.

— Que tal uma brincadeira? — sugeriu Amanda. — Tipo, a gente enche a boca de comida toda hora, não podendo deixá-la vazia. Quem não conseguir, tem que deixar a mesa e ir se sentar em um lugar bem longe... de mim — concluiu ela tirando um riso dos meninos.

— Não sei se entendi a brincadeira direito, mas eu sou acostumada a brincar sem entender as regras mesmo. Até hoje quando jogo banco imobiliário...

— Valendo — disse Tiago começando a por comida na boca e cortando-a.

Amanda e Fábio também começaram a almoçar de pressa, fazendo Daniele acreditar que tudo aquilo era mesmo uma brincadeira.

Rebeca ajeitava seu cabelo em frente à sala da diretoria. Ela bateu duas vezes na porta de madeira lisa recebendo o aval para adentrar.

— Ow, se eu soubesse que era você — falou o Diretor nada contente.

— A Anna Luíza virou um copo de suco na minha cabeça — Rebeca disse apontando para seu cabelo todo melecado e, um tanto, embaraçado.

— Explique-se melhor — Leci disse chegando ao lado dela e com um olhar sério, o que levou Rebeca a estranhar.

— Nós estávamos almoçando juntas quando ela se irritou e virou o copo em minha cabeça.

— Tem certeza que foi de propósito? — murmurou o Diretor.

— Sim. Porque ela se pôs em pé justamente para fazer isso. Não foi, tipo, um tropeço.

— Às vezes foi, e a senhorita não percebeu.

— Não, senhor Diretor. Ela fez de propósito.

— Me mostre como. Leci, sente-se.

— Sim, senhor — Leci falou sentando-se a cadeira.

— Foi assim? — indagou o senhor Diretor pegando um copo d'água e virando-o, lentamente, na cabeça de sua funcionária.

— Não exatamente. Foi mais rápido. Tipo, assim — Rebeca falou pegando mais um copo e jogando na cabeça de Leci.

— Hm. Entendi. Qual era o sabor do suco? — disse a vice-diretora com a cabeça ensopada.

— O que isso tem a ver? — Rebeca reagiu.

— Tem a ver que, se for de uva, eu vou almoçar em casa — respondeu Leci. — Na verdade, já terei que ir. Estou encharcada.

— Senhor Diretor, já demostrei como foi. Agora quero saber o que irá acontecer com ela?

— Expulsão — Leci falou, pondo-se em pé e contraindo a expressão.

— Vamos com calma, Leci — o Diretor disse voltando ao seu assento.

— Mas agora pouco o senhor disse que teríamos que ser mais durões. Vilões da Marvel, só que sem a fantasia. O que é uma pena, já que eu tenho tinta roxa em casa e poderia usar para me tornar o Thanos!

— É, mas vamos começar na segunda-feira que vem. Hoje estou sem ânimo.

— A dieta também vamos adiar? — Leci indagou esperançosa.

— Não. A dieta começamos hoje, como combinado.

— Droga!

— Enfim, o que eu devo fazer, senhor Diretor? — Rebeca falou quase sem paciência.

— Um banho e voltar para as suas atividades. Boa tarde.

— Inacreditável — Rebeca deu as costas saindo da sala enfurecida.

— A dieta está em pé mesmo? — Leci murmurou nada contente.

— Ah, vamos deixar para segunda-feira que vem e começamos tudo de uma vez.

— Fechado — Leci disse quase dando pulinhos de alegria.

Anna Luíza encarava o quadro verde à sua frente completamente perdida em seus pensamentos. Amanda adentrou a sala encontrando o que ela tanto procurara.

— Por onde você andou? Fiquei te esperando para almoçar uma década e você não apareceu.

— Eu sei, me desculpe. Mas você não imagina o que aconteceu?

— Te pegaram tentando pôr fogo na biblioteca porque não gostou da nova seção que criaram: "Livros de youtubers". Eu sei, Machado de Assis já era!

— Amanda, não viaja — Anna disse rápida. — O que aconteceu foi que o Marcelo me convidou para almoçar a pedido do Matheus que estava lá na mesa quando cheguei — Anna murmurou com uma voz embargada.

— E não me parece ter sido uma boa ideia.

— Não foi. Rebeca também estava lá. A ideia dele era que estando no mesmo metro quadrado que ela, eu iria me esquecer do que ele fez por ficar cega pela raiva que a Rebeca desperta em mim. O Matheus não faz nada certo. É uma vacilo atrás do outro.

— E no que está pensando? — Amanda indagou cautelosa.

— Quero que ele tenha consciência das besteiras que faz, porque eu estou cansada de sempre ficar relevando.

— Então faça ele ter essa consciência. Converse com ele — Amanda falou pegando na mão de sua amiga e dando-lhe coragem.

— Só se ele me procurar — Anna disse firme.

E foi o que ele fez. Mais tarde, Matheus a viu passar por ele indo em direção à saída do colégio. Ele encheu o peito de coragem correndo até o lado dela.

— Não posso deixar você ir embora antes de esclarecermos algumas coisas — proferiu ele seguro. — A confusão do almoço. Foi uma idiotice colocar você e a Rebeca na mesma mesa. Mas eu só queria que você redirecionasse sua raiva para ela e fazer as coisas voltarem ao normal.

— Mas funcionou. As coisas voltaram ao normal. Eu te odiando.

— Tá! Mas esse ódio é provisório né? Igual carreira de cantor que lança algum hit de carnaval.

— Matheus, você só pisa na bola. Primeiro foi a aposta, depois seu sumiço nas férias, o bilhete...

— Não acabou? — Ele franziu a testa.

— Não! E para finalizar, o almoço. Você só me dá motivos para questionar se você é a pessoa certa para mim.

— Eu sinto muito.

— Eu também! Tenho que ir.

Anna Luíza deu as costas e saiu do colégio. Matheus ficou no portão encarando-a se afastar, completamente arrependido da ideia besta que teve em pôr as arqui-inimigas frente a frente.

Linda ajeitava um quadro expressionista de um pintor de rua com tons fortes na parede de sua sala de estar. Sua mãe adentrou com um copo de suco de laranja em mãos e com a língua afiada.

— O tempo está passando rápido demais — disse ela sentando-se ao sofá e encarando o quadro. — E você continua desperdiçando-o.

— Sério, mãe? Este assunto de novo?

— Minha filha, eu só quero que você se case. Que encontre alguém para partilhar a vida e o seu mal gosto por arte.

— Eu ganhei esse quadro, foi uma gentileza.

— Ele te deu porque você estava vestindo as mesmas cores — Isaura falou apontando para o vestido amarelo azulado com alguns pontos verdes na barra. — Mas digo isso para o teu bem. Quero te ver feliz.

— Eu sou feliz sozinha, mãe. Tenho um ótimo emprego, casa própria, mestrado concluído.

— Só quero o seu bem, Linda. Fico preocupada com você sozinha.

— Por quê?

— Hãn ... porque a vida sozinha é muito mais pesada — A mãe sorriu.

— Mas agora não estou mais sozinha. Pelo jeito a senhora veio para ficar.

— É! Se eu gostar da cidade — respondeu Isaura balançando a cabeça não tendo muita certeza. — Agora sente aqui, tenho três telefones para você.

— Ah mãe! — a professora proferiu indo até o sofá nada animada.

Anna Luíza encarava o estrogonofe de frango com batata palha que sua avó preparara com muito carinho. Dona Carla subiu o olhar a sua neta.

— Coma, querida. É o seu prato favorito.

— Eu sei, vó. Só estou organizando os meus pensamentos.

— Então me fale que eu te ajudo a organizá-los.

— O Matheus disse que os pais dele o obrigou a ir em um acampamento sem telefone celular, nem nada. Esse foi o motivo de ele ter desaparecido.

— E isso faz sentido?

— Pelo pouco que já mencionou sobre os pais, faz sim. Ele tem sangue cigano e tal. A bisavó dele lia a borra do café e até chegou a prever a segunda guerra mundial, onde o Uruguai sairia campeão.

— Mas o Uruguai não participou da segunda guerra e muito menos ganhou.

— Eu sei! O Matheus disse que ela viu a borra de ponta cabeça e confundiu com a Copa do Mundo de 1950.

— Enfim — Dona Carla disse segurando um riso —, e o que você decidiu fazer então?

— Quero que ele se dê conta dos seus atos e das consequências que eles geram e, para isso, teremos que ir devagar.

— É um ótima solução.

Marcos apareceu vindo da cozinha trazendo uma garrafa de suco. Ele se sentou à mesa colocando a garrafa em sua frente.

— Espero que tenha gostado da comida. Foi uma prova de fogo no mercado hoje — disse ele.

— Por quê? — Anna Luíza indagou com a boca cheia.

— Fui abordado pela mãe da professora Linda que estava caçando um namorado para a filha e achou que eu serviria para o papel.

— Eu também acho que serve — Dona Carla disse aos risos.

— É, pai. Por que você não a namora? Ou a chama para sair pelo menos?

Marcos começou a engasgar neste instante quase devolvendo a colherada de arroz que colocara na boca instantes antes.

— Não! E vamos parar com esse assunto — respondeu ele em um tom forte.

Anna Luíza e Dona Carla trocaram sorrisos, sabendo que esse assunto sempre deixava Marcos nervoso.

Após o jantar, Anna seguiu para o seu quarto se jogando em sua cama. Um barulho lhe chamou a atenção e, em um único movimento, ela alcançou seu celular vendo uma mensagem que acabara de receber:

"Enquanto ainda tivermos tempo, sempre vou te esperar – Matheus"

Anna sorriu agarrando seu travesseiro e lendo a mensagem mais trezentos e noventa e sete vezes até cair em um sono profundo, onde encontrou Matheus sentado de baixo de uma árvore lendo mãos de passantes e vendendo vestidos de ciganas.

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