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Capítulo 01 - 3º Parte

O senhor Diretor sempre tinha uma pulga atrás da orelha quando se tratava de Anna Luíza, a aluna mais rebelde que o colégio já tivera em toda a sua história. Ele sabia muito bem do que ela era capaz e, por isso, insistia sempre em estar um passo à frente dela.

— Leci, está na escuta? — perguntou ele por meio do Walkie Talkie, enquanto mexia em sua mão direita que estava completamente enfaixada.

— Sim, senhor. Câmbio! — respondeu ela de prontidão em meio ao som chiado.

— Como anda as coisas por aí?

— O senhor esqueceu de dizer "câmbio" ... Câmbio!

— Foco, Leci! — ralhou e fez uma pausa. — Câmbio! — entoou, rendendo-se.

— As coisas estão um pouco complicadas. Eu a perdi de vista. Câmbio!

— Como assim, Leci? Câmbio!

— Ela é muito rápida e habilidosa, não consegui acompanhar. Câmbio!

— Não acredito! Ela deve estar aprontando algo neste exato momento! Tchau, Leci.

— É "câmbio desligo", senhor!

Irritado, o Diretor jogou o aparelho dentro da gaveta e a fechou, respirando fundo e se preparando para algo que estava por vir. E ele realmente deveria ficar preocupado, já que, ao mesmo tempo que ele se lamentava de ter dado uma missão tão importante a desmiolada da Leci, Anna Luíza saía do banheiro fechando a porta atrás de si, trancando-a.

— Por que está fazendo isso? — Matheus a abordou.

— Está em manutenção e me pediram para trancá-lo.

— Mas isso não é trabalho do zelador?

— O colégio está cortando gastos. — Anna Luíza revirou os olhos e respirou fundo. — O que você quer?

Eles saíram andando pelo pátio descoberto, lado a lado, com passos sincronizados. Anna Luíza guardou o molho de chaves no bolso da blusa vermelha que vestia.

— É que eu acho que começamos com o pé esquerdo e as coisas foram se complicando ainda mais. E particularmente não gosto de nada mal resolvido.

— Sinto muito, mas para mim as coisas já estão bem claras.

— Estão? — Matheus pareceu confuso.

— Sim! Você não gosta de mim e eu não gosto de você. Esse é o motivo de você ser a terceira pessoa que eu mais odeio neste colégio.

— E consegui isso em um só dia?

Eles pararam de andar, ficando frente a frente. Anna Luíza fitou os olhos do menino que não vacilaram um segundo sequer.

— Conseguiu — respondeu ela com um sorriso falso.

— Ual! O que fiz exatamente?

— Entrou neste colégio, esbarrou em mim e, pela sua cara, você curte Funk!

— Você é a menina mais estúpida, grosseira, malcriada que eu já conheci. E está na cara que ninguém gosta de você.

— Isso não é verdade — disse Anna Luíza em um tom seguro. — Tenho mais de mil seguidores nos meus perfis sociais.

— A maioria é fake!

— Te dou os parabéns, Matheuzinho. Você conseguiu.

— Consegui o quê?

— A segunda posição! — falou ela, e deu as costas a ele que a puxou pelo braço, forçando-a a encará-lo.

— Não estou nenhum pouco interessado nessa sua lista idiota. Eu tentei vir aqui para deixar as coisas numa boa, até pensei em esquecer aquele chute que você me deu.

— Mas eu não quero que você esqueça, pois duvido que depois daquele chute você possa ter filhos.

— Se ainda consigo ou não me reproduzir, não está em discussão. Eu só quero que você saiba que a partir de hoje, vou revidar tudo o que você fizer contra mim.

— Não estou preocupada. Sei me defender.

— Bom saber!

Eles se entreolharam por um tempo, o suficiente para criar uma faísca. Anna Luíza deu um sorriso e saiu de vez, dando-lhe as costas novamente. Já Matheus, ficou vendo-a se afastar dele ainda confuso por não entender o que fizera de tão grave para ganhar toda essa raiva.

Enquanto a faísca tomava forma no pátio, um incêndio estava preste a acontecer no banheiro. Rebeca saíra de uma cabine lavando suas delicadas mãos, dando ênfase em seu esmalte vermelho cintilante. Após isso, ela se olhou no espelho e ajeitou seu cabelo aos ombros. Seguiu até a porta do banheiro e a puxou, porém percebeu que tal porta estava trancada. Ela tentou mais uma vez e uma outra, todas sem sucesso.

— Não acredito!

Irritada, ela começou a bater na porta.

— Abra! Abra! — gritou ela, mas ninguém a ouviu.

O pátio estava em pleno intervalo e as vozes dos alunos abafavam a dela. Rebeca, então, desistiu de gastar sua energia tentando abrir a porta a força e apelou para tecnologia.

— Alô, Daniele. — Rebeca foi até o espelho, onde começou a ajeitar sua franja — Estou presa no banheiro aqui do pátio.

— Você está entalada? — respondeu Daniele, cortando-a.

— Não. O que quero dizer, é que me trancaram. Preciso que você vá até o Diretor e o avise que estou presa aqui.

— Mas agora? Daniele se demonstrou nada animada. — Sabe, acho que vi um esquilo aqui e ia correr atrás dele. Eles são raros no Brasil.

— Eles são inexistentes no Brasil — esbravejou Rebeca, sem a menor paciência com sua melhor amiga. — Vá agora, Daniele! — gritou ela possessa. — E não diga a ninguém que estou presa aqui. Tchau!

Rebeca desligou o celular, mas ficou segurando-o nas mãos, apertando-o bem forte. Se ela não tivesse gastado tanta energia forçando a maçaneta dourada, diria que o celular a esta hora já estaria quebrado.

— Anna Luíza! — gritou ela, por fim, cerrando os dentes. Um som ardido que faria qualquer ouvido sangrar.

E realmente seu grito não alcançava o pátio, já que Daniele não a ouviu e seguia apressada cruzando-o. Tiago, Marcelo e Matheus notaram que algo de errado estava acontecendo.

— Onde está indo, Daniele, com tanta pressa? — perguntou Marcelo.

— Procurar o Diretor! A Rebeca está entalada no banheiro e enlouquecendo.

Dani saiu de vista, no mesmo instante que Matheus se deu conta do hospício que ele acabara de entrar.

— Este colégio não é muito normal — disparou ele, fazendo seus novos amigos menearem em concordância.

Daniele apertava os passos pelo corredor tentando ser mais rápida que suas pequenas pernas permitiam. Ela chegou em frente à sala da diretoria, abriu a porta e adentrou.

— Senhor Diretor — disparou ela encarando o senhor de cavanhaque e a sua vice-diretora cabisbaixa.

— Onde é o incêndio? — proferiu ele rápido.

— Não é um incêndio. É a Rebeca que está entalada no banheiro. — O Diretor franziu a testa não entendendo nada. — Não sei o que aconteceu. Só sei que ela está no banheiro do pátio. Desesperada!

— Já sabe o que fazer, Leci. Traga-a viva enquanto vou resgatar a senhorita Rebeca.

— Sim, senhor! — Leci bateu continência novamente, esperançosa em fazer seu chefe orgulhoso. — Desta vez, não falharei.

— Conto com isso!

Leci saiu da sala correndo como se estivesse indo tirar a mãe da forca.

— Então vamos, senhorita Daniele.

— Claro! Mas não é melhor buscar manteiga? Isso ajuda a deslizar.

O Diretor sacudiu a cabeça não acreditando no que ela dissera e, de prontidão, ignorou-a saindo da sala rumo ao salvamento de Rebeca.

Enquanto isso no pátio aberto, Amanda caminhava jogando o cabelo castanho claro ao vento e com o celular em mãos. Ela chegou até a rodinha formada por Tiago, Matheus e Marcelo que não paravam de tagarelar.

— Oi. Alguém viu a Anna Luíza? — perguntou ela.

— Ela estava aqui no pátio agora pouco — respondeu Matheus.

— Não a vi — disse Marcelo, não dando muita importância.

— Eu também não! — falou Tiago. — Mas a Rebeca está entalada no banheiro.

— Sério? — Amanda esboçou um riso.

— É o que a Daniele disse — confirmou Marcelo.

— Tá bem! Obrigada.

Amanda deu as costas e se afastou, ainda com o riso nos lábios. No caminho, ela deu de cara com Fábio.

— E aí, descobriu onde a Anna está? — indagou o amigo.

— Não! Mas a Rebeca está entalada no banheiro. — Fábio franziu o cenho. — É o que os meninos ali disseram. Foi a Daniele quem os informou.

— A Daniele não é uma fonte muito confiável — advertiu o garoto. — Ela ainda acredita em Papai Noel.

— Mas eu acho que é verdade. Olhe o que a Anna Luíza acabou de postar na internet. — Amanda virou a tela brilhante do celular ao Fábio.

— Essa é a vingança. Nossa, ela é louca.

— Completamente! — finalizou Amanda, começando a rir.

As redes sociais de Anna Luíza começavam a bombar por conta de uma foto que ela postara gerando vários comentários de risos e outros incrédulos. Anna lia tranquilamente as mensagens caminhando pelo corredor do Pavilhão Um, até dar de frente com um touro rosnando e preparado para apanhá-la. Leci instalou seus olhos em sua presa.

— Anna Luíza — proferiu ela pausadamente.

— Leci — respondeu Anna, fazendo uma condolência.

— Venha aqui! — A vice-diretora começou a correr para agarrá-la.

— Agora não posso. — Mas Anna Luíza fugiu para o outro lado.

As duas começaram uma verdadeira maratona pelos corredores do colégio. Anna Luíza correndo por temer a represália, e Leci querendo mostrar serviço ao senhor Diretor. Elas chegaram até o pátio sob os olhares atentos de todos os alunos que aproveitavam o intervalo. Leci aparentava já estar muito cansada e tinha dificuldade em controlar a respiração.

— Não tente fugir de mim. Sou maratonista. Tenho resistência — mentiu ela, encurralando Anna Luíza em uma parede.

No entanto, Anna fingiu ir para um lado e foi para outro, desviando-se dela. Leci parou por um instante roubando um copo de suco na mão de um dos alunos. Ela bebeu, como se estivesse no meio da São Silvestre, e voltou a correr atrás de Anna, que já estava bem longe.

Tão longe, que ela adentrou novamente o grande corredor do Pavilhão Um e, olhando para trás, não viu nenhum sinal de sua perseguidora. No entanto, quando voltou seu olhar para frente, bateu no peito do senhor Diretor.

— O que a senhorita pensa que está fazendo?

— Um cooper? — respondeu ela, tentando recuperar o fôlego.

— Hora de termos mais uma conversinha.

O Diretor, sem pensar duas vezes, agarrou-a pelo braço direito e começou a arrastá-la.

— Eu tenho uma explicação.

— Você sempre tem!

Não muito tempo depois, os dois já estavam entrando na diretoria. Quando Anna deu o primeiro passo na sala, ela encontrou o olhar furioso de sua arqui-inimiga, sentada, toda glamorosa, à espera de justiça.

— Sente-se — ordenou ele e Anna o fez. — Por que a senhorita trancou Rebeca dentro do banheiro?

— Tranquei? Não estou sabendo de nada.

— Foi você sim que eu sei. — Rebeca se virou a ela, apontando-lhe o dedo.

— Prove! — Anna Luíza a desafiou, tornando-se a ela.

Todavia, durante esse movimento, Anna deixou cair o molho de chaves da sua blusa vermelha. Rápida, Rebeca o pegou mostrando ao senhor Diretor com um sorriso de orelha a orelha.

— Acho que isto já é o suficiente. Aqui está a prova do crime! — Rebeca colocou o molho em cima da mesa, sentindo-se vitoriosa. Finalmente o dia de estragar a vida de Anna Luíza tinha chegado.

— Então, senhorita? — O Diretor arcou uma de suas sobrancelhas à espera de uma resposta de Anna.

— O que isso prova? — murmurou a menina rebelde, confiante.

— Essas são as chaves dos banheiros do colégio, senhorita.

— Não são não!

— Então é de onde? — intrometeu-se Rebeca.

— Meu... Meu carro!

— A senhorita não tem carro.

— Ele é imaginário — continuou ela.

— Chega de mentiras por aqui! — falou o Diretor, já cansado. — Anna Luíza, peça desculpas a senhorita Rebeca para eu me ver livre de vocês o mais rápido possível.

— E de joelhos — completou Rebeca.

— Nunca! Pelo simples fato que isso não prova que fui eu quem a trancou.

— Não? Não prova? — Rebeca estava pasma.

— Não! E sabe por quê? — Anna Luíza pensou rápido. — Você é quem estava com essas chaves o tempo inteiro e fingiu que elas caíram de mim só para tentar me incriminar.

— O quê? Você é louca. Eu não fiz isso, senhor Diretor.

— Fez sim! Que coisa feia, Rebeca! — Agora era Anna quem apontava o dedo.

— Senhor Diretor, faça alguma coisa. Ela está tentando se esquivar da culpa.

— Eu não sei o que fazer. Vou tomar um calmante — disse ele, abrindo sua gaveta de onde saiu um barulho estranho:

— Câmbio desligo! Câmbio desligo! Câmbio desligo! — Era a voz de Leci cantarolando no Walkie Talkie.

Envergonhado, o Diretor fechou a gaveta na hora. Anna Luíza aproveitou o seu constrangimento.

— Enfim, senhor Diretor, acho que sei o que podemos fazer aqui.

— Você sempre sabe — retrucou ele.

— Como a Rebeca não conseguiu provar o meu envolvimento com esse negócio de trancá-la no banheiro, sugiro que nós encerremos este assunto e cada um vai para o seu canto, fazendo assim todos felizes para sempre.

— Eu discordo. Pois, provei sim! Foi você, Anna Luíza, pare de negar.

— Vamos ignorá-la, senhor Diretor. Então o que me diz?

— Vocês me prometem não voltar mais aqui hoje?

Anna Luíza pôs a mão na boca de Rebeca, tapando-a.

— Prometemos! — confirmou ela em nome das duas.

— Caso encerrado! — O Diretor bateu sua mão esquerda na mesa imitando o som do martelo utilizado em julgamentos, e isso o fez arregalar os olhos por ter usado força demais. Já Anna Luíza recolheu sua mão da boca de Rebeca, que disparou:

— Você é inacreditável.

— Eu sei — respondeu Anna, orgulhosa de si.

— Uma de vocês pode enfaixar a minha mão? — perguntou o Diretor contraindo o cenho pela dor em sua mão esquerda.

Elas o encararam, estranhamente. Ele levantou as duas mãos, enfatizando a direita já enfaixada.

A porta da diretoria se abriu momentos depois, e de lá saíram Anna Luíza e Rebeca, que carregava em mãos um resto de faixa.

— Você é dissimulada — acusou Rebeca. — Conseguiu manipular o Diretor para se safar.

— Só mostrei a realidade. Você fingiu ficar trancada no banheiro para me incriminar.

— Pare de fingir, Anna Luíza. Não há mais ninguém aqui para você tentar convencer de que é santa.

— Eu sou santa. Agora tenho que ir. — Anna Luíza deu as costas e saiu marchando para longe de sua inimiga.

— Lembre-se, eu vou me vingar.

— Tudo bem! Mas antes, dê uma olhada no Twitter. Tchauzinho!

Anna Luíza sumiu do corredor deixando para trás uma Rebeca desesperada. Ela pegou o celular e abriu seu perfil levando um susto com o que viu na tela. Tratava-se de uma foto sua, sentada na privada. Rebeca leu a legenda da foto.

— "A @Rebeca está entalada no banheiro. Pois é, um bom filho a casa torna!" — Rebeca foi tomada pela ira. — Anna Luízaaaaaa! — gritou ela cerrando os dentes e ficando vermelha, como se sua cabeça estivesse prestes a explodir.

Quase dava para se ouvir o grito de Rebeca ao entardecer na casa de Anna Luíza, que entrara caminhando pelo hall seguindo até o pé da escada.

— Anna Luíza — chamou Marcos, adentrando o recinto.

— O que faz em casa esse horário? A empresa está bem sem você?

— Ela vai sobreviver. Vim mais cedo para termos uma conversa.

— Não sei se quero ter uma agora.

— Não perguntei se queria. Nós vamos conversar. — Anna Luíza deixou sua bolsa cair aos pés enquanto encarava seu pai. — Não gostei de sua atitude hoje de manhã.

— Eu percebi. Você me mandou para o colégio com aqueles trapos.

Marcos a analisou, de cima a baixo, percebendo que houve uma mudança drástica de roupa.

— Mas parece que se virou muito bem.

— Uma zeladora ficou com dó de mim e me emprestou essa velharia — mentiu ela. — Até um banho quente me ofereceu e chá.

— Anna Luíza, você tem que perceber que o que faço é para o seu bem. Se te dou um castigo, é para você saber que tudo o que se faz nesta vida tem consequências, boas ou ruins.

— Eu sei disso! E sempre arco com as minhas quando elas são justas.

— E você sabe que seu último castigo foi mais do que justo. — Marcos respirou fundo, aproximando-se de sua filha, que baixou o olhar. — Eu só não quero mais ter que ficar brigando com você. Isso me deixa exausto e triste.

— Mas você não me dá outra escolha — argumentou a menina. — Nunca está em casa e quando preciso falar com você, tenho que ficar no telefone três horas ouvindo sua secretária me passar a dieta dela.

— Estou tentando mudar, minha filha.

— Então quando conseguir, pede a sua secretária para me mandar um e-mail avisando. — Anna Luíza pegou sua bolsa do chão e subiu as escadas. — E diz a ela que a dieta a base de cenoura não funcionou em mim.

Anna Luíza sumiu. Marcos tentou ir atrás dela, mas seu celular começou a tocar e ele preferiu atender. Anna entrou em seu quarto, jogando-se na cama. Não demorou muito, Dona Carla parou ao seu lado.

— O que estava acontecendo lá embaixo? — indagou a avó.

— Só o papai que chegou mais cedo e veio falar comigo sobre o que fiz hoje de manhã.

— Cadê as suas roupas velhas? Não foi com elas para o colégio?

— Não me subestime, Dona Carla.

— Você não dá um ponto sem nó, não é mesmo? Mas me conte, como foi seu dia? — Dona Carla se sentou na cama.

— Normal. Conheci gente nova, fui para diretoria, tirei onda com a cara da Rebeca.

— Alguma reclamação?

— Nenhuma! — Anna Luíza encarou sua avó. — Você ficou brava comigo pelo o que fiz com minhas roupas?

— Nunca fico brava com você. — Dona Carla bateu duas vezes em sua perna, chamando-a para se deitar em seu colo. E foi o que Anna Luíza fez. — Você, às vezes, é difícil de controlar e isso vem desde pequena. Esse foi um dos motivos para o seu pai me pedir para ajudá-lo depois de um tempo tentando te criar sozinho.

— Vó, hoje no colégio um menino me chamou de malcriada, você acha isso? — indagou Anna, melancólica.

— Por que ele disse isso?

— Acho que porque eu o insultei e lhe dei um chute em suas partes íntimas.

— Anna Luíza — começou Dona Carla rindo —, você fala demais, faz bagunça demais, porém garotas da sua idade são assim. E esse menino deve ser um babaca por ter reparado somente isso em você. De não ter visto o quanto você é uma menina inteligente, doce e muito, muito carismática.

Anna Luíza fechou os olhos ouvindo a voz de sua avó. Certamente, a lembrança de como ela e Matheus se conheceram invadiu sua mente, pois um ar romântico começou a rodeá-la.

— É... ele é um babaca — murmurou ela, sorrindo.

Anna deu um suspiro revelando que estava completamente encantada pelo menino que a tirou do sério desde o primeiro instante que a viu.

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