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Capítulo um

Entre provas a serem corrigidas, aulas a serem preparadas e, de fato, duas horas e meia de pé em uma sala de aula pagando pelos meus pecados, a sexta-feira passa rápido. Quanto noto, o relógio marca seis horas e, como não estou sendo paga hora extra, não hesito por um instante antes de desligar o computador e assoprar um beijo para uma colega de trabalho.

— Vai desertar? — ela implica, tomando um outro gole do café que tem sobre a mesa. — Lembra que o coordenador marcou reunião segunda.

Arqueio uma sobrancelha, a mão na cintura.

— Final de ano chegando a cavalo e ele acha que dá para fazer milagre? Já estou cansada de saber que têm três na turma que nem por um milagre vão passar na matéria e aquele demônio de calças só vai fazer pentelhar minhas ideias. Me recuso.

Diante do leve balançar de cabeça cúmplice, de quem entende porque sofre do mesmo mal, jogo o cabelo por cima do ombro e pisco um olho na sua direção.

— Ele não vai me estressar segunda de manhã. Faz mal pra pele, e não sou paga o suficiente para isso.

— Bom final de semana, Jessi — deseja com uma risada enquanto atravesso a porta rumo à minha merecida liberdade após uma semana turbulenta.

Caminho, conferindo mensagens perdidas que se acumularam ao longo do dia. Confirmo o almoço agendado com minha prima no domingo, para que me apresente a nova namorada. Marco hora no salão, baixo um livro novo no aplicativo de leitura, e estou dentro do elevador, o dedo pousado sobre o botão do térreo, quando o aparelho em minhas mãos começa a tocar. Não o toque normal de uma ligação; o som da chamada de vídeo que só Rebecca insiste em fazer nas horas mais inesperadas.

Você ainda está na faculdade? Diz que sim! — pede, o bico no rosto completando o drama descarado do pedido. Antes que ela diga qualquer coisa, adianto-me e aperto o botão do oitavo andar, sabendo que a criatura iluminada que chamo de melhor amiga vai me pedir para ver alguma coisa no laboratório em que faz seu projeto de mestrado, momentaneamente interrompido porque recebeu uma bolsa de estudos no exterior e, neste momento, se encontra na Nova Zelândia há pouco mais de um ano.

— Do que tu precisa? — pergunto, conhecendo a peça.

Faço rapidamente as contas, tentando me localizar no fuso-horário, e, estando dezesseis horas na minha frente, sei que passa pouco das dez da manhã de sábado lá. Ao invés de aproveitar o final de semana para descansar, minha surtada preferida está com a fuça enfiada no projeto. Não sei se brigo ou morro de orgulho pela seriedade com que ela está encarando seu trabalho. Depois de tudo que passou com o embuste do ex-noivo, é bom ver Rebecca dedicada dessa forma a algo que pertence somente a ela.

Tem uma planilha na minha pasta no computador do laboratório que não consigo acessar daqui. Você pode me enviar por e-mail? — pede.

— Como estão as coisas aí, sua desnaturada? — pergunto após concordar. — Tu só me liga quando precisa de alguma coisa.

Que mentira! — Rebecca protesta do outro lado da tela, o cabelo preso em um coque rebelde, vestindo um pijama de ursinho. — Estou com saudades de você. Não tem ninguém para cozinhar para mim aqui.

Rio e balanço a cabeça, compartilhando do sentimento: sinto falta dela. O apartamento que dividimos por seis anos está vazio demais sem sua bagunça, sem ninguém para reclamar do meu gosto musical, sem nossas longas conversas madrugadas adentro.

Rebecca entrou na minha vida quando tudo parecia desabar, quando estava sozinha, machucada, a ponto de perder o controle da minha sanidade. Ela e seus dramas desmedidos, seus problemas infinitos e sua capacidade inata de fazer besteira me salvaram. Cuidar dela, protegê-la e amá-la como minha própria irmã fez com que minha vida fosse mais fácil de viver. Desde aquela tarde em que a encontrei chorando no banheiro da escola por algum idiota de quem gostava na época, ela com seus quinze anos, eu já no fim dos meus dezessete, Becs se tornou parte de mim.

Minha melhor parte.

É... Sinto falta dela.

Pra onde você vai agora? — pergunta assim que as portas do elevador se abrem.

— Para casa — suspiro. — Essa semana foi infernal, preciso de vinho e colocar meus pezinhos para o alto.

Definitivamente preciso fazer minhas unhas, constato com uma olhadela para a ponta dos meus dedos.

O mundo vai acabar! Jéssica Gonçalves vai para casa em plena sexta à noite? Já estou ouvindo as trombetas do apocalipse!

Gargalho da reação exagerada, balançando a cabeça. De todo errada, ela não está. Deixo duas batidas na porta quando alcanço o laboratório. Uma voz familiar me instrui para que entre, e hesito por um instante antes de alcançar a maçaneta.

— Te ligo em um minuto — digo à minha amiga, estalando um beijo na tela do celular antes de encerrar a ligação e enfiá-lo no bolso.

Entro na sala já quase vazia e ofereço um sorriso para as duas únicas pessoas aqui. Melissa, sentada na cadeira em frente ao computador, uma série de gráficos abertos na tela, tranças coloridas amarradas no topo da cabeça, acena efusivamente na minha direção, por um segundo apenas. No instante que se segue, nada faz para disfarçar o olhar maravilhado na direção do homem recostado na mesa, de pé ao seu lado, de frente para ela, braços cruzados no peito.

Permito que meus olhos pousem sobre ele por dois segundos inteiros apenas; o suficiente para notar o leve franzir de sobrancelhas que me oferece, o suficiente para ler a pergunta clara em suas íris límpidas.

— Rebecca me pediu para ver alguma coisa no computador dela — explico, indicando com o polegar para onde vou em seguida, acomodando-me na cadeira de costas para os dois.

Digito a senha de acesso e começo a vasculhar suas pastas em busca do que me pediu.

— Acho que já encerramos por hoje, Mel — ele diz. Uma risada baixa e conhecida escapa da sua garganta diante do protesto da garota. Pego-me sorrindo também, por motivo nenhum além da minha incapacidade de deixar de apreciar o som. — Continuamos na segunda, tudo bem? Respira, você está fazendo um ótimo trabalho. Estou orgulhoso.

— Só porque eu tenho o melhor professor do mundo — a menina rebate, o sorriso na voz sendo palpável à distância. Então, completa em um sussurro divertido: — Não conta pra Rebecca que eu disse isso.

Melissa mal passa dos seus dezenove anos, e lembro muito bem de como eu era na sua idade. Essa veneração absoluta que ela sente por Henrique é algo que experimentei antes por outros professores que me despertavam aquele sentimento que ultrapassava só a admiração profissional. Aquela quedinha por um professor lindo, competente, atencioso e que parece enxergar um mundo de potencial. É inevitável.

Quando Becs viajou e pediu para que Henrique adotasse sua estagiária, ele não hesitou. E a trata da mesma forma como sempre tratou Rebecca, sua pupila, maior orgulho e pessoa que nos apresentou para começo de conversa.

Reviro os olhos quando a risada cúmplice invade o local, recusando-me a acreditar que estou mesmo com ciúmes quando o conheço do avesso e sei, por experiência própria, que é mais fácil o Sol esfriar a Henrique ultrapassar qualquer limite profissional. O ridículo da situação torna-se ainda mais evidente porque, ainda que fosse o caso, não é da minha maldita conta.

Finalmente encontro o que procuro no computador e envio para Rebecca por e-mail. Ao menos é o que tento fazer, porque a conexão de internet é tão lenta aqui que capaz de ser mais rápido que eu imprima uma cópia da planilha, pegue um avião e a entregue pessoalmente.

— Até segunda, Rique — Melissa diz em uma voz doce, e acerto o botão de enviar repetidas vezes, implorando para que eu possa sair daqui logo. Meu pedido não é atendido, contudo. Quando a porta é fechada e sei que estou sozinha com ele, decido colocar o que quer que aconteça nos próximos minutos no karma de Rebecca por ter me feito vir aqui.

Ouço seus passos aproximando-se de mim, sinto suas mãos apoiarem nas costas da cadeira. Ele tira meu cabelo do lugar, jogando os fios lisos por sobre um ombro, deixando meu pescoço exposto de um lado. O lado esquerdo, sempre o esquerdo. Fecho os olhos por um segundo quando a ponta do seu indicador toca minha pele, indo da base da minha orelha à curva da minha nuca. A familiaridade do gesto faz com que seja muito fácil vislumbrar o contraste da sua pele clara contra a minha, e mais fácil ainda prever que vou ser incapaz de evitar o arrepio gostoso subindo pela minha coluna se ele não parar no próximo segundo.

— O que eu fiz? — pergunta, a voz baixa e reticente. Mordo o interior da bochecha e continuo encarando a tela do computador. — Jéssica...

O e-mail, finalmente, decide ser enviado, e me movo na cadeira para puxar o celular do bolso e avisar Rebecca. Quando minha amiga responde à mensagem com uma sequência de figurinhas, agradecendo e dizendo que me ama, não reprimo a risada baixa, que morre no instante seguinte quando Henrique gira a cadeira de rodinhas na sua direção.

Senta-se no chão, as pernas cruzadas, braços apoiados no joelho. Seu olhar é preocupado, e eu o conheço o suficiente para saber que posso continuar fugindo, como venho fazendo por quase duas semanas, mas ele não vai me deixar em paz.

— O que eu fiz? — insiste, sereno, mas firme.

— Nada, Henrique — respondo com um suspiro.

— Então por que você está me evitando?

— Não estou te...

— Você recusou quatro convites para almoçar nas últimas semanas, Jéssica.

Abro a boca, mas sou incapaz de inventar uma mentira convincente. Minha incapacidade em engajar com drama me impede de criar um problema inexistente. Henrique se arrasta para mais perto, o olhar preso a mim.

— Me diz o que fiz. Não posso consertar se eu não souber — insiste. Estou a ponto de tentar colocar em palavras a bagunça que estou sentindo quando ele continua: — Você sabe o quanto é importante para mim, Jéssica. Sabe que eu odiaria perder sua amizade por algum motivo bobo. Conversa comigo.

Preciso ser justa e dizer que Henrique tem duas bolas, posso confirmar, mas nenhuma delas é de cristal.

Ele não sabe. Talvez qualquer outra pessoa teria certeza a essa altura, mas Henrique funciona em uma frequência diferente, sei disso há anos. Ele não é bom com insinuações, indiretas. Não tenta ler pensamentos ou adivinhar problemas. É honesto e direto. Quanto algo está errado, simplesmente diz, e espera que façam o mesmo por ele.

Então não posso culpá-lo por ser um idiota sem noção e não perceber como meu coração bate acelerado por ele há tanto tempo. Temos uma história, a essa altura. Não a que eu gostaria, mas temos. Nós nos conhecemos há bons cinco anos, somos amigos próximos há quatro, e fazem três desde que transamos pela primeira vez.

Ele confia em mim para ser honesta, da mesma forma como é honesto comigo nessa amizade com benefícios esporádicos que consolidamos. Henrique me conta tudo, cada detalhe, problema idiota, aleatoriedade cotidiana. Faço o mesmo; confio nele de olhos fechados da mesma forma como faço com Rebecca. Apenas omito que amizade é a palavra que me faz revirar os olhos todos os dias quando o assunto é ele.

— Estou preocupada com a minha tia — digo, sabendo que ele não vai permitir que eu saia desta sala sem esclarecer as coisas. Uma meia verdade é aceitável o suficiente. O vinco em sua sobrancelha aumenta, porque Henrique sabe o quanto a situação da tia Cida é delicada.

— Aconteceu alguma coisa? — pergunta. Nego com a cabeça.

— O de sempre. Vou visitá-la amanhã, já faz tempo que não a vejo.

Ele suspira e balança a cabeça. Estende a mão e toca minha panturrilha com a ponta dos dedos, moldando um "sinto muito" com os lábios. Qualquer outra pessoa tentaria me consolar diante da admissão de preocupação com o estado de saúde tão frágil da mulher que me criou desde a minha adolescência. Qualquer outra pessoa, mas não Henrique, porque esse filho da mãe me conhece. Então, ao invés de palavras vazias de consolo, oferece-me um sorriso carinhoso e um convite:

— Acho que um jantar e algumas bebidas vão te fazer muito bem — sugere, arqueando uma sobrancelha.

— Eu no bagaço — desconverso com uma risada. O que não é de todo mentira, mas de longe o motivo para a recusa. Há uma nuvem de decepção em seus olhos por um segundo, mas ele nada diz. Não insiste, não força; nunca o faz. Levanta-se do chão e me estende uma mão.

— Te dou uma carona — oferece.

Talvez eu devesse negar, mas não nego.

Vou colocar isso no karma de Rebecca também.

Quando ele estaciona na entrada do meu prédio, pouco mais de vinte minutos depois, não estou mais brava sem motivo concreto, não estou mais decidida a me afastar dele. É impossível cultivar qualquer sentimento negativo quando é tão fácil conversar com ele, quando Henrique tão abertamente deixa claro o quanto gosta da minha companhia. Então, mesmo sabendo que não é nada bom para minha saúde emocional, com a mão pronta para abrir a porta do carro, pego-me oferecendo:

— Quer subir?

Ele recosta a cabeça no banco e me olha com atenção.

— Você disse que estava cansada — aponta.

Assinto.

— Estou. — Recebo um apertar de olhos em resposta. — E desesperadamente precisando de uma massagem, dedinhos de fada.

O sorrio pelo apelido vem acompanhado da mão dele, que substitui a minha em minha nuca, os dedos pressionando o nó com uma precisão que me arranca um gemido baixo. Henrique acaricia-me a pele, e fecho os olhos, apreciando o toque.

— Você quer que eu suba? — questiona, confirmando o que já está claro. Não estranho, tampouco me incomodo. Ele sempre faz isso e há uma parte minha que, embora se irrite com a hesitação constante, se agrada pelo cuidado.

Confirmo, e entramos no prédio, continuando a conversa leve e gostosa que estávamos tendo no carro. Deixo a bolsa no sofá e livro-me da jaqueta, contando a ele sobre o alguma bobagem que Rebecca tenha me contado. Com um sorriso no rosto, ele ouve atentamente, seguindo para onde sabe ser a cozinha.

— Você almoçou? — pergunta, abrindo a geladeira para servir um copo de água.

— Esqueci! Acho que perdi a hora.

A insatisfação fica visível nos seus olhos, e prendo o sorriso quando vejo-o suspirar, devolver a garrafa de água à geladeira e começar a vasculhá-la em busca de comida. Vou até ele a tempo de vê-lo pescar alguns legumes e colocá-los na bancada, logo antes de me estender o copo de água. Agradeço com um aceno, o sorriso crescendo em meu rosto enquanto bebo sob seu olhar atento. É inevitável achar graça da sua postura, já conhecendo seu discurso sempre preocupado com o que considera o péssimo cuidado que tenho com a minha própria saúde em muitos momentos.

— Tomou café da manhã pelo menos? Chá e biscoito não conta — interrompe, antes mesmo que eu diga qualquer coisa.

— Bolacha — corrijo, e ele prende um sorriso.

— Vai tomar um banho e eu cozinho alguma coisa antes que você desmaie.

Aceito a oferta sem questionar. Meia hora depois depois, volto à cozinha, encontrando-o servindo a comida, uma taça de vinho já esperando por mim.

— Vou assumir que gosta de brócolis, já que estava na sua geladeira — brinca, espetando um e estendendo o garfo na minha direção quando me aproximo o suficiente.

— Odeio — brinco com a boca cheia. — Obrigada.

— Não por isso — responde, deixando um beijo na minha testa. — Come antes de beber.

Acomodamo-nos no sofá, um filme qualquer sendo exibido na televisão à nossa frente, devidamente ignorado enquanto conversamos e bebemos. Eu bebo, ao menos. E não posso culpar a meia taça de vinho quando deixamos os pratos de lado e me acomodo no seu ombro, sentada bem perto dele, sentindo seus dedos acariciarem meu cabelo, seu cheiro limpo e fresco acalmando meus sentidos.

— Que horas você vai para Canoas amanhã? — pergunta, os dedos escorrendo pela minha pele. Como se lembrando da minha insinuação besta no carro, emenda: — Vira de costas para mim.

Obedeço, sentando-me ereta no sofá, girando de costas para ele, sentindo suas mãos subirem por meu pescoço, descendo por meus ombros em uma pressão certeira.

— No fim do dia. Vivi está toda nervosa de me apresentar a namorada nova, parece até que sou mãe dela. — Rio, lembrando-me do surto da minha prima mais nova mais cedo ao telefone.

— Você meio que é — comenta. — Aquela menina te adora.

Emendamos uma conversa casual e gostosa. Henrique me conta sobre o projeto, sobre seu trabalho, sobre a turma para que dá aula. Temos alguns alunos em comum, o que sempre rende risadas e momentos de estresse partilhados, dependendo do cidadão em questão. Quando o assunto desvia para meu querido coordenador, estresse exala meu corpo e pego-me elevando a voz em tons agudos enquanto reclamo do homem.

— Você vai arrumar moda de ser demitida, isso sim — ele brinca, rindo quando conto que discuti com o dito-cujo na última reunião e não tenho qualquer pretensão de comparecer à próxima.

Livro-me das suas mãos em meus ombros e viro em sua direção, jogando as mãos para o alto.

— E tu acha que vou deixar aquele nojento me obrigar a mudar nota de aluno porque papai rico não vai gostar que o presentinho de Deus dele repita a matéria? Que estudasse ao invés de perder todas as aulas, oras! — rebato, torcendo o nariz.

Henrique sorri e aperta meu queixo entre o polegar e o indicador.

— Agora sim — diz. Olho-o, confusa. — Você estava toda retraída a noite toda — comenta. Dou de ombros, e os dedos dele encontram o caminho pela minha bochecha. — Esse é o brilho certo para você, Jéssica. Odeio quando não está bem.

Umedeço os lábios e giro o rosto, deixando um beijo na palma da sua mão que está apoiada na minha bochecha. Henrique sorri e acaricia minha pele, sereno.

Arrasto-me para perto dele e, sem pensar muito, subo em seu colo, uma perna de cada lado das suas, as mãos apoiadas nos seus ombros. A mão que estava no meu rosto desce ao meu pescoço, e ele balança a cabeça em negativa.

— Você é impossível — diz, a outra mão subindo pelo meu braço.

— Nunca neguei, tu nunca reclamou — rebato, descendo a boca à dele.

O beijo é doce, calmo, longo. A barba arranha minha pele e gosto da sensação. Henrique me puxa mais para perto quando mordo seu lábio, abraçando-me, prendendo-me a si. Não falamos nada por minutos demais, perdidos um no outro, até que ele solta minha boca, mas não me deixa ir longe.

— Senti sua falta — murmura contra meus lábios, acariciando-os com os seus.

Volto para outro beijo, mas ele me para.

— Me promete que está tudo bem, Jéssica — pede, segurando meu rosto com as duas mãos. — Não consigo acreditar nesse papo de que só estava ocupada, estressada, preocupada. Você sempre vem até mim quando é o caso. Acho que está mentindo para mim, me evitando, mas você diz que não. Vou acreditar no que me disser, mas preciso que seja honesta comigo.

Aceno com a cabeça.

— Prometo que está tudo bem — minto.

Não tenho tempo de questionar minha decisão, porque ele se levanta do sofá e me leva com ele, facilmente encontrando o caminho do meu quarto. Presa entre o colchão e seu corpo, não tenho escolha a não ser me render ao seu toque carinhoso.

Mesmo que tivesse, não faria diferente.

Sei que não vou ter o que quero, quando ele me impede de alcançar o botão da sua calça e, ao invés disso, enlaça nossos dedos, acariciando o dorso da minha mão com o polegar. A centelha de frustração é construída e acalmada com a mesma facilidade, contudo: ergo o tronco quando ele tira minha camiseta, arqueio o corpo quando seus lábios alcançam meu seio, mordo o lábio quando desabotoa minha calça, desce o zíper e desliza a mão por dentro da peça.

— Posso dormir aqui? — pede, os dedos no lugar certo, a boca na minha.

— Prometo não te acordar cedo — implico. — Pode ter suas oito horas de sono de beleza.

— E você vai meditar comigo de manhã? — arrisca, os olhos claros cintilando em diversão, um dedo deslizando para dentro de mim.

— Não abusa da tua sorte, guri.

Henrique ri e volta à minha boca, toma meus lábios, sem pressa.

E eu permito que o faça, porque aceito qualquer coisa que ele queira me dar. Até porque, nesse caso, vai ser um orgasmo.

OI, MENINEES!

Que saudades que eu estava de vocês! 

Esse livro vai ser bem diferente do que eu venho escrevendo até aqui e estou morrendo de medo, desespero e ansiedade. Conto com vocês para me dizerem o que estão achando.

Eu atualizei a sinopse, os avisos, elenco e adicionei um capítulo chamado "parte 1" antes do prólogo. Voltem lá e deem uma olhada para saberem o que esperar desse livro.

Depositem aqui os pensamentos sobre o primeiro capítulo e acalmem o coração de uma escritora surtada! Não esquecam de votar e indicar prazamiga.

Amo vocês!

Até breve <3



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