Prólogo
A água caía lentamente da torneira, conforme eu esfregava os pratos sujos na pia. Cantarolava uma música qualquer enquanto tentava ignorar o som alto da música que vinha da sala.
Barulhos da porta batendo violentamente me fez desligar a torneira e procurar ouvir com mais clareza.
A porta se abriu e logo em seguida escutei vozes, que ao decorrer foram aumentando o tom, até escutar um choro fino de uma criança.
Corri até a sala, me deparando com meu padrasto em frente a porta, enquanto uma mulher aparentando seus 30 anos, estava em frente a nossa porta, segurando um embrulho nos braços.
- O que está acontecendo? - Questionei, assustada.
Me aproximei cada vez mais, meu instinto me dizendo que aquela mulher estava alcoolizada e que eu deveria proteger aquela criança. Observei a mulher se dirigir em alguns passos ágeis até mim.
- Cuida dela - Sua voz era trêmula conforme me entregava o pequeno embrulho.
Foi quando escutei o disparo, e a mulher caiu diante de mim.
Senti meu corpo em choque, diante daquela mulher em minha frente.
- Lana... Vai para dentro - Meu padrasto falou, me empurrando - Agora!
Corri escada acima, com o pequeno embrulho nos braços. Olhei para trás e vi diversos homens armados invadindo a casa e corri para o quarto, onde me tranquei. Rezei pedindo a Deus para me proteger e proteger aquela criança. Eu não fazia idéia do que estava acontecendo, e de quem era a criança, mas me sentia no dever de protegê-la.
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