Capítulo 22
- Obrigada pela presença, Lana - Ela apertou a minha mão - Entraremos em contato brevemente.
Sorri.
- Eu quem agradeço, tenha um ótimo dia - Finalizei e sai da sala.
Andava apressadamente até o ponto de ônibus. Como era sexta feira, o centro estava cheio como de costume.
***
Eram 09h da manhã quando cheguei desci do ônibus próximo ao morro, e me dirigi até a entrada.
- Oi - Comprimento TG que conversava com alguns caras.
- Oi - Ele acenou com a cabeça em comprimento e retomou a conversa - Aí, GW tá louco te procurando.
Suspirei.
Não estava com cabeça para isso, havia acabado de sair de uma entrevista que poderia mudar toda a minha vida. Esperava muito conseguir a vaga.
Perto de casa, fui puxada bruscamente pelo braço em direção à um beco.
- Onde você tava? - GW me empurrou para a parede.
Franzi a testa para ele. Caraca, ele estava com uma camiseta azul escura da Lacoste e uma bermuda preta. Ele era gato pra caramba.
- Oi - Sorri, enlaçando os braços em seu pescoço e trazendo-o para mim.
- Lana - Resmungou, cheirando meu pescoço - Não faz isso. Onde você tava? Fui lá e tu não tava, e a Rebeca tá na Franciele. Qual foi, Lana?
- Fui fazer uma entrevista - Falei.
Ele levantou as sombrancelhas.
- Qual foi Lana, a gente já não conversou sobre esse assunto aí?
- Sim... Mas é difícil pra mim - Falei, suspirando.
- Poxa, eu já não te dou tudo? - Olhou pra mim - Tu tá grávida, não pode ficar se esforçando.
- Não é questão disso - Falei - Poxa, eu também tenho minhas necessidades, preciso do meu dinheirinho para comprar as minhas coisas. E além do mais, nosso filho já está quase nascendo e ainda não tenho nada. Apenas algumas roupinhas que ganhei.
Ele deu um soco na parede ao lado.
-
P
uts amor, me desculpa mesmo. Várias b.o para resolver que acabei me esquecendo dessa merda aí - Suspirou frustado.
Ele me chamou de amor?
- Amanhã mesmo a gente vai comprar essas paradas, pode pá? - Apenas assenti, totalmente boba - Agora vai pra casa, vou falar pra alguém levar a Rebeca pra você.
- Obrigada - Abracei-o fortemente - Amo você.
Ele apenas sorriu de lado, antes de se afastar completamente.
Caminhei em direção à minha casa, porém antes que chegasse, um grupinho me chamou a atenção.
- E aí vagabunda - Uma voz irritantemente fina chamou a minha atenção.
Me virei, dando de cara com a ex amante de GW. Revirei os olhos. Ela até era bonita, possuía cabelos pretos longos e um corpo bonito. Era alta, maior que eu, e usava um shorts jeans e um top roxo.
- A única vagabunda aqui é você. Tá louca garota? Nem te conheço - Falei.
Um bico feio se formou em sua boca.
- Sua vadia! Por sua causa o GW me dispensou! - Exclamou.
Olhei uma pequena roda se formando ao redor e bufei, não gostava de confusão. Coloquei as mãos em minha barriga e me afastei, deixando-a falar sozinha. Nao iria brigar por macho, ainda mais por causa de GW.
Entrei em minha casa e logo me deparei com Fran sentada no sofá.
- Oi Fran - Sentei ao seu lado.
Sua barriga estava imensa, um pouco maior que a minha até, porém ela ainda estava de 4 meses enquanto eu me encaminhava para os 6.
- Oi nega, demorou.
- Tive um imprevisto chamada Sabrina pelo caminho - Revirei os olhos, ao falar da garota na rua.
- Nem me fala. Ela tá espalhando pelo morro que você deu um golpe em GW - Falou.
Senti minhas veias pulsarem de raiva.
- Eu vou matar aquela garota - Bufei - Ela veio me afrontar na rua, mas tenho respeito pelo meu filho. Mas deixa só eu ganhar que ela vai ver o dela.
- Bom miga, já vou indo. Vim trazer a Rebeca mesmo, ela tá dormindo no quarto.
- Tá bom - Observei ela sair e fechei a porta, passando a chave.
Resolvi dar uma limpeza na casa. Troquei os panos do sofá e tirei o tapete para lavar. Passei uma água no chão e em seguida fui em direção a cozinha, lavando a geladeira e as louças da pia.
Mais ou menos 1h hora depois terminei. Subi as escadas e dei uma boa olhada em Rebeca, em seguida fui em direção ao quarto e peguei um macacão florido. Tomei um banho e vesti-o, peguei uma coberta e levei para a sala. Coloquei um filme qualquer e fiquei assistindo.
***
Eram 20h da noite quando escutei batidas na porta. Estava colocando a mesa do jantar junto com Rebeca.
- Já volto, gatinha - Falei.
Abri a porta e dei de cara com GW. Ele me empurrou de lado e entrou na casa, parecia um pouco ofegante.
- Oi - Sorri para ele.
- Papai! - Rebeca saiu correndo.
- Oi princesa - Ele a pegou no colo e beijou seu rosto.
Sorri com a cena, e automaticamente minhas mãos alcançaram a minha barriga, sorrindo ao sentir ele chutar.
- Vamos jantar.
***
Já havia colocado Rebeca na cama, e estava deitada em meu quarto com GW do meu lado.
- Te falar, sempre quis ficar assim com você - Falou, acariciando o meu rosto.
- Por que você tem que ser tão complicado? - Perguntei, captando a sua atenção - Sério... A gente tá aqui tendo o nosso momento, mas pode ser que amanhã você me humilhe de novo.
- Eu não posso demonstrar os meus sentimentos - Falou baixo - Mesmo que você seja a pessoa mais importante pra mim, não posso deixar que as pessoas saibam disso.
Suspirei.
- Pois é, por isso e outros motivos que a sua amante está espalhando por aí que estou te dando golpe.
Ele abriu o maior olhão.
- Tô sabendo mermo de uma discussão de vocês hoje. O que aconteceu?
- Estava voltando e ela veio me xingar no meio da rua. Só tô te avisando, não bati nela por respeito ao meu filho que tá na minha barriga, mas se ela continuar assim, eu vou quebrar a cara dela quando ele nascer.
Ele soltou um riso pelo nariz.
- Pode deixar que vou colocar ela no lugar dela. Mas se liga, você tem 17 anos. Ela tem 19 e é mais alta que você.
- E daí?! Você acha que ela pode contra mim? Ata.
Ele me ajeitou em seu peito.
- Só tô falando. E não te quero em briga também, coisa feiona, papo reto.
É, eu sei.
- Falando nisso... Estava pensando em nosso filho, ele precisa ter um nome.
- Ele já tem - Falou, olhei para ele surpresa - Mateus... Nosso Mateus.
- E você decidiu isso tipo, sem nem me avisar?
- Ah loirinha, ia te falar sim, se decidir outro nome me avisa.
- Estava pensando em Vinicius - Falei - Matheus Vinícius...
Ele me encarou pensativo.
- Pode ser, agora vamo dormir que amanhã a gente vai sair cedo.
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