Capítulo 18
Acordei sozinha na enorme cama de GW, lembranças da noite anterior me fizeram sorrir, mas logo este sorriso sumiu ao lembrar que eu teria que tomar um banho... E visualizar o meu corpo.
Caminhei lentamente até o banheiro e prendi a respiração, ao avistar o enorme espelho do banheiro. Lentamente a camisa de GW sumiu de meu corpo, quando GW descobriu que TG havia visto o meu corpo nú ficou furioso, então me fez tirar a camisa dele e vestir a sua.
Meus olhos encheram-se de lágrimas, havia diversas manchas roxas pelo meu corpo, roxos profundos em meus seios, cochas, que eu tinha certeza que demorariam meses para sumir. Senti braços me rodearem por trás e um beijo ser plantado em minha bochecha, percebi que GW tremia.
- Vai sair? - Murmurei, ao ver que o mesmo estava todo arrumado.
- Sim... E-Eu... Queria pedir desculpa por ontem, loirinha...
- Pelo que? - Sussurrei
- Por... Por isso - Suas mãos trémulas alcançaram a minha barriga, uma lágrima caiu de meu olho - Eu sei que tu é jovem e eu fui o responsável por não ter usado a porra da camisinha.
- Gabriel - Me virei para ele - Eu não acho que este bebê seja um erro, muito ao contrário, eu amei a notícia de que estou grávida, só que não foi bem o melhor momento - Abaixei a cabeça.
- Eu sei minha princesa - Ele puxou o meu rosto para cima - Prometi cuidar de você e não cumpri, mas agora eu irei, cuidarei de você e de Rebeca.
Meu sorriso murchou, eu sabia que ele não queria ser pai, por isto eu faria o que sempre fiz, o que fiz e faço para Rebeca, seria mãe e pai.
- Tudo bem Gabriel, obrigado.
Retirei as suas mãos gentilmente de minha barriga sem volume algum e entrei no box.
* * *
- Franciele? - Liguei para ela.
- Amiga! - Ela parecia esperar a minha ligação, isto me confortou - Não se preocupe, TG está andando por ai com Rebeca. Você pode vir aqui?
- Tudo bem - Concordei.
Após limpar o quarto em que estive, sai da casa sem deixar qualquer evidências de que estive ali.
Todos me encaravam conforme eu andava pela rua, parecia que todos sabiam o que eu havia sofrido, alguns cochichavam e outros apenas me olhavam com pena.
- Ai Lana, chega ai - Escutei a voz de GW e percebi todos voltarem a andar normalmente.
Fui até ele.
- O que houve? - Perguntei.
- Não é o que houve, quero tu no meu escritório daqui dois tempos, beleza? - Ele falou.
É, parece que tudo havia voltado ao normal.
- Preciso buscar Rebeca.
- Deixei TG e a mulher dele encarregados de cuidar dela por hoje.
- Só vou ver o que Franciele quer comigo - Falei.
- Beleza.
Andei rapidamente morro abaixo, a procura da casa de Franciele.
- Mamã! - Escutei a voz de Rebeca.
Avistei TG e Rebeca.
- Oi, meu amor! - Corri até eles e tomei Rebeca do colo de TG.
- E ai mamãe do ano! - Escutei a voz de Franciele e me virei para ela, que me abraçou - Entra ai, preparei um rango para você!
* * *
Sai da casa de Franciele, a caminho da boca de fumo, era um lugar horrível, fedendo a maconha, que eu era obrigada a entrar. Todos me encaravam, vapores novos assoviavam enquanto eu praticamente corria até a sala de GW.
- O chefe não tá ai não, gatinha - Um vapor falou - Tem eu, sirvo?
Sai correndo daquele lugar.
Enquanto caminhava sem destino pelo morro, visualizei uma cena horrível, GW estava encostado em um carro enquanto uma garota de biquíni rebolava contra ele, que segurava a sua cintura, do outro lado estava outra, que parecia disputar a sua atenção. Uma coisa que percebi em GW era que ele nunca havia pegado uma loira enquanto estava comigo, alguns se arriscavam a dizer que a única loira para ele era eu, porém nunca me iludi acreditando nisto, afinal, como ele dizia... Eu era apenas mais um de seus brinquedos.
- Pô, que tesão de mulher! Chega mais para cá, loira gostosa! - Um cara que estava perto dele gritou, mesmo estando com uma morena em seu colo.
Automaticamente os olhos de GW me fitaram, um segundo depois ele estava em cima do cara.
- Tá de gracinha com a minha mulher, porra?!
- Pô GW, sabia que era sua mulher não, foi mal.
Virei a cara e continuei o meu caminho, mas um cheiro doce invadiu as minhas narinas, eu observava uma mulher vendendo algodão doce.
- Um para a mulher mais linda que já vi... Com todo o respeito, patroa - Um vapor falou, conhecia-o apenas de vista.
A mulher entregou o algodão doce.
- Meu bebê agradece - Sorri, com as mãos na barriga enquanto pegava o algodão doce.
- Parabéns ai! - O vapor foi embora.
Resolvi ir até a minha antiga casa, onde eu iria voltar a morar daqui para a frente.
Adentrei a casa, que permanecerá fechada por um tempo, o cheiro de poeira preenchia o lugar, me fazendo espirrar diversas vezes. Comecei a limpar tudo, jogando fora as coisas de meu padrasto e tudo o que eu encontrava pelo caminho. Uma nova vida que eu iria trazer ao mundo, vida que segue.
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