Thiago Guimaraes (TG) narrando

Estava super nevoso, andava de um lado para o outro enquanto esperava notícias de Lana, GW e Franciele ligavam a cada minuto, atrás de notícias. Como conhecia o meu amigo e a minha mulher, pareciam estar furioso por não poderem fazer nada.

Foi horrível chegar naquela casa e encontrar a mulher de meu irmão nua, toda encolhida, com medo.

- Parentes de Lana Almeida? - Uma enfermeira se aproximou, com a pressa que estava nem tive tempo de visualizar os documentos de Lana.

- Aqui - Corri até ela - E ai, como a baixinha tá?

- Desculpe... Você é?

- Sou primo dela - Falei rapidamente, mentindo é claro.

- Há mais algum parente? - Perguntou.
- Não - Neguei

- Me acompanhe - Segui-a.

Entramos em uma sala e a médica sentou-se.

- Você é... Próximo da paciente? Não há mais algum parente?

- Ela não tem pais e qualquer outro parente, eu quem cuido dela - Falei rapidamente.

- Bom, me conte o caso dela.

- Ela foi estuprada - Contei - O que aconteceu com ela?

- Oh... Ela quase teve um aborto - Contou triste.

- Aborto? Como assim?! - Fiquei confuso.

- Ela está grávida, não sabia? - Neguei com a cabeça - Mas pelo menos tem a informação do pai da criança?

- Meu irmão - Ela levantou as sobrancelhas - De consideração - Acrescentei.

- Entendo...

- Já vou indo com ela, pode pá?

- Seria recomendável ela ficar de repouso em casa... Evitar bebidas alcoólicas e... Certos estupros.

- Pode ficar de boa, quem fez isso com ela vai pagar - Fechei as mãos em punhos com raiva, Lana era como uma irmã para mim.

- Não seria melhor chamar a polícia?

- Resolvemos melhor que qualquer polícia, fica de boca fechada, entendeu? - Me levantei ameaçadoramente.

- O-Ok - Ela gaguejou, e eu sabia que assim que saísse daqui ela chamaria os seguranças.

- Toma - Lhe estendi três notas de cem, ela ficou acanhada mas aceitou - Finje que nunca estivemos aqui.

Após buscar Lana, saímos daquele hospital, eu estava nervoso pra caralho, até parece que a pessoa que seria pai seria eu. Já presenciei muitas vadias dizendo a GW que ele seria pai, e sabe o que ele fazia? Jogava dinheiro e mandava elas embora do país, depois de humilhá-las e bater. Esperava mesmo que com Lana fosse diferente, por que sempre fora.

- E ai - Chamei a atenção de GW, que estava sentado em cima do capô do carro.

Ele pulou do carro e avançou em cima de Lana, abraçando-a fortemente, que chorou.

- Ei, tá tudo bem agora, me perdoa, eu deveria ter matado aquele fudido desde o momento que ele falou com você pela primeira vez.

- Isso você tem razão - Me pronunciei, feliz ao ver os dois juntos.

GW rapidamente mudou a sua postura, soltando Lana rapidamente, me perguntei se ela sabia que estava grávida.

- Precisamos bater um papo - Falei.

- Lana, vai para o carro - GW mandou.

- Envolve ela - Falei, Lana me encarou confusa.

- Solta a voz - GW falou.

- Lana quase sofreu um aborto - Falei rapidamente.

Lana arregalou os olhos encarando o chão, percebi lágrimas caindo de seus olhos e automaticamente ela colocou as mãos na barriga.

- O que é isso? - GW perguntou.

- A Lana tá prenha, cara - Falei

GW me encarou sério.

- Tu tá brincando com a minha cara, né?! - Ele aumentou a voz.

- Tô não cara, tu vai ser pai, parabéns - Cruzei os braços.

Em parte eu estava com inveja, Franciele e eu estávamos tentando a tempos ter um brotinho e nunca conseguimos.

- E tu acha que eu vou assumir a porra do filho de uma vadia? - GW riu sarcasticamente - Uma coisa é ela ser estuprada, outra é querer que eu assuma o filho que eu nem sei se é meu.

- Do que tu tá falando, cara? A mina é tua, tu foi o único para ela!

- Não mais - Lana sorriu forçado, me bateu uma pena do caralho ver ela tão abatida - Não se preocupa não, eu vou buscar Rebeca e vou sumir de uma vez por todas, vou arrumar a minha vida, e vou viver ela com Rebeca e com o meu filho.

Encarei GW desesperado, sem Lana ele piraria. O mesmo continuou passível.

- Tu não vai para lugar nenhum - Ele falou - Amanhã mesmo vou pagar para tu tirar essa criança, e você vai continuar sendo a minha vadia.

Empurrei GW.

- Você tá louco cara?! Olha o que tu tá falando! - Gritei e encarei Lana - Vamos embora, tu vai ficar comigo e com Franciele por uns dias, Lana.

Entrei no carro batendo com força, tempos depois GW entrou e passado longos tempos Lana entrou cabisbaixa.