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✧Chapter 21✧

" Não são as nossas habilidades que mostram o que realmente somos... são nossas escolhas."
– Filme Harry Potter

Karol Sevilla

As coisas finalmente começaram a se alinhar para mim, e a sensação de voltar para casa trouxe uma felicidade inesperada, como se, depois de tanto tempo, você pudesse respirar fundo e sentir-se no lugar certo. 

Tudo parecia estar entrando nos eixos, e finalmente estava reconectando as peças de sua vida.
Com o incentivo de minha mãe e da Rainha Valentina, decidi dar mais um passo rumo ao seu futuro, começando a faculdade. 

Para garantir que faria a escolha certa, decidiu explorar suas possibilidades, assistindo aulas de medicina, dança e administração. 

Era um processo importante, pois, aos 23 anos, sentia que não poderia mais me dar ao luxo de começar algo sem estar certa.

Medicina, por exemplo, sempre foi algo que admirava por causa do meu pai.

A ideia de seguir seus passos parecia natural, mas ao assistir às aulas, percebi que não era aquilo que queria fazer pelo resto da vida. 

Não era mais a jovem de 18 anos buscando desesperadamente um propósito, afinal sou mãe solo agora.

Dança, por sua vez, sempre foi uma paixão, uma válvula de escape nos momentos difíceis, como quando estava desempregada. 

Apesar de amar cada movimento e ritmo, entendi que não era uma carreira, mas uma paixão que guardaria em seu coração.

Foi na aula de administração que tudo mudou. 

Desde o primeiro momento, senti que algo estava diferente. 

Talvez fosse a energia dos colegas ou a paixão dos professores, mas tudo fluiu de forma tão natural que, pela primeira vez, sentiu-se realmente no lugar certo. 

Era como se cada aula reforçasse a certeza de que estava trilhando o caminho ideal.

Além disso, minha filha também estava se adaptando bem melhor do que imaginava, o meu medo era que ela não se adaptasse, por um lugar tão diferente de onde ela nasceu.

Meu pai fez questão de garantir que ela estudasse em um bom colégio, e ver sua felicidade ao fazer novas amizades trouxe alívio ao seu coração. 

Saber que ela estava segura e feliz ajudou você a focar nos meus próprios sonhos.

Os boatos sobre mim e o Ruggero, que antes eram uma constante em sua vida, finalmente desapareceram.

Os jornalistas pareciam ter se cansado, mas tenho certeza que tem dedo da Valu nisso.

Ser a melhor amiga da rainha, tem as suas vantagens.

Apesar de alguns colegas de turma ainda fazerem perguntas sobre nós ocasionalmente, mas sempre negava todas as especulações.

Essa nova fase da minha vida é marcada por autodescoberta, tranquilidade e determinação. 

Depois de tantas tempestades, parecia que, finalmente, o sol estava brilhando para mim.

Estava saindo da faculdade, o sol do meio dia brilhava intensamente no céu do reino.

Estava morrendo de fome, iria ir direto para a fábrica da minha mãe, hoje iríamos almoçar juntas.

Caminhei em direção ao ponto de ônibus quando algo me fez parar.

Em um dos estacionamentos, notei a presença de um guarda real. 

Ele parecia deslocado naquele cenário urbano, com sua postura firme e o uniforme impecável. 

Uma lembrança vaga veio à tona, já o havia visto antes, no dia em que visitei minha amiga em seu castelo. 

Infelizmente, não conseguimos marcar outro encontro desde então, por causa da sua agenda lotada de compromissos, ser a rainha acarretava muita responsabilidade.

— Senhorita Sevilha — chamou ele, com uma voz grave e respeitosa.

Permaneci imóvel, observando-o se aproximar.

— Perdão pelo incômodo — começou, inclinando levemente a cabeça em um gesto formal — Sou Dean, guarda real da senhorita Zenere — se apresentou.

O nome fez meu coração apertar por um instante. 

Claro, ele estava falando de Valéria, a irmã mais nova da Valu.

Valentina havia abandonado aquele sobrenome há anos.

— Aconteceu algo com a Val? — perguntei, a preocupação evidente em minha voz.

— Não, senhorita Sevilha — respondeu prontamente — Ela apenas deseja falar com você por um momento, está no carro lhe aguardando — avisou.

Assenti, um misto de alívio e curiosidade me preenchendo.

— Obrigada, guarda Dean — agradeci, seguindo seus passos até o carro preto de vidros escuros.

Assim que abri a porta traseira, me deparei com uma figura que, por um instante, mal reconheci. 

Era Valéria, mas tão diferente da garotinha que eu havia visto pela última vez há cinco ou seis anos. 

Agora, com cerca de 15 ou 16 anos, ela exibia um semblante amadurecido. 

Antes o seu visual era um pouco mais simples de garotinha romântica a que está na minha frente era claramente uma adolescente moderna que saiba se vestir na moda.

Seus longos cabelos castanhos-claros, lisos, tinham mechas vermelhas que destacavam sua nova personalidade. 

A maquiagem era discreta, mas dava a ela um ar de confiança.

Estava vestindo o uniforme do colégio, o mesmo onde iria lecionar há poucos dias, porém devido ao escândalo envolvendo o meu nome, perdi a oportunidade.

— Oi, Karol! Que saudades de você! — disse Valéria, me puxando para um abraço desajeitado, dada a limitação do espaço no carro.

— Meu Deus, você cresceu tanto, Valéria! — exclamei, correspondendo ao abraço com carinho.

Através dos vidros levemente embaçados do carro, era possível ver Dean à distância, observando atentamente, como se garantisse que nada de ruim acontecesse à irmã da rainha.

Ele tinha uma postura imponente, mas seu olhar revelava um senso de dever quase implacável. 

No banco ao meu lado, Valéria parecia desconfortável, como se carregasse um peso invisível nos ombros. 

Sua expressão era firme, mas havia algo de vulnerável em sua postura enquanto ela falava: 
— Queria ter marcado nosso encontro em um lugar mais decente, mas o que precisamos conversar é bem sério — falou me encarando seriamente.

Minha preocupação se acendeu de imediato.  

— O que aconteceu, Val? — perguntei preocupada.

Sem dizer nada, ela enfiou a mão na bolsa e retirou um envelope branco. 

Ao vê-lo, reconheci o logotipo de um laboratório de exames de sangue. 

O papel parecia carregar um segredo pesado demais para ser ignorado.  

— Sei que vai ficar muito irritada comigo, mas naquele dia em que você foi ao castelo, acabei ouvindo, sem querer, a conversa entre você e minha irmã. Ouvi sobre o seu acidente... e sobre o Ruggero — começou, hesitante. Sua voz tinha um tom de culpa, enquanto ela desviava o olhar para as próprias mãos, perfeitamente cuidadas com esmalte francesinha. 

— Ruth é minha melhor amiga e, além disso, irmã do Ruggero. Sem o consentimento dela e o seu, coletei o DNA da sua filha e mandei para o laboratório para análise — revelou.

Aquela confissão pairou no ar por alguns segundos enquanto eu encarava o envelope nas minhas mãos. 

Ele parecia mais pesado do que qualquer outra coisa que eu já tivesse carregado. 

— Valéria... — comecei, respirando fundo para conter a irritação que ameaçava explodir — Você não tem mais 11 anos para fazer algo assim. Isso poderia lhe render um enorme processo!  — adverti.

Ela se encolheu na cadeira, parecendo ainda mais culpada. Mas antes que pudesse falar algo, continuei: 
— Eu sei que você tentou me ajudar e agradeço por isso. Vou manter isso em segredo entre nós — tentei falar um pouco mais calma.

Toquei seu rosto com delicadeza, e ela suspirou aliviada, ainda ansiosa.

Sabia que, apesar do erro, suas intenções eram boas. 

Então, com um nó na garganta, decidi encarar a verdade. 

Abri o envelope ali mesmo.  

O resultado era claro: positivo

O exame confirmou o parentesco entre Ruggero e minha filha. 

Era como se uma peça perdida do quebra-cabeça finalmente se encaixasse. 

Uma onda de memórias retornava aos poucos, nebulosas, mas inconfundíveis. 

As lágrimas desceram sem aviso, e eu abracei Valéria apertado. 

Ela retribuiu o abraço com força, como se também sentisse o impacto daquela revelação.
Nosso momento foi interrompido por leves batidas no vidro.

Ao olhar para fora, vi Dean parado, a expressão profissional como sempre. 

— Me desculpe incomodá-las, mas preciso levar a Senhorita Zenere de volta ao castelo — disse ele com a voz calma, mas firme. 

Valéria revirou os olhos, irritada pela interrupção.

— Tá bom — respondeu, visivelmente contrariada.

Antes de sair do carro, segurei seu rosto e lhe dei um beijo na testa. 

— Até logo, Val — falei forçando um sorriso.

Ela sorriu levemente antes de eu descer do carro.

Enquanto a observava partir, percebi que aquele momento havia mudado tudo.

As peças do passado finalmente estavam no lugar, e eu sabia que as respostas que tanto procurei estavam apenas começando a surgir.  

Precisava arrumar alguma maneira de falar com o Ruggero e dizer que a Stella era a sua filha.

Percebi que havia perdido o ônibus, por sorte tinha um dinheiro para o táxi, então me encontraria com a minha mãe na fábrica.

Estava uma tarde quente quando tudo começou a se desenrolar. 

Ao sair da faculdade e tentar ligar para um táxi, notei Duncan em um carro vermelho parado no acostamento. 

Ele vestia um conjunto branco impecável, dando a entender que estava saindo ou voltando do hospital onde fazia estágio. 

Fazia dias que não o via, e sabia pelos relatos de tia Cacilda que a rotina dele era exaustiva: estudar e trabalhar o mantinham ocupado, voltando para casa somente de madrugada.  

— Vamos, Karol? — perguntou, com um sorriso discreto.  

— Vamos, sim — respondi, abrindo a porta do carro dele e entrando.  

Logo que me acomodei, comentei: 
— Não sabia que você tinha comprado um carro.  

— Na verdade, não comprei. É o carro do seu pai. Ele me emprestou para facilitar minha locomoção — explicou enquanto dirigia com atenção.  

Fiquei surpresa. Não me lembrava do meu pai ter aquele carro, talvez fosse uma aquisição recente, feita depois que saí de casa. 

Duncan prosseguiu: 
— Sua mãe comentou que você estaria aqui. Resolvi buscá-la para aproveitarmos e conversarmos um pouco no caminho.  

A curiosidade me fez perguntar: 
— Sobre o que deseja conversar?  

Enquanto desviava meu olhar para as ruas do reino, que pareciam cada vez mais belas e vibrantes, ele respondeu: 
— Queria lhe convidar para sair na sexta-feira.  

Hesitei por um momento, mas logo concordei com um sorriso: 
— Pode ser.  

Eu realmente precisava de um tempo para mim, fazia muito que não saía com ninguém.
Desde o nascimento da minha filha, minha rotina havia mudado completamente. 

E, mesmo conhecendo Duncan há anos, o tempo que ficamos distantes fazia com que houvesse certa estranheza entre nós. Chegamos rapidamente à fábrica da minha mãe. 

— Mandarei mensagem para confirmar direitinho com você, ok? — disse Duncan, estacionando o carro.  

— Ok. Obrigada pela carona — falei, inclinando-me para dar um beijo em sua bochecha antes de sair.

A fábrica de minha mãe era imponente. 

Diferente da pequena confecção do bairro da Valu que eu conhecia, agora era uma grande empresa, com o nome "Confecção AAT" estampado na entrada, representando as iniciais dela e de suas sócias. 

Era impressionante como tudo havia mudado em tão pouco tempo. 

Cumprimentei os seguranças e a recepcionista antes de me dirigir ao elevador.

Ao perceber que ele estava prestes a fechar, gritei para que segurassem.

Corri e consegui entrar a tempo, mas mal pude conter minha surpresa ao ver quem estava ali: Ruggero. 

Ele estava elegante como sempre, sua presença exalava confiança. 

Ainda assim, a visão dele fez meu coração acelerar, afinal, precisava contar a ele que Stella era sua filha e também sobre o meu acidente. 

Mesmo que não pudéssemos reatar, minha filha merecia ter o pai ao seu lado, algo que ela sempre desejou. 

— Oi, Karol — disse ele, com um sorriso caloroso. 

— Oi, Ruggero — murmurei, desviando o olhar para disfarçar meu nervosismo. 

— Qual andar você vai? — perguntou.  

— No escritório da minha mãe, mas não sei qual é — confessei, um pouco envergonhada. 

— Iremos para o mesmo lugar — respondeu, apertando o botão do andar correspondente.  

De repente, um som alto e estranho interrompeu a tranquilidade, e o elevador parou bruscamente. 

No susto, perdi o equilíbrio e caí em cima de Ruggero, sentindo o calor de sua presença ainda mais próximo.

Parece que o destino está me forçando a ter aquela conversa com o Ruggero nesse momento.

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