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✧Chapter 06 ✧

"Eu tive tudo, e então a maior parte de você
Um tanto, e agora nada de você
Me leve de volta para a noite em que nos conhecemos"
— The Night We Met — Lord Huron.

Karol Sevilla

Acordei com o meu celular tocando, olho na tela vendo que estava escrito "Carolina".

Logo me lembrei que prometi ligar pra ela quando chegasse no reino, mas por conta da correria, acabei me esquecendo.

Então atendi rapidamente, antes que caíssem na caixa postal e ela achasse que não quero o emprego.

" — Oie, Carol — falei.

— Oie Karol — falou — Como foi a viagem? — perguntou.

— Foi cansativa — respondi — Me desculpe por não ter lhe ligado, acabei dormindo — falei.

— Não tem problema não, só liguei pra avisar que a reunião dos pais vai ser às 7 da noite e eles fazem questão de conhecer a professora de música do seus filhos — falou.

( Retiro o celular da orelha e olho a hora, vendo que marcava 5:30 da tarde)

— Tá bom, me passa o endereço por mensagem — pedi.

— Ok, até mais tarde — falou, finalizando a ligação. "

Me levanto com um certa dificuldade, ainda estou um pouco cansada.

Sabia que a Carolina dava aula em um colégio de elite, então precisava ir vestida formalmente.

Como não tinha nenhuma roupa decente, fui até o quarto da minha mãe.

Sigo em direção ao quarto dos meus pais, dei apenas duas batidas na porta e logo foi aberta pela minha mãe.

— Já acordou, filha? — perguntou surpresa

— A Carolina me ligou — respondi com um sorriso.

— Aconteceu algo importante? — perguntou curiosa.

— Não, ela ligou avisando pra mim ir numa reunião no colégio que ela daria aula, me arrumou um emprego de professora de dança — respondeu toda animada.

— Então está aqui pra me pedir uma roupa emprestada? — perguntou.

Era engraçado quando as mães sabem que vamos pedir algo, muito antes de dizer.

— É mãe, eu queria uma roupa mais social para parecer mais apresentável aos olhos dos pais dos alunos — falei.

— Irei providenciar uma roupa pra você, filha — falou toda animada.

Fomos até o ateliê de artes da minha mãe, ela não era muito de pintar e sim guardava fotos e roupas de seus trabalhos como modelo.

Ela dizia não sentir falta, mas sabia que abriu mão de tudo quando nasci.

Eu tenho certeza de que foi extremamente doloroso para ela, especialmente no auge da sua carreira.

Quando conheceu meu pai, ele era um jovem médico e ela estava lutando com um distúrbio alimentar que havia desenvolvido devido à pressão de sua profissão.

Ao entrar em seu ateliê, fui recebido por um cenário melancólico: fotografias dela estavam espalhadas por todos os lados, e as roupas estavam penduradas em um único cabide, todas cobertas por um plástico transparente.

Ela caminhou à minha frente, deslizando os dedos pelos cabides, até que parou diante de um vestido amarelo clarinho.

Ela cuidadosamente retirou o vestido do cabide e desembrulhou o plástico que o envolvia.

O vestido era de tamanho médio, com alcinhas finas que adicionavam um toque delicado.

Seu estilo rodado conferia-lhe uma forma fluida e elegante, com um caimento que acentua a sua simplicidade sofisticada.

— Obrigada pelo vestido, mãe — falei olhando deslumbrada para ele — Irei cuidar dele muito bem, sei o quanto é importante a suas roupas do ateliê — falei pegando o vestido com um certo receio.

— Filha, o que tenho aqui só são roupas e algumas lembranças, nada tão valioso quanto você — falou desviando o olhar para as fotos na parede.

Saímos do ateliê juntos, o som da chave girando na fechadura ecoando pelo corredor.

Minha mãe ajustou o cadeado da porta com cuidado, certificando-se de que estava bem trancada.

Em seguida, ela seguiu para o seu quarto, deixando-me a sós.

Dirigi-me ao banheiro, ansiosa para um momento de relaxamento.

O banho foi um alívio; a água morna corria pelo meu corpo, trazendo uma sensação de frescor.

Depois de um banho mais demorado do que o habitual, saí envolta em uma toalha macia.

O vapor ainda pairava no ambiente, criando uma atmosfera tranquila.

Vesti o vestido que a minha mãe me emprestou, por incrível que pareça ele se ajustava perfeitamente às minhas curvas, o tecido caindo suavemente sobre minha pele.

Optei por um par de coturnos de salto branco, que adicionam um toque de estilo e um pouco de altura.

Deixei meus cabelos soltos, suas ondas naturais caindo sobre meus ombros.

A maquiagem foi feita de forma discreta, destacando meus traços de maneira sutil.

Escolhi brincos de argola dourados pequenos, que brilhavam suavemente, e um colar delicado com uma pequena borboleta pendurada no meio.

Quando saí do banheiro e me dirigi à sala de estar, a cena que encontrei era acolhedora.

Meus pais estavam relaxados no sofá, imersos no programa de TV que assistiam, enquanto minha filha, com seus olhos brilhando de curiosidade, estava aninhada entre eles.

O ambiente era sereno, com a luz suave da sala refletindo nos rostos sorridentes.

— Mãe e pai, poderiam cuidar da minha filha essa noite, por favor — pedi, chamando a atenção de ambos.

Eles sorriram pra mim apenas, sabia que mesmo que não pedisse iria cuidar dela.

Ambos estavam muito felizes com a nossa vinda, de certa forma a mansão voltou a ter vida novamente.

— Onde vai tão bonita desse jeito, mamãe? — Minha filha perguntou se levantando do sofá e se aproximando de mim.

— Vou numa reunião de trabalho, não irei demorar muito, então obedeça os seus avós, ok? — pedi.

— Tá bom, mamãe – concordou toda sorridente.

Aproximando-me da minha filha, beijei sua testa com ternura.

Depois, dirigi-me até meus pais, beijando a bochecha de cada um.

Em seguida, saí para encontrar o motorista Raul, que já me aguardava com o carro pronto.

Raul sempre foi muito calado, então, durante o trajeto até o colégio, eu me distraí olhando pela janela e observando as ruas do reino.

Tudo estava tão diferente, as luzes brilhavam ainda mais intensamente, como estrelas, e havia mais construções.

As coisas estavam muito mais desenvolvidas do que há cinco anos.

Fui dispersa dos meus pensamentos ao sentir o celular vibrando na minha mão e olho vendo uma mensagem da Carolina dizendo que eu estava atrasada.

Assim que o Raul parou em frente ao colégio, me despeço dele e saio correndo a fim de não demorar ainda mais.

Ao chegar, enquanto eu passava pelas portas do colégio, passei correndo distraída e, sem querer, esbarrei em alguém.

Ambos caíram no chão em um tropeço desajeitado.

Quando olhei para a pessoa com quem acabara de colidir, fiquei surpresa ao reconhecer Ruggero, meu ex-namorado.

Desta vez, nossos caminhos se cruzaram de forma inesperada e íntima, muito mais do que na loja onde nos encontramos mais cedo.

Ele estava muito mais bonito do que na TV, a barba crescida lhe conferia um charme amadurecido, embora o corte de cabelo permanecesse o mesmo.

Parecia que o tempo havia parado para ele, mantendo-o eternamente jovem e atraente.

Era quase como se eu e Ruggero estivéssemos condenados a nos esbarrar, uma espécie de destino brincando com a nossa conexão.

A primeira vez que nos vimos também foi um encontro acidental, mas este tinha um toque de ironia.

Com 15 anos, eu estava ajudando no delivery de uma lanchonete local, e numa das minhas primeiras entregas, acabei esbarrando em um garoto muito convencido.

Ele havia debochado, dizendo que a colisão era proposital, pois muitas garotas queriam chamar sua atenção.

Naquele momento, eu o vi como um típico "Mauricinho" e segui meu caminho, sem dar importância.

Agora, anos depois, o mesmo garoto se transformou no maior ídolo teen da atualidade, e o destino parecia estar me pregando uma peça.

Fui despertada de meus pensamentos quando Ruggero se levantou e estendeu a mão para me ajudar.

Ao tocar sua mão, uma estranha sensação percorreu meu corpo, uma espécie de eletricidade que despertou uma breve, mas vívida lembrança dos nossos momentos juntos.

O toque dele trouxe à tona uma série de memórias, e eu não pude deixar de me sentir envolvida pela complexidade daquele encontro inesperado.

Mas o que mais me deixou intrigada foi uma memória de nós dois numa cama nus, dava pra ver claramente já que estávamos transando em frente a um enorme espelho.

Sabia que naquela festa não tinha perdido a minha virgindade com um estranho ou até mesmo na pior da hipóteses ter sido estuprada.

Finalmente, a memória daquele dia havia retornado com a clareza de um flash: Ruggero era o pai da minha filha, uma verdade que eu havia lutado para lembrar durante dolorosos cinco anos.

O choque me atingiu com tanta intensidade que, sem pensar, soltei a mão dele rapidamente.

Não consegui articular uma palavra; o susto e a confusão me paralisaram.

Em vez disso, me virei e saí correndo, sem um destino claro, apenas tentando escapar da revelação que acabara de desabar sobre mim.

Enquanto corria, senti uma dor de cabeça crescente, um reflexo do turbilhão interno que estava experimentando.

Porém, sabia que precisava focar em minha tarefa imediata.

Tinha um objetivo claro: conquistar a aprovação dos pais para minha nova posição como professora.

Não poderia permitir que essa revelação impactasse minha capacidade de realizar o trabalho que eu havia começado.

Com esforço, respirei fundo e tentei recuperar a compostura.

Ao me aproximar da sala onde Carolina me esperava com um sorriso amigável e um olhar que transmitia uma mistura de curiosidade e expectativa.

Carolina estava linda usando um vestido simples de seda da cor laranja longo e possuíam mangas compridas bufantes.

Seus cabelos estavam soltos bem lisos, ia até na altura dos ombros e estava usando o seu típico óculos de grau.

A visão dela, tão serena e profissional, ajudou a me ancorar no presente e a afastar um pouco o tumulto emocional.

— Karol, que bom te ver — Carolina falou me dando um forte abraço, ao nos separar ela me encarou preocupada — Aconteceu alguma coisa? — perguntou num tom preocupado — Você parece está mais pálida que o normal — falou.

— Nada não, estou só um pouco nervosa — menti.

— Tá bom, amiga — concordou meio desconfiada — Estamos prontos para começar a apresentação aos pais — avisou com uma voz calorosa, trazendo um alívio momentâneo para minha mente tumultuada.

Eu forcei um sorriso e acenei com a cabeça, tentando ocultar a tempestade interna.

Enquanto acompanhava Carolina para a sala, sabia que precisava lidar com o que acontecera com Ruggero mais tarde.

Por agora, era crucial manter o foco e mostrar a confiança e profissionalismo que a nova posição exigia.

A revelação sobre Ruggero e a dor emocional que ela trouxe precisam esperar até que o dia fosse concluído e eu pudesse, finalmente, encontrar um momento para processar tudo o que havia acontecido.

Os pais falavam com a diretora, uma mulher na casa dos 60 anos, que exalava uma aura de autoridade e experiência.

Sua postura era firme, mas seu olhar revelava uma gentileza que equilibrava sua imagem de liderança.

Enquanto observava a cena, percebi a movimentação de pessoas ao meu redor, até que vi Ruggero chegando ao lado da dona Angelina.

Ela é a mãe da Valentina e a Valéria e acima de tudo amiga de infância da minha mãe.

Embora Angelina já tivesse passado dos 48 anos, sua beleza permanecia intacta, e era evidente que Valentina era sua imagem refletida.

Como era uma reunião de colégio, era natural que Valéria estivesse ali, mas eu ainda não compreendia a presença de Ruggero.

Decidi, por ora, ignorar sua presença, ainda estava com a cabeça a mil, dados os últimos acontecimentos, precisava focar naquilo que os pais e a diretora estavam prestes a dizer.

A reunião teve início com a diretora me apresentando como a nova professora de dança, substituindo temporariamente a atual, que estava de licença maternidade.

Mas se caso ela não retornasse ao trabalho e eu ter me saído bem, iria ser efetivada de vez no colégio.

Felizmente, consegui conquistar a aprovação dos pais.

Compartilhei um pouco sobre minhas experiências anteriores como professora, mesmo que tenha sido principalmente na área infantil. 

Enfatizei que, embora tivesse trabalhado com crianças, estava totalmente preparada e empolgada para lidar com adolescentes. 

Comprometi-me a oferecer o melhor trabalho possível, sempre com o objetivo de proporcionar uma experiência enriquecedora e positiva para os alunos.

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