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✧Chapter 04 ✧

"Palavras não bastam, não dá pra entender
E esse medo que cresce e não para
É uma história que se complicou
Eu sei bem o porquê"

— A Noite — Tiê.

Karol Sevilla

Ao atravessar a porta da frente, uma onda de familiaridade me envolveu instantaneamente.

O cheiro familiar de móveis antigos e o tapete macio sob meus pés me lembraram que, apesar de tudo, este lugar sempre seria meu lar. A sala estava impecavelmente arrumada, como se o tempo tivesse congelado desde a última vez que estive ali.

Os retratos de família alinhados nas paredes, os livros na estante de mogno e o sofá de couro gasto, todos testemunhas silenciosas de memórias que pareciam agora tão distantes.

Caminhei lentamente pela sala, observando cada detalhe com uma mistura de nostalgia e curiosidade.

Os móveis estavam dispostos exatamente como eu me lembrava, cada objeto um fragmento de uma vida que deixei para trás.

Uma fotografia em preto e branco sobre a lareira capturava um momento de felicidade que agora parecia tão frágil, um lembrete tangível de tudo o que eu havia perdido e tentando esquecer.

A cozinha era um refúgio de luz e calor, com o aroma reconfortante de bolo de chocolate sendo assado flutuando no ar.

Procurei pela presença familiar de minha mãe e minha filha, esperando encontrá-las reunidas em torno da mesa, compartilhando histórias e risos.

O relógio na parede marcava o tempo de forma constante, mas parecia que o tempo aqui tinha parado, preservando um momento de tranquilidade que contrastava.

Olho para o lado da pia e percebo que a nossa governanta estava terminando de lavar a louça.

Ela e o marido Murilo trabalham para os meus pais há muitos anos, eles eram como se fossem da família.

Quando compraram essa mansão, eles contrataram eles, ela é a governanta e a cozinheira, já o seu marido é o chefe dos empregados.

Dona Cacilda era alta, pele clara, cabelos curtos ondulados ruivos e olhos azuis.

Ela tem um filho chamado Duncan, que foi estudar no exterior e mora com os tios, ele é uns 5 anos mais velho que eu.

— Fico feliz que tenha voltado, minha menina — Dona Cacilda falou secando as mãos no pano de prato e me dando um forte abraço.

— Eu também fico feliz, tia Cacilda — falei retribuindo o seu abraço com carinho.

Chamava ela assim desde que era pequena, afinal ela ajudou os meus pais a me criarem.

— O que deseja que eu prepare pra você e a sua filha comerem, minha querida? — perguntou animada.

Quando ia responder algo, uma voz grave surgiu atrás de mim, automaticamente olho pra trás encarando um belo par de olhos castanhos.

— Calma, mãe — rapaz pediu — Karolzinha acabou de chegar, ela precisa descansar um pouco — a lembrou.

Não tinha dúvidas, era o Duncan, ele ficou ainda mais bonito do que me lembrava, fazia exatamente 14 anos que não o via.

Ele estava bem alto, pele bronzeada, olhos castanhos e os cabelos loiros que se encontravam penteados perfeitamente arrumados com o gel.

Não consegui dizer nenhuma palavra, parecia que voltei na época que tinha 10 anos novamente e era completamente apaixonada por ele.

Por sorte a minha mãe entrou na cozinha, ela tinha um belo sorriso no rosto.

— Oi, filha — falou se aproximando de mim — O Raul avisou que você tinha chegado, pode ir descansar, minha neta está dormindo no quarto dela — avisou.

— Tá bom, mãe, obrigada — agradeci, retirei as chaves do carro de dentro do meu bolso da calça e lhe entreguei — Tia, pode preparar qualquer coisa, não tendo morangos, porque a minha filha é alérgica — avisei.

— Tá bom, menina — concordou.

Quando estava saindo da cozinha, passei pelo Duncan e sorri pra ele.

Subo pelas escadas que haviam na sala que dava direto a parte de cima, onde havia corredores com os quartos.

Do lado direito havia o quarto dos meus pais, o escritório do meu pai e o ateliê de pintura da minha mãe.

Do lado direito a primeira porta marrom de madeira era o meu quarto que ainda mantinha a placa com desenho das Winx escrita "Não me perturbe estou com as minhas amigas" e a outra do lado era o da minha filha que tinha um desenho de uma princesa segurando uma coroa estava escrito "Aqui dorme uma princesinha".

Sorrio e retiro a placa da porta, não me identifico mais com ela, me lembro de ter colocado porque a Valentina e a Valéria vinham muito aqui em casa e ficávamos horas fofocando e vendo desenho na TV.

Saudades daquela época em que não tinha nenhuma responsabilidade; tudo parecia tão mais simples.

Fechei os olhos e, por um breve momento, me transportei de volta àquele tempo.

Ao entrar no quarto, percebi que tudo estava exatamente como havia deixado cinco anos atrás.

Minha mãe me disse que a faxineira vinha limpar dia sim, dia não.

As paredes, pintadas em um tom suave de lilás, exibiam várias fotos minhas ao lado da família, amigas e do meu ex-namorado.

Observei a nossa foto, estamos abraçando e ele me deu um grande buquê de flores.

Me lembrei de tê-lo visto mais cedo, ele não havia mudado nada, todas as vezes que o via na TV, lembrava dos bons momentos e me arrependia de ter sido tão tola por perdê-lo.

Me aproximei das fotos com Ruggero e as retirei uma por uma da parede, planejando substituí-las em breve por novas fotos ao lado da minha filha.

Removi também os posters de cantores e bandas, decidida a fazer mudanças significativas durante minha estadia aqui.

Ao abrir o guarda-roupa, encontrei tudo meticulosamente organizado, até melhor do que eu havia deixado.

Nunca fui uma pessoa tão organizada, mas sabia que isso era mérito da minha mãe, que sempre gostou de manter as coisas em ordem.

Peguei uma regata branca escrita de letra preta "DREAM", shorts curto azul marinho com estampa desenhada de cor branca de luas, sóis e estrelas.

Tomei um banho rápido, me vesti, por sorte as roupas serviram perfeitamente em mim, assim como a minha mãe supos.

Ajeitei a minha cama e fui dormir um pouco, aquela viagem de avião sugou toda a minha energia.

Ruggero Pasquarelli

Acordei com uma baita dor de cabeça, era o preço a ser pago ao ser famoso.

Cheguei era 5 horas da manhã, estava fazendo um show para o festival do Reino Esmerald.

Olho no relógio vendo que marcava meio dia, me levantei e fui tomar banho rápido.

Precisava ainda me arrumar pra ir fazer compras com a minha noiva.

Saiu enrolado na toalha, pelo o que pude perceber estava um pouco frio, então optei em vestir um moletom branco com capuz preto e detalhes em vermelho escuro na gola, calças pretas, mas também tinham alguns patches pretos nas pernas.

Peguei o meu all star preto e passei um pouco do meu perfume da nova linha do boticário que me enviaram pra experimentar.

Hoje, por incrível que pareça, foi tudo o maior silêncio, porque todo mundo saiu para resolver umas coisas do colégio da minha irmã.

Atualmente moro com os meus pais e a minha irmã num condomínio perto do castelo real, mas especificamente no terceiro andar.

Nesses últimos cinco anos, as coisas mudaram drasticamente nesse tempo.

Voltei novamente para os palcos, meu pai anda bem melhor de saúde e está trabalhando ao lado do Gastón.

Minha irmã voltou a morar conosco, ela estava num colégio interno, até os seus 11 anos, era tradição todos da família Pasquarelli estudar naquele colégio.

Ruth está com 15 anos e é a melhor amiga da Valéria, a irmã da rainha Valentina.

Enfim, após terminar de me arrumar, me dirigi até a cozinha pra ver o que havia na geladeira, por sorte tinha deixado comida, apenas coloquei no micro-ondas e pus pra esquentar.

Ao terminar de almoçar, percebi que havia recebido uma mensagem da minha noiva avisando que me esperava lá embaixo.

Escovei os meus dentes e desci, estou noivo da princesa Analice, a conheci no momento mais caótico da minha vida.

Após o meu afastamento de vez da Karol, entrei em uma espécie de depressão profunda, meus pais me internaram e fiquei por seis meses.

Ela também estava por lá, mas ficou somente dois meses, após o curso ela teve uma espécie de crise e seus tios a internaram.

Então nos aproximamos muito nesse período e acabamos nos apaixonando pelo outro.

Ao me aproximar do carro prata, o seu segurança o abriu pra mim e me sentei atrás, ao lado dela.

Ela estava tão linda usando um sobretudo de tamanho médio rosa claro, botas de salto alto preto e pra finalizar seus cabelos estavam bem lisos.

— Oie, meu amor — Analice falou me dando um beijo rápido nos lábios — Estava com saudades de você — falou toda sorridente.

— Eu também estava, minha princesa — falei, pegando a sua mão e dando um beijo gentilmente.

— Amor, vamos na loja infantil primeiro e depois vamos comer algo naquele café que tanto gosto — sugeriu.

— Pode ser — concordei.

Iria comprar um presente para a minha afilhada, o aniversário dela foi no final de semana passada e não consegui chegar a tempo, devido ao mal tempo, os voos foram cancelados.

Partiu o meu coração ao ver a minha afilhada chorando por ter perdido seu aniversário de 5 aninhos.

Irei visitar ela e levar um lindo vestido de princesa, apesar dela ter um monte sei que vai alegrar ela de alguma maneira.

Minha noiva dizia que era melhor eu mandar um dos meus empregados vir comprar os presentes, mas eu fazia questão de escolher pessoalmente, era uma forma de demonstrar o meu carinho por ela.

No caminho ela conta sobre os progressos que o seu primo fez no antigo reino do seu pai, finalmente conseguiram boas alianças e tiraram das mãos dos rebeldes.

Aos poucos estão reconstruindo tudo e ela se mudará em breve pra lá, pra assumir o seu lugar de direito.

Nosso casamento acontecerá antes da coroação dela, ainda estou um pouco aflito em deixar a música novamente e me tornar rei ao lado dela.

Nem percebi que havíamos chegado na loja, descemos do carro de mãos dadas e ao lado dos seguranças e entramos no estabelecimento.

Logo fomos surpreendidos pela atendente que estava na porta, parecia que estava à nossa espera.

Era comum, afinal todos os meses eu vinha aqui para comprar os presentes da minha afilhada.

Vejo que havia uma mulher de costas no balcão esperando que uma outra atente dobrasse as suas roupas.

Ela se parecia muito com a Karol de costas, mas os cabelos estavam muito compridos,me lembro dela dizer que detestava por dar muito trabalho.

Não poderia ser ela, pelo o que me lembro, ela estava morando com os avós num vilarejo e não tinha previsão de voltar.

Preciso voltar a falar com o psicólogo, achei que tinha melhorado, já que parei de vê-la em todos os lugares e tinha esquecido.

Fui disperso dos meus pensamentos, ao ouvir a voz da atendente.

— É uma honra tê-lo aqui na nossa loja de novo Senhor Pasquarelli — a atendente falou toda animada.

— Gosto muito do atendimento daqui — falei devolvendo o seu sorriso.

Vi que o celular da minha noiva estava tocando, ela fez um sinal e se afastou da loja ao lado de um dos seguranças.

A moça começou a me mostrar os vestidos, um deles era um azul, que quando segurei, imaginei a Bloom usando, sabia que ela iria amar.

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