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As melhores sensações possíveis

Apesar de discordar da mãe em absolutamente tudo, Virgínia sabia que iria sentir falta da mulher. Ela a amava, não apenas porque era a sua mãe, mas por saber que Sandra era uma das melhores pessoas que já conhecera.

E agora, sem a sua mãe na cidade, ela não precisava mais fingir que estava namorando. E pensar nisso a fez sentir um leve e incômodo aperto.

Fingir aquele namoro, mesmo sendo absolutamente errado, foi uma das melhores ideias que Virgínia acreditava ter tido. Ela estava feliz namorando com ele, mesmo que o namoro fosse de mentira e eles nem ao menos tivessem se beijado. E pensar em acabar tudo, deixava-a mais triste do que quando André terminou o namoro com ela, em um restaurante lotado.

— O seu namorado —, Sandra iniciou, enquanto terminava de fechar a sua mala —, ele não vem se despedir de mim?

Virgínia sorriu, automaticamente, ao lembrar do rapaz. Pensar nele fazia com que ela tivesse as melhores sensações possíveis. É incrível a quantidade de coisas boas que uma pessoa pode fazer na vida de outra, em apenas uma semana, ela pensava.

Agora ela começava a compreender um pouco o que é o sentimento tão avassalador que todos dizem. O sentimento chamado paixão, ela constatou. Chegar a essa conclusão fez Virgínia sentir todo o seu corpo se enrijecer. Não que ela fosse o tipo de pessoa que vive querendo proteger o seu coração. A quem ela estava querendo enganar? É claro que era o tipo de pessoa que vivia tentando proteger o seu coração. Talvez tenha sido por esse motivo que André foi o único rapaz que a fez querer namorar, pois sabia que ele é o completo oposto dela, portanto, o risco de se apaixonar seria de trinta e cinco por cento, é claro que levando em consideração toda a beleza exterior que ninguém podia negar que ele tem.

Com Samuel também não poderia ser diferente. Ele era mau humorado, um dos defeitos que Virgínia mais odeia em uma pessoa, e ainda não foi lá um exemplo de gentileza, quando eles se conheceram. Então, as chances de se apaixonar por ele seriam de vinte por cento. E, olha só, parece que os vinte por cento venceram.

— Ele está trabalhando, mas mandou um grande abraço.

A mulher olhou para a filha e sorriu. Sorriu como alguém que sabia mais do que Virgínia podia imaginar.

E talvez ela realmente soubesse.

— Sabe que você quase me enganou. — Disse Sandra, com o sorriso ainda presente nos lábios iguais aos da filha.

— O quê?

A mulher se juntou à filha, que descansava no sofá da sala. Os olhos castanhos, iguais aos de Virgínia, carregavam um intenso brilho no olhar. A jovem sempre se questionava o porquê de a mãe parecer tão feliz, mesmo tendo passado por tantas dificuldades na vida. E quando, finalmente, perguntou isso para a mulher, a mais velha respondeu que “a vida é curta demais para perder tempo se preocupando com coisas desnecessárias, se estressar por bobagens e guardar mágoa de quem não merece.”

Virgínia admirou sua mãe, ainda mais, depois daquela resposta e passou a tentar enxergar a vida com mais leveza e se preocupar menos com coisas supérfluas.

— Por um instante, eu cheguei realmente a acreditar que o seu namoro com o Samuel fosse de verdade.

Virgínia olhou, pensativa, para a mãe. Ela realmente acreditava que seu plano daria certo. Ele parecia ser perfeito. Mas se for levar em consideração que a sua intenção era se livrar de ser apresentada para todos os filhos solteiros das amigas de sua mãe, que tinham idade entre vinte e trinta anos, ela conseguiu sim o que queria.

Mas o que ela queria saber é: como a sua mãe descobriu sua farsa?

A única pessoa que sabia sobre o tal “namoro", além de Samuel, é claro, do irmão e a cunhada dele, que não conhecem sua mãe, era Mila, a sua melhor amiga, e nesta Virgínia confiava plenamente.

— Quer dizer então que...

— Eu sempre soube que esse namoro não passava de fingimento.

Os lábios da mulher se ergueram ainda mais. Mesmo após tantos anos de convivência, a jovem ainda não tinha aprendido que jamais poderia esconder nada de sua mãe, pois ela sempre descobriria a verdade.

— Mas então, porque não me falou nada? Preferiu deixar que eu continuasse fazendo papel de boba?

— Porque o namoro pode até ser de mentira, mas os sentimentos que existe entre vocês dois, não. Eu já vivi muito, Virgínia, sei as coisas, reconheço de longe um olhar apaixonado, e você e Samuel, definitivamente, são apaixonados um pelo outro.

Apaixonados um pelo outro. Ela não podia negar que estava realmente se apaixonando por ele. Virgínia não é boba, ela sabe exatamente o que significa aquela vontade de estar perto o tempo inteiro e sempre desejar o bem do outro, além das batidas frenéticas do seu coração, todas as vezes em que ele estava por perto. O problema é que ela não tinha certeza se ele realmente sentia o mesmo, portanto, seria ideal proteger seu coração.

Virgínia se preparava para falar algo, mas foi interrompida pela campainha. Ela ficou feliz por ter sido  salva por aquele toque, pois ela não sabia o que iria dizer, e tinha certeza que sua mãe teria uma resposta na ponta da língua, para qualquer palavra que ela dissesse.

A jovem deu de cara com a sua melhor amiga esperando ao lado de fora e, como de costume, a moça entrou na casa, sem nem mesmo Virgínia convidá-la. Ela não precisava pedir licença, pois já era de casa. E Virgínia fazia a mesma coisa, sempre que ia ao apartamento de Mila.

Melhor hora para a amiga aparecer, aliás. Talvez ela precisasse de um reforço para tentar despistar a sua mãe e fazê-la esquecer do assunto que estava sendo conversado entre as duas.

— Tia Sandra — disse a jovem, após cumprimentar a amiga e adentrar a casa, indo abraçar a mulher. — Nós nem tivemos tempo para marcar algo, eu estive trabalhando muito essa semana, mas não poderia deixar de vir me despedir.

— Ah, Mila, que bom que você chegou, pois eu sei que é cúmplice da minha filha.

Mila olhou, confusa, para Virgínia, que apenas sorriu e deu de ombros. Ela entreabriu a boca, mas fechou, logo em seguida. Ela não teve reação ao escutar aquela confissão saindo da boca da mãe de sua melhor amiga.

— Vocês pensaram mesmo que poderiam me enganar? Bobinhas.

Não foi preciso mais explicações para que ela se desse conta do que a mulher falava. A mãe de sua amiga descobriu a verdade sobre o namoro falso.

— Realmente, a senhora é muito mais esperta do que eu imaginava, tia Sandra.

— Agora, tenta aconselhar sua amiga a não deixar aquele partidão escapar.

— Quanto a isso, eu concordo muito, tia. Cantei essa bola, antes de esse “namoro" —, fez aspas imaginárias no ar —, começar. Desde que eu escutei a forma como a Vi falava dele.

— Como se não bastasse uma, agora eu tenho duas tentando me fazer namorar. — Virgínia rolou os olhos, mas bem lá no fundo, ela sabia que as duas tinham razão. Até ela já imaginava que existia um brilho em seu olhar, todas as vezes em que o rapaz estava por perto.

Mesmo relutando, Virgínia sabia que uma hora ela iria se apaixonar, e quando isso acontecesse, ela tinha certeza de que não deixaria aquele sentimento controlar seus pensamentos, muito menos o seu coração. Mas agora, tudo o que ela gostaria era de viver aquilo, o mais intensamente possível. A jovem só não sabia se ele também sentia o mesmo em relação a ela.

— Eu sei que eu posso ter feito tudo errado, apenas pensando no seu bem, Virgínia. — A mulher olhou para a filha, desta vez estava com a expressão mais séria. — Mas agora é diferente. Quando você dispensava qualquer rapaz que tentasse se aproximar, quando você era mais nova, não estava tudo bem, mas entendo que não era a hora certa e nem o seu momento. Mas agora é diferente. Você não vai encontrar um Samuel dando sopa em qualquer esquina. Se você pudesse ver o brilho no olhar de ambos, quando vocês estão juntos, saberia do que eu estou falando.

No fundo, bem no fundo mesmo, Virgínia sabia exatamente do que a mãe estava falando. Ela nunca se sentiu tão bem, tão ela mesma, ao lado de uma pessoa.

Ela não precisava alisar seus cabelos, muito menos moderar as suas palavras, sempre pensando com bastante antecedência no que iria falar para não irritar André ou a família dele. Ela podia cantar Sandy e Junior em toda altura e com toda a sua desafinação, pois sabia que, apesar de ter certeza que ele a achava uma péssima cantora, nunca criticou ou pediu para que ela trocasse de música, como o ex-namorado fazia.

— E eu concordo com tudo o que a tia Sandra disse. — Mila falou. — E já deixo aqui minha torcida para o casal, mesmo não conhecendo ele.

— Fico aliviada por saber que Virgínia tem uma amiga ajuizada —, a mulher falou — mas agora eu preciso ir, para não perder o voo. Só espero que da próxima vez que eu vier aqui, vocês dois já estejam namorando de verdade.

Virgínia também esperava por isso, mas é claro que ela não iria confessar para a sua mãe, pois ela não sabia se aquilo, de fato, aconteceria.

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