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Capítulo 34 - HENRIQUE SOARES


Oi, genteeee!

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Link na Bio! 



<3 <3 <3 


A luz neon verde e azul pisca ininterruptamente. As pessoas conversam alto demais e o som alto e animado embala a festa, mas nada disso é o suficiente para me fazer sorrir.

Fábio me oferece uma bebida, mas nego. Não quero bebida! Eu lá sou homem de afogar mágoas em bebida?

Eu estava transtornado. Ficar naquele hotel ou até mesmo ir para casa não era opção, então acabei aceitando o convite do Fábio para vir à festa.

— Jaime não veio, pow! Ele leu minha mensagem no WhatsApp e não respondeu, vacilo! — reclama ele.

— Jaime é um filho da puta, isso sim!

Fábio ri. Xingar meu irmão era normal, principalmente na frente dele. O que Fábio não sabia era que dessa vez eu falava sério.

Eu tentei. Tentei entender que ela não queria me encontrar hoje à noite e que Ana era o motivo, mas quis fazer uma surpresa. Estacionei minha Range Rover na porta do jornal logo quando a tempestade caiu, queria apenas abraçá-la e dizer que só consigo pensar nela. Queria deixar ainda mais claro que tudo o que aconteceu entre a gente foi especial.

Mas aí, fodeu tudo quando vi a cena digna de comercial de margarina. Quase entrei em pane. Ela, Ana e Jaime, abraçados debaixo de um guarda-chuva, correndo na chuva em meio a risadas.

O que essa mulher está fazendo? Ela passa uma noite comigo e logo em seguida fica dando em cima do meu irmão? Jaime a queria e eu estava adiando a conversa em que iria expor a ele que o seu desejo também era o meu. Só que eu consegui mais do que um beijo! Eu me atirei no buraco que ela cavou para me capturar. Caí direitinho, sem pena. Será que Jaime também caiu nesse buraco. Será que os dois...

Bato com a mão fechada na mesa a minha frente. A morena ao meu lado repara e ignora minha reação, cheia de charme e mãos, ela me alisa nas costas e no pescoço. Essa já estava no papo. Mas quem disse que eu queria?

— Você não quer dançar? — pergunta com uma vozinha melosa.

Eu não queria. Não estava com vontade de sair daqui de pau duro para meter nela, colocá-la no carro e levá-la para o primeiro motel que aparecesse, isso se chegasse até lá. Meus pensamentos eram únicos e exclusivos da Catarina, aquela louca que joga o seu encanto em dois irmãos. Golpe baixo! Baixíssimo!

Jaime era mais do que meu irmão, era um pai. Ele foi a única referência que eu e o meu irmão gêmeo tivemos na infância. Era ele que nos levava para escola, nos ajudava nos deveres de casa, tirava nossas dúvidas sobre a vida e o melhor, nos incentivava a jogar e via na gente o talento que ninguém enxergava, enquanto a nossa mãe... nossa mãe...

Ignoro os pensamentos. A promessa que me fiz de manter isso distante ainda estava valendo.

Eu devia a minha vida ao Jaime. Devia a minha carreira. Eu não queria magoá-lo, não queria que ele ficasse puto com isso, apenas queria que ele soubesse que Catarina havia me fisgado também.

O problema todo era que ele estava encantado por ela, mas eu tinha certeza de que não chegava aos pés da minha loucura. Ele idealiza demais a mulher da sua vida, eu nunca nem pensava nessa possibilidade. Então, para mim, foi como se uma parte de Henrique fosse despertada. Eu estava apaixonado por aquela cretina!

Eu havia previsto no início. Era presumível que ia dar ruim! E deu. Estou em uma festa, sentado em uma mesa, com um copo de água a minha frente, uma mulher em que não quero comer e isso tudo estando de férias.

Como sobreviver a dias como esse? Estava arrasado.

Ela não poderia ter feito isso comigo! Há quanto tempo eles estão juntos? Ela já tinha marcado com ele e por isso me rejeitou?

Assim que os vi saindo do jornal, liguei para Fábio e aceitei o convite da tal festa, a fim de tirar essa mulher da minha cabeça. Mas quem disse que consigo? Quando não é por querer ela perto é por querer esganá-la com as próprias mãos.

Eu preciso acabar com esse joguinho da Catarina e chegou a hora de ter uma conversa séria com Jaime.


***


Deixei a morena de lado e nem me despedi dos amigos. Saí da festa fazendo preces para que Jaime pudesse estar em casa e não com Catarina.

Abro a porta da minha casa e o desapontamento toma conta de mim. Ele não estava.

Canalha! Já passa da meia noite!

Pego uma garrafa de água na geladeira e me sento na poltrona da sala. Vou esperá-lo. Não vou conseguir antes de acabar com essa farsa. Ele teria que ouvir que eu também passei a noite com ela. Que eu também a provei e que ela marcou a minha pele para sempre. Ignoraria o último pensamento. Ela não seria capaz de permanecer por tanto tempo.

Uma hora depois e nada do Jaime. Desisto de esperar e ligo para o seu celular. Foda-se que ela esteja com ele! Mas, para o minha angustia, o celular está desligado.

Mas que porra!

Jogo o copo de água vazio longe, se estraçalhando na parede. Respiro fundo e tento controlar meu nervosismo.

Minutos depois ouço o barulho de chave. Jaime.

Ele entra devagar e coloca suas coisas em cima da mesa.

— Isso por acaso são horas?

Ele se assusta e cerra os olhos para mim.

— Henrique? Que susto, cara! O que está fazendo aqui?

— Bom, pelo que eu sei, essa casa ainda é minha.

— Não é isso que quis dizer, seu idiota. Pensei que estivesse na festa.

— Eu estava, mas saí cedo.

— O que aconteceu? Pelo amor de Deus, não me fala que se meteu em mais uma confusão! Olha, eu não estou com cabeça...

— Não me meti em nada, cara! Que mania sua de achar que tudo que faço é merda! Para com isso, Jaime! Cansei de você apontar esse seu dedo o tempo inteiro.

— Ok. Tem razão. Eu acho que já está na hora de ter juízo mesmo. Aliás, espera aí! Quem você é? Minha mãe? Para estar me cobrando o horário que chego em casa? Pelo que sei nem ela é capaz disso.

Bufo de raiva.

— Está feliz? Conseguiu o que queria? Agora está satisfeito? — Coloco Jaime na parede, eu queria respostas, mesmo que ela vá me destruir.

— Não estou entendendo onde quer chegar.

— Ah, não se faça de idiota, Jaime! Eu já sei de tudo. — Levanto, ficando de frente para ele.

— Sabe de que?

— Vai continuar com esse jogo de fingir que não sabe do que estou falando?

— Cara, você bebeu? Está sabendo de tudo? Então está ciente que a nossa mãe está internada porque teve um acidente vascular cerebral?

Paro de falar. Paro de respirar. Eu estava transtornado e a última frase dele era como se fosse um soco no estômago.

— Ela não vai durar muito, Henrique — informa, com pesar. — Talvez fosse a hora de ir visitá-la e deixar o passado para trás.

— Isso não está em discussão. Você sabe a minha opinião sobre isso.

— Sua opinião? Não! Não sei. Você foge de qualquer assunto importante, principalmente dela desde que Heitor nos deixou.

— Não fala do Heitor... não!

— Para de ignorar o fato dele ter existido, Henrique! Nossa mãe pode ter sido errada em muitas coisas. Pode não ter dado a infância que toda a criança merece, mas vamos olhar por outro lado da situação. Essa foi a única forma que aprendeu a ser, diante a todas as dificuldades.

— Isso não justifica.

— Heitor não morreu por causa dela, porra! — grita Jaime. Grita o nome do Heitor, tocando na minha ferida mais profunda. Ela jamais estaria cicatrizada.

— Morreu por minha culpa! Minha! É isso que quer ouvir? Satisfeito?

— Não foi sua culpa, cara! Não disse isso e se é por isso que não gosta de falar sobre ele...

— Eu deveria ter negado, Jaime. Eu deveria ter falado não para ele naquele dia. Não deveríamos estar naquela moto.

— Vocês queriam comemorar e não fizeram nada que dois jovens não fariam. Sim, foi errado, mas é compreensivo. Ninguém imaginaria que seriam alvos daqueles assaltantes. — Há anos Jaime tenta encontrar uma brecha para essa conversa e nunca consegue. Eu estava no meu estado mais sensível. Tudo estava intenso demais.

Meu irmão. Parte de mim tinha me deixado. Minha alma gêmea. O único com quem eu compartilhava todos os meus sonhos de moleque, todas as peripécias, todas as negligências de uma mãe ausente. Éramos mais do que simples irmãos, éramos parecidos e não só na aparência por sermos gêmeos univitelinos. Estávamos sempre conectados, sempre juntos.

Era difícil alguém saber distinguir quem era Henrique e quem era Heitor.

— Não deve se martirizar por isso, Henrique.

De repente, a história muda, o foco principal é logo alterado e ao invés de eu ter a conversa que queria sobre Catarina, estávamos falando da Cecília e do Heitor. Não queria falar sobre Cecília, muito menos sobre o meu irmão.

— Acabou o papo!

— Acabou? Ele nem começou! Como soube da internação dela se nem quer saber sobre o assunto? — questiona Jaime.

— Não sabia, está bem! Não sabia e nem queria saber!

— Então do que estava falando quando disse que sabia de tudo?

Essa era a hora. Era a brecha que eu precisava para falar da Catarina.

— Deixa para lá! — Sou covarde! Sou um covarde filho da puta!

— Deixa para lá o cacete! Fala logo!

Jaime exige alto. Era hora de colocarmos as cartas na mesa.

— Catarina! Vi vocês juntos.

Jaime cerra os olhos.

— Quando? Hoje?

Faço que sim, com o coração aos pulos.

— Estou tentando reverter a situação chata que você deixou, Henrique. Qual é? Vai ainda perturbar por isso?

— Não. Eu... eu não quero te perturbar, eu só queria...

— Acho que você está ficando louco com essa perseguição alucinada. Isso não está mais fazendo sentido!

Eu estava! Estava louco de ciúmes!

— Cara, você não está entendo... eu...

O semblante de Jaime muda.

— Espera aí! — Jaime pede um tempo com a mão. Passa a mão na barba e vira-se de um lado para outro.

Puta que pariu!

— Jaime...

— Cala a boca, Henrique. Deixa só eu processar isso, ok?

— Mas, cara...

Ele lança um olhar ameaçador para mim e me calo, deixando-o perdido nos próprios pensamentos. Que conclusão ele estava tendo?

— Perseguição alucinada? — Ele enfim diz, dando uma risada forçada. — Esse tempo todo você queria levá-la para cama? Era isso?

— Irmão... — Tento amenizar, mas logo sou interrompido. Baixo meu olhar.

— Você conseguiu? Conseguiu levá-la para cama?

Não respondo. Sinto minhas mãos suarem e as coloco nos bolsos da calça jeans.

— Henrique? — Jaime ainda espera uma resposta.

Porra! Ele está imaginando tudo errado!

Volto meu olhar para ele e, sem ao menos eu abrir a minha boca, ele é capaz de captar a resposta: sim, eu tinha feito amor com Catarina.

Antes que eu pudesse falar algo para tentar contornar isso sou atingido em cheio com um soco no rosto.

Cambaleio para o lado, sem reagir. Eu merecia. A dor me atinge, e seguro o maxilar.

— Desculpe, Jaime... eu...

— Seu filho da puta! Eu sabia o quanto você era egocêntrico, mas ter interesse nela, sendo que...

— Sendo que o que, Jaime?

— Ela não é o tipo de mulher que você pega por aí! — grita, revoltado.

— Eu estou apaixonado por ela — revelo, de uma única vez, sem pestanejar, sem medo de levar outro soco na cara. Eu queria deixar claro a ele o quanto aquela mulher tinha me marcado.

Ele me olha chocado.

— Como não pude perceber isso antes?

— Nem iria. Eu mesmo não tinha percebido.

— Você não é homem para ela.

— E quem é? Você?

Ele volta a partir para cima de mim, mas seguro seu braço antes que possa me socar novamente.

— Não vamos fazer nada que faça nos arrepender depois, Jaime. Não precisa ser assim — Ele para por um momento.

— E ela?

— Ela o que?

— Ela gosta de você?

— Acho que sim, eu já não sei... depois que vi vocês juntos correndo na chuva...

Ele ri, ainda nervoso. Tenho vontade de replicar o soco só para tirar esse sorrisinho debochado.

— Agora eu consigo entender perfeitamente...

— Estava querendo te contar justamente isso... — digo, querendo explicar. — Ela está jogando charme para nós dois...

— É por isso que ela não me dá nenhuma chance.

O quê?

— Ela não atende minhas ligações e por mais que seja educada, não cede aos meus avanços. Eu fui ontem atrás dela, seu babaca!

Um sentimento de alivio toma conta de mim. Ela não o queria?

— Eu... pensei que...

— Ela não é uma das suas vadias!

— Eu sei disso.

— Não parece — ele bufa. — Só te digo uma coisa, Henrique. Catarina não é qualquer uma e por mais que eu tenha tentado conhecê-la melhor e tenha gostado dela, isso não quer dizer que iria casar com ela amanhã, ok? Estava interessado e não o culpo por se apaixonar, mesmo achando isso a novidade do ano, mas ela é apaixonante mesmo. É uma linda mulher, com uma doçura incrível. Mas sinceramente, não acredito que você possa mudar tanto por causa de uma mulher. Então, por favor, cara, não mude a vida de uma pessoa apenas por seu bel-prazer.

— Jaime, você não entendeu. Ela é tudo o que mais quero.

Ele arregala os olhos. Se eu não soubesse os sentimentos que latejam dentro de mim, provavelmente, me acharia um louco.

Ele concorda com a cabeça e vejo seus olhos marejados.

— Muitas vezes desejei que você tivesse esse sentimento por alguém.

— Parece que eu encontrei um sentido para a vida.

— O sentido da vida é o que você faz dela. Então, haja de forma correta, pelo menos uma vez na vida.

— É o que eu mais quero, meu irmão.

Antes que eu pudesse abraçá-lo ou talvez apertar sua mão em acordo, ele dá a volta e me deixa sozinho naquela sala. O que eu poderia fazer se Catarina era agora o que sempre quis, sem ao menos desejar?

Ele precisava de um tempo e eu precisava correr atrás daquela mulher.

Enfim, eu voltava a respirar.


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