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Capítulo 31 - CATARINA

Acordo me sentindo leve, incrivelmente leve. Diferente da última vez. Sorrio encabulada com o meu desempenho tão ousado. Céus, eu estava mesmo subindo pelas paredes!

As cortinas abertas informam que já amanheceu, mas o causador da minha leveza não está ao meu lado. Apenas vejo a bagunça que fizemos nos lençóis. Ao lado, na mesinha, vejo um papel de cor amarelada e uma letra corrida.


Estou na sacada esperando ansiosamente por você.

Coloque o roupão, senão sei que não conseguirei me controlar.

Henrique.


Seguro o bilhete. O mar a minha frente é deslumbrante. Eu estava na suíte presidencial do Copacabana Palace. Sorrio.

Isso era surreal demais. Tão surreal que eu deveria me acalmar.

Eu não estava arrependida. Acho que jamais ficaria. A noite foi fabulosa e não há palavras para descrever cada sensação que senti enquanto fazíamos amor. Fecho os meus olhos e ainda consigo sentir suas mãos sob o meu corpo. O leve dolorido entre as pernas me dá a certeza da noite esplêndida.

Mas colocar meus pés no chão novamente era necessário. O que nós tivemos foi algo de uma noite. Os problemas não haviam sido dissipados.

Coloco o roupão e saio procurando a sacada. Chego a enorme sala e sou capaz de ter uma panorâmica ainda mais bela da vista perfeita. O céu está aberto em um tom azul-celeste e o sol já irradia forte. A porta da sacada está aberta e a leve brisa que bate deixa a cortina se movimentando. Não consigo tirar o pensamento de que parece um filme de Hollywood.

Caminho devagar até lá. Assim que chego meu coração dá um salto.

Henrique está sentado em uma cadeira branca, concentrado na vista à sua frente. Ele está apenas de shorts, mostrando aquele peitoral delicioso. Só de pensar que o tive para mim, um frio na barriga me atinge.

Existe uma música no ar, apesar de não saber sua origem, o som dela é cristalino.

No primeiro instante, vi que era amor
No momento em que a gente se encontrou
No segundo instante, vi que era você
Já te amo tanto sem te conhecer

É que nos meus sonhos você é linda
Pessoalmente é mais linda ainda
Nosso amor veio de outras vidas
Eu vou te amar nas outras vidas que virão

É que você nasceu pra ser minha
Vamos dividir uma casinha
Uma cama dormir de conchinha
Deus abençoou a nossa união


E os anjos cantam nosso amor

Eu não conhecia a música, mas não podia negar que ela tinha uma letra bonita. Sem perceber minha presença, ele canta: É que nos meus sonhos você é linda. Pessoalmente é mais linda ainda. Nosso amor veio de outras vidas. Eu vou te amar nas outras vidas que virão.

Assim que ele percebe que eu estou observando-o, ele sorri. Sorri lindamente. Porque ele teria que ser tão lindo? Tão gostoso?

Ele levanta imediatamente e caminha na minha direção. Chega perto e me beija ardentemente. Gruda sua testa na minha e respira fundo.

— Bom dia.

— Bom dia — respondo.

— Eu já estava com saudades.

Apenas sorrio. Eu tinha que controlar a situação.

— Vem! — ele pega minha mão e me puxa devagar.

Passamos por uma piscina privativa e fico pensando em toda a riqueza que estava exposta ali. Parecia que eu estava em uma daquelas novelas das 20h, do Manoel Carlos.

Chegamos a uma mesa posta de café da manhã. As cores dos pães, dos queijos, iogurtes, sucos contrasta de forma perfeita com o azul do mar a nossa frente, mas não consigo desgrudar os olhos no coco aberto com um canudo. Tampo a boca com a mão, surpresa.

Ele havia se lembrado do que contei na entrevista. Eu dizia a mamãe que um dia iria beber água de coco na sacada da Copacabana Palace. Céus, mãe! Estou aqui.

Viro para ele, que ainda sorri.

— Obrigada — sussurro.

— Você merece.

Tomamos o café da manhã e percebo as suas tentativas de não falar sobre o trabalho e muito menos das nossas discussões. Ele fala sobre o hotel, a primeira vez que esteve ali, o que sentiu, dos seus cachorros, dos seus filmes prediletos...

— Você gosta de sertanejo, não é?

Cerro os olhos.

— Não diria isso. Na verdade, ultimamente ando meio desatualizada no meio musical. Mas na adolescência eu ouvia muito rock.

— Bem diferente para quem declamou Wesley Safadão.

— Hum?

— Você cantou um pouco...

— Ah, eu não estava no meu perfeito estado, então...

— Não, até que foi... hilário.

Espera, Wesley não era o cara que estava comigo no bar que estava tocando sertanejo?

Acho melhor esquecer.

— Você pelo jeito gosta, não é? De sertanejo?

— Gosto. Mas curto de tudo também.

— Ana gosta das músicas do Carrossel.

Ele sorri.

— Aninha é uma figura.

— Ela é. — Meus pensamentos vão até Ana e Leandro. — Meu Deus!

Levanto rapidamente.

— O que foi, Catarina?

Henrique vem atrás de mim. Volto para o quarto, abro minha bolsa e pego meu celular que ainda estava desligado.

— Hoje é segunda-feira!

— E?

— E que eu tenho uma vida, não sou dondoca, segunda é dia de voltar à rotina. Escola, trabalho... Meu Deus, eu sou muito irresponsável, sabia?

Ligo o celular e disco o número de casa.

— Que horas são? — pergunto, quase chorando de tristeza. Leandro levanta cedo, Ana tem escola. O que fiz?

— Dez horas.

Toca e ninguém atende, mas recebo uma mensagem.

Cata, Ana já está na escola e está tudo resolvido, não se preocupe!

Só me manda sinal de fumaça para saber se está tudo Ok.

Sento na cama aliviada e respondo sua mensagem.

Estarei te devendo. Obrigada!

Está tudo ótimo, depois te conto. Beijos!

— Se você quiser, mesmo eu não querendo que você vá, posso te levar até em casa — Henrique comenta ao meu lado.

— Não é necessário. Foi tudo resolvido pelo meu amigo Marlon.

— Marlon? Quem é esse?

— Meu amigo, eu acabei de dizer.

Ele torce a boca, coça a cabeça e senta ao meu lado.

— Não queria que você fosse embora nunca mais — revela, acariciando meu rosto.

Coloco meu celular na bolsa e a largo no chão. Viro-me para ele e sorrio.

— Eu preciso ir.

— Não — Lamenta. — Eu preciso saber tanto de você.

— Eu sou um livro aberto, Soares. Minha vida é monótona. Sou mãe solteira, consegui uma boa bolsa de estudos que me permitiu ingressar na faculdade, tive uma mãe perfeita que me ajudou cuidando da minha filha, trabalhei de tantas coisas que já nem lembro...

Ele ri, uma risadinha não debochada, como se estivesse se divertindo com a situação.

— É sério! Para você ter uma ideia, eu estou na segunda carteira de trabalho porque as folhas da primeira acabaram.

— Nossa!

— O importante era ter condições para sustentar Ana.

— Eu sei como é. Minha vida também não foi fácil, mas isso é assunto para outra hora. — Ele muda de assunto. — Aliás, eu preciso te pedir desculpas por ontem, na entrevista. Eu fiquei louco.

— Jaime é um homem bacana.

— Você gosta dele?

— Não, não nesse sentindo que você está insinuando. Aquilo... do...

— Do beijo?

— Isso. Aquilo foi por raiva de você. Eu não tinha a intenção de enganá-lo nem nada. Deveria contar a ele sobre... — Eu aponto para nós dois.

— Sim, eu... — ele pestaneja. — Eu vou.

— Agora me diga, você disse que não bebia. O que a fez beber dessa forma?

Sua pergunta foi direto ao coração. O que me fez beber? Os problemas, as dores e medos que ainda iriam vir.

Meus olhos ardem na tentativa de não chorar. Sem sucesso, lacrimejo.

— O que foi? Eu... eu não queria deixá-la triste, eu... — Henrique fica sem jeito ao perceber que a sua pergunta mexeu comigo.

— Desculpe, eu...

— Não chore, Catarina. Eu fui tão mal assim?

Nego com a cabeça.

— Você anda me dando dor de cabeça, senhor Henrique Soares, mas antes os meus problemas se resumissem a somente você. — Sorrio sem graça. — Há problemas que vão além.

— Eu poderia ajudá-la, se quiser...

— Não se preocupe. Eu ainda não consegui uma solução, mas tenho certeza de que estou no caminho certo. Pelo menos eu tenho um emprego — fungo um pouco.

— Não gosto de te ver triste. Eu não te farei ficar triste novamente. Prometo.

Sorrio para ele.

— Não precisa me prometer isso. Eu só quero paz.

— Catarina, eu posso não ser o seu homem dos sonhos, mas talvez, se você quiser, posso tentar ser o da sua realidade.

— Eu nunca tive homens dos sonhos, Henrique.

— Então, acho que sou um homem de sorte.

Não respondo. Ele pega meu rosto entre suas mãos e beija um olho de cada vez, secando com os lábios a lágrima que escapou.

— Eu tive uma noite inesquecível.

— Eu também.

Ele ri.

— Eu te quero Catarina, como nunca quis ninguém.

— Henrique...

— Eu sei. Sei que pode ser precipitado, mas como entender tudo o que sinto tão rapidamente? Eu não sou um homem de ficar guardando as coisas, sabe? Precisava te falar isso, só que não conseguia uma brecha, já que você resolvia brigar comigo.

— Você merecia.

— Algumas vezes.

— Agora me deixe tocá-la, porque estou desejando isso desde a hora em que acordei.

Ele me beija, com calma. Sua língua roça na minha deliciosamente. Henrique tira o nó do meu roupão e me vê nua.

— Você tem noção do quanto é linda?

Nego com a cabeça, sorrindo.

Ele beija cada milímetro do meu corpo, deita sobre mim e sinto seu coração pulsar forte, rente ao meu.

Dessa vez é diferente. Tudo acontece de uma forma leve, com mais ternura, com um sentimento que eu jamais imaginaria sentir. Se tudo o que o Henrique declarou antes é verdade, eu poderia ficar feliz, pois o sentimento era recíproco. Eu também estava perdida. Estava deslumbrada com toda essa adoração.

— Henrique!

— Catarina! — Ele clama meu nome, assim que chegamos ao êxtase juntos.

Céus, eu estou... estou... completamente... apaixonada!


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