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Capítulo 27 - CATARINA

Arrependimento não mata, mas nos mostra direitinho como somos idiotas.

Eu quase cedi. Quase. Como consegui não cair em tentação por um homem que aparentemente quer ficar perto?

Ele não quer ficar perto! Está achando o que? Ele quer te comprar, sua louca! Ele quer as fotos! Ele quer você na mão dele! Ele quer você na cama dele e de preferência de pernas abertas e ele entre elas! Quer apenas que você seja mais uma das suas conquistas baratas! Você não em engana, Henrique Soares!

Minha consciência às vezes é perversa.

Penso em Jaime. Esse realmente não sabe o joguinho que o irmão está fazendo comigo. Não sabe.

Céus! São muitos problemas para pouca idade.

Mãe, eu sinto tanto a sua falta! Não só na ajuda com a criação na Ana, mas do seu colo, do seu carinho. Eu precisava tanto de você agora.

Ele estava mexendo comigo. Soares estava me deslumbrando. Esse homem é maldoso! Fica usando o seu poder de persuasão com todo aquele jeito charmoso e másculo. Quem ele pensa que é?!

Henrique Soares, garota! Ele é quem noventa e nove por cento das mulheres querem ir para a cama. Eu sou patética demais caindo na lábia desse aproveitador!

Vou até o carro e guardo o presente de Ana. Pego meu celular e ligo para o Marlon.

Eu preciso mesmo relaxar antes da merda toda vir à tona. A notícia que o meu advogado me deu ontem me causava arrepios. Meus cuidados dobrariam. Não quero pensar muito.

Marlon atende.

— Já acabou?

— Já — respondo rápido.

— Ih, lascou. Está aonde?

— Estou no lado de fora do hotel.

— Já sai do jornal. Estou perto. Deixa o seu carro estacionado e vamos com o meu. O bar fica a uns dois minutos de carro do hotel. Qualquer coisa pegamos ele depois.

— Ótimo, não posso dirigir mesmo, bebi uísque!

— Xi! A coisa foi boa ou foi ruim?

— Logo te conto.

— Ok. Estou chegando!

Desligo o celular e logo depois Marlon me pega em frente ao hotel.

— Acho que não vou poder pegar o carro hoje, Marlon.

— Por quê?

— Porque eu quero beber mais.

Ele arregala os olhos.

— Vamos com calma, garota! Você quase não bebe.

— Não, mas hoje eu quero. Algum problema?

— Ave Maria! Conta logo o que aquele cretino fez.

— Eu... eu... eu não sei. Uma hora ele praticamente me canta, cheio de chamego, pôr do sol e blá, blá, blá, e em seguida, ele é um cavalo! — bufo.

— Pôr do sol?

— Mas estou começando a captar, ele quer me ter perto para garantir que eu não vá divulgar as fotos.

— Será?

— Daí o irmão dele chegou e começaram a brigar e...

— O tal Jaime? Gente, você ficou no meio da discussão?

Concordo.

— Os dois brigando por você!

—Não! Está louco? Ele está tentando me seduzir com um propósito...

— Te levar para a cama!

— Ah, também, talvez... como ele pode me querer? É até hilário, Marlon.

— Não é, Cata! Já disse para parar com isso. Jaime não te convidou para sair à toa.

— Sei que não foi, ele é gentil. Acho que se sentiu pressionado a sair comigo depois que lhe tasquei um beijo no hospital.

Marlon gargalha e eu me junto a ele.

— Melhor rir do que chorar.

— Melhor — digo. — Vou rir mesmo, porque depois que André...

— Cata, Cata! Chega, não é?! Se a vida te der um bofetão, tequila é a solução. Não vamos falar dos problemas agora. — Ele estaciona o carro. — Vamos beber!

— Vamos!

Entramos no bar. Estava cheio de jovens adultos em mesas de madeira escura, gesticulando e falando ao mesmo tempo. Tocava um sertanejo qualquer e Marlon logo encontrou uma mesa para nós dois.

— Vamos dançar? — diz apontando para um lugar reservado do bar. — Cata, na vida cada problema se torna um aprendizado. Vamos deixar para pensar nas soluções amanhã, ok?

— E a tequila? Ela não é a melhor opção?

— Se você estiver disposta, topo tudo, baby!

Faço que sim como uma criança e ele acena para o garçom pedindo as bebidas.

***

Um, dois, três, quatro shots de tequila.

Entre gargalhadas e conversas hilárias com meu amigo, ele me cutuca.

— Aquele homem não para de olhar para você! — diz indicando com o olhar.

Era um rapaz. Talvez tenha a minha idade. Moreno, com um topete enorme. Sorrio para ele já sob o efeito da bebida e ele vira o rosto.

— Ai! — Agora sou eu que o cutuco. — Ele não está olhando para mim — conto e Marlon bebe outro shot que o garçom acabou de servir para a gente. — Está olhando para você!

— Caô! — diz animado.

— Ele deve estar achando que você é hetero.

— Mal sabe ele. — Gargalhamos e agora é a minha vez de beber o meu quinto shot. — Vai lá!

— Eu não. Está doida? E deixar uma gata dessa sentada na mesa sozinha? Nem pensar.

— Não vou fugir. Aliás, acho que nem consigo andar.

Gargalhamos mais alto ainda. Sinto minhas extremidades dormentes e a sensação de que os problemas são apenas pedrinhas no meu sapato e não espinhos encravados na pele é a melhor coisa.

— Talvez assim algum gato chega junto. Eles estão achando que você é o meu boy! Marlon, você está afastando as minhas paqueras! — digo meio enrolado.

— Cata! Uma coisa que eu não sou é empata foda! Você pode escolher, gata! Tem Henrique Soares correndo atrás de você, quer mais o que?

Quase cuspo o líquido que coloco na boca. Rindo, eu o incentivo a ir falar com o homem que insiste em encará-lo.

— Vou, mas volto. Nada de ir se arrastando pelas paredes do bairro, hein!

— Prometo não fazer isso.

— Te amo, amiga.

— Te amo, amigo — digo antes dele sair.

Olho de um lado e para o outro. O mundo gira. As pessoas giram e fico enjoada. Chega de shots. Estou no meu limite.

Observo as pessoas rirem e algumas trocando abraços e beijos. Estão felizes. Será que alguém me vendo rindo com Marlon acha que estou feliz?

Divagando meus pensamentos para coisas sem sentido sinto meu celular vibrar dentro da bolsa.

Leandro.

— Oi, Leandro.

— Está onde? Estamos preocupados, mana.

— O trabalho acabou, mas Marlon me trouxe a um bar — falo devagar para não enrolar a língua. — Precisava relaxar. Está tudo bem? Logo estarei em casa.

— Está tudo bem. A Aninha estava histérica.

— Fala para ela que o trabalho acabou agora pouco, mas que logo estarei aí.

— Digo sim. Aproveita. Vou colocar a Ana para dormir, não se preocupa.

— Obrigada, Leandro. Já disse que você é o melhor irmão do mundo?

— Já sim. Amo você e se cuida.

— Obrigada. Eu também te amo.

Desligo o telefone com os olhos cheios de lágrimas e um sorriso bobo nos lábios. Guardo o celular na bolsa. Segundos depois ele vibra novamente.

Sabia! Ana não iria dormir sem querer falar comigo.

— Oi, meu amor. — Atendo sem olhar o visor do celular.

— Posso ser, se quiser. — A voz do outro lado não é da Ana e muito menos do Leandro.

Um arrepio sobe por toda a minha espinha.

— O que você quer, Soares?

— Só quero falar com você. — Sua voz é indulgente.

— Falar comigo? Você só pode estar de sacanagem, não é? Faz um estardalhaço desnecessário exigindo a minha presença numa porcaria de entrevista e depois fica de gracinha para cima de mim e... presente...e pôr do sol e....

— Eu só queria te pedir desculpas.

— Não vem me... com essa, não tô, tá legal! — falo embaralhando as palavras.

— Não me diga que está falando dessa forma só por causa da dose de uísque que te dei?

Engulo com certa dificuldade, observando o outro shot de tequila na minha frente.

— Eu estou em um bar. O que você acha, hein? Que a minha vida é monótona e que eu só fico dentro de casa?

Era. Ela era monótona.

— Você está acompanhada?

— Eu? — Olho para Marlon rindo com o novo amigo e as cadeiras vazias ao meu lado. — É óbvio. Pensa o quê? Que estou sozinha? — Sorrio meio malévola. — Estou rodeada de amigos. Agora terei que desligar porque o cara que eu estou paquerando está me chamando para dançar e estou perdendo tempo. Adeus, Soares!

— Mas, Catarina...

Encerro a ligação e desligo o celular. Quem ele pensa que é?!

Bufo de raiva e fraquejando bebo o outro shot.

Quer saber? Não vou ficar sozinha nessa mesa!

Levanto e minha cabeça gira ainda mais. Respiro fundo e sorrio sozinha.

Soares cretino! Bem feito! Sinto-me com o ego nas alturas só por ter tido a oportunidade de ter desligado a ligação na cara dele.

Mereceu!

Marlon me vê levantar e arregala os olhos.

— Estou indo dançar. — Aponto para a pista.

Ele faz um sinal de ok com a mão e cochicha um: eu já vou!

Um pé atrás do outro caminho até lá.

Elas cantam a música animadamente. Uma música que eu nunca tinha ouvido na minha vida. Parece um sertanejo, sei lá. Deve ser nova. Estou por fora das músicas atuais.

Resolvo mexer o corpo, imitando as pessoas. Logo um cara se aproxima. Alto, magro e moreno. Até que dá para o gasto. Aliás, no estado em que me encontro, dizer se dá ou não para o gasto, é no mínimo uma escolha duvidosa.

Ele canta a música tão perfeitamente que quase acho que ele é o cantor.

"Tô namorando todo mundo
99% anjo, perfeito
Mas aquele 1% é vagabundo
Mas aquele 1% é vagabundo
Safado e elas gostam"

Um pé atrás do outro vou praticando o equilíbrio junto com os outros corpos que balançam em um só ritmo.

As pessoas continuam a cantar a música animadamente. Rio da letra da música e quase rio na cara do homem, mas danço e deixo-o se aproximar.

— Fala aí, gatinha! Curte Wesley Safadão?

— O quê? — Não consigo ouvir direito com o som alto. — Seu nome é Wesley? Oi, Wesley. Sou Catarina.

— Não. Wesley Safadão, gosta?

— Safadão? Hum! — Retiro a mão dele da minha cintura. — Devagar aí, Safadão!

Marlon aparece na pista e percebe o clima com o Safadão. Ele ri. Consigo decifrar os seus pensamentos nesse momento: aproveita, Cata!

O homem dança e a próxima música começa. Marlon começa a cantar, assim como o Wesley.

Agora assista aí de camarote
Eu bebendo gela, tomando Cîroc
Curtindo na balada, só dando virote
E você de bobeira sem ninguém na geladeira
Pra aprender que amor não é brincadeira!

No canto vejo o DJ e atrás um enorme pôster anunciando que domingo é dia de Sertanejo.

Agora faz sentido.

Danço sem me importar. Marlon chega ao meu lado e cochicha no meu ouvido.

— Já se arrumou, não é?

O safado voltou a segurar minha cintura e agora estava bem coladinho.

— O nome dele é Wesley! — Quase grito para ele ouvir.

Ele franze o cenho, mas continua a curtir o som.

Ah, certeza de que se eu tivesse sóbria não curtiria essa baladinha!

Algum tempo depois e muitas outras canções sertanejas, sinto um sobressalto com a mão do Safadão sendo retirada da minha cintura com certa rispidez.

Viro para trás e vejo Wesley no chão e Soares de pé.

SOARES?

Meu coração para.

Céus, eu não tomei chá de cogumelo, não é? Por favor, papai do céu, não me diga que tomei boa noite cinderela e estou na cama do Wesley Safadão! Não!

— Catarina! Catarina! — Marlon pega a minha mão e me afasta da confusão.

Percebo os olhares das pessoas ao nosso redor. A cena acontece tão rápido que é difícil decifrar com certeza se é real. As luzes piscam e o som alto de sertanejo me deixa atordoada.

Henrique Soares está na minha frente, olhando para o Wesley caído no chão?

— Tira suas mãos imundas dela! — Ele grita.

Arregalo os olhos e viro para Marlon.

— Isso é real?

— Puta que pariu, Cata! Deu merda!

Volto a olhar para Soares que finalmente está me encarando. Sinto pena do Wesley, que fica no chão, assustado.

Até que ele dança e canta bem. Coitadinho!

Soares pega minha mão e fala no meu ouvido.

— Eu preciso falar com você. Agora, Catarina! E, se negar, eu vou colocá-la sob os ombros e carregá-la a força para fora desse bar!

Ele me puxa pela mão e Marlon segura a outra me impedindo.

— Aonde você vai? — pergunta.

— Catarina... Precisamos ir antes que comecem a pegar os celulares e registrarem a minha presença aqui. — Soares pede.

— Marlon, eu preciso ir. Ficarei bem — digo ao meu amigo. Seu semblante assustado dá lugar a um sorriso e um aceno de concordância. Retribuo com outro sorriso.

— Qualquer coisa me liga, ok?

— Ok.

Só dá tempo de pegar a minha bolsa na mesa e perceber que estou dentro de um carro de luxo em plena Avenida Atlântica.


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