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Capítulo 26 - HENRIQUE SOARES

Catarina estava aqui e eu estava me controlando a cada segundo para não dizer como foram os malditos dias até vê-la novamente e dizer que aceitar uma entrevista apenas para estar próximo a ela foi a maior loucura que eu já havia feito por uma mulher. Mas não falo. Isso iria fazê-la sair correndo e essa era a única coisa que eu não queria que acontecesse.

Não podia negar que minha mente era vagamente preenchida por imagens de Catarina com a cabeça jogada para trás enquanto eu lhe dava prazer. Imaginava os seios com mamilos rosados arqueando-se para a minha boca. Ela com a mão em meu membro, apertando com cobiça, acariciando-o rumo ao delírio. Desfaço meus pensamentos eróticos e tento focar apenas em encontrar alguma brecha.

Por alguns minutos fico ao seu lado, deixando-a apreciar o pôr do sol em silêncio. Seu rosto iluminado pela luz que se esvaía era a visão mais linda que eu já havia visto na minha vida.

Ela fecha os olhos e eu me emociono. Era como se eu ansiasse toda a minha vida só para estar aqui, nesse momento, parado ao seu lado, admirando cada detalhe dessa mulher tão indecifrável, tão forte e ao mesmo tempo aparentando ser tão frágil. Sentia nesse momento que a felicidade, a verdadeira felicidade, morava em mim.

Todo o encantamento espontâneo que tive assim que a vi, junto com a ganância de apenas tê-la e a forma como ela me tratava, como se eu fosse comum, me fizeram ficar intrigado de tal forma que meus pensamentos tinham sido exclusivamente dela.

Tudo ainda é tão novo e surreal que eu não conseguia entender perfeitamente o que estava acontecendo comigo. O fato de eu ter a ideia de aceitar a entrevista era a comprovação de que eu não estava no meu estado normal, mas resolvi atender os apelos do meu coração e a parte mais difícil seria escolher as palavras certas para declarar o que estava sentindo.

Será que eu deveria? Eu não sabia como agir. Estava à espera de uma solução sem que me fizesse agir como um idiota e deixá-la escapar. Eu a queria por perto e agora mais do que nunca queria permanecer com esses sentimentos dentro de mim.

Catarina mexia comigo e eu não poderia negar que estava oscilando entre a alegria desse sentimento e o medo. Eu estava assustado com a forma repentina que tudo estava acontecendo. Aqui, agora, ao seu lado, apreciando-a tão plena, eu estava tendo apenas uma convicção: este era exatamente o lugar onde eu deveria estar.

— É bom vê-la assim. Tão serena.

Ela abre os olhos devagar e se vira para mim. Quase fraquejo com essa ação. Minha vontade é de tomá-la em meus braços e de prová-la como há tempo anseio. Catarina está séria, com os olhos um pouco marejados. Ela gosta mesmo de ver o pôr do sol.

— Serena? — Ela sorri um pouco, calma, sem se exaltar como sempre faz. — Você não me conhece, Soares. Algumas pessoas estão sempre tão preocupadas com seus próprios problemas que esquecem que não são o centro do universo. Você não sabe o turbilhão de problemas que estão aqui dentro. — Ela aponta para o peito. Seus olhos brilham e sua voz embarga.

Eu não sabia nada sobre ela e já queria de alguma forma dissipar todos os fardos que ela carregava. Ela se vira novamente para a janela. Eu poderia perguntar algo sobre isso. Sobre o porquê estar se sentindo assim. Se eu poderia ajudá-la. Mas tenho medo.

— Você ainda não perguntou por que te escolhi para essa entrevista — pergunto calmamente, sem pressão, sem assustá-la. Todo o cuidado era pouco.

Pela primeira vez eu não sabia como conduzir uma conversa com uma mulher. Geralmente, elas eram breves e terminavam com elas pulando em cima de mim. Sinto-me patético.

— Era uma das perguntas que me recusava a fazer, Soares.

— Henrique. Me chame apenas de Henrique, Catarina.

Ela me olha. Era como se seus olhos enxergassem minha alma. Eu não sabia se estava confortável com isso.

— Por que você me escolheu para essa entrevista, Henrique? — Sua voz é calma.

— Acho que no fundo você sabe.

Dou um passo para frente, a fim de me aproximar dela, que para o meu deleite, não se afasta. Meu coração está aos pulos. Suavemente, coloco sua franja para o lado, observando o seu belo rosto. Ela fecha os olhos novamente.

— Catarina, eu...

Um estrondo da porta da sala se abrindo com uma velocidade descomunal me impede de continuar.

Volto com um passo para trás e Catarina se afasta. Ambos nos assustamos com o barulho e fico perplexo com a presença inesperada de Jaime.

— Catarina? — Ele se espanta ao reparar que é ela ao meu lado.

— O que está fazendo aqui, Jaime?

— Por isso não queria me contar?

Catarina o cumprimenta com um aceno e caminha novamente para o sofá. Ela foca a sua atenção na bolsa, mostrando não se importar com o início da discussão entre irmãos.

— Ele está te perturbando? — Jaime pergunta diretamente para ela.

— Não, eu só estava fazendo meu trabalho — responde, sem pestanejar.

Puta que pariu! Eu tinha encontrado uma brecha! Uma brecha para me aproximar!

— Recebi uma ligação do hotel para saber quais as frutas tropicais que o senhor Soares mais apreciava. É óbvio que eles ligariam para mim. E olha que coisa mais intrigante, eu nem sabia que meu irmão estava hospedado no Copacabana Palace! Ainda por cima cedendo uma entrevista...

— Jaime...

— Eu sou seu empresário, porra! Preciso saber quando o meu irmão se hospeda no Copacabana Palace mesmo tendo uma casa no Rio de Janeiro. Não faz sentido, cara! Para de esbanjar!

— Desculpe... eu... — Catarina interrompe, caminhando até a bolsa e o presente que entreguei para Ana. — Eu preciso ir.

— Não — digo e Jaime me olha. — Não terminamos a entrevista! Não é esse o seu trabalho? — falo meio ríspido.

Com Jaime me inspecionando fica difícil agir corretamente. Ela me olha espantada.

— Como é que é?

— Não precisa do trabalho? Então senta e faça as perguntas! — repito.

— O que você acha que estou fazendo aqui? Só não quero ficar no meio da discussão das meninas. Desculpe Jaime, mas eu não tenho nada a ver com Soares ser omisso e não preciso presenciar essa briga entre vocês. E você, fodão — Ela vira para mim. — Preciso sim do meu trabalho e eu sou a que menos tem culpa por estar aqui fazendo essa entrevista!

Eu estou ferrando tudo! Puta que pariu mil vezes!

— Ninguém está brigando aqui — Sorrio nervoso. Muito nervoso.

— Fala direito com ela, Henrique! — pede Jaime.

— Estou falando direito, você é quem está atrapalhando a entrevista. Se quiser, pode esperar a Catarina lá fora!

Não sei por que falei a última frase. Porra!

— Não, para mim chega — diz Catarina indo em direção à porta. — Acho que tenho o suficiente para entreter seu público.

— Catarina! — Eu e Jaime falamos em uníssono.

Ela me encara e olha para o relógio de pulso.

— Estou atrasada.

Sair com um amigo? Lembro perfeitamente! Quase faço uma careta.

— Desculpe-me por atrapalhar o seu trabalho, Catarina. — pede Jaime e me olha. — Depois vou querer explicações sobre o fato de você ter vindo entrevistá-lo.

— Eu não tenho culpa, cara! O Jornal Fatos é o maior do país! E... e... ela veio — minto.

— Com você, depois eu converso.

— Sem problemas, Jaime. — digo. — O nosso foco estava mudando quando você chegou, então acho que era o fim da entrevista — diz inexpressiva.

E eu só queria abraçá-la.

Coloco as mãos no bolso da calça, negando a situação. Estou irrequieto.

— Você precisa de ajuda para ir para casa, ou... — Jaime sempre atencioso e quase pulo no pescoço dele.

— Não. Ela está de carro — informo.

Nada dele levá-la para casa! Nem pensar!

Os olhos dela cerram e minha maior preocupação nesse momento é Jaime estar mais perto dela do que eu.

— Estou bem, Jaime. Na verdade, vou encontrar um amigo em um bar aqui na orla de Copacabana.

A cara decepção de Jaime me atinge como um tapa. Conseguir prová-la e entender tudo o que estava acontecendo dentro de mim era apenas um dos meus problemas.

Eu amo meu irmão. Jaime era mais do que isso na minha vida e sua fisionomia nesse momento me causa comoção. Ele realmente estava fascinado por ela e eu o entendia perfeitamente.


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