Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 6

Eram raros os momentos no qual Jane se deparava com Edward. Quase nunca o via no café da manhã e raramente no almoço. Já estava em Worthen há alguns dias, mas eles mal se falavam. Jane achava aquela atitude distante muito estranha, dado que ele havia sido muito gentil quando ela se encontrava doente. Às vezes tinha a impressão de que ele não as quisesse por lá, ainda que não as tratasse mal. Mesmo assim aquela sensação parecia não deixá-la.

Enquanto passava seus dias na propriedade, Jane aproveitava para se distrair com passeios no jardim e livros. A biblioteca de Worthen era extensa, com várias prateleiras e uma grande variedade de gêneros e ela imagiva, quando sentava no sofá embutido à janela, que na primavera a vista devia ser incrível, muito verde e cheia de flores.

Quando não estava lendo, passava às tardes na companhia agradável de Harrison e Charity, ou de Catherine que se mostrava uma mulher maravilhosa. Jane achava-a extremamente interessante.

Esses dias estavam sendo muito bons até Kimberly se lembrar de que iria completar dezoito anos. Na mente dela, Kimberly achava que já seria uma mulher e teria direito a vários pretendentes. Jane, no entanto, discordava de que uma moça tão jovem pudesse ser considerada uma mulher capaz de tomar tamanha decisão, ainda que isso fosse algo muito comum.

Kimberly queria, agora que estava em Worthen, que Jane pedisse a Edward que lhe preparasse uma festa. Mas Jane recusou-se.

- Não acho que seja uma boa ideia. Não falaremos disso com o Sr. Radford. Conforme-se, Kimberly - decretou a mais velha.

Mas Kimberly não ia se dar por vencida. Ela queria ser introduzida à sociedade. Achava que já havia refinado muito bem seus modos e que não faria mal algum que Edward fizesse um baile em sua homenagem.

Assim que todos se reuniram para o almoço, incluindo Emma que havia sido convidada, ela aproveitou o momento.

- Kristen, adivinha só - falou de forma bastante audível para que os demais ali presentes pudessem ouvi-la.

Kristen ergueu os olhos para ela de modo inquisidor.

- Meu aniversário. - Ela se virou para Edward com um sorriso sugestivo. - Sabe quantas primaveras completarei, Sr. Radford? - Ele meneou a cabeça de maneira negativa. - Dezoito!

- Que bom - Edward mostrou um sorriso morno para a jovem.

- Ah, como eu gostaria de ter um baile! Eu seria tão feliz!

Jane corou ao perceber o que a irmã estava tentando fazer. Olhou para ela de forma ameaçadora, mas Kimberly a ignorou.

- Um baile não é uma má ideia - ponderou Catherine. - Seria uma ótima oportunidade para que conhecessem as irmãs McCarthy. Oh, sim, isso seria esplêndido! Esplêndido! - animou-se a matrona.

- E eu ficaria muito contente, Sra. Radford. - Kimberly sorriu encantada com aquela possibilidade.

- Céus, não se preocupem com isso - pediu Jane que não estava mais aguentado os modos abusados da irmã. - Podemos sair e ir ao lugar em que você quiser, Kimberly, mas não importune mais o Sr. Radford.

- Eu concordo com a Sra. Radford - Emma intrometeu-se, achando extremamente divertida a maneira como Kimberly conseguia fazer com que Jane se sentisse desconfortável. - E o senhor, o que acha? - ela dirigiu-se a Edward.

Ele forçou um sorriso. Edward detestava bailes. Aqueles encontros eram a oportunidade perfeita em que as mães das jovens o abordavam e ele sempre tinha de dançar com alguma de suas filhas, que em geral não passavam de moças fúteis ou apenas enfadonhas e, ainda que encontrasse alguma que fosse minimamente interessante, esta já pensava em casamento. Edward não estava disposto a se casar com ninguém.

Vendo que ele hesitava, Emma continuou:

- Seria a oportunidade perfeita para que as irmãs McCarthy pudessem encontrar um pretende! - sugeriu com um sorriso ardiloso.

- Isso seria realmente muito bom - Edward considerou.

A ideia, afinal, vista por aquele ângulo não parecia tão ruim.

- Claro que sim! Imagine só, Radford, você poderia convidar aquele jovem que é dono de uma fábrica em Londres! Veio passar uma temporada em Shropshire e deixou os negócios a cargo do cunhado...

Ver Emma e Edward conversando tão animadamente como se tivessem o poder de decidir sobre a vida delas, fez o sangue de Jane ferver. Precisou pedir forças aos céus para manter a compostura.

- Minhas irmãs são muito jovens para pensar em casamento - protestou Jane com delicadeza.

- Mas a senhorita e Anna não e essa seria uma boa oportunidade para que ambas conseguissem alguém que lhes garantisse um futuro promissor. - Emma balançou a mão no ar.

- A senhorita é muito gentil em se preocupar conosco - replicou Jane -, mas Deus tem me provido muito bem e me deu capacidade de conseguir garantir o meu futuro por mim mesma sem que eu precisasse de um esposo.

- E como seria isso? - Emma a questionou, fitando-a com um sorriso de deboche.

- Trabalhando. - Jane sustentou o olhar no dela.

- Que horror! - exclamou Emma como se aquilo fosse a coisa mais assombrosa que já tivesse ouvido. - A senhorita precisa trabalhar? Oh, que lástima, querida! A senhorita e suas irmãs devem realmente levar uma vida difícil em Chesterfield! Deviam considerar esse baile...

- Ora - Catherine riu tentando amenizar o clima pesado que parecia se instalar à mesa -, eu acredito que independente de qualquer coisa, seria muito bom uma festa aqui em Worthen. E nada melhor que seja no dia em que essa linda jovem completará dezoito.

- Eu concordo - Edward se dirigiu à Kimberly. - A senhorita e suas irmãs terão uma festa - decretou.

Kimberly proferiu muitos agradecimentos e Emma sorriu de modo vitorioso para Jane, embora ela não parecesse estar prestando atenção. Na verdade, Jane não conseguiu tirar os olhos de Edward, pensando em como achava a atitude dele estranha. Estava tão sério quando começaram o assunto, mas quando Emma sugeriu que poderiam haver pretendentes algo nele pareceu mudar.

Jane não tinha certeza, mas uma voz em seu coração parecia dizer que alguma coisa estava errada.

Não havia chances de Jane deixar aquilo de lado. O modo como Edward havia se portado à mesa, falando como se a presença dela e a de suas irmãs fosse algo indesejável, fez com que ela percebesse que talvez ele não as quisesse por lá. Edward quase não passava os dias em Worthen e nunca mantinha uma conversa duradoura com nenhuma delas. As engrenagens de sua mente giraram à tarde toda de forma que Jane decidiu que devia falar com ele.

Já era bastante tarde quando Edward chegou. Jane estava sentada ao pé da escada e, logo que o viu, levantou-se. Ele ficou surpreso em vê-la ali e voltou seus olhos para o pêndulo que já marcava onze horas.

- Aconteceu alguma coisa? Alguma de suas irmãs está doente? - indagou, preocupado.

- Não, senhor. - Jane aproximou-se com a vela que tinha em mãos. - Eu apenas gostaria de ter uma conversa com o senhor se não for incomodá-lo. Não vou tomar muito do seu tempo - garantiu-lhe com um olhar firme.

Edward franziu as sobrancelhas, demonstrando estar um tanto surpreso com a atitude dela. O que ela queria que não podia deixar para o dia seguinte?

- A senhorita tem certeza de que quer essa conversa para hoje? Não tem medo que nos vejam juntos?

- Minha consciência está bastante tranquila com relação a isso; além do mais, o que eu tenho para lhe dizer é algo que se eu tivesse de esperar até amanhã certamente me consumiria.

Embora não estivesse com paciência para o que quer que fosse que Jane quisesse lhe falar, Edward concordou e pediu que ela o seguisse até seu escritório.

Abriu a porta do cômodo e fez menção para que Jane entrasse; depois, fechou-a atrás de si. Caminhou até sua mesa e pediu que Jane se sentasse, mas ela se recusou e murmurou um agradecimento.

Aproveitando que estava ali, Edward pousou a vela sobre a mesa, pegou alguns papéis espalhados e ficou a organizá-los.

- Estou ouvindo, Srta. McCarthy - disse sem fitá-la.

- Gostaria de agradecê-lo pelo baile que pretende dar em homenagem às minhas irmãs - começou ela. - É muito generoso de sua parte.

- Não precisa agradecer. - Ele franziu a testa para algo que havia lido, levando o papel para mais perto da claridade da vela. - Será uma boa oportunidade para que todas se socializem com as melhores famílias.

Jane não pôde deixar de notar como ele parecia pouco interessado no assunto e aquilo só fez com que ela tivesse ainda mais certeza de suas suspeitas.

- De qualquer forma, quero que saiba, Sr. Radford, que não precisa mais se preocupar.

Edward parou por alguns segundos tentando assimilar as últimas palavras de Jane.

- Achei que já estivesse decidido que faríamos a festa, Srta. McCarthy. - Ele a encarou sem compreender.

- Gostaria - disse ela, com o olhar decidido - que não me julgasse tão tola, Sr. Radford.

Surpreso, Edward lançou-lhe um olhar interrogativo.

- Por que diz que a julgo tola?

- Sei muito bem, Sr. Radford, que nossa presença aqui é um incômodo para o senhor.

- O quê? - Ele pareceu ainda mais estupefato.

Por um segundo, Edward pensou que ela soubesse, mas como? Não, aquilo não era impossível. Ela devia estar apenas blefando e ele sabia bem jogar aquele jogo.

- Não pode achar que só porque quero arrumar bons casamentos para elas eu não as queira aqui.

- Não é só por isso - explicou ela. - Vejo como o senhor se ausenta de seu próprio lar e como se esquiva de estar perto de todas nós. É óbvio que nós o importunamos. Mas não pense, Sr. Radford - continuou Jane delicadamente -, que estou lhe acusando. O senhor tem todo o direito de se sentir assim e aprecio muito que queira realizar um desejo que fora de sua mãe, mas o senhor não precisa fazer isso. Eu e minhas irmãs deixaremos o seu caminho livre para que o senhor possa usufruir com prazer de tudo que lhe pertence.

Edward piscou por algum tempo sem saber exatamente o que pensar sobre aquilo. De fato, tê-las ali não era uma situação agradável para ele, mas não imaginava que seu desconforto fosse tão visível. Também não achava que aquela mulher fosse capaz de levar suas irmãs embora, pelo que Aberdeen havia dito a ele a casa em Chesterfiel não estava em boas condições e elas não possuíam uma renda que as mantivesse o suficiente para que não passassem algum tipo de necessidade.

Olhou em dúvida para Jane como se ainda não acreditasse que ela fosse capaz de cumprir o que estava dizendo, mas ela parecia determinada.

- Era só isso, Sr. Radford - declarou diante do silêncio dele. - Amanhã avisarei às minhas irmãs que partiremos - disse e concedeu a Edward um sorriso de boa-noite.

Sem esperar mais por qualquer reação, Jane se retirou e caminhou até seu quarto. Antes, porém, que chegasse lá, Edward alcançou-a e postou-se à sua frente nas escadas, fazendo com que ela fosse obrigada a deter seus passos.

- Srta. McCarthy, a senhorita entendeu tudo errado - ele disse e fitou-a nos olhos.

- Sr. Radford, por favor - Jane encarou-o com firmeza. - Eu já disse ao senhor que não há com o que se preocupar, pois eu o libero de qualquer compromisso com minhas irmãs.

- Eu não quero ficar livre de nenhum compromisso com suas irmãs - insistiu. - A senhorita entendeu tudo errado - ele repetiu mais uma vez. - Acontece que... eu... - Edward hesitou.

Jane não o pressionou para que continuasse, apenas o fitou com seus grandes olhos cinza, esperando.

- Eu... Eu sempre fui sozinho e não estou acostumado a lidar com as pessoas. - Edward pigarreou um tanto incomodado com aquelas palavras que pareciam verdadeiras demais para serem ditas em voz alta. - Talvez eu esteja parecendo grosseiro, mas eu lhe garanto que tenho a senhorita e suas irmãs em alta estima. Eu só quero o bem de todas. Por favor, deixei-me realizar o baile sem qualquer pretensão de arrumar para elas um marido. Deixe apenas que se divirtam.

Jane franziu o cenho intrigada com o esforço dele para tentar persuadi-la. Não conseguia compreender o motivo de ele estar tão disposto a convencê-la do contrário. Depois do que presenciara à mesa, Edward devia estar contente de poder ver-se livre delas.

Edward desceu um degrau e, olhando fundo em seus olhos, pediu mais uma vez:

- Por favor, Srta. McCarthy, não tire suas irmãs de Worthen.

Aquela súplica tão urgente fez com que o coração de Jane se suavizasse. Talvez tivesse sido muito severa em julgá-lo tão mal. Bom, não podia dizer com certeza se havia sido injusta ou não, mas, naquele momento, Edward parecia bem sincero aos seus olhos.

- Eu preciso pensar, Sr. Radford - disse ela com firmeza.

Edward soltou o ar e, tomando a mão dela, depositou um beijo suave em seu roso.

- Muito obrigada, Srta. McCarthy, já me dou por satisfeito em saber que a senhorita irá considerar o meu pedido.

Jane assentiu, retirou a mão da dele e mais uma vez desejou-lhe um boa-noite. Dirigiu-se para o quarto, pois ainda estava muito confusa.

Edward observou-a subir as escadas e torceu o lábio. Precisava tirar aquela má impressão que havia causado. Ainda não sabia o que iria fazer, mas tinha de reverter aquela situação. Começaria moderando seus modos e passando mais tempo em Worthen ou perderia o último prazer que ainda lhe restava contra seu pai.

***

Eita, será que a Jane irá levar as irmãs de volta? Ela não deu certeza, apenas disse que ia pensar. Edward está em maus lençóis!

O que será de #Janeward? *--* (gente, foi a IsaSkywalker que inventou isso e eu amei!)

Espero que tenham gostado e peço que tenham um pouco da paciência com o Edward. Muitas coisas ainda serão explicadas ;)

Obrigada por acompanharem a história!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro