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Capítulo 28

Shropshire

Edward tirou o relógio do bolso da calça, andando de um lado para outro, numa ansiedade bastante palpável. James Aberdeen, Harrison e Matthew sentados, apenas acompanhavam o movimento do dono de Worthen, cada um deles apertando os lábios na tentativa de prender o riso por aquela situação que há algum tempo atrás eles nunca poderiam imaginar. Edward se casando depois de tantas vezes ter dito que jamais se prenderia aos laços do matrimônio chegava quase a ser cômico.

- Por Deus, Jane está demorando muito! Alguma coisa deve ter acontecido!

- As mulheres são assim, Radford - tranquilizou o advogado.

- Sim, sim - concordou Matthew. - As mulheres se preocupam com muito mais coisas que nós, então acalma-se, Edward.

Harrison não disse nada, mas concordou com os homens ali presentes meneando a cabeça num gesto positivo.

Edward inspirou o ar e sacudiu a cabeça. Era fato que seu espírito inquieto só se acalmaria quando a visse ali à sua frente, pronta para se tornar sua mulher, mas ele devia ser paciente. Já havia esperado Jane por tanto tempo. Na verdade, esperara por alguém como ela a vida toda ainda que negasse para si mesmo, e agora que estava tão perto de unir-se àquela mulher fantástica, ele precisava ter paciência - o que eram minutos diante de uma vida toda juntos?

Ele tornou a sentar-se no sofá, tentando se acalmar. De repente, sua mente voou para seu último dia em Londres. Ele e Jane caminhavam juntos, de braços dados. Era assim que ele queria passar a vida - entrelaçado a ela. Enquanto desfrutavam da companhia um do outro, Edward notou, um pouco afastada, uma mulher observá-los. Seus olhares não se cruzaram no mesmo instante, o que deu a ele tempo considerável para estudar Annabelle. Ela vestia um vestido púrpura e um casaco azul, o chapéu preto por cima dos cabelos escuros. Em uma das mãos, ela segurava uma valise, mas a outra estava livre. Antes que pudesse perceber que havia sido vista, ele foi gentil o suficiente para desviar o olhar. Apesar de tudo que aquela mulher fizera a ele, Edward não lhe queria mal. Não mais. Essa era uma das coisas que havia aprendido em sua nova vida - o valor do perdão. Se Deus o havia perdoado quem era ele para não perdoá-la também?

- Edward! - chamou Catherine, tirando-o de seus devaneios. - Querido!

Levantando-se rapidamente e movendo a cabeça em direção à porta, Edward viu sua tia que sorria orgulhosa e parecia radiante e, assim que outra mulher apareceu ao lado dela, ele compreendeu o motivo.

Com um lindo vestido branco, com babados na saia numa costura ricamente decorada com fios dourados, os cabelos escuros enfeitados por pétalas claras e um rosto emoldurado por um sorriso alegre, lábios róseos, bochechas coradas e cílios longos e espessos, estava à sua amada Jane.

Edward maravilhou-se com aquela visão e seu coração encheu-se de admiração por aquela linda mulher que seria sua esposa. Com passos leves, ele caminhou até a noiva e, tomando-lhe as mãos, depositou no dorso de cada uma um beijo cheio de afeto.

- Você está linda - ele disse num tom de voz suave e rouco.

- Você também está encantador - ela devolveu.

A igreja onde seria realizado o matrimônio ficava numa pequena vila que não era distante da propriedade, ainda assim uma carruagem os levou até lá, pois Edward fazia questão que sua andorinha não se cansasse. Ao chegarem lá, o casamento foi realizado com muita beleza, as lindas e sábias palavras proferidas pelo pároco tornava oficial aquela união.

Ao regressarem a Worthen, uma grande festa havia sido preparada tanto para os convidados do casal quanto para os moradores humildes que residiam próximo dali. Fora ideia de Jane e Edward concordou. Havia grandes mesas dispostas pelo jardim com arranjos de flores, orquídeas e rosas, além das louças de porcelana e os talheres de prata. Havia também muita comida. Helen supervisionara tudo com Catherine para que nada faltasse a ninguém.

Ao lado de Edward, Jane observou o ambiente. Emma estava sentada entre Harrison e Charity e não parecia muito feliz, embora a prima e o irmão se mostrassem com um ótimo humor. Jane imaginou o quão doloroso devia ter sido para ela presenciar seu casamento com Edward, mas sabia também que ela encontraria alguém que lhe fosse destinado e que seria muito feliz. Voltou seu olhar para um canto mais afastado onde Dayse e Simon corriam. Sorriu com aquela cena. Observou as irmãs. Kristen e Kimberly que conversavam com Jeremy e, ao longo daqueles dias. Ela notou como a irmã se esforçava para agradar Kristen, ainda que sua ambição não tivesse se dissipado totalmente. No entanto, por experiência própria, Jane sabia que todas as mudanças ocorriam no tempo certo. Seus olhos pousaram no canto da mesa onde Anna, sentada ao lado de Matthew, sorria parecendo apaixonada e feliz de um jeito que ela jamais havia presenciado. Jane estava grata por aquele presente. Estar com Edward e ver sua família feliz era tudo que ela desejava.

- Querida - Edward sussurrou em seu ouvido -, temos que sair logo.

O casal iria partir para a lua de mel e precisava sair antes que anoitecesse.

Jane chamou por Anna para que ela subisse até o quarto com ela. Lá, dispensou a ajuda da criada para se despir, deixando que a irmã a auxiliasse naquela tarefa. Assim teriam mais privacidade.

- Eu ainda não consigo acreditar que seja esposa de Edward Radford - disse Jane, segurando numa das pilastras da cama enquanto sentia o vestido afrouxar-se em seu corpo.

O tecido deslizou para o chão e Jane levantou um pé de cada vez, saindo daquele círculo. Pegou na cama um dos vestidos que havia separado para a viagem, algo um pouco mais leve e mais simples. Ela foi até a penteadeira, sentou-se na cadeira e junto da irmã Anna, que permaneceu de pé atrás dela, começou a retirar as pétalas. Deixaria que a cascata negra de seus cabelos fartos ficasse livre.

- Anna - Jane ergueu os olhos para ela e ambos se fitaram através do reflexo do espelho.

- Sim - ela respondeu e sorriu.

- Eu estive pensando que talvez fosse melhor que Dayse ficasse em Londres. Acha que seria inconveniente para Edith, Matthew e você? É uma lastima que ela não pôde vir - lamentou.

Edith voltara a ficar doente e sua condição a impedira de fazer uma viagem longa.

- Claro que não. Eu amaria ter Dayse comigo e estou certa de que Matthew e Edith não se importariam. Sei que você sabe disso - disse Anna. - Mas acha que ela será capaz de ficar longe de você? - inquiriu em dúvida.

- Ela acabará se entediando aqui. Em Londres, ela terá Simon que poderá lhe fazer companhia e ela teria alguém da sua idade para brincar.

Anna fez que sim com a cabeça. Dayse e Simon haviam se tornado muito apegados um ao outro e talvez a irmã mais nova não sentisse tanto a falta de Jane tendo um amigo que a distraísse.

Após tirar todas as pétalas dos cabelos, Jane levantou-se e calçou as luvas brancas, antes de descer as escadas que levavam ao hall. Não encontrou Edward esperando, pois ele ainda não estava pronto, mas encontrou Catherine que a procurava e, assim que a viu, aproveitou aquele momento para levá-la até a biblioteca. Jane não havia percebido, mas a matrona carregava em suas mãos um jornal que entregou a ela logo que se viram a sós.

- Esse é o meu presente para você, querida - sorriu. - Espero que goste. Oh, tenho certeza que irá gostar! - disse animada.

Jane pegou o jornal e franziu o cenho, a expressão interrogativa sem conseguir compreender a natureza daquele presente. No entanto, a matrona saiu sem nada dizer e a deixou ali, sozinha.

Caminhando até o sofá embutido a janela, onde passara e ainda passaria muitas tardes lendo, Jane sentou-se e abriu as páginas. Passou os olhos pelas notas principais. A maioria se tratava de fofocas que não causavam em Jane o menor interesse. Folheou mais o jornal até que seus olhos se detiveram numa pequena notícia que fez o seu coração parar.

Ali, naquele minúsculo quadrado, dizia que Edward Radford, dono de uma boa fortuna e várias terras, viajara para Irlanda provendo aos doentes dali auxílio e comida. Tornara-se conhecido pelo povo como o anjo inglês.

- Céus! - Jane cobriu a boca com uma das mãos, sentindo as lágrimas de emoção invadirem seus olhos. Como era bom saber que estava certa em acreditar e confiar nele. Ela sabia. Sabia. Seu coração havia lhe dito mesmo que ela tivesse duvidado por alguns instantes.

- Meu amor - sibilou.

Jane já sabia que aquele homem que tentara manipulá-la, já não mais existia. Edward estava limpo e havia se tornado um homem melhor, Deus havia sarado aquelas terríveis feridas que a faca afiada do desamor havia produzido em sua alma. Mas não imaginava que ele tivesse ido tão longe e sentiu orgulho em saber que era esposa dele.

- Ora, você está aqui - Edward falou e fez com que Jane se sobressaltasse. Não tinha ouvido os passos dele e notado à sua presença até ele chamá-la. - Estou com ciúmes - Edward gracejou. - As notícias estão mais interessantes que a viagem para nossa lua de mel.

Os lábios de Jane abriram-se, mas ela não foi capaz de dizer nada. Em vez disso, largou o jornal no sofá, levantou-se e jogou os braços ao redor de Edward que correspondeu ao abraço, apertando aquele corpo pequeno contra o seu.

- Eu te amo, meu amor! Obrigada por não desistir de mim! - Jane depositou um beijo na parte descoberta do pescoço de Edward que, ao sentir o calor dos lábios dela, fechou os olhos, absorvendo aquela sensação.

Edward mordeu o lábio inferior e afastou Jane apenas o suficiente para que pudesse olhá-la nos olhos:

- Eu jamais desistiria da pessoa que Deus colocou no meu caminho. Eu jamais desistiria de você, minha senhora.

- Minha senhora. Você sempre me chamou assim mesmo quando não éramos casados. - Ela sibilou.

- É porque eu sempre soube que seria seu. - Ele acariciou-a.

Jane abriu um grande sorriso e, sem resistir, Edward cobriu os lábios dela com os seus, deslizando seus dedos pelas costas dela, enquanto ela mantinha uma mão em seu peito e a outra nos cachos macios do esposo.

Com os protestos de seus corpos, ambos separaram-se. Edward entrelaçou seus dedos nos de Jane e ambos caminharam até o jardim. Despediram-se de todos ao entrarem na carruagem que, agora, os levaria para uma nova vida juntos, a consumação daquele amor.

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