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Capítulo 24

Drogheda

Já estavam no início do inverno e Edward permanecia bastante ocupado. Embora quando estava com seus pacientes seus pensamentos fossem focados apenas em ajudá-los, Edward não conseguia deixar de imaginar como Jane e suas irmãs estariam. Preocupava-se tanto com todas que muitas vezes perdia o sono ou tinha terríveis pesadelos. Sonhava principalmente com aquela que ainda fazia o coração dele bater forte. Então acordava e lia algum versículo daquela velha bíblia que ela esquecera em Worthen e ele levara consigo, e seu coração consolava-se.

E ainda que Edward estivesse feliz em ajudar, nem sempre tinha sucesso em seus casos, afinal, ele não era uma divindade, mas apenas um homem. A justificativa que encontrava para dar às famílias era que as defesas de alguns eram mais fortes e de outros mais fracos e por isso não conseguiam resistir à doença. Essas famílias pareciam entender apesar da dor e mesmo quando um ente querido não conseguia sobreviver, eles o agradeciam por todo esforço e dedicação.

Nos jornais, Edward acompanhava a progressão daquela doença e apesar de a Inglaterra, Escócia e outros lugares também terem sido afetados por ela, a Irlanda era de longe o país que mais sofria. Ao ir à cidade, Edward se deparava com pessoas insanas e desesperadas. Nunca se esqueceria do dia em que, ao passar por Dublin, encontrara dois repórteres ingleses, estáticos com a visão degradada do país.

- Veja que tragédia, John Walter - comentava um dos jornalistas.

- Eu precisava ver com meus próprios olhos - disse o outro com indignação. - Não é possível que os nossos se fechem para o que está acontecendo. Como somos egoístas - retrucava pasmado.

Nesse mesmo dia em que encontrara os jornalistas, voltando para casa à tarde, foi abordado por um homem bastante diferente dos camponeses que sempre o procuravam. Era elegante, aquele cavalheiro. Vestia-se como se fosse um lorde, usava um chapéu preto no alto da cabeça e apoia-se numa bengala preta e reluzente, com a parte superior do cabo prateada.

- Por acaso é o Sr. Radford? - a voz grave o inquiriu.

- Sim, senhor - confirmou Edward, analisando-o.

- É o dono destas terras, não é mesmo? E também é médico? - Edward anuiu positivo e olhou-o, intrigado. - Sim, sua fama de médico corre por toda a vila de Drogheda, dizem até que o senhor é um anjo!

Edward desviou os olhos, incomodado.

- O senhor pode não gostar, mas é o que dizem - sorriu o cavalheiro com delicadeza.

Mais afável, Edward ergueu os olhos para ele.

- Não faço nada de mais, senhor. Espero que saiba que não opero milagres e que nem todos os que passam pelas minhas mãos... se salvam. - Edward comprimiu os lábios e vagou por alguns instantes, sentindo um peso invisível pairar sobre ele. Era difícil perder alguém mesmo que ele sequer conhecesse a pessoa.

- Entendo. Ainda assim, esses camponeses depositam muita confiança no senhor. - O homem elegante tirou o chapéu e suplicou: - Peço humildemente que veja minha filha e tente ajudá-la. Estou disposto a pagar o quanto quiser para que faça de tudo para salvá-la.

- Eu não cobro para ver meus pacientes, apenas leve-me até sua filha - pediu Edward.

O homem elegante o encarou com um brilho de gratidão nos olhos e levou-o, com a carruagem que os aguardava, até sua grande propriedade. Por dentro, a casa era ricamente decorada com móveis finos, quadros com pinturas sofisticados e era notável que aquele homem possuía uma boa fortuna. Mas, como constatou Edward, as doenças não distinguiam entre velhos e jovens, pobres e ricos. Ela simplesmente infiltrava-se entre eles independente da posição social.

- Venha, senhor - chamou uma bela menininha com cabelos dourados. - Ela está aqui - disse enquanto corria para os degraus das escadas que levavam ao quarto da enferma.

O homem sorriu com a figura pequena e explicou a Edward que aquela era sua neta. Contou que perdera o genro muitos anos antes e por isso viviam apenas os três naquela casa. A menina era agitada e muito meiga, e ficou a esperá-los no vão da porta, perscrutando, com os grandes olhos castanhos, a figura imponente de Edward. Ele sorriu para aquela garotinha curiosa e viu os lábios dela se elevarem timidamente.

Entraram os três no quarto. O pai da moça a fitava como se ela fosse um diamante muito valioso, e a menina segurava as mãos dele, olhando para a mãe com o mesmo brilho. Edward aproximou-se dela para examinar a febre. A mulher deitada tinha uma pele alva, branca como se ela fosse a própria rainha da neve. Os lábios pálidos demais quase não se distinguiam em seu rosto. Ainda assim, os cílios longos e pretos, o nariz empinado, os cabelos escuros davam àquela dama um ar de jovial delicadeza e ele não pôde deixar de imaginar quão linda ela devia ser em seus melhores dias.

- Olá - ele saudou-a suavemente e sorriu.

- Olá, doutor - ela retribuiu com uma voz suave, embora rouca e sorriu docemente.

Edward sentiu o coração tomado de um sentimento que não soube explicar. Talvez fosse a esperança da pequena garotinha brilhando em seus olhos que o fizera, durante os dias em que esteve naquela casa, cuidar com dedicação daquela mulher mais do que teria cuidado de qualquer outra. Esteve mais presente com ela do que com qualquer outro paciente e concentrava todos os esforços nela, mas nada parecia fazer com que ela melhorasse.

O pai da jovem fazia-se de forte quando estava com a neta, porém, quando a garotinha não encontrava-se por perto, chorava feito uma criança diante dos pés da filha querida que, ainda consciente, pedia a ele que tivesse forças. Sua personalidade forte fazia com que Edward se empenhasse ainda mais.

Mas num dia frio de final de inverno, o coração daquela família perdeu aquela linda joia e Edward mal pôde suportar todo aquele sofrimento. Parecia tão errado que todas aquelas pessoas morressem daquela forma. Foi para ele extremamente doloroso ver a dor daquele pai e daquela menininha.

De repente, em seu quarto, Edward sentiu-se angustiado quase como se estivesse sufocando. Um peso invisível pairava sobre si e era quase insuportável de se carregar. Quando um criado bateu à porta e trouxe para ele uma carta, o dono de Worthen sentiu seu coração pulsar com força. Seria de Jane? Olhou o selo e soube que era de Catherine. Abriu-a com voracidade mesmo assim. Qualquer coisa que o tirasse por alguns instantes daquela realidade era muito bem-vinda.

A carta da tia pedia para que ele retornasse logo, pois um assunto importante requeria sua presença. Isso bastou para que Edward arrumasse todas as coisas e voltasse para Inglaterra. Antes, porém, deixou um médico em seu lugar para que cuidasse dos camponeses, garantindo-lhe um salário. Deixou também instruções bem claras a John Ason e afirmou que qualquer falta que soubesse a respeito dele, não hesitaria em tirá-lo de sua propriedade. Não satisfeito, promoveu um dos camponeses mais produtivos, dando-lhe poder para que vigiasse o capataz e para que tomasse decisões, deixando John insatisfeito e causando alivio nos trabalhadores que morriam de medo da partida de Edward, já que tudo havia melhorado muito depois da sua chegada.

Com um sentimento controverso de pesar e alívio, Edward deixou a ilha embarcando no primeiro navio que saíra da Irlanda, logo pela manhã. Ao pisar novamente na terra inglesa, sentiu como se pudesse voltar a respirar. O peso de tudo parecia menor. Mesmo assim, era estranho que a vida de todos à sua volta parecesse tão normal comparada à dos irlandeses.

Edward tomou uma diligência e levou bastante tempo para chegar. A viagem havia sido exaustiva e ele ainda carregava consigo a preocupação com a mensagem de Catherine. O que teria havido, afinal?

❀❀❀

- Oh, oh! Edward meu querido! - exclamou Catherine com um misto de surpresa e entusiasmo assim que viu o sobrinho adentrar a sala.

A matrona levantou-se do sofá e esperou que Edward fosse até ela. Com carinho, ele abraçou-a sentindo-se confortável naquele abraço caloroso. Em seguida, ambos se separaram e avaliaram-se.

- Você está mais magro - observou Catherine como uma mãe preocupada. - E essas olheiras debaixo de seus olhos? Ah, querido! Vejo que fiz bem em pedir que voltasse ou acabaria ficando doente também! - ralhou.

- Eu estou bem, tia - assegurou-lhe, ansioso. - Mas como a senhora está? Que assuntos urgentes requerem minha presença?

Um sorriso ainda maior do que aquele com o qual Edward foi recebido brotou nos lábios da matrona.

- Ora, você é meu sobrinho e tem que estar no meu casamento! - disse, categórica. - Eu jamais o deixaria faltar a esse evento tão importante! Jamais!

Os lábios de Edward se entreabriram em sinal de surpresa, mas logo aquele sentimento foi sobrepujado pela alegria que viu brilhar nos olhos dela. Sua tia, ao que ele notou estudando-a mais atentamente, nunca parecera tão linda e vibrante.

- Irá se casar com o Sr. Ashton?

- Sim, meu querido! Ele pediu-me em casamento e eu aceitei - replicou, visivelmente emocionada. - Nunca pensei que a essa altura da minha vida eu tivesse a sorte de me apaixonar novamente. Nunca pensei que teria a chance de me casar. Oh, querido, não imagina como estou feliz! Espero sinceramente que não se oponha. Sei quer certamente me acha velha demais para...

- Por Deus, tia - Edward interrompeu-a -, eu jamais me oporia a algo que a faz feliz. - Edward puxou Catherine para um novo abraço. - Eu a amo e ver o seu bem-estar é tudo que importa.

- Só há um pequeno problema, meu querido.

A matrona desvencilhou-se dos braços do sobrinho e o encarou com um olhar indefinível, mas que parecia ocultar algo muito delicado.

- Que problema?

- Preciso da sua aprovação para outra coisa. - Edward ergueu uma sobrancelha de modo inquisidor. - Gostaria de convidar Jane e suas irmãs. Entretanto - adiantou-se -, se para você for algum desconforto eu irei entender, embora seja uma pena. Gosto tanto daquelas meninas! - suspirou.

- Eu sei - disse ele com um riso singelo. - É certo que não me oporei. Aliás - ponderou-, se a senhora permitir, eu mesmo gostaria de entregar a elas o convite.

- Isso seria ótimo, querido, ótimo! - exclamou Catherine e Edward poderia garantir que viu seus olhos brilharem sugestivos. - Já se passou tanto tempo, acredito que Jane já o tenha perdoado. - A matrona piscou de maneira cumplice.

- Assim espero tia - desejou Edward do fundo do coração. - Nada me faria mais feliz.

_______

Edward voltou e Cathy vai se casar! Hahaha! Quantas novas. Será que ele vai encontrar a Jane? Se ele conseguir, será que ela vai aceitá-lo? Muitas dúvidas :X

Obrigada a quem está acompanhando e, pessoal, peço perdão também por estar demorando de responder os comentários. =( Eu estou bem atolada, mas saibam que amo cada um deles e que, mesmo que demore, não irei deixá-los no vácuo hahaha! <3

Ahh, alguém aí tem skoob? Se tiverem, vou deixar o link de O Anjo Inglês para quem quiser adicionar na estante. ;)

https://www.skoob.com.br/livro/438628ED497017

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