Going straight to my head

I just can't pretendWhat have you done to me?

Tradução:
Indo direto para minha cabeça
Eu não posso fingir
O que você fez comigo?

Gaston Perida

Cheguei ao Roller, percebi que os meus amigos estavam com uma cara de preocupados.

Perguntei o que realmente havia acontecido, sai de perto para ligar para a minha namorada já que o som estava alto.

— Minha vida.

— Oi, meu amor. — Nina.

— Está ocupada?

— Não, pode falar — Nina.

— Tá bom.

— Aconteceu alguma coisa? — Nina.

— Âmbar e a Luna saíram depois do almoço e não chegaram ainda.

— Não sei onde elas foram, não me disseram nada deve ser coisa de primas — Nina.

— Obrigada meu amor.

— De nada vida — Nina.

— Eu te amo.

— Eu também — Nina.

Fui falar com os garotos o que a minha namorada havia dito. Me despedi deles porque ainda tinha trabalhos da faculdade pra terminar de fazer.

No Orfanato....

Madre

Estava lendo para as crianças, percebi que haviam chegado duas garotas que de cara reconheci ser Âmbar Smith e Sol Benson porque havia cuidado delas quando eram crianças.

Há muitos anos servi a família Benson, eles eram os principais colaboradores do orfanato.

Fomos até o escritório onde o padre que estava preenchendo alguns documentos.

Quando ele me viu ao lado delas automaticamente as reconheceu.

— Como as garotas cresceram — falou as encarando.

— Precisamos saber de toda a verdade — Âmbar falou.

— Dou a minha palavra ao Padre que irei contar toda a verdade a vocês — falou.

— Confiemos na palavra do senhor padre — Luna falou.

— Se sentirem finalmente irei poder morrer em paz pensei que iria levar ao túmulo esse grande segredo — falei me sentindo aliviada.

Luna e Âmbar se sentaram nas cadeiras que havia em frente ao padre.

— Madre se senhora pode começar a falar — me pediu.

— Tá bom — concordei, olhando para as meninas, começando a contar a história.

Anos atrás.....

O orfanato estava em péssimas condições financeiras, a família Benson doou para nós uma enorme quantia de dinheiro com isso conseguimos reerguer.

Estava organizando alguns papéis, até que escutei batidas na porta. Pedi pra entrar vejo que era uma bela mulher alta, cabelos castanhos e olhos verdes carregava consigo um bebezinho nos braços, percebi que estava chorando.

— O que aconteceu? — perguntei preocupada.

— Madre o meu nome é Silvana, meus pais não me deixam ficar com a minha filha — respondeu chorando.

— Apenas lutei por ela — aconselhei.

— Não posso, sei que uma grande família irá adorar cuidar da minha pequena — falou.

— Quer dar um nome pra ela? — perguntei enquanto pegava a pequena no colo.

— Não — respondeu saindo chorando.

Se passaram 3 meses...

Estava na biblioteca organizando alguns livros, escuto barulho de salto batendo no piso de mármore, olho pra trás vendo que era a Sharon.

— Sharon? — chamei.

— Madre me diga se deixaram uma menina recém nascida com 3 meses — falou nervosa.

— Sim — concordei — Por quê? — perguntei sem entender o que estava acontecendo.

— Ela foi adotada? Apenas me responda isso — implorou.

— Ainda não — respondi vendo seu olhar que estava aliviado — Por quê? — perguntei.

— Me deixe vê- la por favor — insistiu.

— Ta bom — falei enquanto ela me acompanhava até o berçário.

Quando ela viu a bebezinha correu pegando em seus braços a enchendo de beijos.

— Âmbar minha pequena — falou em lágrimas.

— Irá me contar o que anda acontecendo? — insisti.

— Ela é a minha filha — respondeu como se fosse óbvio.

— Como assim? Nunca te vi com ninguém — a questionei.

— Fiquei grávida do atual marido de minha irmã, na maternidade trocaram ela e me fizeram acreditar que ela estava morta — explicou.

— Isso é inacreditável até parece aquelas novelas mexicanas — comparei.

— Tenho como provar que estou dizendo a verdade — falou.

— Não precisa provar nada, senhorita Benson, sei que está dizendo a verdade — a tranquilizei.

— Obrigada por tudo, mãe, mas como o Berne planejou tudo, tenho medo dele fazer mal pra minha pequena — falou a olhando.

— Poderia deixá- la aos meus cuidados — sugeri.

— Sério? — perguntou animadamente.

— Quero te ajudar — me ofereci.

— Obrigada — agradeci.

6 anos depois.....

Sharon havia voltado decidida a reaver a filha.

— Cadê a minha menina? — perguntou.

— Está brincando com as outras crianças — respondi.

— Posso vê-la? — perguntou.

— Pode sim — respondi — Me siga — pedi.

Sharon levou um susto ao ver Sol brincando com a Âmbar ao lado das outras crianças.

— O que ela faz aqui? — perguntou.

— Senhor Roberto Munhoz a trouxe pra cá por causa do incêndio que teve na mansão — expliquei — Sinto muito — falei.

— Transfira para outro orfanato — mandou.

— Porque? — perguntei sem entender o motivo.

— Irei doar 6 milhões de dólares, sei que estão precisando — falou tentando subornar — Leve para o México lá estará mais segura — explicou.

Concordei com a ideia dela, tinha que pensar no bem-estar das crianças.

A madre do orfanato do México é a minha amiga, temos certeza que Sol estará segura.

Tempos atuais.....

— Nunca imaginei que essa seria a verdade — Âmbar falou, Sol em seguida lhe deu um forte abraço.

— Me desculpe por dizer isso, mas ainda tem muita coisa que devem saber — falei.

— Luna apenas vamos fazer o teste de DNA, nunca se sabe se a Sharon inventou toda essa história — Âmbar falou desconfiada.

— Não precisa, porque o que irei contar pra vocês irá definir o futuro pra sempre — Padre falou.

— Hoje vocês descobriram todos os grandes segredos da Senhora Sharon— falei vendo ambas se encararem.