Be my parachute
Throw me in the skies
Nothing left to hide
Just the fireflies

Tradução:
Seja meu pára-quedas
Jogue-me nos céus
Nada a esconder
Apenas os vaga-lumes

Luna Valente

Não acreditando no que estava acontecendo, meus pais biológicos estão na minha frente.

Apenas senti o forte abraço deles e dei passagem para que eles pudessem passar.

Os levei até a sala onde o meu avô estava me esperando para terminar o jogo de tabuleiro.

— Estou tendo um sonho? — perguntou encarando os meus pais.

— Não — respondi — Vovô os meus pais estão vivos — falei alegremente.

— Filha — meu avô falou abraçando a minha mãe biológica.

— Pai — falou dando um beijo na bochecha dele.

— Pai eu te amo tanto — falou.

— Eu também, filha — falou em lágrimas.

— Olá Alfredo — meu pai falou chamando a atenção do meu avô.

— Temos um assunto sério pra conversar meu genro — meu avô falou.

— Tá bom — concordou — Vamos até o escritório — pediu.

— Tá bom— concordou.

Ambos foram em direção ao escritório.

— Irei pedir pra minha mãe preparar algo pra senhora comer — avisei — Ela é a melhor cozinheira do mundo — elogiei.

— Mãe? Senhora? — perguntou- me.

— É uma longa história, mas primeiro que irei pegar algo pra gente comer — falei desviando da pergunta.

— Irei com você — falou.

Peguei na sua mão e a guiei até a cozinha onde a minha mãe adotiva estava tirando um bolo de dentro do forno.

— Mãe — a chamei.

— Filha — Minha mãe adotiva respondeu — Já vi essa mulher em algum lugar — falou encarando a minha mãe biológica.

— Mãe, essa é a minha mãe biológica Lili — às apresentei.

— Ela não havia morrido? — a questionou.

— É uma longa história, irei contar a vocês — avisou.

—Irei cortar o bolo pra nós — avisou.

— Tá bom — concordei.

Sentamos nas cadeiras que haviam no balcão da cozinha.

Lili

Pelo jeito a minha filha tem uma mãe substituta, pareciam ser bem conectadas, isso me deixa magoada por ter ficado ausente por tantos anos.

— Sol? Sol? Sol? — a chamei várias vezes.

— Filha, sua outra mãe está te chamando — ela avisou.

— Oi mãe? — perguntou.

Meu coração saltou do peito ao ouvir ela me chamar de "mãe", mistos de lembranças invadiram a minha mente.

— Me desculpe, não me acostumei com esse nome ainda, todo mundo me chama de Luna, mesmo — explicou.

— Quem te deu esse nome? — perguntei.

— Meus pais adotivos, por causa da medalha de lua que eu estava no meu pescoço — respondeu — Sou conhecida como Luna Valente — contou.

— Entendi, pelo jeito tem uma grande história pra me contar — falei.

— A senhora também — me lembrou.

— Minha história é um pouco mais complicada, no dia do incêndio na mansão acabei discutindo com a minha irmã, a lareira estava acesa, ela me empurrou e me segurei na cortina aí daí o fogo começou, ela me salvou, meu marido estava em seu escritório e a minha irmã correu para salvá-lo, fiquei com 75% do meu corpo queimado e entrei em coma durante um ano mais ou menos — explicou.

— Minha tia disse mesmo, ela causou e admitiu pra Madre também — Minha filha falou.

— Não acredito que a senhora Sharon já disse tudo isso — falou a mulher.

— Agora sei que ela está pagando por tudo que fez contra a família — falei vitoriosa.

— Porque a senhora não veio antes? — Ela perguntou.

— Estava me recuperando por completo — respondi — Tive que fazer várias cirurgias plásticas para voltar a ter a aparência de antes — expliquei.

— Ela os salvou, isso mostra que ela não era tão má assim, tem apenas um coração partido — ela falou.

— Mas e a história do Berni ? — Minha filha perguntou.

— Ela nos colocou numa clínica de reabilitação, Berni conseguiu fugir, mas não podia se aproximar da nossa filha porque foi ameaçado, ele foi trabalhar e me tirou daquela clínica e me colocou em outra — expliquei.

— Entendo, mas o meu pai também não é um homem perfeito como ele diz — falou.

— Luna — ela a repreendeu.

— O que quer dizer com isso? — perguntei confusa.

— Berni engravidou a Sharon e não quis assumi-la — Minha filha contou.

— O que? — perguntei incrédula — Não acredito nisso — falei lhe encarando.

— Âmbar Smith é a prova viva — Minha filha falou — Tenho provas, mãe, fizemos um teste de DNA e deu positivo — argumentou.

Respirei fundo, não podia perder a calma antes de saber a versão do meu marido, minha irmã é uma mentirosa, tenho certeza que está tentando acabar com a boa imagem dele pra todos.

Com certeza ela o drogou pra poder ficar com ela ou até mesmo falsificou esse teste de DNA

— Onde é o seu quarto filha? — perguntei, mudando de assunto.

— Aqui — falou me guiando até o quarto principal, era bem infantil na minha opinião já que havia várias fotos espalhadas num mural.

— Qual a sua história com a cozinheira? — perguntei

— Depois do incêndio, Roberto Munhoz me levou para o orfanato da família, mas depois fui transferida para o México, aí lá fui adotada por um casal que não podia ter filhos Mônica e Miguel trabalhavam de empregados numa mansão, ele era chefe dos empregados e a cozinheira — explicou.

— Agora que estou de volta à sua vida tudo irá mudar, irei cuidar de você e te darei tudo que precisa — falei.

— Tenho tudo que preciso bem aqui — falou me dando meio abraço.

Não importa o que o Bernie fez, irei lutar por nosso casamento.