Somos uno, una sola voz que canta esta canción
Que siente, que crecera, crecera

Tradução:
Nós somos um, uma única voz que canta essa canção
Que sente, que crescerá, crescerá

Amaya

O casamento das minhas irmãs foi tão lindo que até cheguei a me emocionar.

— Amaya, vem aqui fazendo o favor — Simón me chamou e fez um sinal para que me aproximasse.

— O que aconteceu ao príncipe encantado? — perguntei sorridente.

Ele fez um sinal para o Matteo e ambos me encararam.

— Amaya Benson Smith aceita ser para sempre a nossa princesa? — Simón perguntou, enquanto Matteo segurava um pequeno anel.

Naquele momento parecia que as palavras haviam desaparecido da minha mente apenas dei um abraço coletivo em ambos.

Deixei algumas lágrimas escaparem e ao olhar ao redor mesmo com a visão embaraçada pude ver algumas pessoas se emocionando comigo.

Ganhei um beijo duplo na bochecha deles, peguei na mão das minhas irmãs e as abracei em seguida.

Âmbar Smith

Estávamos saindo do local para ir cumprimentar os convidados.

A festa seria no jardim da mansão Benson, já estavam sendo servidos os doces, salgadinhos e as bebidas que variam em guaraná ou bebidas alcoólicas.

— Esposa quer dançar um pouco? — perguntou.

— Tá bom — concordei.

Começamos a dançar lentamente, mas do nada senti uma forte dor em meu ventre, quando olho pra baixo vejo que estava escorrendo uma água pelo meu vestido.

— O que está acontecendo, meu amor? — perguntou preocupado.

— A bolsa estourou — respondi me apoiando nele — Nossos filhos vão nascer — expliquei.

— Meu Deus!? mas não está na hora — falou me pegando no colo.

Luna e Matteo se aproximaram de nós, tenho certeza que perceberam que está ocorrendo algo.

— O que está acontecendo com minha irmã? — Luna perguntou.

— Seus sobrinhos irão nascer — respondi.

— Então não podemos ficar de papo, vamos levar ela logo ao hospital — Matteo falou nervoso.

— Simón vai dar tudo certo, tenha calma, mesmo não estando na hora certa eles nasceram tenho certeza que estão bem — falei positiva agarrando na manga do seu terno.

— Irei no quarto pegar a bolsa dos bebês — Luan falou.

— Obrigada — agradeci.

— Pode deixar que irei dirigir o carro, já que parece que Simon não está bem — Matteo falou.

— Obrigado — Simón agradeceu.

Fomos em direção ao carro, Luna ficou para continuar recepcionando os convidados, ao chegarmos no hospital, percebi o quão nervosos estava o meu marido.

— Entre comigo, por favor, preciso de você nesse momento — pedi segurando na sua mão.

— Estarei sempre ao seu lado — avisou — Eu te amo — se declarou.

Aí a enfermeira chegou era uma mulher ruiva, olhos verdes e pele bem clara, iria me preparar para o meu parto e deu um roupão branco ao meu marido.

Simón me encarou transmitindo total segurança, tiraram o meu vestido de noiva substituindo pelo tradicional macacão de hospital.

Médico chegou em poucos minutos, era um homem alto, negro e cabelo Black Power.

— Senhorita Smith, sei que deve estar nervosa por ainda faltar 2 meses para o nascimento dos bebês, teremos pensamentos positivos para que o parto dê tudo certo — falou — Apenas espero que confie em mim — pediu.

— Irei fazer isso — concordei — Obrigada — agradeci — Meu marido vai poder acompanhar o meu parto né? — perguntei.

— Vai sim — respondeu.

Era a hora que aguardava o parto, meu guitarrista segurava fortemente a minha mão.

— Faça a maior força que puder — pediu o médico.

Comecei a tentar fazer força, mas parece que não estava dando tão certo.

— Âmbar não estamos obtendo sucesso, teremos que fazer uma cesariana — avisou.

Enfermeira trouxe uma injeção e aplicou nas minha coluna, por sorte da cintura para cima estava tampada e não vi nada que fizeram em algumas horas escutam um choro invadir a sala.

Meu homem segurava o nosso filho no colo com tanta alegria que me emocionei também.

— Âmbar olha o garotão — falou agachado pra me mostrar ele.

Ele se acalmou e, nessa altura ouço outro choro que reconheci ser da minha garotinha, a enfermeira me mostrou ela e me entregou pra mim segura - la no meu colo, não consegui conter as minhas lágrimas.

— Ela é tão linda, meu amor se parece tanto comigo — falei.

Ele se sentou ao meu lado colocando os gêmeos perto, o menino era a cópia exata dele.

— Obrigada por me dar uma família tão linda — agradeci sorridente.

Simón Alvarez

Havia acabado de chamar minha esposa pra dançar ao começarmos a dançar, percebi que ela fez uma expressão estranha no rosto parecia que estava sentindo alguma dor, seu vestido de noiva estava molhado com algo amarelado.

Os meus filhos iriam nascer, estava em estado de choque por ainda não ser a hora, mas por sorte Matteo agiu bem rápido.

Ele acabou tomando as rédias da situação, estava tão calmo. Luna pegou a bolsa dos bebês as colocando dentro do carro.

Ao chegarmos no hospital ela foi direto pra sala de parto, a enfermeira me entregou uma roupa branca pra usar lá dentro.

Troquei rapidamente, senti uma enorme nostalgia ao me lembrar da vez que eu, Luna e a Nina nos disfarçamos para entrar no asilo.

Fomos para sala de parto, estava tudo planejado para que fosse um parto normal, mas acabou sendo uma cesariana.

Finalmente havia acabado o parto fora horas angustiantes pra nós, ela estava segurando nossa filha e eu o nosso filho estava sentando perto um do outro.

O choro não se ou os mais, ambos os bebês estavam bem calmos, o bip do aparelho começou a tocar, fiquei assustado ao ver minha rainha com os olhos fechados.

Os enfermeiros me expulsaram de lá e levaram os meus filhos. Não entendi muito bem o que estava acontecendo, mas sinto que estou perdendo a minha esposa.

Estou sozinho aqui, todos estão na festa aproveitando e celebrando os casamentos, nem sonham com o que está acontecendo, a única coisa que podia fazer nesse momento era pedir a Deus que não levasse a minha loira.

Vejo uma das enfermeiras que estava lá dentro passando a chamei e perguntei como estava a minha esposa.

— Ela teve uma parada cardíaca devido a grande perda de sangue — contou — Por sorte conseguimos reanimá - la, ela é uma moça muito forte — tentou me acalmar.

— Mais ela irá ficar bem? — perguntei me segurando pra não chorar.

— Me desculpe senhor, mas as primeiras vinte e quatro horas são decisivas — explicou.

— Obrigado — agradeci desanimado — Será que posso vê-la? — perguntei.

— Penso que daqui a uma hora — respondeu.

— Tá bom — concordei.

Fui até a lanchonete do hospital pra tentar comer algo, fazia horas já que estava sem comer, mesmo sem fome tinha que comer para repor as energias têm está bem pra cuidar deles.

Não irei conseguir viver sem a minha musa e os meus filhos precisam dela também.

Quando estava terminando de comer um sanduíche, vejo a família Castilho se aproximando de onde eu estava.

— Como está a minha irmã? — Tini perguntou se sentava ao meu lado.

— Os gêmeos nasceram — revelei — Infelizmente sofreu complicações durante o parto e teve uma parada cardíaca por sorte conseguiram reanimá- la — falei desabando em lágrimas.

— Âmbar irá ficar bem, ela é uma mulher muito forte — León falou dando um tapa nas minhas costas.

— Foi isso que a enfermeira disse, tenho que confiar na minha loira — falei respirando fundo.

— Quer um pouco mais de café? — Angie ofereceu.

— Não — neguei — Obrigado — agradeci.

— Vamos mandar pensamentos positivos pra ela e tudo ficará bem — German falou dando um sorriso.