Un destino, una estrella para alcanzar
Nada puede detenernos ya

Tradução:
Um destino, uma estrela para alcançar
Nada pode nos parar

Âmbar Smith

Fui ao quarto da Amaya, vi que ela arrumava as malas enquanto chorava.

— Amaya meu anjo para arrumar as malas, não precisa ir embora tenho certeza que a Luna irá ficar bem — pedi.

— Quero ir morar com a minha mãe — avisou.

— Certeza? — perguntei incrédula.

— Sim — respondi.

— Não gosta mais de morar aqui? — perguntei surpresa.

— Ninguém tem tempo pra mim, Sharon gosta muito de mim, tenho certeza que vai cuidar direitinho de mim — respondeu.

— Entendo você e a Sharon tem um jeito estranho, mas garanto que irá te dar uma boa educação, irei ligar pra Ana tá bom? — perguntei vendo ela concordar com a cabeça — Olha os gêmeos pra mim, fazendo o favor — pedi.

Amaya foi até o quarto deles, fui pra sala pra ligar no telefone porque estava sem créditos no meu celular e disquei o número da advogada Ana.

— Ana?

— Olá Âmbar, o que aconteceu? — Ana.

— Queria passar a guarda da Amaya para senhora Sharon.

— O que? — Ana.

— Ela não se sente satisfeita morando aqui na mansão, quero que ela seja feliz mesmo não estando comigo.

— Entendo o seu lado, irei providenciar toda a papelada agora mesmo. — Ana.

— Obrigada.

Matteo passou vetando entre nós, pelo jeito estava muito estressado.

— Aconteceu alguma coisa com a minha irmã? — perguntei segurando no seu braço.

— Não reconheço mais a sua irmã — respondeu.

— Como assim? — perguntei confusa.

— Ela ficou tão feliz por ter perdido o nosso bebê — respondeu.

— Ela estava grávida? — o questionei — Ela nem havia me contato — falei surpresa — Luna nunca iria ser tão fria a esse ponto — confortei.

— Não fiquei surpresa — mandou — Está agindo que nem você antigamente — me lembrou.

— Minha irmã não é assim, alguma coisa está acontecendo com ela, irei falar com ela agora mesmo — falei, mas me lembrei dos gêmeos e da Amaya não havia ninguém pra ficar com eles — Na hora que ela voltar porque não posso deixar as crianças sozinhas — expliquei.

— Pode ir, eu que fico com eles — avisou.

— Ainda está bravo com a Amaya? — perguntei preocupada.

— Não estou mais, era apenas um momento de raiva me arrependo por isso — falou — Infelizmente ela se sente excluída — explicou.

— Está indo morar com a Sharon — avisei.

— Sério isso? Vai mesmo deixar? — me perguntou.

— Ela não se sente bem aqui, não queria forçar a barra sabe? — expliquei.

— Você a ama tanto que quer ver ela bem mesmo não estando ao seu lado — concordou.

— Isso, obrigada por me entender — falei lhe abraçando.

Peguei a minha bolsa e fui até o meu quarto, vejo Amaya brincando com os gêmeos.

— Amaya irei sair, o Matteo irá ficar com vocês — avisei.

— Ele não estava com raiva de mim? — perguntou.

— Ele já está de boa com você, ele só ficou preocupado com a Luna por isso agiu daquela maneira — justifiquei.

Amaya abaixou a cabeça deixando suas lágrimas escaparem, tirei a franja da testa e lhe depositei um beijo.

Liguei para um uber, Matteo chegou com uns brinquedos nas mãos.

— Comporte com o Matteo, tá bom meus amores? — pedi.

Amaya concordou com a cabeça, deu um beijo na testa dos gêmeos e foi para fora esperar o taxista.

Em poucos minutos haviam chegado, pedi pra levar até o hospital, ao chegar, vejo Simón deitado abraço ao lado da Luna.

Quem os via daquela maneira pensaria que eram um casal me segurei pra não sentir tantos ciúmes.

Resolvi não incomodar os dois, então voltei pra trás no corredor vejo a Mônica.

— Os dois são amigos desde que eram pequenos e não há razão pra ter ciúmes — falou.

— Sei disso, mas não queria atrapalhar — falei.

— Não irá atrapalhar, apenas fale com a minha filha — insistiu.

— Tá bom — concordei.

— Volto daqui a alguns minutos, Miguel esta assinando alguns papéis pra liberarem a minha filha — contou.

— Entendi — concordo.

Bati de leve na porta, Simón acordou e tirou ela do seu braço com cuidado pra não acordar-lá, me aproximei da cama onde estavam.

— Espero que não esteja com ciúmes — falou.

— Não estou, acostumei a ver vocês dois juntos, são melhores amigos — falei.

— Te amo minha loira — se declarou.

— Também te amo meu guitarrista — falei segurando em sua mão.

Tentei não mexer muito pra não acordar a minha irmã.

— Depois falo com a minha irmã — falei indo em direção a porta, mas fui impedida ao ouvir a voz da minha irmã.

— O que quer falar comigo, maninha? — perguntou.

— Será que poderia nos dar licença? — perguntei olhando ao meu marido.

— Claro que posso — respondeu, saindo do quarto pra nós deixarmos asos.

— O que aconteceu? — perguntou me encarando.

— Porque você ficou feliz de ter perdido o seu bebê? — a questionei.

— Não queria ter tido aquele troço — respondeu.

Me arrepiei toda ao ouvir ela me dar aquela resposta, não parecia ser a mais a garota que conheci uns três anos atrás.

Estava cada vez mais parecida com o nosso pai.

— Está parecendo o nosso pai falando — comparei.

— Não me compare como aquele monstro — falou fazendo uma careta.

— Não podemos negar que tenhamos o sangue daquele monstro correndo em nossas veias — a lembrei.

— Nunca serei como ele — negou.

— Nunca será? — a questionei — Está virando ele — falou.

— Fui criada pelos Valentes então não tenho tanta ruindade como os meus pais, já você tem sangue de dois monstros Sharon e o Bernie — falou irritada.

— Não jogue na minha cara, sei que foi criada por ótimas pessoas mas nem todo mundo tem essa sorte — falei tentando ser calma.

— Você não é ninguém pra me dar lição de moral — falou irritada.

— Não estou dando sermão, Luna Valente, somos irmãs, quero que você fique bem e seja a mesma garota de antes — desabafei.

— Meia irmãs — me corrigiu — Esse é o único laço que nos une — me lembrou.

— Mesmo assim quero cuidar de ti — falei.

— Sou bem grandinha já, posso cuidar de mim mesma e não preciso de ti — falou.

Miguel entrou no quarto com uma expressão irritada.

— Que discussão toda é essa? — perguntou — O hospital inteiro está ouvindo — completou.

— Já terminamos Miguel — falei tentando parecer calma pra ele — Luna espero que acorde logo, e reveja suas atitudes antes que seja tarde demais — falei saindo de lá.