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Ted observava Fiona com atenção. Gostava de vê-la dessa forma com seus olhos tristes fechados, suas sobrancelhas claras se unindo no meio de sua testa larga que nesse momento brilhava por conta do suor que ali acumulava. Suas narinas abrindo para que mais ar entrasse e assim facilitar a respiração e não ficar tão ofegante devido ao exercício intenso que aplicava. E mais, ele gostava do meio círculo que seus lábios fazia quando o prazer e a excitação atingiam todos os músculos de seu corpo frágil. Era disso que ele gostava da sinceridade que suas expressões faciais imprimiam quando faziam sexo. Seguiu com o olhar pelo seu pescoço alongado que naquele momento deixavam mais evidentes suas veias e também alguns sinais de nascença. Desceu mais ainda chegando até seu colo um pouco mais largo em relação às outras partes de seu corpo longilíneo. Ela possuía os seios mais lindos que Ted já pode presenciar e Ted já tinha visto muitos. De todos os tipos, cores e tamanho. Os dela eram arredondados, empinados, fartos e seguiam com a sua coloração mais clara como todo o resto de seu corpo. Em um deles possuía também um sinal e era nesse ponto entre o sinal e o bico minúsculo dos seus seios que Ted fixou o seu olhar enquanto ela aumentava o seu ritmo junto com um suspiro mais agudo. Ele removeu uma de suas mãos daqueles quadris que trabalhavam freneticamente e segurou aquele seio que o convidava para perversão. Sua boca salivava pela ânsia de telo em seu paladar e não aguentando mais, subiu um pouco seu tronco torneado e o engoliu com uma sugada forte. A vagina de Fiona se comprimiu nesse ato apertando o pênis endurecido de Ted no processo, ambos ofegaram. Ambos se entregaram ainda mais aos seus apelos. Ele em sugar aqueles seios convidativos e ela em pressionar mais ainda seu clitóris na base do pau de Ted. Fiona segurou nos cabelos Ted. Também o arranhou nas costas. E travava seu maxilar à medida que sua vagina lubrificava e expandia em um gozo avassalador. Ela explodiu em seu colo e ele sentiu o corpo dela estremecer de prazer. Deitou-a de costas em sua cama antiga que rangia mais do que o esperado e tornou a se encaixar dentro dela. Era a sua vez de fazer os movimentos. Com o tronco inclinado e os braços estendidos iniciou as estocadas de forma lenta, sentindo pedacinho por pedacinho daquela boceta inchada. Agora foi a vez de Fiona ver o desejo, o prazer e a excitação impressa nas expressões faciais de Ted. Naquele rosto inesquecível. Naquele semblante forte cheio de intensidade. Um rosto desenhado e maltratado. Um rosto cheio de história que naquele momento imprimia uma boa. Uma da qual ele desejava guardar no espaço destinado as memórias boas. Aquelas que valiam a pena ser relembradas. Diferente dela ele a olhava dentro os olhos. Ela podia ver suas pupilas dilatadas. Ela podia se ver ali refletida com seu olhar que implorava por mais. Ela via a boca carnuda dele aberta sedenta. Ela sentia o calor daquela língua que de tempo em tempo lhe lábia no pescoço. Porém o que ela mais gostava era dos murmúrios e grunhidos que ele emitia toda vez que seu pau raspava em um ponto específico dentro de sua vagina. Fiona passou suas mãos pelas aquelas costas de músculos aparentes e sentiu-as encharcadas. Ela desceu por elas até as suas nádegas e então a pressionou em uma exigência de que ele deveria aumentar o seu ritmo para que entrasse e saísse com mais rapidez e assim ele fez. Ted não pararia até ver de volta o prazer estampado no rosto daquela mulher que roubou seu sossego e sanidade. Ele se encaixou mais afundo nela puxando seus cabelos para trás deixando seu rosto voltado para o seu. Ted não perderia aquele momento em que o gozo a fazia se transformar em uma ninfa. Murmurou nos seus ouvidos pedindo para que ela o seguisse. Fiona mesmo sem aquele pedido já estava no mesmo compasso, no mesmo ritmo, na mesma sincronia. Ofegante deixou ser levada ao êxtase junto com ele. E agora com ela sobre seu peito molhado deixava que seus neurônios gravassem mais aquela lembrança.

Desde o jantar na casa do pai de Fiona em que conheceu a sua irmã do meio não ficou um dia sequer sem vê-la. A irmã foi embora no dia seguinte da catástrofe, mas o homem ficaria e ele era o que mais magoava a mulher por quem estava apaixonado. Ted a buscava logo após o jantar e antes do raiar do dia a trazia de volta, porém a sua vontade era de que ela ficasse ali com ele para todo o sempre e com esse pensamento e a sentindo aconchegada e tranquila em seu peito faria a proposta que nunca pensou que um dia chegaria.

— Case comigo?

Ted foi criado dentro uma família cristã. Sua mãe era devota e iam todos os domingos a igreja levando consigo seus dois filhos. Cassandra e Theodore Junior. O pai de Ted, o respeitado Theodore Banner colocava suas melhores roupas, penteava seus cabelos crespos os domando com gel, segurava na mão de Ava sua amada esposa e dessa forma adentravam pela nave principal da igreja católica que ficava apenas algumas quadras de sua casa em Sarasota na Flórida. Seus filhos em silêncio e tão arrumados quanto ele sentavam-se ao seu lado e seguiam todos os ritos. Mesmo após seu assassinato quando Ted ainda cursava o ensino médio a mãe agora viúva fazia questão que os filhos a acompanhasse na missa dominical. Ted ia resignado. Sempre em respeito à mãe. Seu coração estava aos pedaços e culpava Deus por permitir que um homem bom como seu pai fora levado de suas vidas de forma tão prematura. Sem o pai a vida deles mudou. O bairro em que moravam também. Viviam agora em um mais afastado, mais feio, mais negligenciado e abandonado. A mãe se preocupou. O filho demonstrava muita revolta e temia que ele se envolvesse em coisas erradas e aquele bairro era propício a isso. E quase aconteceu. O que impediu de seguir por um caminho sem volta foi sua irmã e a surra que ele deu em um desses rapazes que mexeram com ela. Cassandra mesmo sendo três anos mais velha era agora sua responsabilidade e ele não deixaria que nada de mal acontecesse com ela. Agora ele era o Theodore Banner, mesmo em seus dezesseis anos. A mãe deixou que ele tomasse essa responsabilidade já que significava mantê-lo longe daquelas más influências. Mas o dinheiro era curto. E Ted se ressentia toda vez que via as mãos antes macias e bem cuidadas de sua mãe agora cheia de calos devido ao serviço pesado de limpeza que ela passou a fazer. Ela merecia mais. A irmã também teve de deixar sonhos de lados e ajudava em casa com seu trabalho de garçonete. Ted quis largar a escola, mas as duas mulheres de sua vida o proibiram. Ted terminou e se alistou. A mãe não gostou. A irmã muito menos, mas ele sabia que a grana que ganharia junto ao serviço militar ajudaria e muito em casa. E ele gostou. Achou o lugar ideal para canalizar toda a sua raiva. Subia e subia de posto com rapidez e admiração de seus superiores. Era o melhor atirador do seu regimento. Matar passou a ser algo fácil para Ted. Ele podia ficar hora imóvel apenas esperando seu alvo e com uma precisão sem precedentes os abatia. Dia a após dia. Alvo após alvo. E era difícil voltar para casa. Era difícil entrar de braços dados com sua mãe pela igreja levando consigo todas aquelas mortes em suas costas. Ficava inquieto onde um dia foi seu lar. Um lar cheio de amor que ele já não se achava digno. Desejava ansiosamente estar de volta aos seus. No calor do deserto com o rifle em mira matando seus inimigos.

A pior volta aconteceu no casamento de sua irmã. Ted conseguiu uma licença especial e um soldado como ele teria todas que precisasse, mas ali tomando o lugar do seu pai levando sua irmã para o altar soube que aquilo nunca aconteceria com ele. E agora encarando o olhar de surpresa de Fiona ao seu pedido já não tinha mais certeza de nada.

— Não posso.

Foi uma resposta curta e bem articulada. Fiona abaixou seu olhar e saiu da cama vestindo suas roupas debaixo.

— Por quê? Não me ama?

— Pelo contrário, por te amar não posso fazer isso com você. — ela seguiu atrás de suas vestes sem olhar para Ted.

— Não estou entendo. Para com isso e olha pra mim! — desde que se conheceram Ted nunca havia erguido sem tom de voz para ela. A voz doce dele tomou outro tom, um rouco que deixava impresso todo o seu nervosismo e irritação.

Ela parou de se vestir e fez o que ele tinha lhe pedido. Lá estava o olhar triste de volta, o olhar que ele detestava. O olhar que ela tinha quando estava perto do pai.

— Ele não te aceita Ted...

— Estou pouco me fudendo para o seu pai. Apenas você me importa. E você não deveria se importar com ele.

— Ele é meu pai Ted, não posso abandoná-lo. E casar com você implicaria nisso.

Ted levantou da cama e também se vestiu. A raiva tomava conta do seu olhar e a última vez que isso aconteceu por causa de uma mulher saiu com o nariz quebrado. Ele em uma dessas noites contou para Fiona que sutilmente rodeou em perguntar o que havia acontecido.

— Uma tolice de homem com o orgulho ferido. Em uma das minhas voltas do Afeganistão sai com uma garota, ela passou a me escrever quando estava fora e na minha cabeça achei que fossemos namorados, algo que a gente se apega nos momentos de solidão, o fato era que ela não achava o mesmo e quando regressei novamente a encontrei com outro cara, bom tá aqui o resultado.

Dessa vez Ted não bateria e não seria atingindo por ninguém de forma física, só emocional e ele desejava sentir mais a dor física do que essa que crescia em seu peito e lhe tirava o ar.

— Fiona ele pouco se importa com você.

— Não diga isso. — ela recuou e suas costas bateram contra a parede.

— Você sabe que é verdade.

— Não seja cruel comigo, não você.

— Estou te dizendo à verdade e você sabe que é isso.

— Não posso. Eu preciso ir embora. — Fiona virou com dificuldade o seu corpo e saiu daquele quarto que tanto amava ficar.

— Se você for eu não vou atrás de você.

— Então não venha.

A dor que Ted sentiu quando escutou a portão de sua oficina bater e os latidos de seus cachorros era tão intensa quando a sua mãe lhe deu a notícia da morte de seu pai, a diferença daquele dia para o agora é que ele não se permitiu chorar o treinamento no exército lhe dava meios para isso. Engolir sentimentos. Que envenenariam sua alma. As lágrimas não surgiram, mas a ira sim, principalmente quando ele recordou da última ligação que teve com sua irmã apenas uma semana.

Conheci uma pessoa Cass.

Para tudo! Como assim conheci uma pessoa? Irmão você precisa me contar tudo e com detalhes.

Não vamos exagerar. É apenas isso conheci uma pessoa e estamos saindo.

Isso é incrível! Você tá feliz? Lógico que está, senão não estaria me contando. Como ela é?

Simples e incrível. Doce, carinhosa... Ted fez uma breve pausa e concluiu: E tem o sorriso mais lindo que já vi.

Meu Deus! Você está apaixonado.

Não vou negar, estou sim.

Estou muito feliz por você. Muito mesmo. Você merece tanto meu irmão.

Então por isso que não vou no Natal este ano.

Vão passar juntos? Traz ela!

Quem sabe no próximo. Este vou ficar aqui perto dela. Fiona é filha de um dos fazendeiros locais e ele está adoentado, as irmãs delas virão passar o Natal. Espero que entenda.

Claro que entendo. Eu só desejo a sua felicidade. A minha preocupação é de você aí sozinho, mas se vai estar com a pessoa que você está amando eu posso lidar com isso. Te amo tanto meu irmão, só quero a sua felicidade.

Eu também minha irmã. Vou sentir falta de você, dessas crianças me agarrando e até desse seu marido.

Ah! Para com isso porque eu sei que você gosta dele.

Gosto, mas se ele pisar na bola é bom que ele saiba que ainda tenho uma boa mira.

Não Ted. Isso é passado, deixa ele lá.

Você está certa. Meus pesadelos acabaram desde que ela entrou na minha vida.

Já amo essa mulher!

E ela vai amar você. Bom preciso voltar para o trabalho. Liguei mesmo para dizer que não iria.

Tem que me ligar para contar tudo, porque não estou satisfeita apenas com isso. Vai lá meu irmão. Te amo!

Sentia-se ridículo ao lembra-se dessa conversa com Cassandra. Ele sabia que não seria convidado para passar o Natal com os Calloway não depois do que aconteceu naquele jantar. Robert havia deixado muito claro de que ele não era bem vindo e ele tão pouco fazia questão, estava apenas decidido a ficar por Fiona. Dentro do seu peito ele sabia que ela precisaria de apoio e seus braços estavam prontos para isso. Para lhe confortar e amar.

— Porra Fiona!

Ted andando pela casa que havia ganhado outro sentido para ele e não apenas um lugar para jogar seu corpo cansado depois de um dia trabalho. Com ela ali zanzando, sentada ao chão com seus cachorros por cima havia se transformado em um lar. Zeus notou a mudança de humor do seu dono primeiro que Apollo e tentou o distrair entrando em sua frente pulando em suas pernas. Foi em vão. A mesa de fórmica verde encontraria o chão junto com todas as louças e mantimentos que ali repousavam. Apollo deu um salto para trás e latiu freneticamente. Zeus permaneceu parado encarando o seu dono que segurava o soco em seu punho fechado. Ted precisava de ar. Precisava respirar um ar em que o perfume dela não estivesse. Montou em sua moto e saiu sem destino deixando a casa tão em desordem quanto o seu coração.

Não era apenas o coração de Ted que estava em desordem o de Fiona estava perdendo até o compasso. Diferente dele, Fiona deixaria que suas lágrimas caíssem e elas vinham incessantes molhando não apenas seu belo rosto como toda a sua camiseta. Em determinados momentos soluçava para logo em seguida respirar profundamente quando chegou até a entrada da fazenda o choro já havia cessado, apenas sentia um cansaço e uma necessidade de correr para debaixo de suas cobertas e permanecer ali o resto do dia. Estava decidida em se dar um dia folga quando estacionou sua caminhonete ao lado do celeiro.

— Aquele é o filho do senhor MacCallister?

Fiona perguntava a Bruno assim que avistou o jovem filho do advogado da sua família. Harry MacCallister vinha assumindo a clientela do seu velho pai que estava para se aposentar de vez e Robert era um desses clientes que merecia atenção ainda mais quando fora ele quem solicitou a presença do jovem rapaz.

— Sim. Chegou bem cedo após o café da manhã.

— O que será que papai queria com ele?

— Não sei, só sei que o humor dele tá daquele jeito e acho que não é apenas o dele né patroa. Aconteceu alguma coisa?

— A vida Bruno. A vida aconteceu. Bom deixe-me ver se ele precisa de alguma coisa.

Fiona respirou profundamente antes de abrir a porta da cozinha deixando definitivamente para trás qualquer resquício do choro e da dor que seu peito carregava após ter recusado o pedido de casamento de Ted. Antes de seguir até a sala lavaria seu rosto na pia da cozinha mesmo secando com as costas da manga de sua blusa de frio. Ao passar pelo arco da porta da cozinha viu seu pai sentando à mesa do jantar segurando alguns papéis que ele guardou rapidamente em um envelope assim que viu que já não estava mais sozinho.

— Olha quem resolveu aparecer. A inútil.

— Aconteceu alguma coisa pai?

— Assunto meu. — Robert levantou da cadeira com o envelope em sua mão e seguiu para o escritório. — Achei que não ia aparecer para me levar até o hospital.

— Claro que não pai, apenas preciso trocar de roupa...

— Faça isso! Consigo sentir o cheiro daquele cretino daqui.

O velho Robert não esperou qualquer menção da sua filha caçula e seguiu até o escritório guardando aquele envelope dentro do seu cofre. De forma alguma ele queria que Fiona lesse o seu conteúdo, apenas no momento certo ela saberia o que ali estava contido.

Fiona resignada seguiu até seu chalé trocando a roupa que como seu pai havia dito continha o cheiro de Ted. O cheiro que sempre lhe trazia paz, mas que naquele momento a estava machucando e quando passou sobre sua cabeça a camiseta não conseguiu segurar e voltou a chorar.

— Porque estragou tudo Ted? — ela abraçava aquela camiseta com toda a sua força a trazendo para o seu nariz. — A gente tinha algo tão bom. Podia ter esperado mais tempo. Só mais um pouco e ele não estaria mais aqui. Agora eu posso. Simplesmente não posso.

Foi com esses pensamentos que ela seguiu toda a viagem de carro até o hospital no mais completo silêncio com Robert a observando de canto de olho. Por mais que ela tentasse disfarçar o homem vivido sabia que tinha algo de errado e uma satisfação crescia em seu peito. Ele tinha certeza que o romance dela com o mecânico estavam mal.

— Vou pegar um café, volto logo. — Fiona levantou-se da cadeira de acompanhante onde seu pai ficava para receber a quimioterapia.

— Ele te deu um pé na bunda, não foi? — Robert riu e tossiu logo em seguida. — Não aguentou nem dois meses.

— Quer saber a verdade? — Fiona retornou e sentou novamente na cadeira ficando dessa forma na mesma altura que seu pai, ela queria olhar dentro dos seus olhos enquanto falasse. — Fui eu quem terminou com ele quando ele me pediu em casamento.

Robert novamente riu. Na verdade ele gargalhou tão alto que receberia repreensão da enfermeira.

— Você é burra mesmo! Quando acha um idiota que queira casar com você não aceita.

Robert começaria a tossir incessantemente que a enfermeira teve de acudir. Fiona deixou a sala e foi até o corredor onde ficavam as máquinas de café, serviu-se de um expresso bem forte e tomou assim açúcar e enquanto esperava ficou com as palavras de Robert martelando em sua cabeça. Era mesmo uma idiota.

À volta para a fazenda depois do tratamento era sempre muito tensa e desgastante. Seria uma noite cansativa para ambos. Fiona ficava em seu velho quarto que hoje havia sido transformando no quarto para seus sobrinhos com dois beliches e mais uma bicama, em nada se lembrava daquele quarto de sua juventude em que ela tinham pôster de cavalos e fotos das competições que participou montada em Raio. Fiona competiu por um tempo na prova dos três tambores e era muito boa nisso, mas conforme a fazenda passou a exigir mais atenção e depois da partida de Joe McCarthy teve de deixar de lado mais um dos seus poucos prazeres. A vida de Fiona consistia em uma renúncia atrás da outra. Sempre abrindo mão de sua felicidade em favor do pai e das irmãs sem nunca receber nada, absolutamente, nada em troca, por isso que as palavras de Ted havia a machucado tanto. Ela sabia que ele estava certo e por isso doía tanto ao ponto do ar chegar à falta dentro dos seus pulmões. Seu martírio não duraria muito naquela noite pós-quimioterapia, seu pai precisava de ajuda e atenção. Ele precisava de Fiona para segurar seu corpo agora esquálido enquanto vomitava e depois precisaria dela para limpar toda a sua sujeira. Ele ficava assim fraco, necessitado de outrem sempre por uma semana, até que as forças regressassem junto com o seu apetite e então dali alguns dias tudo começaria de novo.

Era quase véspera de Natal e durante essas duas semanas que se passaram entre o termino de Fiona com Ted ela se manteve ocupada com as tradições que Robert fazia questão. Fez Bruno ir atrás de um pinheiro e juntos colocaram na sala de estar. Fiona o decorou com esmero e o rapaz colocou luzes brilhantes em toda a varanda do casarão. Com os outros peões mataram um porco e Fiona foi atrás de um peru. Ela aprendeu ainda muito nova a prepara-lo como sua mãe fazia usando um dos seus livros de receita. Apenas Robert tinha na sua lembrança o tempero da esposa e era por isso que ele fazia questão que Fiona cozinhasse, das três filhas era a única que havia herdado da mãe esse talento. As irmãs chegariam ao final da tarde com seus respectivos maridos e sobrinhos.

— Fiona isso aqui está muito bonito. — Kristen a irmã mais velha era a única que ainda tecia elogios a sua irmã caçula.

— Obrigada Kristen. O quarto de vocês já está pronto.

— Fiona sempre atenciosa. — Ben entrou no casarão e lhe deu um beijo em seu rosto e seguiu escada acima com algumas malas. — Dylan anda logo!

— Oi tia! Tchau tia! — Dylan passou por Fiona com um dos seus sorrisos largos com outras malas seguindo o pai escada acima.

— Ele tá cada dia mais parecido com Ben. — Fiona disse a irmã com suas lembranças vindas à tona.

Fiona tinha apenas quatorze anos quando conheceu Benjamin Keating. Na época ele já tinha dezenove e vinha duas vezes na semana praticar montaria com Joe McCarthy. Kristen e Reese nessa época estavam longe cursando faculdade e então a jovem Calloway teve toda a atenção do rapaz que não perdeu tempo e logo lhe roubaria o seu primeiro beijo. Ben e Fiona sumiam pela propriedade cada um em seu cavalo voltando apenas com o fim de tarde sendo anunciado. Ela o achava lindo como um desses atores de filmes clássicos que seu pai assistia. Diferente de Ted que tem um rosto cheio de marcas, Ben naquela época e ainda hoje tem traços delicados, um rosto fino de pele macia sem marcas, com um nariz bem formado e harmonioso com o resto do seu rosto. Ben dos genros de Robert é o mais bonito e elegante com seu um metro e oitenta centímetros. E ele tem preocupação com isso. É daqueles homens que se preocupa com produtos estéticos, pratica esporte e faz regimes se engorda uma grama, ele trouxe essa paranoia de cuidado com o corpo também para Kristen ainda enquanto namoravam.

Kristen veio no feriado de ação de graças e no momento que ele avistou deixando a caminhonete do pai o encanto que sentia por Fiona se esvaiu por completo. Como ele, ela tinha dezenove anos e um corpo formado diferente do ar ainda de criança de Fiona. Kristen há muito tinha largado o ar juvenil em suas vestes, usando roupas mais ousadas que deixavam em evidencia o seu corpo magro e torneado. Kristen sempre gostou de praticar esportes e sua nova paixão adquirida na faculdade fora o remo então dessa forma possuía braços e abdômen bem definidos que Ben constatou apenas um dia após terem se conhecido na madrugada no celeiro. Mas foi apenas no ano novo que Fiona descobriu as escapadas de sua irmã mais velha com o seu namorado. Reese quem a alertou, não por querer seu bem, mas para poder tripudiar depois. Ela já sabia a mais velha já havia confidenciado suas aventuras com o jovem rapaz, apenas não sabia como dizer aquilo a sua irmãzinha. Reese se encarregou disso da pior forma possível, armando o flagra.

Robert riu do acontecido quando Fiona veio lhe contar. E Kristen com a sua doçura o fez aceitar como genro e dessa forma Ben segue sendo o seu favorito.

— Se viu! Igualzinho Ben naquela idade.

— É exatamente igual a Ben. Bom preciso voltar para cozinha, qualquer coisa me chame.

— Tia me espere! — Liv a filha mais nova de Kristen e Ben correu até a cozinha para ajudar a tia. Liv estava decidida em se tornar um chefe de cozinha e nada melhor do que ver a tia cozinhar. Sua mãe tinha vários talentos e todos eram reconhecidos pelas outras mães das escolas dos seus filhos, mas cozinhar não estava entre eles.

— Sabe quando Reese chega? — Kristen gritou da escada para Fiona que já estava na cozinha.

— Reese é uma caixinha de surpresas, nunca sabemos, mas deve estar para chegar, Adam não costuma se atrasar. — Fiona respondeu encarando as diversas maçãs em cima da mesa e voltou-se para a sobrinha mais velha. — E aí pronta para me ajudar a descascar?

— Só se a tia me ensinar a fazer a torta de maçã.

— Fechado! — Fiona lhe estendeu a mão e ambas colocaram mãos a obra.

E como Fiona havia proferido Adam não atrasaria e no final da tarde parou com a sua SUV e Reese com sua pose austera desceu seguida de Luke e Abigail enquanto Adam tirava a menor da cadeirinha adormecida.

— Vou levar Becky para o quarto e já desço para pegar as bagagens. — Adam se aproximou da esposa e disse bem baixinho para não acordar a sua caçula.

— Faça como desejar. Luke ajude seu pai.

O rapaz que já ia adentrando voltou para trás com cara de poucos amigos e começou a pegar as bagagens, sua irmã do meio mais que depressa correu pela lateral indo em direção a cozinha, sabia que encontraria a tia por lá.

— Tia Fi! — Abigail abriu a porta correndo e da mesma forma se enganchou na cintura de Fiona.

— Oi meu amor! — Fiona deu um beijo no topo da cabeça da sobrinha.

— Liv! — Abigail se afastou da tia e correu abraçar a prima que retribuiu lhe dando um forte abraço. — O que está fazendo?

— Aprendendo a fazer a torta de maçã da vovó.

— Posso aprender também?

— Claro meu amor, venha desse lado. — Fiona abriu um dos seus braços indicando que a mocinha de dez anos podia ficar ali enquanto da de quinze iria mexer o tacho.

— Papai está tão magro. Você tá cuidando dele direito? — Reese entrou na cozinha e já foi despejando suas observações em cima de Fiona.

— Olá Fiona que bom te ver! — Fiona respondeu sarcasticamente para a irmã.

— Não seja ridícula.

— Reese! Quando chegou? — Kristen juntou-se a elas na cozinha.

— Agorinha. Se viu papai tá tão magro.

— Percebi isso também. Esses remédios.

— Não sei se são apenas os remédios.

— Reese se tá assim tão preocupada com papai podia vir passar uma temporada aqui e cuidar dele, já que aparentemente eu não ando fazendo direito. — Fiona se afastou do fogão e encarou a irmã.

— Calma Fi ela não quis dizer isso. — Kristen tenta colocar panos quentes e foi até perto da filha que mexia o doce na panela. — Isso tá cheiroso.

— Ela quis dizer exatamente isso sim.

— Tá nervosinha? — Reese foi até a geladeira e pegou a jarra de suco. — Papai acabou de me contar que seu namorico com aquele brucutu não deu certo. É por isso que tá aí toda bravinha?

— Que namorico?

— Ah! Fiona não te contou Kristen que arrumou um namorado. Um tipinho que olha. Só Fiona mesmo.

— Engraçado Reese você não disse isso sobre Adam quando o roubou de mim.

— Que tem o papai?

— Nada Abigail. — Reese encarou séria a filha. — Vá ver se sua irmã ainda está dormindo.

— Não! Eu quero ajudar Liv a fazer à torta.

— Faça o que eu estou mandando.

A menina suspirou profundamente e saiu da cozinha indo para o quarto fazer o que a mãe pediu e no caminho encontrou com o pai e disse que a mãe e a tia estavam discutindo.

— Aquele homem não chega aos pés do Adam.

— Não chega mesmo. Ele é muito mais do que todos aqui.

Fiona jogou o pano de prato na mesa e saiu pela porta lateral da cozinha a mesma que sua sobrinha Abigail havia entrado no mesmo tempo que Adam chegou até elas na cozinha.

— Já perturbando sua irmã?

— Ai Adam me deixe em paz!

— Porque faz isso?

— Vai lá atrás dela se te importa tanto.

Adam não respondeu a esposa e saiu atrás de Fiona.

— Vem cá me conta essa história direito da Fiona estar de namorado. Faz quanto tempo que ela não namora?

— Desde quando Adam a largou para ficar comigo, quase vinte anos.

— Você conheceu ele? Quando?

— Aquele final de semana a que vim visitar papai, no primeiro dia ela teve a audácia de nem fazer o jantar e no outro convidou o cara. Foi um fiasco. Papai odiou. E merecido, o cara é um selvagem, já foi soldado imagina o nível de educação que a pessoa tem.

— Não estou acreditando.

— Ele praticamente mandou o pai calar a boca.

— Não!

— E ela ficou lá sentada na mesa igual uma retardada.

— Coitada.

— Coitada? Coitado do papai que nessa altura da vida tem de aguentar isso. Mas ele me disse que terminaram já fico mais tranquila.

Reese continuaria tecendo seu veneno para Kristen enquanto Adam alcançava Fiona a caminho do seu chalé.

— Fi! Espere! — ele gritou por ela que parou lhe esperando. — O que Reese fez dessa vez?

— O que a sua mulher sempre faz né.

— Desculpa Fiona.

— Sabe Adam você tem de parar de se desculpar por ela.

— Ela me falou sobre o homem com quem você está saindo.

— O que é isso agora? De repente todos vocês ficaram interessados por quem eu saio ou deixo de sair.

— É que acaba sendo uma surpresa.

— Pra quem? Você em saber que depois de dezenove anos te amando finalmente te esqueci.

Aquilo pegaria Adam de surpresa. Mesmo sabendo que ela nutria sentimentos por ele por todos esses anos isso nunca antes havia sido verbalizado e ele se sentiu constrangido.

— Sinto muito Fiona.

— Não precisa sentir. Já aceitei há muito tempo que você escolheu amar ela. Mas tem uma coisa que me deixa com raiva.

— O quê?

— A forma como você a deixa te tratar. — Fiona chegou mais perto de Adam ficando ambos cara a cara. Estavam praticamente da mesma altura, ele era apenas alguns centímetros mais alto que ela. Ali com seu rosto quase colado ao dele pode ver uma pitada de frustação nascendo naqueles olhos castanhos levemente puxados.

— Eu a amo.

— Eu sei que você a ama e é por isso que sempre me mantive afastada, lutando contra todos os meus sentimentos, mesmo quando ela te maltratava, mas eu não sabia o que era ser amada e agora sabendo não consigo mais ficar quieta. — Fiona segurou o rosto arredondado de Adam entre suas mãos. — Não deixa ela te quebrar como ela me quebrou. Você é um homem incrível e um pai tão maravilhoso! Você merece tanto Adam.

— O que está acontecendo aqui? — Reese chegou sorrateira e pegou aquela cena entre os dois.

— Não está acontecendo nada Reese. — Fiona respondeu por Adam quando este se afastou assim que ouviu a voz da esposa.

— Vamos voltar. — ele foi até Reese e segurou em seus braços.

— Aquele homem te mudou posso ver isso claramente. Antes você nunca foi uma ameaça, mas agora, já não sei mais.

— Fica tranquila Reese da minha parte nada vai acontecer, agora se me dão licença preciso tomar um banho e me trocar para a ceia.

Fiona não esperou por nenhuma resposta e seguiu seu caminho até seu chalé. Diferente dos outros anos tomaria um banho demorado. Arrumando-se com calma, incluindo no processo a maquiagem. Bem de leve, mas ali nítida para todos, mostrando o que Reese havia constatado que Ted havia lhe transformado.

— Uau! O que está acontecendo aqui. — Ben não se conteve assim que viu Fiona entrar toda arrumada pela porta da frente.

— Minha irmã! — Kristen também se admirou ao ver a caçula e mais, com um sorriso no rosto. — Nem sabia que tinha vestidos.

— Tenho alguns. Bom vou terminar de arrumar o jantar. Quem me ajuda a colocar à mesa?

Liv e Abigail levantaram juntas do sofá e seguiram Fiona para cozinha. Robert não disse nada, mas não deixou de reparar que ela estava à cópia de sua falecida esposa, ultimamente Fiona ficava cada dia que passava mais e mais parecida e isso o incomodava profundamente.

— Cadê sua mãe e seu pai Abigail? — Fiona não deixou de reparar na ausência dos dois na sala.

— Foram para o quarto, mamãe estava brava com alguma coisa. Mas ela tá sempre brava com alguma coisa. — Abigail acabou dando de ombros.

— Aqui meninas. — Fiona parou diante da grande estante de carvalho onde as louças finas ficavam guardadas. — Coloquem os pratos, talheres e taças com muito cuidado a tia vai terminar a comida na cozinha.

Não muito longe da fazenda Calloway ficava o rancho da viúva Philomena Ricci, o primeiro pouso de Ted quando chegou a Green River há alguns anos. Com a morte do seu marido dona Philomena teve de se adaptar a uma nova realidade e passou a alugar alguns quartos em sua propriedade e foi assim que nasceu seu afeto pelo forasteiro que lhe acordava na madrugada com alguns gritos devido aos pesadelos. A velha senhora batia em sua porta e lhe entregava uma caneca com leite quente, dizia que lhe acalmaria e Ted em agradecimento tomava e mais, passou a consertar as coisas pelo rancho. Uma cerca. Um telhado. Uma fiação. Eletrodomésticos e mesmo quando partiu para sua nova morada atrás da oficina sempre vinha ver se ela estava precisando de algo, lhe ajudando com os inquilinos e consertos em geral. O fato era que dona Philomena não pode ter filhos e colocou Ted preenchendo esse vazio em seu coração e ele acabou fazendo com ela o mesmo, suprindo a saudades que sentia de sua mãe.

— Menino Theodore o que está fazendo aqui? — as únicas pessoas que lhe chamavam de Theodore eram sua falecida mãe e agora dona Philomena.

— Ué vim passar a ceia de natal aqui com a senhora. Tudo bem?

— Claro querido. — dona Philomena abriu a porta de tela deixando Ted passar. — Achei que ia visitar a sua irmã, se bem que tem a filha de Robert aqui.

Ted entregou para a velha senhora uma travessa contendo Struffoli um doce italiano que sua mãe sempre fazia na época de Natal ou na Páscoa que ela lhe ensinou na mesma época da massa de macarrão. Dona Philomena pegou a travessa e deu uma olhada no seu conteúdo levantando o pano de prato, fazia anos que ela não comia esses doces que o seu marido tanto fazia questão.

— Sua mãe também te ensinou a fazer esses doces?

— Achei que ia gostar.

Dona Philomena beijou Ted na testa e seguiu com a travessa em sua mão para a cozinha e Ted vinha logo atrás com ar desajeitado. Como quem arrasta os pés e ele nunca havia andado dessa forma na presença da velha senhora e aquele detalhe não passou lhe passaria despercebido.

— Querido não fiz nada de especial para a noite de hoje.

— Não tem problemas dona Philomena. — então ele tentou esboçar um sorriso e ela já não tinha mais como ignorar que alguma coisa tinha acontecido com o seu protegido.

— O que aconteceu Theodore?

— Não aconteceu nada.

— Sou velha demais para ser enganada. Vamos sente-se aí, vou te fazer um prato e vai me contar o que está te incomodando e não venha com a desculpa é porque não foi ver sua irmã, afinal, não é a primeira vez que passa o Natal longe dela.

Ted sentou-se a mesa. Uma mesa de madeira antiga para quatro pessoas que ficava bem no centro da cozinha larga de dona Philomena. Apesar de não estar esperando visita naquela noite, à senhora colocou sobre ela uma de suas toalhas favoritas, louças e talheres especiais, aquelas que ganhou de casamento há mais de cinquenta anos. Ela foi até os armários suspensos que ocupavam toda a parede lateral e um pedaço em cima da pia e pegou mais um prato e começou a enchê-lo de comida. Não tinha feito um peru, no lugar assou um frango menor, acrescentou purê de batatas jogando molho por cima e ervilhas frescas cozida no vapor. Deixou na frente e Ted e fez o mesmo com o prato que ela tinha deixado sobre a mesa e então se sentou em seu lugar costumeiro de frente ao rapaz.

— Você tinha que estar na fazenda com a mais nova do Robert. — dona Philomena tornou a falar assim que viu que Ted não comeria tão cedo.

— Não sou bem vindo lá.

— Então é isso que está te incomodando?

— Não.

— Imaginei que não, você não é tipo de homem que se preocupa com o que Robert acha. É Fiona?

Ted estava mexendo com a ponta do garfo a massa homogenia do purê de batatas misturando todo o molho nesse processo.

— Eu pedi ela em casamento.

— Ah! Meu menino. — dona Philomena estendeu sua mão sobre a dele, como quem quer lhe dar conforto. Naquele momento ela soube por que estava triste.

— Eu não consigo entender ela. — Ted levantava seus ombros em uma demonstração clara de frustração.

— Quando vi vocês juntos andando à cavalo eu sabia que isso mais cedo ou mais tarde ia acontecer. Entenda Ted a vida daquela moça nunca devia ter acontecido.

— O que quer dizer com isso?

— Não sei se posso. — a velha se afastou e voltou sua atenção para o prato desviando o olhar de Ted. — É uma história antiga, de muita dor, a concepção de Fiona não era para ter acontecido. Robert faz questão de deixar isso muito claro. Essa menina carrega muito sofrimento em suas costas e você também.

— De toda forma ela escolheu ele.

— Imaginei que sim. Sabe menino não é fácil se livrar do seu captor uma vez em que a vida inteira esteve junto a ele. Agora coma ficar de barriga vazia não vai mudar nada disso.

Ted se esforçou da mesma forma que Fiona também se esforçava sentada no seu lugar à mesa que suas sobrinhas havia posto de forma muito graciosa, decorando com dois vasos de flores artificiais que Fiona tinha para essa ocasião. A tia terminou aquela belíssima apresentação com os mais diversos pratos. Todos enchiam seus pratos e saboreavam e Fiona apenas jogava seu alimento de um lado para o outro sem comer de fato. Sua cabeça estava em Ted e no quanto sentia a sua falta. No quanto desejou estar ao seu lado. Em seus braços. Sentindo todo o seu amor. E então olhou para o seu pai que também a encarava. O semblante dele estava péssimo e dessa vez não era por conta do seu mau humor costumeiro, ele estava mais debilitado. A quimio entrou naquele estágio que já não fazia mais sentindo. Robert estava partindo e era seu dever como filha permanecer ao seu lado até o final, se Ted não entendia isso não podia fazer nada senão seguir sua vida como sempre foi sozinha. 

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