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Capítulo 50

Três dias, literalmente três dias sem falar com o Philipe. Três dias me alimentando com salgadinhos de bacon e refrigerante.

Não tentei nem parecer bem na frente do meu pai, mas hoje decidi que precisava tentar seguir em frente.

Philipe provavelmente estaria bem melhor sem mim. Nem eu iria querer a mim mesma.

Ando pelos corredores da faculdade sozinha, recusei todos que antes andavam comigo. Vir pra cá não adiantou nada, apenas piorou.

Eu agora fico olhando para onde ele costumava ficar, relembrando nossos momentos bons, como castigo de ter começado isso tudo.

Eu escrevi um puta texto gigante, dizendo tudo o que eu sentia, mas apaguei. Fazer isso é egoísta demais, seria apenas para eu me sentir menos culpada.

É melhor deixar como está, é mais fácil para nós dois. Sem drama algum, mesmo que isso arda como o inferno dentro de mim, mas não é a primeira vez que me sinto assim.

— Sammy. - Paro da andar quando escuto me chamarem, não precisei de muito esforço para saber que era o Adam.

— Eu ia na sua casa hoje, liguei para o seu pai porque você não estava vindo e eu preciso conversar com você.

Minha mente estava um caos, eu não queria ter que ouvir o Adam, mas se ele quer uma conversa,  é melhor eu acabar com isso logo.

— Pode ser rápido, por favor?

— Claro. -Ele respira fundo, olhando o corretor vazio. — Acho que me desculpar pela milésima vez não vai servir para absolutamente nada, mas quero ir embora livre dessa culpa.

— Como assim ir embora? - Cruzo os braços, desconfiada que seja só mais um truque para eu sentir pena.

— Vou para a Alemanha. - Adam tomba a cabeça para trás, apoiando-a no armário, se concentrando no teto sem graça da faculdade. — Terminar a faculdade lá e fazer um estágio, que segundo minha mãe, vai me ajudar quando eu herdar a empresa dela ou algo do tipo, por um tempo achei um absurdo, mas pensando bem, acho que seria bom pra mim, então quero que você saiba das coisas que nunca falei pra você, então por favor, vamos tomar um café juntos?

— Que tipo de coisa?

— O tipo de coisa que não quero falar nesse corredor.

Recuo alguns passos para trás, pensativa.

O que eu tenho mais para fazer? Ir para meu quarto, chorar pelo Philipe enquanto escuto músicas tristes que me lembram que eu estraguei tudo?

— Sammy? - Adam me chama. — Vamos? Eu te levo.

— Tudo bem.

— Olá, estão prontos para fazer o pedido? - Um moça com os cabelos trançados e um lindo sorriso aparece do nosso lado.

— Sim. - Adam sinaliza para que eu seja a primeira.

— Tem chocolate quente com gotas de chocolate e...

— Creme. - Adam me corta, o olho surpresa por ele lembrar.

— É, creme. - Confirmo, desviando minha atenção para o lado de fora da lanchonete, observando as variedades de carros.

— Eu quero o mesmo.

Ele diz para a garçonete que logo se afasta.

— Então...?

Pergunto sem desviar o olhar dos carros.

— Acho que eu deveria começar pelo passado. - Ele respira fundo, como se estivesse se preparando. Minha atenção volta pra ele, percebendo o quanto ele estava nervoso. — Eu nem sei como começar.

Ele ri, passando as mãos no rosto.

— Comece do início.

— Ok. Éramos crianças quando nós nos tornamos amigos, depois muito amigos e melhores amigos e por fim, namorados. Eu me esforcei para ser o melhor para você Sam, éramos perfeitos, mas era uma grande mentira.

— O quê? - Agora eu rio. — Como assim? Pra mim foi bastante real.

— Eu não quis dizer literalmente, tanto você quanto eu sabemos que fomos influenciados pelos nossos pais, então não me julgue, me cobram tanto quanto cobraram você na sua vida, não tem um dia sequer que não me cobram a droga da perfeição e com todo meu coração, eu amo você. Amo tudo que vivemos juntos e se eu pudesse ter sua amizade de novo, eu faria de tudo pra isso, mas eu não aguentava mais, não aguentava mais ver o quanto você me amava, porque mentir pra você era insuportavelmente doloroso, Sammy.

— Adam, eu não estou conseguindo compreender tudo o que você está falando. - Em que ele mentia pra mim? Ele me traia bem antes dele terminar comigo? Ele a amava? Ou o que?

— Mentir que eu te amava da mesma forma. - Ele me olha, talvez esteja esperando alguma reação minha, mas eu estou petrificada nesse banco.

Sinto que estou entrando em estado de choque. Todos aqueles anos?

— Eu só suportei aquilo tudo porque eu amava nossa amizade, amava cantar com você, jogar com você, amava tê-la em todos momentos, principalmente os ruins que você sabe bem que não foram poucos, mas eu fui um filho da puta de um covarde que não teve coragem para dizer a você... E no dia anterior antes de eu pensar em toda merda, você me disse um "eu te amo" tão verdadeiro que machucou minha alma de um jeito irreparável, então achei que se você me odiasse, iria doer menos em você.

Ele para de falar para pegar os chocolates quentes que a garçonete trouxe, eu não conseguia desviar o olhar dele, muito menos escutar qualquer coisa em minha volta, apenas vejo quando a garçonete se afasta.

— Então fiz o pior erro da minha vida, porque além de perder você como namorada, eu perdi a minha melhor amiga e eu sei que não posso reparar o estrago que fiz, eu nem quero isso, eu só quero ir embora em paz e pelo amor de Deus, reage.

— Eu...eu nem sei o que eu estou sentindo agora. - Passo a palma da mão para secar as lágrimas que caiam e eu nem sequer sentia sair.

— Tudo bem, eu entendo e sobre o Philipe, eu contei ao seu pai porque eu quis te proteger, Philipe me assustou de primeira, tão...diferente de mim, eu não sei o que pensei quando liguei para o seu pai da primeira vez.

Ouvir isso foi o que me fez sair do choque inicial, me deixando em alerta.

— Como assim? O que você contou ao meu pai?

— No meu primeiro dia na faculdade, eu vi os olhares e liguei, ele me pediu para continuar contando caso eu visse mais alguma coisa, eu contei tudo o que percebi e no fundo, eu fico feliz por você olhar pra ele como nunca olhou pra mim, eu sinto muito por talvez ter estragado o que vocês tinham, eu pensei que seu pai só estivesse curioso ou preocupado. Hoje ele me contou que acabou estragando tudo.

Pego meu chocolate quente, bebendo um longo gole.

— Ele sabia?

Pergunto, quase que um riso irônico escapou da minha boca. Claro que ele sabia, o que ele não sabe sobre a minha vida? Por quê ele não disse nada?

— Desculpa por ferrar tudo como sempre.

— Eu ferrei tudo. - deixo o chocolate de lado, secando todas as minhas lágrimas, sentindo algo parecido com ódio.  — Eu não sei o que sentir sobre o que você me disse, você foi um...belo idiota, se você tivesse pelo menos tentado ir pelo caminho certo, poderia ter sobrado algo da nossa amizade, mas agora é tarde demais e de todo meu coração, que você seja feliz, eu te conheço o suficiente para saber que você não é uma pessoa ruim, não se sinta mais mal por causa disso, não dói mais em mim, então desejo que não doa em você também, agora eu preciso resolver todas as merdas que eu fiz pensando que era o certo.

Me levanto, tudo o que eu disse foi sincero, se um dia eu chegar a vê-lo novamente, eu ficaria muito feliz em ver que ele está feliz também.

— Obrigado. - Ele se levanta também, quase que eu volto a chorar quando vejo uma lágrima solitária escorrendo pela bochecha dele.

Sorrio, acho que isso definitivamente é um adeus, fico feliz por ter vindo aqui hoje. Me aproximo dele, o abraçando de surpresa. Sei que ele não esperava por isso, pois demora alguns segundos para reagir.

— Adeus, Sam.

Ele se afasta.

— Adeus, Adam.

Abro a porta do escritório do meu pai com certa brutalidade. Meu pai nem sequer tirou os olhos dos papéis que estava lendo.

— Você sabia? Esse tempo todo e você sabia?

Tento me controlar, mas eu já estava chorando.

— O que você pretendia com isso? Investigar ele? Ver se ele tinha ficha na polícia? Ver se ele era rico o suficiente para andar com a gente? Fazer ele sair da faculdade? Você me deixou esse tempo todo achando que estava indo bem em esconder isso.

Eu me jogo na cadeira em frente a mesa dele. Meu pai finalmente foca em mim, deixando os papéis idiotas de lado.

— Você acertou na parte de investigar, ver a ficha e fingir que eu não sabia de nada. - Ele diz tranquilamente. — Não acho que eu fiz o certo, mas faria de novo e mesmo se ele tivesse uma ficha suja, eu não iria dizer nada.

— Por que você não me contou? - Pergunto, tentando secar as lágrimas.

— A pergunta certa é o porquê você não me contou? Você agiu como se eu controlasse sua vida, e eu errei muito com você, errei em não mostrar as escolhas que você sempre teve, mas eu queria que você falasse comigo, eu queria que você me enfrentasse.

— Como? - Me exalto. — Você estava sempre sofrendo por causa da mamãe, sempre sendo julgado pelos seus amigos, sempre que eu dava um passo errado, eu era julgada, sempre foi assim. Sempre fiz tudo o que o senhor pedia e eu tive medo, medo de te perder mais, medo de ser julgada, medo do Philipe ser julgado, não foi assim minha vida quase toda?

— Sam...-Ele me chama calmamente, querendo que eu o olhasse. — Não jogue a culpa dos seus medos em mim. Você nunca contestou nada vindo de mim, como é que eu ia saber como você se sentia, Sam? - ele suspira. — O meu trabalho nunca deveria influenciar você e nem você a ele, por isso pedi pra você ser transferida, no passado, achei que se tudo estivesse junto, estaria perfeito, mas a cada passo que você desse eu iria saber. Antes com você namorando com o Adam, eu achei incrível, minha filha com um filho de uma sócia super importante? O quão bom poderia ser isso? Mas Sammy, não estamos na era medieval, não me importo com quem você namora, não me importo do que falam sobre nós, não importam o que digam, eu sou autossuficiente para não precisar da aprovação deles para nada. - Meu pai faz a longa pausa enquanto arrumava os papéis em cima da mesa. — E eu queria que você se abrisse pra mim, me contasse tudo, eu sempre vou te apoiar, mesmo quando tiver que ouvir sobre... -ele faz uma careta de nojo. — Fraudas sujas e em como a "Ruivinha" era incrível em absolutamente tudo. - Meu pai solta uma risada. — Philipe deixou claro que o absolutamente tudo era de fato absolutamente tudo, foi uma sensação um tanto quando ruim pra mim saber de detalhes não tão legal.

Minha boca estava aberta, tanta coisa pra mim assimilar, tantos sentimentos confusos.

É como se eu tivesse enxergado meu pai totalmente diferente do que ele é.

— Mas... o que? Como assim Philipe te contou alguma coisa?

— Tem essa parte também. - Ele declara com um tom de diversão na voz. — Talvez antes da festa, ele tenha me conhecido por aí...talvez também tenhamos ficado bêbados juntos e conversamos sobre fraudas sujas e outras coisas... - Meu pai franze o nariz. — Agora vou me arrumar para ir ao um encontro, acho que você deveria falar com ele, já que pelo jeito, as coisas não deram certo.

— Pai, você falou, falou e eu ainda não consegui compreender tudo. - eu estou um tanto quanto atordoada com isso tudo. — Encontro?

Cruzo as sobrancelhas, meu pai nunca foi num encontro antes.

— Sim, conheci ela na festa doida da sua amiga e você deveria ir atrás do Philipe. - Ele se levanta, da um aperto no meu ombro e sai, exatamente, ele simplesmente sai depois de tudo o que disse.

Eu fico sentada na cadeira, com os olhos fixos no nada, repassando tudo o que eu ouvi.

Acho que a única errada nessa história toda, sou eu mesma.

Então pessoal!?? Quase acabando ♥️

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