Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

❥ CAPÍTULO UM

Em um dia, você conhece uma pessoa, se apaixona por ela, por todos os seus detalhes e em um dado momento decidem juntos que é hora de dar um passo a mais na relação. Você tem medo, porém cede, acreditando que na vida as vezes é necessário correr certos riscos.

E eu estou correndo.

Meu sonho está arruinado, meu coração está destroçado, a dor em meu peito é dilacerante. Sinto que o chão foi tirado dos meus pés e estou sendo engolida por uma densa massa de tristeza e decepção.

Nem consigo descrever ao certo os meus sentimentos.

Continuo correndo sem direção, ao fundo ouço as vozes de pessoas que se importam comigo gritando o meu nome, mas não dou ouvidos.

Sinto olhares piedosos e curiosos me seguindo enquanto corro. Eu entendo, não é todo dia que você vê uma garota usando vestido branco de seda, luvas e véu correndo por aí com os cabelos bagunçados, maquiagem borrada e com lágrimas molhando todo o seu rosto.

Minha respiração está ofegante, paro de correr e respiro fundo, passando as costas das mãos em meu rosto secando as lágrimas que insistiam em cair.

Percebo que estou bem longe da capela em que iria acontecer a minha tão sonhada cerimônia de casamento e sinto novamente meus olhos marejarem.

Em gritos internos e abafados rasgo todo o maldito vestido, o qual eu sonhei e planejei durante seis meses, foram várias idas a costureira. Ele tinha ficado perfeito.

Por mais que eu gritasse ou sussurrasse, ele não ia entender a dor que está me causando. Ele destruiu todo o conto de fadas que havíamos construído em cinco anos de relacionamento.

Guiada pelo sentimento de anestesiar a minha dor, estou sentada em uma mesa de bar.

— Dia ruim? — Ouço uma voz e me assusto olhando para frente. Um homem me analisa por entre os fios de cabelos castanhos que lhe caiam em frente aos olhos, o mesmo me serve uma dose de um líquido transparente. — Por conta da casa.

Estive divagando em meus pensamentos que esqueci de fazer o pedido.

— Você não faz ideia. Obrigada. — Agradeço, virando todo o líquido de uma vez. Torço o nariz fazendo uma careta, não estou acostumada com bebidas alcoólicas.

— Ei, vai com calma. — O homem diz, me servindo mais uma dose. Aceito de bom grado e mais uma vez devolvo rapidamente o copo vazio.

Olho ao redor e, mesmo estando em um bar, consigo visualizar alguns casais felizes e isso me fez lembrar de Richard e da minha humilhante situação. As lágrimas voltam a banhar o meu rosto e rapidamente eu as limpo.

— Não precisa se envergonhar delas, querida. — O barman diz, me oferecendo um lenço.

Apanho o tecido e seco as lágrimas, aproveitando para limpar um pouco da maquiagem que provavelmente está sujando todo o meu rosto.

— Obrigada. — Falo ao devolver o lenço.

— Não por isso. — Ele sorri e guarda-o no bolso da frente do uniforme preto.

— Me chamo Jane e acabo de ser abandonada no altar. — Sorrio sem ânimo — Por isso a roupa e a maquiagem borrada.

— Isso nunca teria passado pela minha cabeça. — O barman diz, enchendo o meu copo mais uma vez. — Quer saber o que pensei?

Aceno que sim com a cabeça e bebo o líquido do copo.

— Imaginei que você tivesse saído de uma festa a fantasia e você estivesse fantasiada de "A Noiva Cadáver." — O homem sorri e percebo como ele é bonito, seus cabelos castanhos enrolados nas pontas insistiam em cair sob seus olhos. — Me chamo Jack, o barman.

Jack adiciona mais um pouco do líquido em meu copo e sou surpreendida ao vê-lo apanhar mais um copo e o enchê-lo também com o líquido transparente. Leva o copo até os lábios e ao tomar o conteúdo joga a cabeça para trás. Quando volta a me olhar, seus olhos castanhos estão em um tom mais forte. Desvio meus próprios olhos, bebendo o álcool do meu copo.

— A pessoa que te deixou não sabe o que está perdendo. — Diz Jack, sorrindo.

Solto uma risada fraca, eu odeio frases feitas.

— Claro.

— Você é uma mulher muito bonita. — O barman diz, pegando em minha mão. Olho para o gesto sem saber ao certo que tipo de reação era suposto eu ter, deixo meu olhar pousado em nossas mãos até que Jack as retire. — Acredite, você não perdeu nada.

— Obrigada, Jack. — Respondo, olhando bem em seus olhos negros. — Você encontra muitas histórias como está nesse balcão?

— Você ficaria surpresa com as histórias que eu escuto por aqui. — Fala rindo. Jack volta a encher nossos copos e o silêncio paira entre nós dois; é um silêncio confortável.

— Obrigada mesmo, Jack. Eu não pensava em encontrar palavras de consolo em uma mesa de bar, vindas de um desconhecido. — Digo, quebrando o silêncio.

Jack sorri abertamente.

— Não sou mais um desconhecido, você sabe meu nome. — Ele ri erguendo o copo para a boca e jogando a cabeça para trás, isso faz seus cabelos castanhos serem levados para trás também e essa cena me tira toda a força.

— Você me entendeu! — Exclamo, batendo em seu peito. De onde tirei coragem para tocá-lo? Jack sorri e umedece os lábios.

— Eu entendi, minha querida, estava apenas brincando com você. — Seus olhos castanhos me olhavam com intensidade.

A cada virar de copos minha dor se amenizava e Jack se mostrava um homem incrível e muito gato. Ali, entre suas pausas para atender os clientes, mantivemos uma conversa animada e descontraída. Ficamos até o bar ficar vazio.

Estou parada com Jack em frente ao bar, vendo-o passar a chave no cadeado.

— Me sinto levemente alto. — Ele diz, suspirando e passando as mãos pelo cabelo.

— Eu também, no fim o dia não terminou completamente ruim. — Falo, sem pensar.

— As coisas acontecem como devem acontecer. — Nos olhamos e caímos na gargalhada.

— Jack? — O chamo.

Não sei ao certo para quê.

— Hum? — Me olha diretamente e seus olhos são de um negro muito intenso. Devido a quantidade de álcool em que ingerimos, eles possuíam leves traços de vermelho onde deveriam ser brancos.

— Posso te beijar?

— Esperei por isso a noite toda, querida.

Continuo encarando aquela imensidão escura de seus olhos, meu coração está acelerado, minhas mãos tremiam e eu as sentia suar frio. Me pego lembrando da sensação de estar no altar, esperando quem eu até então pensava ser o meu príncipe encantado. Sinto as lágrimas brotarem em meus olhos novamente.

— Eu não consigo. — Minha voz sai embargada.

— Jane. — Ouço-o me chamar, não dou ouvidos e me afasto, caminhando para longe dele. — Jane! — Ouço-o gritar meu nome e passos apressados estão atrás de mim. Jack me puxa pelo braço e me pega em um abraço caloroso.

— Jack... — Tento dizer, mas não consigo, sou tomada por uma enorme onda de choro.

Shh... Deixa sair. — Ele me mantinha em seu abraço, fazendo carícias em meus cabelos.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro