Parte Única
Lampejos e estrondos enriquecem a noite cinzenta de uma cidade acesa e barulhenta. Raio? Relâmpago? Trovão? Uma minoria sabe a diferença. A maioria foge temendo a chuva forte, pois conhecem o caos urbano que um temporal provoca, principalmente quando as ruas se transformam em rios; os carros, em navios atracados (ou naufragados). Gente precavida, certamente, mas ingênua. A chuva, seja ela copiosa ou minguada, não pode ser tão fatal quanto um...
Tu-pã!
Ah, tão veloz e mortal! Um pobre senhor resolveu procurar abrigo sob uma árvore.
Tu-pã!
Melhor todos se esconderem (num lugar seguro). Os trovões, arautos da fúria dos céus, parecem trabalhar bastante essa noite, enquanto as pessoas ainda voltam do trabalho. Ninguém seria louco de ficar parado contemplando o céu como se nele houvesse estrelas. Espere, que homem é aquele? Ali no parque, imóvel, vislumbrando a ira celeste? Um rapaz tão jovem, tão imprudente. Aposto o fim deste conto que em três linhas estará morto.
Tu-pã!
Tu-pã!
Tu-pã!
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro