Descrição vs. Diálogo: procure o equilíbrio
Você já leu Tolkien? Algumas pessoas me matariam por isso, mas eu dormi três vezes enquanto lia a trilogia do Senhor dos Anéis. Eles dizem que o cara é um gênio, e eu não discordo, mas os detalhados mundos que ele criou arriscam ser abafados pelo modo exageradamente descritivo (pelo menos para mim) e com poucas falas em que ele costumava escrever.
Por outro lado, há aquelas histórias que você lê e não consegue entendê-las muito bem, porque há apenas diálogo, e nada de contexto. Você sabe os nomes dos personagens, e talvez suas características físicas, mas o autor não fornece informação o bastante para você construir na sua mente o momento que eles estão vivendo. Poderiam muito bem ser um par de vozes em um fundo branco. Isso também não vai ajudar a sua história.
Na vida, nós temos cinco sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato. Tente usar todos esses sentidos para atrair os seus leitores para a história. Você usará a descrição para mostrar-lhes coisas, para dizer qual o gosto, o cheiro delas ou como é a sensação de tocá-las. E você usará o diálogo para fazer os leitores "ouvirem" coisas.
Não os coloque pra dormir com descrições longas demais; não os confunda com diálogos sem fim. Alterne entre descrição e diálogo. Encontre o ponto de equilíbrio. Descrição - ação - descrição - falas - ação - descrição, e assim por diante.
A regra de ouro é mantê-los interessados no que você tem a dizer. Sua mensagem pode ser a mais fantástica, mas se você não conseguir fazer os leitores ouvirem-na até o fim para entendê-la, de nada servirá sua excelente qualidade.
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