Prólogo.
ALGUNS passos se aproximavam, porém antes que eu pudesse olhar, a voz reconhecida se pronunciou:
— Então ela que é sua namorada? — Perguntou seu tio após descer as escadas e nos ver conversando.
Ele se levantou para ajudá-lo e por um instante, olhou para trás, exibiu o mais belo sorriso que eu já tinha visto e sibilou:
— Quem me dera... — Se voltou para seu tio o ajudando a levar algumas caixas.
Encolhi meus ombros sentindo minhas bochechas esquentarem, poderia jurar que meu rosto estava mais vermelho que um pimentão. Olhei para os meus pés enquanto balançava eles em uma forma de tentar me distrair das palavras que foram ditas há pouco.
Eu nunca tinha sentido este sentimento, não dessa forma.
A conversa rolava entre eles enquanto eu me mantida sentada observando o movimento da ruas em que estávamos, pessoas para lá e para cá, trabalhando. Algumas pessoas passavam conversando e bebendo, afinal era uma sexta e algumas pessoas já se encontravam embriagadas.
Não sei exatamente quanto tempo fiquei distraída, porque não notei sua presença até sua mão passar em frente ao meu rosto, como se estivesse sinalizando para que eu voltasse à órbita.
— Terra chamando! — Pronunciou enquanto aquele sorriso tomava seus lábios.
Acreditava que já tinha me libertado da vergonha de tempos atrás, porém sentir ela tomando meu peito, acompanhado daquele sentimento.
— Como você quer ser minha namorada, se nem consegue olhar pra mim? — Seus longos dedos encontraram meu queixo de uma forma delicada, pude sentir um leve carinho em minha bochecha com seu polegar.
Eu estava extremamente envergonhada, nunca tinha ficado tão perto assim de si. Parecia ser tão certo e tão...
— Vamos, Danilo. — O momento foi interrompido pela voz de seu pai.
Fui observada pelo mesmo enquanto sua mão deixava de estar em minha pele, fiquei um pouco encolhida, mas fora o suficiente para dizer um "tchau" quase inaudível e sair correndo para longe dali.
Dois dias se passaram desde o quase nosso beijo e fomos conversando através de mensagens.
Nunca tinha me sentindo tão viva e esperançosa, afinal era um amor adolescente. Eu com apenas 15 anos, enquanto ele tinha seus 16.
Tudo aquilo parecia tão real e novo - posso ter tudo outros sentimentos com um cara na escola ou qualquer coisa parecido, mas nunca me senti viva - que eu queria experimentar mais, muito mais.
Depois de um dia cheio na escola eu tinha chegado em casa totalmente esgotada e com dor de cabeça, mas me lembrar dele me fez sorrir como uma boba lunática.
Adentrei o banheiro totalmente aérea e fazendo minhas higienes como o de costume, após o banho almocei normalmente e fui para a cama me deitar acompanhada pelo único meio que poderia me fazer ter contato com ele.
"Já chegou em casa?"
"Sim, queria ter passado mais tempo com você." Meu sorriso se abriu involuntariamente.
"Também queria. E sua irmã está melhor? Hoje ela parecia um pouco triste com toda a situação dos seus pais..."
"Eles estão passando por uma situação um pouco complicada, como vocês duas são próximas, imagino que ela tenha te contado. Só não imaginei que ela iria ficar tão mal assim."
"Podemos combinar de nos encontrar." Pensei em uma forma de não parecer tão ansiosa pelo nosso encontro. "A gente pode sair com ela e também nos divertir, topa?"
Passaram-se alguns minutos e comecei a cogitar que eu teria um "não" como resposta.
"Vamos, hoje às 16hrs, ok?" Mandou.
"Irei me arrumar!"
Nos despedimos e fui novamente para o banheiro, me olhei no espelho e estava radiante, sentia minha pele suar involuntariamente sem ter feito nenhum esforço.
Voltei para o quarto buscando pelo meu novo vestido floral, além de passar boas energias queria estar arrumada para ele. O vesti e ficou incrível, optei por uma sandália rasteirinha de couro sintético e passei um pouco de maquiagem para suavizar meu rosto.
Peguei uma bolsa simples, comuniquei aos meus pais sobre meu passeio com ele e sua irmã e os dois estreitaram os olhos me avisando para voltar antes dàs 20hrs, confirmei com a cabeça e finalmente, ganhei o mundo.
Meus pés caminharam para o local certo e na hora certa, afinal eles estavam saindo e a pequena me notou ainda um pouco distante, suas perninhas correram em minha direção e instantaneamente me abaixei para que eu pudesse a pegar no colo.
— Athena! — Agarrou meu pescoço me dando um abraço de urso.
— Minha Quele! — Afaguei seus cabelos e deixei um beijo em suas bochechas gordinhas e rosadas. — Ansiosa para nosso passeio?
— Sim! Não vejo a hora de comer várias bolas de sorvetes, daquelas bem grandes e se for possível de chocolate com calda de morango. — Bate as mãos em um gesto feliz.
— Não vou ganhar um abraço e um beijo? — Sua voz afeta meus ouvidos e o encaro diante de mim.
Seus trajes negros totalmente alinhados ao seu corpo, cabelos longos meio bagunçados, dando um ar mais descolado, suas mãos os jogaram para trás em um ato costumeiro.
Seus pés o trouxeram até mim quando abri um sorriso fazendo que "sim" com cabeça e deixei um beijo em sua bochecha, mas ele virou quase me roubando um selinho.
— Vocês ficam lindos juntos. — Quele me trouxe de volta a realidade, com o indicador em seu queixo como se estivesse pensando em algo enquanto nos encarava. — Isso! Fiquem juntos, Athena vai sempre poder ir lá em casa e ficar brincando comigo!
Novamente, suas mãos se bateram em felicidade e seus braços agarraram o pescoço de seu irmão fazendo com que ele se juntasse ao que parecia ser um abraço triplo. Suas mãos alcançaram minha cintura e um beijo foi deixado nos cabelos de sua irmã.
— Mas se a gente namorar, ela vai ser minha e não sua, tampinha. — Provocou a menor.
Foi tudo muito rápido e eu não tinha percebido que ela estava puxando o cabelo dele, ela simplesmente grudou em sua cintura e tava puxando seus fios, eu não sabia o que fazer naquele momento então comecei a rir das loucuras dos irmãos.
Tudo se acalmou depois de combinarmos que tudo teria seu tempo, o passeio está a correndo tranquilamente. A trouxemos no parque e nem eu imaginava que podia gastar tanta energia assim ao lado da pequena, Danilo apenas nos olhava com um enorme sorriso no rosto, o sorvete que tanto foi desejado por Quele, enfim se tornou realidade.
Aquele momento estava sendo incrível e eu não poderia me sentir mais feliz, estava muito cansada, porém grata pelo dia recheado de boa sensações. Talvez seja isto que realmente importa.
— Bem, está entregue. — Sua voz me tirou dos meus devaneios e encontrei seus olhos.
— Obrigada pela tarde, foi maravilhosa! — Talvez eu tenha me empolgado demais; olhei para trás e Quele estava em um sono profundo e deitada em posição fetal no banco de trás do carro.
— Não precisa agradecer, foi bom para Quele e para mim também, estava com saudades de você. — Sua mão deixou o voltante e alcançou minha bochecha acariciando-a.
Meus olhos se fecharam por um momento e foi nele que então, ele conseguiu roubar um beijo meu. Seus lábios ainda estavam com o gosto de algodão doces que comemos antes de voltarmos e estava sendo incrível, seus dentes morderam levemente meu lábio inferior e um suspiro foi deixado por mim.
Estava sentindo borboletas voando em meu estômago e a sensação era encantadora, sua língua pediu passagem e apenas cedi me deixando ser levada pela atmosfera apaixonada.
Mas o momento não demorou muito, pois ouvimos alguns barulhos estranhos e um certo alvoroço, era chuva.
Ainda um pouco atordoada, soltei meu sinto e deixei um beijo rápido de sua bochecha e saí correndo do carro na esperança de conseguir chegar em casa antes da chuva ficar mais forte. Olhei para trás e lá estava ele, sorrindo.
Te amo! Era o que meu peito gritava enquanto eu me afastava.
Tudo corria normalmente depois do nosso passeio, os dias foram seguindo conforme a rotina de acordar, estudar e voltar para casa, as vezes encontrando ele, mas nada fora do comum.
Estava conversando com uma amiga sobre o trabalho escolar por mensagens, mas antes eu tinha perguntado como ele estava, já que não o tinha visto e nem Quele e uma notificação apareceu na tela.
Era ele.
"Não quero mais falar com você." Olhei incrédula para o que tinha acabado de ler.
"O que? Como assim? Aconteceu alguma coisa, está tudo bem?"
"Não aconteceu nada" Senti a frieza de suas palavras, - mesmo por mensagem - me afetarem. "Apenas não quero mais falar com você!"
Estava digitando o questionando do "porque" dessa decisão repentina e quando lhe enviei a mensagem, apenas uma sinalização de mensagem bloqueada apareceu.
E foi assim que começou a minha amargura.
🌸
olá, pipous!
espero que gostem do livro!
não me lembro com detalhes se expliquei sobre do que se trata, mas parte dele será fatos reais e achei que poderia se encaixar.
talvez em alguns momentos pode ser que não faça sentido, porém tenho certeza que tudo vai ir se encaixando conforme os conformes KKKK
no mais, irei tentar montar um cronograma de postagem e deixar todos os detalhes explícitos o máximo possível, em outros momentos possa ser que tenha cenas cortadas porque não será definitivamente importante, então não se desesperem.
me perdoem pelos erros ortográficos (se tiver, tento corrigir tudo ao máximo) e podem me sinalizar sobre.
beijocas!
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