Duas coisas;
Lisa na mídia e sorry pra quem curtia ela
_____________

— A Lisa tá aqui! — falei e Shawn me olhou assustado.

— Serião? Ela é minha melhor amiga e tal mas... Poxa. Agora? — bufou colocando a camisa. — Ela não vai vir aqui pro quarto, né?

— Não. Mas tenta sair pela janela.

— Eu não. Tá doida? Você disse que a gente ia passar a noite juntos. Posso me esconder no banheiro se for preciso! — disse e eu revirei os olhos.

— BROOKLYN!

— Vai Shawn! — pedi tentando empurra-lo para o banheiro. — Por favor.

— Só um selinho.

Revirei os olhos e assenti. Dei um beijo rápido nos lábios de Shawn e saí correndo rumo a porta. Assim que eu abri a mesma, a loira encarava a madeira e lodo direcionou seu olhar até mim.

— Oi.

— Shawn não é o único que está sendo ameaçado pelo seu pai. — disse me empurrando e entrando dentro de casa. — Eu sei que o Shawn está aqui. SHAWN!

— Lisa, cala a boca! — mandei colocando minha mão em cima da sua boca. — Você está louca?

— Chama o Shawn. — mandou e eu bufei. — Vai logo, Brooklyn!

Revirei os olhos e subi as escadas correndo. Entrei em meu quarto e depois abri a porta do banheiro onde Shawn estava sentado na pia enquanto mexia no celular.

— Duas coisas: sai de cima da minha pia que você vai quebrar. Segunda coisa: vamos descer. Parece que você não é o único sendo ameaçado.

Shawn largou o celular rapidamente e me acompanhou de mãos dadas até a sala onde Lisa caminhava de um lado para o outro. Estava tão nervosa quanto Shawn quando me contou sobre isso.

— Começa a falar. — cruzei os braços me escorando no corpo de Shawn.

— Há um ano, quando nós brigamos, eu realmente fiquei bem chateada com você. Fiquei semanas chorando rios e rios no meu quarto e tentando entender o porquê você ter feito isso.

— Olha...

— Cala a boca, Brooke. — mandou e eu fiz careta. — Mas eu consegui entender que eu não tinha nada a ver com isso. Vocês dois estavam solteiros e poderiam transar com quem quisessem. Porém...

— Odeio "poréns".

— Cala a boca, Shawn.

Shawn colocou a mão no coração fingindo se sentir ofendido mas assim que percebeu que ninguém havia achado graça voltou a sua posição inicial.

— Eu estava prestes a ir na sua casa pedir desculpas. — continuou. — Mas assim que eu coloquei o pé para fora de casa um cara num carro preto parou na frente da garagem bloqueando a minha passagem. Eu briguei com ele e foi aí que ele me jogou no carro. Quando o carro parou de andar, dois caras estavam ao meu lado tirando o negócio preto que tampava a minha visão. E foi aí que eles me ameaçaram. Se eu chegasse perto de você, ele mataria Alissa e a minha mãe. Então, eu comecei a fingir que nunca mais iria querer te ver na vida, que você tinha estragado ela. Eu sei que isso fez tanto mal pra você quanto fez pra mim.

— E por que está nos contando tudo isso agora? — perguntei apertando a mão de Shawn.

— Eu não tenho mais nada a perder. Alissa morreu, minha mãe saiu do país pra trabalho. Eu finalmente consegui contar tudo. — respirou fundo se sentando no sofá. — Eu só queria o seu perdão.

— Lisa... — Shawn começou a falar mas parou assim que notou eu negando com a cabeça como se pedisse o silêncio dele.

— Você me fez mal sim, porém, eu não te culpo por isso. Fez isso por causa do meu pai, certo? Você não tem culpa. Eu poderia estar te odiando mas não consigo porque você sempre foi a minha melhor amiga. Éramos a squad, lembra? — sorri contendo as lágrimas. — eu te perdoo, Lisa. Eu sempre vou te perdoar.

Ela sorriu e eu fiz questão de abraça-la. Eu não gostava de abraços, porém, eu permitia em casos extremos. Como esse.

Lisa ficou até oito horas na minha casa contando como tinha passado esse ano. Falamos sobre Alissa, o estado de Nash e a separação da squad. A última conversa era a única coisa que poderíamos resolver.

— Eu tenho que ir. — disse. — Minha tia disse para eu não chegar tarde.

Assenti. Shawn se despediu dela e logo depois eu. Levei Lisa até a porta e a observei a garota caminhar em direção ao seu carro.

Então tudo aconteceu.

Escutei um carro vindo e vi Lisa atravessar a estrada sorridente. Mas então, esse sorriso foi embora quando o carro chegou mais perto. Ela estava em choque. Eu estava em choque. Ela não correu. Mas o carro correu ainda mais. Então o barulho foi escutado.

— LISA!