— Aqui tá um puto tédio. — Taylor murmurou.

— Olha a boca! — resmunguei e o cara me lançou o dedo do meio. — Troglodita.

— Vamos no shopping? — Hayes perguntou e fizemos uma cara maliciosa para o menor. — Não shopping shopping. To falando do cinema que tem no shopping.

— Ah, não, se eu quiser ver filme eu ligo a televisão. — Aaron disse e eu concordei. — E aliás, as fãs do Shawn vão ficar enchendo o saco.

— Nossa, moço. — coloquei a mão no coração e o moreno riu. — Quando o Nate estava aqui as coisas eram mais divertidas.

— Isso é tudo por culpa do cu doce que o Cameron tá fazendo com ele. — Nash acusou. — Ele não tem nada com a história e quer fazer cu doce.

— Cala a boca, Hamilton. — Cam mandou jogando uma almofada na cara do amigo. — O que o Nate fez foi baixo.

— Baixo? Cara, nem foi com você. O Nate era totalmente livre naquela época. Ele nem sabia que o Shawn gostava da Brooklyn. Na verdade, nem a gente sabia que ele gostava! Eles eram livres e desimpedidos. Nate e Broo erram em dizer que não transaram? Erraram, mas eles erraram com o Shawn e com a Lisa. Você não tem bosta nenhum haver com isso. — Carter falou me fazendo fazer bico. — Para de cu doce e deixa de ser metido. Vai lá pedir desculpas pro cara porque todo mundo sabe que você sente a falta dele. E da Brooklyn também.

Cameron revirou os olhos e saiu bufando. Carter tinha razão. Estávamos fazendo cu doce com eles. Mas bem, eu praticamente já perdoei ela, certo?

— E você, Shawn?

— Eu o quê?

— Quando vai parar de viadagem e tomar alguma atitude? — Hayes cruzou os braços. — Eu e Matt já perdemos as garotas que amamos, você não precisa entrar na lista.

Suspirei e peguei o meu celular ignorando todas as perguntas. Não dava para ficar longe desse assunto. Se não era eles falando sobre ela, era fãs me perguntando sobre o nosso relacionamento. É difícil esquecer ela quando é lembrado todos os dias.

— Shawn, cara, nós te amamos demais! — Taylor começou a dizer colocando a sua mão em meu ombro. — Mas assim não da pra te defender.

— E vocês querem que eu faça o quê? Uma música e vá cantar na janela do quarto dela.

— Sim, e Shawn, isso se chama serenata. Uma coisa que românticos gays fazem. Tipo você. — Johnson sorriu falso.

— Idiota.

— Não precisa começar na ousadia. Vai conquistando a amizade dela aos poucos. — Gilinsky deu de ombros. — Mas acho que a Brooklyn já vai querer chegar na ousadia.

— Ousadia e alegria. — Sammy gargalhou.

— Mas e a Lisa? — perguntei e eles fizeram cara de confusos. — Tipo, ela tá magoada com o Nate e com a Brooklyn.

— E o que você tem haver com isso? — Tez perguntou tomando um pouco de água. — Fala sério, a Lisa é legal e tal, mas parece que ela está só atrapalhando a sua vida.

— Ela é minha melhor amiga, cara. — comentei e ele balançou os ombros como se não se importasse. — Eu não quero magoar a Lisa e muito menos a Brooke.

— Mas meu amigo, a Brooklyn você já magoou. — Matt sorriu passando a mão pelo meu braço. — E olha que ela só transou com o melhor amigo.

— Essa Lisa é uma bichinha burra, mesmo hein? Fica de cu doce com o Nate e ele vive correndo atrás daquela imprestável. Mas quando ele aparece com a América ela fica dando uma de vítima. Gente, misericórdia.

— Chama a minha mãe. — Sammy gargalhou mais uma vez.

— Cara, sério, para de falar da minha melhor amiga.

— Como eu disse, Shawn, assim não da pra te defender.