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004 | BROOKLYN

(leiam esse capítulo ouvindo Castle of Glass do Linkin Park)

— LEVANTA, PIRRALHO! — gritei puxando o edredom de Ian. — Vamos que hoje temos muito o que fazer!

— Me deixa, desgraça! — murmurou tentando pegar o cobertor mas eu puxei novamente tirando totalmente da cama. — O que você quer?

— Vamos fazer uma visitinha pro nosso progenitor, Ian! — falei animada. — Eu tô louca pra dar uns socos nele.

Ele suspirou derrotado e se levantou. Abriu os braços e sorriu falso como se quisesse dizer "feliz?".

— Se arruma rapidão, saímos em 15 minutos! — avisei e ele assentiu. — A propósito: belo corpo.

Ele fez careta e me empurrou para fora do quarto de hóspedes. Bufei e fui para a cozinha pegar algo para Ian comer enquanto íamos para a prisão. Mamãe foi mais uma vez tentar um novo emprego e dessa vez ela disse que iria conseguir e o salário era maravilhoso.

— Tô pronto. — escutei a voz de Ian.

Me levantei da bancada e joguei uma maçã em sua direção. Ele pegou, me olhou e revirou os olhos.

— Não, eu não vou te deixar tomar café agora.

Ele fez joinha com a mão e saímos em direção ao carro. Ian entrou e logo depois eu.

— Me ensina a dirigir? — perguntou esperançoso acabando com todo silêncio do carro que reinava a mais de 20 minutos.

— Claro. — afirmei e ele sorriu animado. — Chegamos, princesinha.

Ele fez careta e tirou o cinto. Saímos do carro e paramos um do lado do outro olhando para a entrada da prisão.

— Pronta? — perguntou e eu neguei. — Você estava tão animada pra dar uns socos nele.

— Ele me assusta, Ian. — murmurei amedrontada.

Ele sorriu de canto e pegou na minha mão. Olhei para ele que tinha um olhar carinhoso. Apertei sua mão e ele me puxou para um abraço.
Começamos a caminhar até o portão que dois policiais abriram e logo estávamos no lugar de visita.

— Nome? — o guarda perguntou nos olhando.

— Harvey Donovan. — respondi e ele assentiu saindo da li.

— Vai ficar tudo bem, mana. — falou e e meu sorriso abriu.

Deitei minha cabeça em seu ombro e ele começou a fazer carinho no meu cabelo.
Harvey estava demorando demais. Ele não poderia demorar demais. Ninguém demorava tanto assim... Ou demorava?

— É ele? — Ian perguntou fazendo com que eu abrisse meus olhos assustada.

Era ele. Harvey estava tão diferente. Mais musculoso, com o aspecto de mais perigoso. Sua barba estava feita e o seu cabelo era um alinhado topete. Nem parecia que ele estava numa prisão de segurança máxima. O uniforme laranja deixava aquilo ainda mais assustador.

— Filha? — perguntou num tom emociado. Assenti e me levantei junto com Ian. — Seu namorado?

— Não. — respondi seca. — Esse é o Ian. É o seu filho que você levou escondido para a adoção.

Sua expressão ficou séria e o seu maxilar travou assim como o de Ian. Eles eram tão parecidos fisicamente que me deixava assustada.

— Eu não tenho um filho. Eu só tenho você! — disse com os dentes travados.

— Não fale que eu sou sua filha porque eu te odeio tanto que você nem imagina! — eu estava assustada, mas com uma raiva imensa ao lembrar daqueles policiais aparecendo na porta da minha casa para prender o cara que eu imaginava ser o meu herói. — Você acabou com a  minha vida, com a vida da minha mãe. Roubou tudo o que nós tínhamos, Harvey. Você não presta.

— Filha...

— Você é um monstro! Dar o seu próprio filho para a adoção? Sério? — fiz cara de nojo.

Ele suspirou como se quisesse recuperar a paciência e colocou os braços da mesa fazendo com que eu tirasse os meus.
Ele olhou para baixo e riu fraco e nos olhou. Parecia que eu estava falando com o próprio capeta.

— Eu fiz isso sim. — ele virou a cabeça. — E faria tudo de novo. Quando você fizer isso pela primeira vez, verá como a sensação é ótima. O sangue nas suas mãos.

— Você é um psicopata! — falei um pouco alto. — Eu JAMAIS faria algo desse tipo. Isso é macabro, doentio.

— Você acha que não vai fazer? Você é idêntica a mim, Brooklyn.

— Ela não tem nada haver com você, cara. — Ian se intrometeu com os punhos fechados. 

— Vocês dois são parecidos comigo. Vejo nos olhos de vocês. Sede de vingança. — gargalhou e logo os policiais puxaram ele é largaram um "acabou". — Nos vemos em alguns meses, família.

Olhei para Ian que carregava o mesmo olhar de medo e raiva. Ver o pai pela primeira vez numa prisão não é um encontro nada legal.

— Não vamos ser igual a ele.

— Não não somos igual a ele.

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Oi oi xuxussss

Voltei com mais um capítulo!

Apresento a vocês Joe Manganiello que é o Harvey Donovan, o papai do ano!!!!!

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