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𝒗𝗶𝗻𝘁𝗲 𝒕𝗿𝗲𝘀. amor i love you

❛ deixa eu dizer que te amo, deixa eu pensar em você. isso me acalma, me acolhe a alma. isso me ajuda a viver. hoje contei pras paredes coisas do meu coração. passei no tempo, caminhei nas horas, mais do que passo a paixão. é um espelho sem razão. quer amor, fique aqui. meu peito agora dispara, vivo em constante alegria. é o amor que está aqui ❜
amor i love you, marisa monte










O mar amarelo tomava conta de boa parte da arquibancada. De onde eu assistia, na área da família, podia ver pessoas de todos os lugares do mundo torcendo para o Brasil. E vamos confessar que não é a melhor campanha que o país fazia, mas a paixão nunca acabava. O mal e o bem do brasileiro é ter muita fé, e ela parece nunca acabar. E por mais que pareça o fim, lá está os loucos apaixonados vestindo a camisa da seleção.

Para mim, é ainda mais angustiante. Como irmã de um dos jogadores, não posso evitar em ser esperançosa em dobro. Não só pela conquista do meu país, mas também do meu irmão. A sensação é de que é necessário se manter as expectativas sempre em cima. Sem contar o fato de que esse campeonato pode trazer um troféu para um dos meus melhores amigos.

O adversário de hoje é o Panamá. Eu não faço ideia de como os times estão na Copa América. Sempre há uma expectativa em cima dos brasileiros e dos argentinos por natureza. O que me deixa mais ansiosa no dia de hoje são os resultados passados. São 90 minutos angustiantes, precisando manter a calma e a boca limpa pelas minhas companhias. Duda trouxe os meus sobrinhos para acompanhar o jogo e não há nada como família para esses momentos.

Mas o resultado foi além de glorioso. Eu estou começando a me acostumar como um chaveirinho da sorte de pessoas queridas para mim. Tiveram seus erros no caminho, mas a seleção jogou tudo aquilo que ninguém esperava. O brasileiro estava com fome de triunfos. 4 a 1, com gols bonitos e bem feitos. É ainda mais bonito ver Lucas abraçar a sua família, aquela que ele criou. Todos sabem como é importante para ele, e Duda é com certeza sua maior apoiadora.

Agora, é minha vez de abraça-lo.

— E aí, Bê. — Ele abre os braços, sorrindo porque o momento era favorável. Ele fez o seu pedido de desculpas depois de um erro, ganhou um jogo e ainda tem direito de comemorar com pessoas queridas.

— E aí. — Abraço ele, apertando seu corpo já não suado como vimos anteriormente. Bom, eu estava um pouco suada, depois de gritar que nem louca e xingar cada oponente que chegava perto da borda.

— Nem acredito que veio me ver antes do aniversário do seu namoradinho. — Ele abraça meu ombro, seguindo para a saída. Todos nós já estamos indo embora.

— Ele é meu amigo. E é óbvio que eu vim te ver! — Abraço seu corpo também, observando alguns outros jogadores no caminho.

— E vai embora quando? — Ele fala com algumas pessoas no caminho, já que nasceu com o carisma no corpo, mas me dá atenção.

— Hoje de madrugada. — Não consigo olha-lo, porque sei que irá me julgar e fazer comentários.

— Pra casa?

— Alemanha...

— E é seu amigo, né? — Aperta meu corpo exatamente onde eu sinto cócegas, como um bom irmão mais velho faria.

— Ele é! — Tento me afastar dele entre risadas, finalmente desgrudando nossos corpos quando ele deixa.

Dessa vez, estou acompanhada de todos até o hotel da seleção brasileira. Não consegui encontrar o Vinicius, mas ele me mandou mensagem falando pra a gente se ver ainda hoje. No momento, estamos em silêncio para não acordar as crianças que estão dormindo no nosso colo, mas eu e Duda cochichamos fofocas sobre as esposas dos jogadores e seguramos a risada.

Já no hotel, somos permitidas subir com Lucas até o seu apartamento. Deixamos os meninos dormindo em cima da cama dele, sabendo que Duda ainda precisaria leva-los até o hotel em que as famílias estavam, e eu fazer check-out no meu para pegar viagem durante a madrugada.

Coisas que fazemos pela família.

— Como está lá? — Lucas pergunta, sentando no chão comigo e me entregando uma garrafa d'água.

— Está tudo bem. Eu passei a amar o país. Tô meio ansiosa para as aulas começarem logo. — Olho para as minhas unhas feitas, batucando elas no chão e voltar a encarar meu irmão. — E eu já conheço a galera por lá.

— Eu percebi! — Ele abre os olhos, rindo de mim, só que baixinho. Eu tento esconder o meu riso, um pouco envergonhada. — Me conta, vai.

— Contar o quê? — Finjo que não sei do que ele está falando, mas não sei esconder.

— Conta logo, deixa de graça.

Eu me silêncio uns segundos, porque sim, eu sei do que ele está falando. Duda caminha da cama, onde estava olhando as crianças, até nós, sentando ao lado do Lucas e o abraçando. Eu olho pra o chão e bebo alguns goles de água, deixando a garrafa de água.

— O que especificamente? — Tento enrolar.

— Tipo... São amigos mesmo? Direto o Vinicius faz piada.

— Boca grande. — Resmungo.

— Então não é só amizade? — Duda me olha, sorrindo. Acho que ela está ainda mais entusiasmada do que qualquer um sobre esse assunto. E eu falo tão pouco sobre isso, tentando fingir que não é nada, que acaba sendo estranho conversar sobre.

— É amizade. — Eu dou risada, sentindo que estou furando uma bolha de 5 pessoas que sabiam sobre isso. — Mas a gente fica, as vezes. Nada além disso.

— Eu sabia! — Lucas exclama e Duda bate palminhas silenciosas com uma dança estranha.

— Sabia nada.

— Todo mundo que conhece você um pouquinho demais, sabe. O Vini é boca grande mesmo, suas amigas não sabem disfarçar... Tava na cara, já, po. — Duda tem um sorriso maior que o próprio rosto, e sinto que estou em uma situação inversa.

Quando Lucas e Duda começaram, era eu que ficava animada pelas mínimas coisas que aconteciam entre os dois. Primeiro encontro, primeiro beijo, pedido de namoro, então o casamento, depois os meninos. Tanta coisa aconteceu, mas esse momento me trouxe certa nostalgia.

— Cara, eu não tenho privacidade. — Nego com a cabeça. — Mas nós somos só amigos, então isso não é nada demais.

— Justo. — O meu irmão olha pra sua esposa, que parece entender o que ele quer dizer.

— Vocês não acreditam, né?

— Acreditamos! Essas coisas sempre dão certo. — Lucas fala, mas a minha cunhada deu um beliscão nele porque isso com certeza vai ecoar na minha cabeça para o resto da eternidade.

A gente vai fazer funcionar! Somos amigos, temos um carinho enorme um pelo outro, e somos comunicativos (na medida do possível), então tem tudo para ficar dentro dos limites. E eu sou medrosa de me apaixonar. Meu corpo impossibilitaria a mínima chance das coisas passarem do limite. Eu estava aprendendo a me controlar porque sei a bomba relógio que sou.

— Cala a boca, Lucas. Claro que vai dar certo! — Duda diz mais pra mim do que pra o marido.

— Foi o que eu disse! — Ele tenta concertar o erro.

— Tá tudo bem, eu entendo o que estão fazendo. — Semicerro os olhos. — Vocês assistiram aqueles filmes bobos que o melhor amigo se apaixona pela melhor amiga. Mas sabe de uma? Eu sou uma - quase - estudante vivendo na Espanha com a mente aberta, Jude é um jogador cobiçado e tenho quase certeza que tem vários casinhos na agenda. A gente fica quando tem alguma oportunidade, mas não ficamos de casal. Eu sou a rainha dos limites!

Os segundos que passei foram dos meus irmãos (porque Duda é minha irmã de consideração) concordando com a cabeça, mesmo que eu saiba que internamente não concordam comigo. Ou talvez um pouquinho, mas querem ver alguma coisa que não existe.

— Eu concordo. — Lucas fala.

— Abrace sua solteirice, garota! Tenha outros números na agenda como ele também tem. — Duda fala e seu esposo concorda.

— Só não exagera... — Ele olha feio quando percebe o que concordou. — Mas ela tá certa. Não trate ele como único se você não for a única, só tem que ter certeza disso.

— Eu não sou assim... — Dou risada. — Mas claro, vou manter minha mente aberta. Se eu achar alguém interessante, vou tentar.

O barulho da porta atrapalha o final da minha frase. Alguém bateu na porta e Lucas espera que seja algum segurança, mas só é Vinicius que já chega abraçando o seu parceiro de time primeiro, pra depois vir até mim correndo e me abraçar. Já estava todo vestidinho com seu pijama de novo.

— Cabeção! —Vini está deitado no chão comigo, falando baixo porque Duda já pediu para ele silenciar, apontando para os meninos.

— Sai de cima de mim. — Empurro ele, que não deixa durante alguns segundos até sentir piedade por mim.

— Ta aqui mas não tá assistindo seu namorado?

— Ai, começou. — Nego com a cabeça, vendo os três rirem em uníssono. Na verdade, as cócegas do Lucas me fazem rir também, molhando todo o carpete e minha roupa. — Porra, sacanagem! — Jogo o restinho da garrafa, e depois do próprio plástico, no jogador do meu lado.

Todos tentam rir o mais baixo possível.

— A gente tava falando disso agora. — Duda avisa ao mais novo integrante da noite.

— Mas ela disse que é só amizade, e que ambos estão solteiros e livres. — Olho para Lucas quando diz isso.

Óbvio, solteiros e livres. Solteiros e livres. Ele com sua lista de modelos bonitas de todo canto do mundo, além de ex namoradas que ele terminou porque queria mais umas 20 na lista, e eu... Morando em Madrid com minhas amigas, mas rejeitando o mínimo sinal de qualquer homem porque não quero nada que não tenha o mínimo de intimidade.

— Nem vem com essa. — Vini nega com a cabeça.

— Você sabe que é verdade. — Me enxugo com a toalha que Duda buscou pra mim, jogando nele depois.

— É... — Não pode negar. — Mas vocês tão na planta, tem que investir.

— Para de ser idiota. Acabamos de falar sobre a lista enorme de mulheres que o Jude deve ter, e você quer que eu fique sentada esperando quando ele quiser quietar? — Dou risada das suas palavras.

— E desde quando ele fica com outra pessoa além de você? — Ele me olha como se fosse óbvio, mas pra mim está claro que ele só quer proteger o amigo.

— Vinicius... — Começo a rir, porque pra mim isso está ficando idiota. — Ele não é aberto sobre essas coisas. Óbvio que ele fica! Não precisa esconder isso de mim porque eu não ligo. Meu planejamento de vida não é ser aproveitadora de jogador de futebol.

Talvez eu ligue, mas por puro desencargo de consciência. Quero saber por curiosidade as mulheres que ele fica, mas nunca vou perguntar sobre isso. Parece forçado e sem noção, principalmente porque ele não fala sobre isso com a gente. A gente, eu quero dizer, as mulheres.

— Mas se bem que um bebê de vocês seria lindo. — Ele quer tranquilizar o ambiente, então solta uma piada que com certeza me faz rir.

— Passou dos limites, amigo. — Lucas fala depois de um tempo que passou escutando minha discussão com o homem ao meu lado.

— Eles seriam lindos mesmo! — Duda concorda com Vini, que agora estão rindo juntos.

— Sabe de uma? Já deu meu horário! — Nego com a cabeça, me levantando do chão e ajeitando minha coluna.

— Ah não! — Duda diz, fazendo biquinho como os filhos dela fazem comigo. Aprenderam certinho.

— Ah sim. Meu voo é daqui umas 3 horas e eu ainda tenho que passar no meu hotel. — Pego a jaqueta que deixei na cama.

— Que pressa é essa pra ir embora? — Vini olha confuso pra mim. — Mas já? Não tem nada pra fazer na Espanha. Suas aulas nem começaram ainda!

— Mas ela tem um compromisso surpresa na Alemanha. — Duda conta para ele, que já vira pra mim com um sorriso malicioso.

Sei que estou entregando todas as cartas que eles querem, e que é estranho eu fazer uma viagem super corrida só para ir vê-lo no seu aniversário, mas ele pediu especialmente que eu estivesse lá. Além do mais, tem poucos amigos de verdade no seu time, e vai passar seu aniversário fazendo um belo de um nada. O mínimo que eu posso fazer é uma surpresa pra ver o meu amigo.

A palavra amigo está começando a parecer repetitiva na minha cabeça.

— Eu sabia que você ia! — Vini balança as sobrancelhas. — Manda um oi pro nosso amigo Jude.

— São todos ridículos, mas eu amo vocês. — Abraço os três que se levantaram para se despedir de mim.

— Por favor, amizade com moderação! — Lucas acena para mim quando estou saindo do quarto.

— Sem moderação! — Duda fala e fico feliz de que a risada de Vini seja a última coisa que eu escutei.

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