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𝒗𝗶𝗻𝘁𝗲 𝒔𝗲𝘁𝗲. lisboa

❛ eu vejo tua cara, teu querer perverso. a gente fica bem aqui no chão da sala. eu te queria a vida toda, te confesso. por mim a gente nem precisa mais da estrada. eu vejo você longe, quero você perto. fica na minha sombra, eu quero ser teu rastro. ❜
lisboa, anavitoria, lenine












Despeço minhas melhores amigas na porta de casa, com um conjunto de moletom confortável, o cabelo em um coque e o coração na mão. Elas precisavam cumprir seus afazeres na Espanha, e eu tenho o direito de ficar até a final que nem uma madame na Alemanha. Na verdade não tenho certeza se realmente vou ficar até o fim, sabendo que isso parece um envolvimento muito maior do que o estabelecido. Eu prometi a mim mesma que não me apaixonaria por um cara que não quer nada sério comigo, e preciso tomar algumas medidas chatas pra que isso aconteça.

Decido cozinhar cupcakes para mim e talvez Jude se quisesse vir, ou a sua mãe. Minha mente estava completamente vazia, e não tinha nada a cumprir. Eu estava em um país completamente diferente, que eu não conhecia uma palavra da língua, e até para ler o nome das embalagens na loja me levou um tempo. Para todos os lados era possível ver alguém com alguma camisa de time.

Por sorte, o Uber que solicitei era brasileiro e passou todo o caminho conversando comigo. Ele estava usando uma camisa da Espanha, porque esse era o time que ele estava torcendo na Eurocopa. Eu adoro esses momentos em que as pessoas não me reconhecem como irmã do meu irmão e tenho liberdade para comentar sobre o futebol livremente. No final, ele revela que me reconheceu, infelizmente, de uma página de fofoca e a farsa cai por terra. Pelo menos ele era gente boa e me ensinou como andar na Alemanha sem saber a língua, e me passou seu número caso eu precisasse de outra viagem.

Coincidentemente, no momento que estou trancando a porta da casa alugada na minha chegada, sinto meu celular tocar no bolso. Deixo as compras sobre a mesa e atendo a ligação ao notar que era de Jude.

— Oi.

Oi. Tá fazendo alguma coisa? — A voz pergunta do outro lado da linha.

— Eu fui no mercado comprar uns ingredientes pra um cupcake. Vou cozinhar agora. — Corro no quarto para colocar o moletom de volta ao corpo. — Inclusive, eu já odeio o alemão. Não consegui entender nada, minha sorte é que em todo lugar tem um brasileiro e ele me ajudou.

Encontrou um brasileiro?

— Vai se acostumando. Em todo lugar tem. E ele trabalha aqui, então ele sabe alemão.

Por necessidade todo mundo tem que saber mesmo, né? — Desdenha.

— E por acaso você aprendeu? — Dou risada da forma estranha como fala.

Não... Enfim, tô chegando aí. — Completa, decretando.

— O que? — Me espanto, observando as roupas que eu estava usando.

Ok que somos amigos e que deveria ser normal usarmos roupas confortáveis ao redor um do outro, mas parecia que eu havia acabado de sair da cama. A preocupação de estar bonita é relevante nesse momento. Gosto de me sentir atraente, e resmungo comigo mesma só da ideia de ter que colocar algo mais arrumadinho.

Já tô aqui na frente, vem me atender.

— Quem você tá achando que é? — Coloco a sandália no pé.

Eu. — Ele ri de si mesmo. — Tem algum problema? Tá ocupada?

— Nossa, sínico. Não tem problema nenhum. Mas eu bem que queria um aviso prévio. Planejava fazer nada o dia inteiro e comer cupcakes até de noite. — Caminho de volta para o andar de baixo.

Eu adoro fazer nada e comer. — Ele diz, e já posso escutar a campainha tocar.

— Já vai, escandaloso. — Desligo a ligação.

Não tenho pressa alguma, na verdade até tiro um segundos do meu tempo pra encarar a parede azul escuro ao lado da porta só para fazer ele esperar mais por não ter me avisado. Dou risada quando toca a campainha novamente, e decido ceder a insistência. Abro a porta e me deparo com um Jude vestido de moletons pretos, como eu. A combinação me faz analisá-lo.

— Tá me imitando? — Ele também percebe e aponta para meu look.

— Você que tá. — Deixo a passagem aberta para ele, espiando o carro chique a frente da casa fazer o seu caminho para estacionar.

— Eu gostei. Não quer me dar esse conjunto, não? — Ele se aproxima, mãos curiosas e atentas como sempre, buscando pelo tecido da roupa em meus braços. Jude certamente é um homem de toques.

— Não, é meu. — Sorrio, caminhando de volta para a bancada, onde os ingredientes estão.

Ele observa toda a casa no caminho até a cozinha, e até parece que é sua primeira vez aqui. Analisa como se fosse um arquiteto, e tiro alguns segundos para achar graça da sua cara presunçosa. Ele percebe e sorri pra mim, sentando na banqueta da bancada. Braços cruzados e apoiados na mesa.

— O que? — Pergunta.

— Você.

— Eu, o que?

— Até parece que não conhece a casa. — Dou risada, abrindo os pacotes e separando os ingredientes por etapas.

— Eu conheço o ofurô muito bem, mas ainda não explorei a parte de dentro. — Ele me encara enquanto diz essas palavras, sorrindo porque faz essas coisas para me provocar.

— Você é ridículo. — Eu desvio o olhar entre risos, negando com a cabeça.

Jude permanece em silêncio enquanto começo a fazer o passo a passo, mais curioso no resultado daquela comida do que qualquer outra coisa. Peço pra que a Alexa toque "Anavitoria" e então me sinto mais engajada a cozinhar. Por mais que a música preencha a sala, não gosto do silêncio que fica. Na verdade, não gosto nenhum pouco.

— Não deveria estar no centro de treinamento? — Pergunto, sem tirar os olhos da vasilha em que coloco os ingredientes.

— Dia livre. Eles disseram pra a gente relaxar. Na verdade, hoje de manhã até jogamos polo aquático. — Ele sorri, como se lembrasse de algo. — Trent foi péssimo.

— Você deveria ter trazido ele. — Comento, lembrando como foi legal conhece-lo no aniversário de Jude.

— Não... — Ele faz uma careta, de quem não gostou do que escutou. — Ele ia roubar meu momento.

— Que seu momento?

— De te impressionar, cara! É meu objetivo de todos os dias. — Sorri, me observando.

— Para de ser besta.

Eu adoro como minha relação com o jogador inglês é completamente baseada em interações em que nos irritamos constantemente porque é assim como flertamos. Ao mesmo tempo, as brincadeiras nos unem ainda mais e tornam a amizade mais forte. Sinto que poderia contar minha vida inteira a Jude hoje, porque ele guardaria meus segredos ao mesmo tempo que analisaria os detalhes e riria comigo de tudo.

— Sem contar que Trent adora atenção. — Jude levanta da cadeira, caminhando para o lado de cá da bancada. Estou ligando a batedeira para que faça seu trabalho sozinha. — Eu não ia conseguir te beijar um momento que fosse.

A esse ponto, o homem já está atrás de mim, tirando meu cabelo do espaço para o pescoço, deixando um beijo ali enquanto me abraçava por trás. Eu sorri, quase rindo, porque o poder de me envolver era uma questão puramente dele. Ninguém nesse mundo faz assim.

— E quem disse que eu vou te beijar?

Ele para e ri, se desvencilhando do meu corpo e encostando as costas na bancada, com os braços sob ela. Jude quase me analisa dos pés a cabeça, e me questiono se estou usando alguma coisa sexy por um segundo, até lembrar do moletom que era o oposto disso.

— Tá bom, você quem manda.

— É. — Desvio nosso olhar. — E eu adoro o Trent.

— Todo mundo adora o Trent. — Ele revira os olhos, resmungando enquanto cruza os braços. — Mas é tudo uma máscara, ele é um pé no saco.

— Vocês estão sempre juntos. — Fico na sua frente agora, pisando meu pé com meia no seu. — Não pode cuspir no prato que come.

— Loucura! — Ele ri do que eu digo, rimos juntos. — Aquele cara é obcecado por mim.

— Acho que vocês são obcecados um pelo outro. Na verdade, se ele tivesse aqui, quem não ia receber atenção era eu. — Descruzo seus braços, mas nem os preciso guiar para o lugar que eu queria, porque Jude já os envolve na minha cintura.

— Que bom que ele não veio, então. — É a última coisa que diz. Rodo meus braços atrás do seu pescoço e o beijo por um momento.

A parte ruim foi ter sido alarmada menos de um minuto depois que o tempo na batedeira chegou ao fim. Jude acaba o nosso beijo, encarando o aparelho com um ódio engraçado. Tudo que faço é rir e desgrudar nossos corpos, voltando minha atenção a comida. Coloco a massa nas formas e deixo no forno.

Quando olho para trás, ele me chama de novo com uma mão, enquanto a outra está apoiada na bancada atrás de si. Aquela cena deveria ter sido gravada e vendida na internet. Um Jude quase hipnotizado de tão louco por um mínimo toque entre nós, me chamando com sua mão, sem precisar uma palavra de quer, encostado naquela bancada fazia coisas com meu coração que nem mesma eu sabia que poderia fazer.

Caminho de volta até ele e não demoro para grudar nossos lábios de novo. É quase um abraço quando chego nele. O beijo é tão intenso e gostoso que me perco no momento. Quando eu vi, Jude já estava me levantando no seu colo com uma facilidade estrondosa e então trocando nossos lados. Naquele momento, estava sentada na bancada aos beijos com ele.

Os nossos toques começam a ficar íntimos demais a um certo ponto em que o próprio Jude separa o beijo, respirando fundo bem perto de mim. Ele tira as mãos da minha cintura e as posiciona uma em cada lado do meu corpo, finalmente abrindo os olhos para me encarar, pressionando a mandíbula.

— Você... — Ele aponta pra mim, encostando no meu ombro. — Não me ajuda nenhum pouco.

— Eu? — Começo a rir, sabendo do que aquilo se tratava. Nossos limites eram explícitos e foram estabelecidos muito cedo, então Jude sabe até onde chegar. Isso não quer dizer que ele não queira ir além. Fico feliz que sempre respeite isso.

— É, você. — Sua boca levemente vermelha porque acabamos de nos beijar me deixa zonza, sorrindo pra mim. — Muito perigoso.

— Ok, não encosto mais em você. — Tiro minhas mãos dele, jogando-as ao alto em rendição.

— Quer saber? Ignora tudo que eu acabei de dizer. — Devagarzinho sinto sua mão encostar em meu quadril e subir pra minha cintura, e então começamos a rir das suas palavras.

— Não, você tá certo. — Paro de rir. — Vamos pra sala. Minha coluna não aguenta isso aqui muito tempo.

— Você é uma senhora de vinte anos. — Ele me dá a mão para descer da bancada.

Jude e eu deitamos no sofá e coloco o Spotify na TV para acompanhar a letra das músicas lindas que "Anavitoria" escrevia. É um hábito legal de querer escutar e ler. Mas meu foco não é muito as letras, e sim as inúmeras conversas aleatórias que eu e Jude temos, grudados porque somos assim.

Tinha algo tão simples no fato de passarmos uma tarde inteira juntos, comendo os bolinhos de banana com canela que fiz, escutando as músicas mais lindas já compostas por um ser humano, falar sobre qualquer coisa que vier em nossas cabeças e trocar carícias. Parecia coisa nossa, e eu poderia fazer por muito tempo. Para sempre, se fosse sincera. Não que eu vá, porque essa nossa relação vai chegar a um limite um dia, mas que estava bom assim.

— Posso ter o microfone agora? — Estamos rindo dessa pequena piada que se instaurou sobre nós, enquanto ele levanta o braço ao pedir licença.

— Todo seu. — Finjo tirar de mim o microfone invisível e devolver a ele.

— Então, a Alemanha é confortável. Ou seja, chata. — Jude pensa, fazendo carinho na minha coxa. — A Espanha é mais desafiadora. Não só como jogador de futebol, mas como gente também. Outra energia.

— Se você sentiu isso dentro da Europa, se prepara pro Brasil.

— Você que vai me levar, né? — Ele me questiona como se já fosse óbvio e decretado.

— Eu quero te levar lá. Você e os meninos. — Limpo sua bochecha meio suja de farinha de trigo, provavelmente pelo nosso momento na cozinha.

— A gente deveria ir depois da Eurocopa. — Ele sugere, parecendo até que está imaginando a cena.

— Eu acho um charme a ideia de levar vocês pra conhecerem agora.

— Mas não é verão agora lá, né? — Ele me olha meio duvidoso, até decepcionado se eu puder chutar.

— No Brasil é verão o ano inteiro, J. — Dou risada, e então seu humor volta a ser positivo.

— Então, tá combinado. Férias no Brasil. — Ele levanta seu braço, mostrando sua mão para mim.

Eu seguro sua mão e ele aproveita o momento para me puxar tão lentamente e cativante que consegue me ter como quer. Jude deixa um beijo nos meus lábios, mas rápido, voltando a conversar, completando com alguns selares sobre meus dedos quando sente vontade. E é nesse momento que percebo o quanto gosto da nossa dinâmica. Ele não me quer só pra o calor do momento, por mais que beijar seja bom demais. Não sinto que seja um aproveitamento da nossa relação. Ele me escuta e eu o escuto. É uma troca de carinho completa.












❛ eu quero tu na minha boca, e a minha boca quer você. diga pra mim que é real que eu te prometo o meu melhor. fala pra mim o que eu quero ouvir, que tu sentiu o que eu senti. me diga agora, por favor, que eu vou correndo de abraçar. te quero tanto, é quase dor. é com você que eu quero estar.

se for por mim, vai ser assim.
é só você querer, pra a gente, enfim, se amar ❜

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