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𝒗𝗶𝗻𝘁𝗲 𝒒𝘂𝗮𝘁𝗿𝗼. você vem

❛ nunca tem quem amar. hoje sim, diz que sim. já cansei de esperar. nem parei, nem dormi só pensando em lhe dar. mas você não vem, bem. deixo então, falo só, digo ao céu,
mas você vem ❜
samba de verão, caetano veloso












Me sinto uma intrusa. No momento em que deixo minhas amigas na casa que Lucas me ajudou a alugar para nós aqui na Alemanha, estou nervosa e tremendo como se fosse ver Jude pela primeira vez na vida. Eu nem deveria estar assim já que tudo foi bem planejado, mas as coisas ruins só aparecem na minha cabeça quando estou tão próxima de fazer algo, como se minha mente me protegesse do mundo. Respiro fundo, repensando tudo que fizemos para estar aqui.

Jude me disse que queria que estivéssemos perto dele no dia do seu aniversário. O expliquei que era muito complicado de realizar esse desejo porque o jogo do meu irmão aconteceria um dia antes, e que já estava confirmado. Ele entendeu minha justificativa e levou isso como uma negação ao seu pedido. Aproveitando que tinha zero esperanças que isso acontecesse, o que é meio cruel, montei todo um plano pra conseguir vê-lo no seu dia.

Trocamos mensagens durante toda a semana, mas o bobão nem imagina que na verdade estou criando um jeito de estar aqui, nesse momento, há basicamente alguns dias. Mandei mensagem para Denise, contando que Jude me convidou mas eu disse a e que não poderia. Então, contei a surpresa que faria e isso a deixou animada. Haveria também um jantar durante a noite no hotel em que os ingleses estão, apenas com os íntimos, mas fiquei ansiosa demais para esperar.

Agora, estou em direção ao centro de treinamento onde Jude está, pensando que talvez não tenha sido essa grandiosa ideia. Todos os seus parceiros de time estão lá e com certeza ele não vai querer que eu apareça assim, na frente de toda uma equipe, como se fosse uma namorada ou a tentativa de uma. Tento reorganizar meus próximos passos, mas no mesmo momento, o motorista de Jude para em frente ao local.

"Vai dar tudo certo" Falo comigo mesma.

Saio do carro e a primeira coisa que vejo é Denise, com um sorriso elegante, acenando para mim quando me vê. Saio do carro, animada por encontra-la. É sempre tão revigorante ter uma figura materna quando se está longe de casa, e ela faz esse papel muito bem. Me abraça como se eu fosse a última coisa do mundo e seu jeito aquece o meu coração.

— Oh, Bells! — Ela beija meu cabelo, tentando alcançar a cabeça, me fazendo rir. — Estou tão feliz que esteja aqui.

— De verdade, eu também! É tão bom te ver. — Vou para um segundo abraço, que arranca risadas da sua parte também.

— Está cansada da viagem? — Ela começa me acompanhar até a recepção. De longe, posso ver um homem loiro me esperando com um grande sorriso.

— Eu consegui descansar. As meninas também. Tô ótima. E como vão as coisas por aqui?

— Acho que Jude vai saber te contar melhor do que eu, mas está sendo frustrante, ao mesmo tempo que sufocante - de uma forma boa. Eles estão conseguindo! — Ela sorri para mim. — Ele vai ficar tão feliz de te ver.

Isso me deixa mais aliviada. O homem que me espera pede que eu preencha algumas coisas antes de me dar um crachá com a característica de "Convidado Familiar". Quase engoli seco quando recebi a identificação. Voltamos a caminhar, então paro no meio do caminho, olhando para Denise.

— Acho melhor arranjarmos um lugar reservado... Não quero atrapalhar os treinos. — Escondo minha verdadeira intensão com isso, que era envergonha-lo na frente de todos.

— Posso arranjar uma sala, querida. Como quiser. — A mãe do garoto vira para o homem que nos acompanhava, que cede ao pedido dela e então me deixa em uma sala próxima a nós. Denise o acompanha.

Estou rodeada de troféus, todos em alemão e eu me orgulho de não saber essa língua maluca. Acompanho as imagens de crianças, jovens e homens mais velhos com medalhas e sorrisos estampados pela felicidade de ganhar. Meu semblante é mais tranquilo agora, mas tenho o pensamento aterrorizante de nunca ver meu país ser campeão mundial.

Acredito que o universo tenha tentado calar essa ideia maluca no momento em que sou alarmada pela porta se abrindo, revelando o jogador confuso antes de encontrar meu olhar. Jude estava usando um uniforme social da Inglaterra, mas não era de treino. Ele segurava seu celular na mão, e um corte novinho em folha, que deixa ele ainda mais bonito. Posso ver o momento que percebeu o motivo de estar ali.

— Você está de brincadeira comigo! — A animação na sua voz é clara, então aquele diabinho no meu ouvido que dizia que ele não estaria feliz, foi morto pelo próprio Jude. Ele olha para a mãe por um instante, rindo meio sem acreditar, mas caminha seus passos até mim.

— Oi. — É a única coisa que digo antes de receber o seu abraço. Antes de fechar os olhos para aproveitar o aperto reconfortante, vejo Denise nos deixar a sós.

— Como? — Ele pergunta no abraço, me tirando do chão por alguns segundos. Tudo que faço é rir da sua reação, mas me sentir feliz por estar ali.

— Ué, com uma passagem para a Alemanha. — Ele se desvencilha do meu abraço depois de um longo tempo, mas não deixa meu corpo.

— Você é impossível! — Ele olha nos meus olhos, porque nunca tem vergonha de sustentar o olhar. Me aperta mais um pouco e então me abraça de novo, arrancando novos risos.

Igualzinho a sua mãe.

— Sou bem possível! — É tudo que digo, sendo esmagada.

— Que loucura é essa? — Ele me solta de novo, dessa vez pra cobrir o rosto por alguns segundinhos e então me olhar, apenas com os olhos expostos.

— Você pediu que eu estivesse aqui, aí eu vim. — É a minha melhor explicação.

— Por um momento, realmente acreditei que você não viria.

Não sei se é o sol que entra pela janela de vidro e ilumina os olhos castanhos dele, ou o que mais poderia ser, mas seu olhar está tão radiante quanto os mesmos raios que incidem sobre ele. As marcas da pele estão mais óbvias, o que me diz que passou mais tempo sob o céu ensolarado. Não passou tanto tempo da última vez que nos vimos, talvez umas duas semanas, porém é perceptível que deixou os pelos do rosto crescerem mais, e bem cuidados. Mas o sorriso... É o mesmo inocente e animado.

— Eu não ia. — Confesso, diante as circunstâncias. Acho que isso o deixa mais feliz. — Mas eu fiz um espacinho na minha agenda.

— Ok, ocupada.

— Aniversários são importantes, e já fica avisado que se faltar o meu pra alguma coisa menos importante tipo uma final de sei lá o que, eu te mato. — Aponto pra ele.

— Anotado. Não vou faltar seu aniversário, nem vou deixar uma final cair no seu dia. Vou mandar mudarem os calendários. — Ele está sorrindo e só de vestir aqui, também estou.

— Aprendeu certinho. — Afirmo.

— E vai ficar quanto tempo aqui? — Esfrega as mãos uma na outra, ansioso pela resposta.

— Não tenho certeza ainda, não comprei a viagem de volta. Mas... A casa tá alugada por no mínimo duas semanas. Não sei se volto antes ou não.

— Volta não... — Diz manhoso, e dengoso, me convencendo a ficar.

— Para com isso. — Dou risada, empurrando ele por saber que ele tem esse dom de me convencer a fazer as coisas que ele quer. Bom, eu também tenho, mas poxa!

— Parar com o quê? — Ele sabe do que estou falando, até a voz soa cinica.

— Você sabe com o que.

— Tudo bem, tudo bem! — Levanta os braços. — Mas se for por mim, você fica até a final. Se a gente chegar na final, o que a gente vai porque agora não posso mais fazer feio já que o chaveiro da sorte tá aqui.

— Chaveiro da sorte? — Faço bico, me sentindo importante.

— Você sabe que é. — Deixa um carinho no meu rosto com o polegar, guardando a mão atrás de si em seguida. — Agora, eu quero saber qual vai ser meu presente de aniversário.

Para ser honesta, esqueci de trazer nesse momento, mas eu entregaria mais tarde quando nos reencontrássemos no hotel. Mesmo assim, eu não acho que Jude esteja falando sobre isso quando me analisa de cima a baixo depois disso, usando aquele charme que eu já bem conheço. Nego com a cabeça, entrando na brincadeira.

— Vim de mãos vazias. — Mostro elas para ele.

— Não sou materialista. — Ele começa a rir da minha resposta.

— Eu sei. — O acompanho logo em seguida, usando minhas mãos para segurar o seu rosto e então beija-lo.

Os segundos iniciais me remetem a primeira vez que nos beijamos. Surpresos, aproveitando o momento para capturar a situação, mas em seguida, Jude me segura como se nunca tivesse encostado em mim, apertando o meu corpo e passeando por ele com aquelas mãos curiosas. O beijo é envolvente e estou inebriada, perdida, como ele sempre me deixa. Só sei que sinto o tempo passar até que ele quebra o momento.

— Presente recebido? — Digo entre respirações, recuperando o fôlego. Ele ri pra mim, inacreditado com minhas palavras.

— Não preciso de mais nenhum.

Passamos a próxima hora seguida andando pelo centro de treinamento, e passando por pessoas conhecidas dele, mas Jude não parecia se importar. Pelo contrário, entre um papo em outro, sou apresentada há alguns amigos. Acho que a vergonha de ser vista por eles era pura besteira da minha cabeça. Outros parceiros, ele ignora a presença. Como fica tarde demais, conto a ele sobre o jantar e nos despedimos com um "até mais tarde", onde eu conheceria Trent.

Volto para o hotel com nuvens na minha cabeça, o cheiro dele no meu cabelo, todas as fofocas atualizadas e um sorriso feliz - por ver meu amigo depois de tanto tempo - que vai me causar problemas. Não vai, na verdade está me causando problemas enquanto sou ameaçada de morte se não contar. Alanis está em cima de mim com um travesseiro e as garotas estão esperando uma resposta.

— Vocês são muito violentas.

— Ela tá tentando enrolar. — Dora sobe na cama, pulando nela pra que a tortura fosse maior.

— Fala logo! — Lani balança meu corpo, ao mesmo tempo que Isa faz cócegas no meu pé, que me fazem contorcer na cama.

— Para, para, para. — Peço, e então elas param, atentas a mim.

— Desembucha, Isabella! — Luana me implora, com a carinha fofa que derrete todas nós, toda vez.

— Ok! Mas sai de cima de mim. — Demando e Alanis levanta o braço enquanto sai, me deixando encostar na parede atrás da cama. — Eu cheguei lá e ele ficou surpreso.

— Óbvio que sim! — Alanis me atinge com o travesseiro.

— Detalhes. — Isa pede.

— Eu cheguei, falei com a mãe dele. Ai ela me levou em uma sala, aí ela levou ele até essa sala. Ai ele me viu e não acreditou que eu estivesse lá. — Sei que minha bochecha está vermelha porque sinto o calor no meu rosto. Elas estão contentes com minha explicação. — Perguntou sobre a surpresa e...

— E... — Dora repete. Esse "e" sempre deixa elas animadas, porque adoro fazer suspense sobre a melhor parte.

— Ele perguntou onde estava o presente.

— "O" presente. — Isa balança a sobrancelha, dando ênfase no artigo, falando com vontade mesmo. Todas riem, inclusive eu.

— Não isso, besta! Sobre o beijo. — Reforço, e todas resmungam. — Voltando para a minha história, eu disse que não trouxe nada, o que é mentira porque eu comprei um conjunto novinho da Prada pra ele. Fiz o Lucas coçar o bolso.

— E está icônico! — Dora me ajuda.

— Mas o que ele respondeu? — Luana me pergunta, provavelmente a mais curiosa entre elas.

— Que não era uma pessoa "material". — Faço aspas com a mão e todas começam com o surto de sempre. — Ai a gente se beijou.

Tudo que faço é rir pelo momento. É uma daquelas risadas que doem a barriga e todas estão no mesmo barco, passando mal porque não aguentamos mais dar risada. Mas é renovador saber que tenho todas elas comigo aqui. Eu provavelmente chegaria ansiosa e não saberia onde extrapolar, mas elas fazem ficar mais fácil.

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