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𝒗𝗶𝗻𝘁𝗲 𝒐𝗶𝘁𝗼. por onde andei

❛ por onde andei enquanto você me procurava? será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava? ❜
por onde andei, nando reis









Assim que o tempo passa durante o jogo, sinto a culpa bater aos poucos. Era como se eu estivesse certa e convicta da minha decisão desde o início, usando essa justificativa para não me sentir mal, mas assistir Jude pela TV da casa me deixava cada vez mais triste, talvez até magoada comigo mesma. Não que a minha razão não seja sólida, mas o sentimento ainda existe e não posso negar.

A partida acaba, e eles vencem depois de muita garra - e a necessidade dos pênaltis foi usada com êxito. Encaro meu celular e respiro fundo, tentando me lembrar da razão de eu ter desistido em cima da hora de assistir pessoalmente. Minha mente rebobina até o momento do primeiro pensamento sobre isso, dando mais clareza ao meu problema.

Assisti as semi finais com um ingresso familiar. Eu, Denise, Mark e Jobe. Todos juntos. Mas não só isso, como fui encarada por cada namorada e esposa dos jogadores. Alguns olhares ruins, mas outros apenas curiosos, como eu também sentiria. Sem contar as fotos que saíram depois do jogo. Algumas minhas torcendo que nem louca, e outras quando ele vem cumprimentar cada um, inclusive a mim. Estou sendo especulada como a mais nova namorada da estrela. Jude não sabe disso, mas encarei esses fatos durante os quatro dias que não nos vimos e eu percebi que estamos em um jogo muito perigoso.

Eu sabia que meu coração vacilava por Jude em alguns momentos. Mas é óbvio, temos uma relação boa e cheia de privilégios, e isso implanta algumas sensações. É quase um instinto do meu corpo. Isso pode ser racionalizado, mas talvez estejamos perto demais. Perto daquilo que pode sucumbir em sentimentos confusos que vão estragar tudo que construímos. Então, em meio a milhares de pensamentos, decido não ir ao jogo e assistir em casa.

O pior foi não conseguir comunicar a ele minha escolha.

Agora, com o fim do jogo, estou sentada no sofá - ainda com a blusa da Inglaterra que ele me deu - me sentindo meio lixo e meio consciente. Uma parte de mim tenta me convencer que fiz o certo para não me machucar futuramente, como uma rede de proteção, outro lado de mim tem certeza que fui uma péssima amiga a Jude. Me sinto ainda mais inquieta porque essa é uma luta muito injusta entre o cérebro e o coração.

O meu celular apita, típica notificação do aplicativo de mensagens. Suspiro, rezando para que não seja Jude indignado comigo. Busco pelo celular e vejo uma mensagem que me impressiona ainda mais. O garoto, por mais que não estivesse me xingando no momento, escreve "Vamos jantar. Te busco aí em uma hora." Talvez isso pareça um pouco menos complexo do que realmente é. Talvez ele nem esteja chateado afinal, já que minha presença não precisa ser tão importante assim como estou pensando. Talvez ele só queira sair pra espairecer. Ou talvez esse seja o início de um documentário criminal e meu corpo vai ser jogado em uma fossa.

"Onde iremos?" Pergunto. "Meu restaurante favorito da Alemanha." Ele responde.

Então aceito, como se ele tivesse me perguntado alguma coisa, já que parecia mais um comando do que uma sugestão. Eu não podia reclamar. Basicamente, errei feio com ele e não dei justificativas plausíveis até então.

Decido por fim ir me arrumar porque quando analiso a situação, esse é pra ser um encontro, ou quase isso. Só eu e Jude, em um restaurante chique da Alemanha. Eu precisava me vestir propriamente para isso. Vasculho minha mala e encontro algumas combinações de roupas que escolhi para eventos mais chiques. Por fim, opto pelo meu vestido preto curto de costas nuas, com uma meia calça e botas altas. Pelo frio que fazia a noite, escolho um sobretudo bege. Capricho na maquiagem e no perfume, meu cabelo mais ondulado. Por fim, aviso que estou pronta e Jude diz que está vindo me buscar.

Não demora muito tempo, como se ele estivesse esperando um aviso meu. Suspiro, eliminando os pensamentos ruins da minha cabeça e saindo da casa. Caminho até o carro, entrando no veículo no banco de passageiro. Jude está usando uma camisa bege e uma calça preta. Ele está segurando no volante enquanto me olha, sorrindo minimamente.

Ok, extremamente feliz ele não está.

— Oi. — Sorri, como se nada tivesse acontecido.

— Oi. Cinto. — Ele avisa, apontando para o acessório, já um pouco mais sério.

— Ok... — Eu coloco o objeto de segurança, me virando para a janela para não enfrentar sua feição séria e aproveitar a vista.

Incrivelmente, demora pra que eu perceba a música que está tocando. Uma playlist, provavelmente feita com a ajuda de Vini, repleta de músicas em português. Olho para o rádio e então o cara ao meu lado, contendo um sorriso para mim. Cruzo minhas pernas e me ajeito na cadeira, feliz por saber que ele estava escutando músicas brasileiras.

— Não sabia que estava escutando.

— É minha playlist de viagens. — Ele não tira os olhos do caminho, que felizmente está livre na direção que estamos indo.

Eu me calo, não quero insistir demais. Só sei que o silêncio é desconfortável para mim agora, mesmo ao som de Thiaguinho. Logo eu, que adoro aproveitar a falta de conversas para encarar a vista atrás do vidro, sinto um desconforto. Agora mais que nunca sei que Jude está um pouco bravo comigo, ou pelo menos essa é minha percepção da nossa interação. Logo, o carro está parando ao lado de um restaurante com uma fachada bastante moderna. O homem entrega o carro a um manobrista e então vem abrir a porta pra mim. Agradeço a ele, seguindo seus passos em direção a entrada.

O espaço era grande e com o pé direito alto. Lustres bem detalhados iluminam o ambiente, mas são as únicas fontes de luz, o que deixa o ambiente mais escuro e aconchegante. Música clássica soa em meus ouvidos e posso observar um pianista de longe. O local está cheio, como imaginei. Provavelmente com milhares de estrelas avaliadas a ele. Um funcionário nos guia a área vazia, que nos deixa mais confortáveis para conversar. Jude puxa a minha cadeira e me sento, agradecendo a ele. O homem senta na minha frente, ainda em silêncio. Isso está me matando.

— Vou pedir vinho. Tudo bem por você? — Ele me olha e eu concordo.

— Tudo bem.

Ele chama um funcionário e indica exatamente o que ele queria, e então imagino que ele deve ter sido criado em um ambiente bastante elegante, além de amoroso. Denise sempre foi uma mulher muito bem comportada e amorosa. Talvez seu semblante seja frio, até querer demonstrar amor aqueles que sente o mais puro carinho. E os dois meninos sempre demonstraram ser muito educados. Jude transparece isso. Até encaixa com o ambiente em que estamos.

— Quer pedir algo pra comer? — Ele me pergunta, e eu concordo.

Encaro o cardápio da língua estrangeira, olhando para Jude em seguida. Acho que ele já estava esperando que eu não entendesse nada, então sorri um pouco para mim.

— Eu prefiro que você escolha.

— Tudo bem. — Ele concorda com a cabeça e faz nosso pedido.

Enquanto ele conversa com o homem, tiro meu tempo para observar a ornamentação do ambiente. O teto era escuro mas a parede atrás de mim era verde, preenchida por quadros clássicos. Talvez tenha um casal atrás, mas são os únicos naquele espaço. Há uma grande janela a minha direita, mostrando alguns edifícios da cidade de Düsseldorf. Nossa mesa era escura e possuía uma vela no centro, com as taças e copos pela sua extensão, além dos talheres e guardanapos. Paro a análise e percebo que no mesmo momento o funcionário recebe todos os pedidos e se retira.

Jude apoia seus ante-braços na mesa, com as mãos unidas e me olhando com curiosidade, como se tentasse me decifrar. Me sinto até estranha nesse momento, mas eu mereço a análise. Não é fácil de entender a minha cabeça.

— Por que não foi hoje? — A pergunta que eu mais temia veio a tona, mas eu não podia esperar nada além vindo de uma pessoa tão direta quanto Jude.

Eu tirei alguns segundos de silêncio, sem saber como dizer o que eu sentia a ele. Pior, com medo de como reagiria. O garçom traz o vinho e coloca na minha taça, entregando um copo de água ao homem na minha frente. Agradecemos e ele se vai.

— Então? — Pergunta de novo. — Você está bem? Sentiu alguma coisa? Pode me contar.

— Não não, eu tô bem. Nada aconteceu.

— Nada aconteceu? — Está ainda mais confuso. — Então por que não foi?

— Porque... Aí, Jude. É difícil de explicar.

— Você consegue. Sou todo ouvidos.

Sei que ele está bravo de verdade agora, até mais chateado. Acho que até preferia que algo tivesse acontecido comigo. Que não tivesse sido uma opção ir para o jogo. Mas não, foi escolha minha. Eu escolhi não ter ido pro jogo por conta do sentimento confuso que cercava todo o meu corpo, ou a possibilidade de existir futuramente. Complicar as coisas.

— Eu queria você lá hoje. Foi um jogo complicado. Você assistiu? — Ele dá um gole do líquido.

— Assisti na TV... — Digo com vergonha.

— É... Pelo menos eu consegui contribuir nos pênaltis. Mas o que me deixou louco mesmo foi não ter te visto lá na arquibancada no início, nem no meio, nem do fim da partida. — Ok, ele está chateado.

— Me desculpa... Eu não fiz por mal.

— Eu sei que não, você odeia machucar as pessoas. Mas eu vou ser sincero... Eu fiquei chateado de você não ter ido. E tudo bem que pode não ser o que você quer, mas, sei lá... — Ele tira um momento para processar os próprios pensamentos e o que ele diria. — Todas as namoradas sempre estão lá.

Então bate em mim aquela sensação de que talvez eu estivesse certa, afinal. Talvez aquilo fosse demais. Ir para todos os jogos, até mesmo sem a companhia das minhas amigas. Aquilo era realmente coisa de namorada. Coisa de esposa, não de amigos. Mas nós não namoramos, e nem vamos. Isso não pode ser certo. Eu sei que Jude não vai misturar as coisas porque ele é muito melhor que eu nesse lance casual.

— Nós não namoramos, Jude. — Reafirmo o que meu cérebro está me dizendo.

— Eu sei, eu sei... — Ele quase corrige o que ele diz, talvez arrependido. — É que eu quero você em todos os jogos. Só isso.

Suspirei fundo, esperando que o oxigênio organizasse meus pensamentos e desacelerasse o coração que parecia ter acabado de correr uma maratona. Diante de tantas palavras, quando ele dizia exatamente o que estava pensando, me deixava boba e os pensamentos nublavam de novo. Não havia lado racional para um pedido daqueles que vinha de coração.

Eu estava assinando embaixo nessa emboscada.

— Tudo bem, me desculpa... Eu vou a todos os jogos. Talvez eu não possa ir a todos todos, minha faculdade começa no final de agosto. Mas, quando eu puder, eu vou. Prometo.

— Obrigada. — Ele sorri, e então volta a ficar sério. — Mas por que não foi? Não me disse ainda.

Jude pega seu copo e bebe a água. Eu faço o mesmo com a taça de vinho, talvez com um gole maior que o dele. Respiro fundo, me martirizando por não estar sendo sincera com ele. Nossa relação era baseada na lealdade, e esconder o motivo talvez não fosse tão justo com ele. Deixo a taça na mesa, limpo meus lábios rapidamente para começar a falar.

— Senti que se eu me envolvesse demais, iria estragar o que temos. — Poucas palavras pra a confusão, mas era um resumo conveniente.

— Não vamos estragar isso, Bells. Você é muito importante pra mim e eu só quero que minha melhor amiga esteja comigo nos momentos importantes. — Ele desliza a mão sobre a mesa, deixando a palma para cima no centro dela, como se pedisse pela minha.

— Sua melhor amiga? — Tento deixar o ambiente mais tranquilo e favorável agora que chegamos a um consenso. Faço o mesmo que ele, segurando sua mão. Jude acaricia o polegar sobre a pele em um carinho.

— Você é a única amiga que eu coloco a língua dentro da boca, como não seria a melhor? — Começa as brincadeiras e tudo que consigo fazer é rir e jogar o meu guardanapo em cima dele, que está rindo de mim.

— Ridículo. Se sua mãe escuta isso, ela te deserda. — Observo ao redor para saber se alguém viu meu leve ataque ou escutou suas palavras.

— Que nada. Ela adora o que a gente tem. — Ele me avisa, voltando com a taça para a boca.

— Ela sabe? — Arregalo os olhos, colocando o vinho de volta à mesa. Não acredito que a mulher que eu tanto prezo pela melhor imagem possível, sabe que eu beijo o filho dela sem ter algo sério com ele.

— Sabe. — Jude tem um sorriso presunçoso no rosto, me observando.

— E você só me avisa isso agora?

— Achei que soubesse. — Diz como se fosse nada.

— Não, Jude. Eu não sabia que sua mãe estava consciente que eu ando beijando o filho dela por aí sem pretensão de namorar ele. — Digo, quase indignada. Só pode ser brincadeira dele.

— Relaxa aí. Ela não vê problemas nisso. Ela gosta de você. — Está sorrindo de novo.

Eu me calo, negando com a cabeça, analisando onde estamos agora. Concertando os problemas, colocando limites, estabelecendo como as coisas devem ser. Fico feliz que respeitamos o desejo um do outro, sem precisar brigar por isso. Eu deveria saber que preciso me comunicar melhor com Jude, mas essa dificuldade que é minha de nascença é difícil de lidar. Pelo menos sei que posso aprender a ser melhor nisso com ele.

— Ok, me conta sobre jogo. — Declaro, bebendo um pouco do vinho. Jude deixa um beijo sobre a minha mão, e então começa a contar tudo que aconteceu.

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