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𝒕𝗿𝗶𝗻𝘁𝗮 𝗲 𝒔𝗲𝘁𝗲. final feliz

💭: por mais que tenha esse nome, esse não é o último capítulo

❛ chega de fingir. eu não tenho nada a esconder. agora é pra valer, haja o que houver. não tô nem aí, eu não tô nem aí pro que dizem. eu quero é ser feliz e viver pra ti. pode me abraçar sem medo, pode encostar tua mão na minha. meu amor, deixa o tempo se arrastar sem fim. meu amor, não há mal nenhum gostar assim. oh, meu bem, acredite no final feliz. meu amor ❜
final feliz, jorge vercilio feat djavan






"Me encontra na varanda" É a mensagem de texto que Isabella, à 1 hora da madrugada, me manda.

Eu sabia que ela não estava dormindo porque o seu contato mostrava que estava on-line e digitando há uns dez minutos antes mesmo que a primeira mensagem finalmente chegue ao meu celular, já que o idiota aqui também queria ter mandado uma mensagem. Da forma que vejo há duas opções aqui: Ela realmente me encontrar lá embaixo, ou sumir e fingir que caiu no sono porque esse era o cenário mais provável em minha cabeça até então. E eu entenderia que fizesse isso, mas também gostaria de saber o que queria me dizer.

Um minuto depois, digito uma resposta decente e não tão desesperada:

"Tá tudo bem?" — Eu.

"Tá sim, fica tranquilo" — Ela.
"Te encontro em 5" — Ela.

Não consegui dormir porque minha mente ficou vidrada em uma única palavra: no talvez. Não só a palavra. mas todo o contexto que ela trazia. O jeito que Isabella me olhava e deixava eu te olhar. O jeito como deixou a sua vergonha de sustentar nossa química de lado e decidiu jogar o jogo o qual nos trouxe aqui em primeiro lugar.

Quando vim para o Brasil já tinha algo planejado desde o início: Dar um presente a Bella. O problema é que as coisas ficaram confusas e embaralhadas antes que a chance de entrega-lo tenha chegado. Com isso, me encontrei analisando a pequena caixa caixa - enlaçada em rosa claro - todos as noites desde então. O que tudo indica é que esse será o último dia que te verei durante um bom tempo e não poderia perder a chance de te presentear.

Por fim, tudo que digito é: "Ok."

Coloco a havaianas o mais rápido possível, segurando a caixa em uma mão e o meu casaco em outra, caminhando meus passos para fora do quarto e então descendo as escadas até a varanda que dá de frente ao mar, hoje mais iluminado pela grande lua cheia. Sento na mesa que horas atrás estava sendo acompanhada de risadas e tapas por um simples jogo.

Não demora muito para que eu sinta sua presença preencher o espaço, como sempre faz. Bella está caminhando até mim com os braços cruzados, sentando-se no mesmo banco que o meu e sorrindo quando observa o céu na noite de hoje, e é possível ver o momento que encontra a grande lua no céu, que iluminou seus olhos, os mesmos olhos que costumam iluminar os meus.

— Dia de lua cheia. — Ela comenta o óbvio, me deixando ainda mais nervoso com o suspense, mas eu só consigo concordar com a maior tranquilidade.

— Se tivesse sido planejado não daria certo. — Dei risada, observando brevemente o céu estrelado.

— Como assim?

— Se tivéssemos planejado de assistir a lua cheia e as estrelas, não teria dado certo. — Explico melhor minhas palavras, fazendo ela sorrir.

— Ah, é. A gente tem o costume de esbarrar por culpa do universo. — Olha para mim pela primeira vez, e posso ver seu rosto rosar um pouco mesmo com apenas a luz natural do mundo para me ajudar a enxergar.

— Culpa do destino. — Julgo.

— Ou culpa nossa, como vamos saber? — Ela me lança aquele olhar hipnotizante com pura inocência, alheia e absorta do que pode estar fazendo com meu coração no momento.

Tão cruel, mas tão cruel.

— Você me descobriu. — Eu sorri e ela deu risada.

Foi nesse momento que seus olhos caíram para a pequena caixa em cima da mesa, me olhando em seguida, ao tentar entender do que aquilo se tratava. Fui descoberto antes da hora e se dependesse de mim iria enrolar essa conversa para o resto da eternidade, porque não quero que o amanhe chegue e nos separe.

— O que você estava fazendo lá em cima? — Isabella pergunta, de forma repentina, me tirando da minha linha de raciocínio completamente.

— O que? — Estou confuso sobre que momento ela estava falando.

— Quando eu subi pra pegar o repelente. O que você foi fazer lá em cima? — Sua curiosidade é justificável mas é aí que nossa conversa muda.

Porque eu nunca conseguiria mentir para essa carinha na minha frente. Nunca conseguiria esconder a verdade por muito tempo. Não só porque sou uma pessoa sincera na maior parte das vezes, mas também porque é ela. Não tem como me enrolar, não consigo. Mesmo que eu pense, o melhor que eu poderia fazer é dizer o que vem no meu coração. E a parte mais engraçada é que, internamente, sei que ela suspeita da resposta.

— Te ajudar. — Eu sorri, porque era óbvio. — Falar com você a sós depois de... 3 dias.

Bella acompanhou o meu sorriso de uma forma envergonhada, desviando o seu olhar do meu, que particularmente tem um espaço no meu coração das cenas mais lindas que eu já vi. Chega a ser engraçada a forma como sempre acaba se derretendo pelas coisas que digo. É uma especialidade minha que desejo que seja unicamente minha, e de mais ninguém.

— Você não queria?

— Não, não. Eu gostei, sim. — Ela volta a me olhar, ajeitando os fios que bagunçavam com o vento. — Eu esperava que fosse isso.

— Estava óbvio? — Ri, e ela me acompanha.

— Não óbvio... Mas eu imaginei.

— Imaginou certo, então. — Não consegui tirar os olhos do seu rosto e das bochechas vermelhas.

Noto seus braços segurando um ao outro, provavelmente pelo frio que a brisa noturna do mar trazia. Tirei o casaco que me rondava e fico feliz que ela não relutou quando mostro a peça de roupa, agradecendo em um tom mais baixo e vestindo a peça exageradamente grande e puxando o zíper até que lhe cobrisse por inteiro. Ela juntou as pernas e as cobriu por uns instantes, causando risadas nossas.

— Ok, você vai me dizer o que é tem nessa caixa ou não? — Ela fala enquanto tira os cabelos de dentro do casaco, me acordando do transe e me fazendo olhar para a caixinha.

Um frio passou pelo meu corpo e não era algo externo.

— Veja você. — Apontei com a cabeça para a embalagem, e ela, curiosa como só, segura e desfaz o laço que formava, abrindo e esboçando uma reação surpresa.

— Jude... — Isabella tira o colar com pingente de sol de dentro da caixa e fica cada vez mais surpresa com a beleza dele, segurando a forma com a mão e analisando de perto. — É lindo.

— É seu.

Minhas palavras deixam ela ainda mais contente, com um toque de emoção no olhar. Pude jurar que a lua iluminou seus olhos carregados de possíveis lágrimas, mas nunca a vi chorando - tirando o momento bebada - e não posso dizer que é verdadeiramente um choro. Em um instante ela quase pula em mim ao me abraçar, me causando um certo susto inicial mas então rodei meus braços sobre seu corpo e segurei ele com toda saudade que sentia de fazer. Acariciei o seu cabelo e senti ela apertar a minha blusa.

— Obrigada. — Ela diz e eu beijo sua cabeça, sentindo ela desgrudar nossos corpos, deixando uma queimadura pela falta que imediatamente faz.

— Deixa eu colocar pra você.

Isabella então me entrega o colar e se vira de costas, removendo grande parte do cabelo do seu dorso, mas faço questão de remover o resto dos fios com um dedo, passando a corrente por cima dela e então dando a volta pelo seu pescoço, usando a pequena unha pra encaixar o feixe. Enquanto faço o processo, sinto a necessidade de falar a razão de buscar até o fim do mundo o colar ideal para ela.

— Sabe por que um sol?

— Por quê? — Está curiosa.

— Sempre te associei a um. — Ela se vira lentamente, novamente tão focada em minhas palavras e expressões que me seguro para não beija-la. Em vez disso, removo os fios da frente do seu rosto. — Sempre teve a capacidade de me iluminar.

Bella sorri, novamente sentindo vergonha pelas palavras porque sei o quão difícil é pra ela aceitar elogios, então também sorri para mostrar que estava tudo bem, acariciando a pele do seu rosto. Seus olhos brilhavam e eu me senti o maior vencedor do mundo porque já não era mais a lua que fazia isso, e sim eu. Ela segura a minha mão por um instante quando percebe o quão próximos estamos.

— Eu sei que fui eu quem te chamou aqui, mas devíamos parar... — Diz em um único suspiro, me olhando feito um cão abandonado. — Tenho medo, Jude.

Respirei fundo e a analisei mais uma vez. A necessidade que eu senti durante esses dias de estar perto dela não parecia coisa normal. Não era algo que amigos faziam, e eu sabia disso há muito tempo. Sabia no que estava me metendo no momento que a vi chegando naquele barzinho madrilenho e encantando o mundo todo. Estava ferrado desde ali, e ainda mais ferrado quando insisti em ir atrás do óbvio. E o óbvio era: Eu estava apaixonado por essa menina.

Não tinha mais solução. Era a mais pura verdade. Não havia nada, nem ninguém, nesse mundo que conseguisse remover Isabella do meu coração e arrancar da marca em minha alma. Então não conseguia mais aceitar estar distante dela como sua regra nos colocou. E se eu for louco o suficiente para tentar decifrar o labirinto dos seus pensamentos, irei descobrir que no fundo ela também não esta contente com um rótulo tão bobo quanto "amizade".

— Não tenha. Não comigo. — Respondo, como se fosse minha última tentativa de ganhar o seu coração de vez.

Segurei em seu rosto e a beijei como se fosse o último beijo que daríamos. Sortudo eu, seria mais um dos milhares e incontáveis beijos que daria no resto da minha vida. Uma mão minha acariciava o seu rosto enquanto a outra rodava o seu quadril em busca do maior contato possível com ela. Bella, tão intensa quanto eu, segurou em minha nuca e fez o meu carinho favorito no mundo. Foram longos minutos antes de desgrudar nossas bocas e observar aqueles olhos de novo.

De repente, ela me beija de novo mas de uma forma muito mais singela, aquele tipo de beijo que não se tem com qualquer um além de alguém que você quer verdadeiramente. Curto, calmo e tranquilo, uma pura demonstração de afeto.

— Me desculpa, eu prometo não fugir dessa vez. — Respira fundo, colando nossas testas. Com os olhos fechados, seguro suas mãos nas minhas, apenas nos afastando para olhar em seus olhos e beijar seus dedos, então o colo da sua mão, por último sua palma.

— Não foge. Nunca mais. — Declaro, e ela está sorrindo.

— Eu não vou. — Nega com a cabeça. — Não consigo mais fugir.

— Fica comigo, então.

— Eu fico. — Concorda com a cabeça, deixando mais um selar em meus lábios.

Seguro seu rosto e analiso aquela face, decorando tudo que já decorei uma vez. As sardas no nariz, os longos cílios, as sobrancelhas grossas e bem desenhadas. A bochecha avermelhada e os sinais de nascença, um embaixo do olho direito e outro na bochecha esquerda. Então os fios morenos porém iluminados do loiro mais bonito que já vi, e então seus olhos cor de mel, minha parte favorita.

— Comigo, e com mais ninguém.

Até eu mesmo me surpreendi com o tom que saiu a minha voz, como se não aceitasse dividir essa pessoa na minha frente com mais ninguém. Um sentimento único, digno de uma pessoa única.

— E com mais ninguém. — Ela sorri, quase rindo, como se percebesse o meu desejo de tê-la só pra mim. — Você também, garoto de ouro.

— O garoto de ouro, Bells... — Não completo minha frase, puxando o seu corpo para que ficasse sentado em meu colo, escutando as risadinhas que me faziam sorrir. — É só seu há muito tempo.

— Sou a sortuda, então.

— O sortudo sou eu. — Descansei meus braços ao cruzarem pelo seu corpo, apoiando minhas mãos no fim das suas costas para lhe dar sustentação.

— E batalhador. — Ela ri.

— Muito. — Acompanho.

— Tenho uma ideia louca. — Ela apoia as mãos nos meus ombros, deslizando para cruza-las no meu pescoço e ficar com seu rosto a milímetros do meu.

— Eu toparia qualquer loucura sua.

— Ótimo. — Deixa um selar rápido, então diminuiu o tom das suas palavras, dominando todo o meu sistema nervoso. — O que acha de ficar na minha casa de praia? Ir comigo amanhã.

Não estava esperando isso. Não porque odeio a ideia, na verdade eu amo ela - mesmo com todo o nervosismo de conhecer a sua família verdadeiramente - mas também porque eu não esperava que saísse da sua boca. Era algo esperado de mim, já que sempre fiz questão que ela estivesse com a minha família até que se tornasse parte dela. Mas não dela, o que me deixou chocado, mas feliz.

— Eu acho ótimo. Sério mesmo?

— Sério mesmo. Não gostou? Tudo bem se não quiser. — Ela recua um pouco, mas faço questão de puxa-la para o mesmo lugar de novo.

— Eu gostei, eu gostei. Relaxa. — Sorri. — Eu fico feliz de conhecer a sua família.

— Só tenho que avisar que eles são bem barulhentos e perturbados. — Ela começa a rir e eu acompanho.

— Eu jogo no Real Madrid. Eu sei o que é barulhento e perturbado.

No momento que escuto sua risada, sinto meu coração, antes acelerado de ansiedade e preocupação, se tranquilizar. Porque era assim que era com ela. Enfim, o ritmo alterado e anormal era medo de que no final das contas, a distância virasse algo natural. Para mim, não era. Era a coisa mais absurda. Então conversar com ela nessa madrugada, escutar sua voz sonolenta e pedir para que dormíssemos juntos no quarto vazio da casa, era sinônimo de paz.

Finalmente.

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