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𝒕𝗿𝗶𝗻𝘁𝗮. grao de areia

❛ pra eu te escutar não tem porque dizer uma palavra. a tua pele, a tua voz não cala, não. barulha o tempo todo aqui. pra eu saber que a tua pele me atravessa a alma eu nem preciso que você se deixe aqui. te vejo até na solidão. te vejo, te sinto, te cheiro até num grão de areia, e o mundo revela o teu rosto em todo lugar. eu tento esquecer do teu beijo até de brincadeira, mas minha boca insiste, a tua boca é meu lugar ❜
grão de areia, rubel, xande de pilares









São 6 horas da manhã quando acordo, mas não consigo me mover pelos primeiros 30 minutos seguintes. Uma Bella extremamente sonolenta estava agarrada em meu corpo, assim como meus braços lhe seguravam. Melhor ainda, em um sono tão profundo que não consigo acorda-la. Geralmente ela fica assim, imersa em seus próprios sonhos e nada no mundo consegue tira-la deles. Retiro os cabelos cacheados e bagunçados do seu rosto, e meu partido só me faz suspirar em resposta a imagem.

Não é segredo pra ninguém que desde o momento que coloquei os olhos nela, percebi que era um presente do universo. Não me sentia merecedor de tamanho presente, seu carinho e sua presença, mas a cada dia que passava me encantava mais pelo seu ser. Era como se todos os prêmios do mundo não valessem nada. As sardas em seu rosto, os cílios longos, a sobrancelha e a linha que contornava seus lábios. Tudo se tornava marcante para mim.

Mas então lembro que esse não era o momento pra tudo isso que eu estava sentindo. Eu prometi a mim mesmo que mostraria que ela poderia dar chance ao amor de novo, mas até então, sabia que nossa relação era de um carinho extremo dentro de uma amizade. Nada além de beijos. E eu também sabia que isso era tudo que ela queria de mim. Era como se minha mente reforçasse os limites entre nós dois. Decido, por fim, me levantar da cama - cuidadosamente - com a desculpa mental de que teria um voo para pegar nas próximas horas.

Entro no banheiro do quarto e evito olhar demais no espelho porque veria a imagem de alguém que deseja algo que não pode ter, quase como se a dor aumentasse quando me encarasse. Dentro do chuveiro, percebo que ela tem tanto poder sobre mim que nem se quer passa na minha cabeça o fato de que perdi uma final importante no dia passado. Parece um acúmulo de sensações bizarro. Por fim, acabo o banho e me seco, indo atrás agora das últimas peças de roupa que sobraram dentro da minha mala: Um conjunto de moletom preto.

É nesse momento que percebo o movimento dos lençóis, e Isabella se senta aos poucos na cama, prendendo o cabelo em um coque alto, com os olhos menores do que geralmente são pelo sono. Linda.

— Você já vai? — Ela pergunta, engatinhando até a ponta da cama, onde eu e minha mala estávamos.

— Não agora. — Sorrio, sinto que parte dela ainda estava dormindo pela demora de reações. — Só meio dia.

— Que horas são? — Ela segura a minha mão, e então percebo onde ela queria chegar com isso tudo.

— 9 horas.

— Então dá pra você ficar mais um pouquinho aqui comigo. — A voz manhosa quase me puxa. Sua mão faz esse trabalho.

— Posso me vestir primeiro? — Pergunto, a vendo ficar sem graça no segundo seguinte. Acho que não tinha percebido que eu estava de toalha até então.

— Claro, claro. — Se afasta, voltando ao centro da cama.

Entro no banheiro e me visto com pressa, a vontade de voltar para os seus braços me tomando. Quase me xingo pela pressa que eu tinha. Vesti as peças e voltei para o lugar, nos aconchegando da mesma forma que estávamos quando acordei.

— Você é muito preguiçosa, sabia disso? — Faço carinho na sua pele, olhando para o teto dessa vez, evitando encarar cada mínimo detalhe do seu rosto - aqueles que eu já decorei.

— Eu sei disso. — Ela nem abre os olhos para conversar comigo. — Mas a cama está tão confortável.

— Está mesmo... — A cama era como qualquer uma para mim, mas o seu abraço que trazia conforto.

— Seu voo é para a Inglaterra, não é? — Ela então abre os olhos, e posso voltar a olha-la. Isabella possuía olhos mel tão claros que pareciam ser amarelos. Sua expressão era neutra.

— É. Eu, minha mãe e meu pai voltamos juntos pra lá. Vou passar alguns dias com eles antes de viajar com vocês. — A feição neutra se torna uma feliz em poucos segundos, o que me também transforma.

— Então tá combinado mesmo? — Parece que seu sono passava aos poucos, porque agora ela estava sentada e entusiasmada.

— Tá. — Eu dou risada, sentindo ela se jogar em meu corpo por um abraço. Caímos na cama entre risadas.

— Eu vou planejar tudo e mando no nosso grupo. — O som da sua voz sai abafado, já que estava grudada no meu pescoço ainda.

— Estou a disposição de vocês.

— Você quer que eu convide o Trent? E seus amigos da Inglaterra? Temos espaço suficiente. — Ela já desgruda de mim, como se ideias aflorassem. — E Jobe? Seus pais?

— Ok, vamos com calma. — Eu dou risada. — Vou perguntar a todos eles, mas logo aviso que meus pais são bem caseiros. Mesmo que vão, talvez seja para ficar dentro de casa. Nada muito louco.

— Tudo bem, o que for melhor pra eles... Aí, agora você me deixou animada, Jude. Preciso de um banho.

Isabella se levanta da cama com pressa, indo atrás da sua mala para buscar uma calça jeans e camisa de manga longa, provavelmente também seria o seu "aerolook", como gosta de chamar. Fico deitado na cama, disperso em meus pensamentos, vendo ela entrar no banheiro para tomar banho. Tem algo sobre essa cena que me lembra o meu grande sonho. Levanto da cama de supetão, tentando distrair essa ideia maluca. Arrumo os lençóis e os travesseiros, aproveitando para deixar tudo pronto para a saída, inclusive as coisas dela para não se atrasar.

Ligo a televisão e me deito, a fim de ocupar a minha mente com qualquer coisa que tire os pensamentos intrusivos e completamente fora de questão. É como se meu coração tentasse me sabotar. Não é possível que a esse ponto da minha vida, no auge da minha carreira, o meu maior problema fosse uma garota de cabelos ondulados e um sorriso tão radiante que poderia ofuscar o sol. E para completar o ridículo, como se o universo quisesse zoar com a minha cara, Isabella sai do banheiro, com o seu cabelo preso a uma piranha, uma calça jeans que parecia complementar o seu corpo e o zíper do seu body aberto.

— Pode me ajudar, por favor? — Ela se vira de costas perto da cama, prendendo o máximo que conseguia da roupa para que não abrisse em minha frente.

— Claro. — Eu espero que ela não tenha escutado meu suspiro de descontentamento, porque a cada segundo eu me sentia mais sobrecarregado pela ideia de ter Bella de uma forma muito mais íntima do que uma amiga poderia ser.

Chego mais perto da cama e é encosto uma mão no fim da abertura, a fim de estabilizar a base visível do body. Meus dedos seguram o zíper e sobem ele até a sua nuca com certa dificuldade. O meu toque inicial não só faz a garota estremecer, onde meus dedos sentem seus músculos contraírem, como faz ela respirar fundo o suficiente para que eu escute. Finalizo o processo mas não deixo que vá. Pelo contrário, seguro seu quadril com ambas mãos, bem mais próximos do que no início.

— Jude? — Ela chama a minha atenção.

— Uhm? — Pergunto, observando seus longos cabelos caírem nas costas de volta, já que eu os soltei.

— Você não tem um voo para pegar? — Ela começa, virando-se para mim, aqueles olhos atentos e curiosos. Minhas mãos permanecem onde estavam.

— Tenho duas horas ainda. — Estou observando como todo o seu corpo fica naquele body preto que marca cada detalhe que ela tem.

— Meus olhos estão aqui. — Ela usa seu dedo para guiar o meu queixo na direção do seu olhar, e é assim que os nossos se encontram. O riso no seu rosto demonstra a satisfação de me ver encarando tudo que tem para ver, enquanto usa ambas mãos para segurarem meu rosto. — Sabe quanto tempo é daqui pra lá?

— Eu sei que eles podem esperar. — Incentivo que ela se sente sobre o meu colo, sentindo suas mãos segurarem meu ombro por um instante, para manter o equilíbrio. — E, por mais que seu olhar seja a minha coisa favorita, não era isso que eu estava observando.

Posso ver o rubor crescer em suas bochechas, o seu rosto tão limpo que não tinha como esconder. O sorriso contido me alegrava, e aqueles olhos diminuíam, como se sorrissem junto aos lábios. Ela passa o polegar sobre a minha pele, na barba que precisava ser feita, nas manchas causadas pela melasma, e então olhou para os meus olhos novamente.

— Isso não é muito "amigo" da sua parte. — Comenta, quase como se me provocasse. Se soubesse de todas as dúvidas que enfrentei essa manhã, não teria dito isso.

— Amigos tem todo direito de admirar tudo um no outro. — Deixo um beijo em seu rosto, tão próximo dos lábios que vejo um sorriso abrir. As minhas mãos agora passeiam pelo seu corpo. — Tudo isso aqui.

— Então quer dizer que amigos devem ser tão... atenciosos como você é comigo? — Sua respiração já não é a mesma, e o seu tom de voz está mais baixo. Agradeço por não ter aberto as cortinas porque o escuro só favorece o ambiente.

— Nem todos... — Percebo que talvez nossa conversa seja um pouco perigosa.

— Então quem pode?

— Só eu...

Eu sei que Isabella está brincando comigo porque aquele sorriso pretensioso ainda está nos seus lábios. Arrancar verdades de mim é o seu objetivo. E para que eu não diga mais nada de estupido e estrague o momento, decido finalizar o papo furado e juntar nossos lábios. O beijo é diferente daqueles carinhosos, acho que tem muito calor aqui. Mas eu sei que ela sempre foge de mim como se não quisesse aquilo tanto quanto eu. Ela segura o meu rosto com vontade, os lábios inquietos para saciar qualquer mínima coisa. Mas então separa nossos lábios, respirando fundo.

E eu entendo o porque, então deixo que faça. Não insisto. Seu olhar no meu, o meu no seu. Como uma conversa misteriosa que não precisava de palavras. O peito subindo e descendo pela falta de ar. Ela deixa um selar demorado em mim antes de sair do meu colo, sem dizer uma palavra.

No final de tudo, eu sei que construí esse momento porque foi uma luta interna entre os meus sentimentos loucos por ela, e o meu cérebro querendo a manter o mais longe possível. Eu nunca conseguiria, essa é a verdade. As milhares de ideias em como bloquear a sensação invadiram a minha mente, enquanto ela caminhava para o banheiro.

A luta interna não tinha acabado. Me levanto da cama e paro na porta aberta do cômodo em que Isabella estava. Me apoio no batente ao meu lado, cruzando meus braços e observando ela se apoiar na bancada e se encarar no espelho, regulando a respiração, até me encontrar de surpresa. Há um momento de silêncio de novo, como se os olhos tentassem se comunicar novamente. Deixo o meu lado comunicativo para trás. Ambos pareciam estar com medo de palavras o suficiente.

— Eu vou... Vou me adiantar. Pra não perder o voo. — Ela não responde nada de primeira, só me observa pelo reflexo, talvez pensativa sobre como responderia. Tudo que sei é que estou quase implorando para que ela me peça pra ficar.

— Tudo bem... Eu vou terminar de arrumar as minhas coisas. — Ela se vira, me encarando de verdade agora, abrindo um sorriso incomodado. — Boa viagem.

E ali estava a minha resposta: Isabella não seria nada além do que estabelecemos.

— Ok. — Respondo, sorrindo talvez melhor do que ela tentou. — Boa viagem mais tarde, Bells.

Me viro, desistindo de encarar a minha segunda derrota em dois dias. O jogo contra a Espanha na tarde passada, e os meus sentimentos confusos e sufocantes pela minha melhor amiga. Seguro minha mala e agilizo os meus passos para a saída do apartamento. Eu precisava estar longe dela o suficiente para processar as coisas com clareza.

São alguns minutos de carro até o aeroporto, o encontro com meus pais, e mais horas até a Inglaterra. Sou recebido pela minha equipe na chegada, que nos leva até a nossa residência. Reencontramos meu irmão, me estabeleço em casa e então a verdade vem a tona: A distância não mudou nada. Sua presença ainda está aqui em mim. Sua imagem na minha cabeça tão viva que parece estar entre nós. Acho até que minha família percebe que estou inquieto porque perguntam se estou assim pela derrota do jogo passado.

Queria eu que fosse por causa da derrota.


❛ e quer saber, acho que 'cê sentiu a mesma coisa, porque não é possível que alguém tão sabido não saiba que isso é o mais puro amor. e não amor louco que a gente assiste na novela. é rua, é labirinto, que a gente cria e finge não saber sair ❜

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