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𝒔𝗲𝘁𝗲. esperando na janela

❛ ainda me lembro do seu caminhar, seu jeito de olhar, eu me lembro bem, fico querendo sentir o seu cheiro, é daquele jeito que ela tem. o tempo todo eu fico feito tonto, sempre procurando, mas ela não vem. e esse aperto no fundo do peito, desses que o sujeito não pode aguentar, ah, eesse aperto aumenta meu desejo. e eu não vejo a hora de poder lhe falar ❜
esperando na janela, gilberto gil













Eu sempre senti que se não fizesse algo que me mantesse ocupada, ficaria tempo demais sendo preguiçosa e improdutiva. Como se eu entrasse em um estado de calmaria excessiva e as coisas saíssem do lugar. Isso tem muito mais haver com minha procrastinação do que com qualquer outra característica no meu ser.

Por isso, escolhi fazer coisas durante esses três meses de férias para que eu não sucumbisse ao tédio ou criasse raizes na minha própria cama.

Uma lista com diversas aulas como de culinária, pintura, cerâmica, marketing, estava escrita no meu caderno rosa, aquele que planejo minha vida e sigo como cristãos seguem a Bíblia. Pesquiso na Internet, com Anavitoria tocando nos fones de ouvido, lugares para fazer presencialmente em Madrid. Até mesmo aulas de vôlei, pra voltar a treinar.

E não, não é para ocupar minha mente de pensamentos profundos, porque esses vem nos meus momentos mais focados. Quando não produzo, as minhas engrenagens diminuem o ritmo também.

— Com licença, bonita... — Dora bate na minha porta, vestindo um avental fofo e quadriculado em tons de azul e bege.

— Oi, tchuca. — Bato na minha cama, para que ela venha até mim. Retiro os fones de ouvido e dou espaço ao meu lado, vendo ela remover o avental do corpo, apoia-lo na maçaneta e sentar do meu lado.

— As meninas não 'tão em casa. — A morena abraça o meu braço esquerdo, apoiando sua cabeça no meu ombro. — Por que 'cê tá aqui?

— Preguiça de sair da cama. Elas foram no mercado. — Busco por um biscoito de chocolate e entrego a ela. A garota pede na boca e eu dou. Meus olhos não saem da tela. — Se quiser algo de lá, dá tempo ainda.

— Não, tudo que eu queria consegui lá na loja.

Dora estava trabalhando em uma empresa que vende vários tipos de doce, especialmente tortas para eventos, porque queria fazer dinheiro para sustentar alguns custos em Madrid e também pagar pela faculdade.

— Inclusive, tem torta de limão e biscoito pra você. É melhor pegar logo antes que as meninas cheguem. — Olho para Dora depois de escutar o que me contou sussurrando, com um sorriso maior que minha cara.

— Sério mesmo? Por Deus?

— De verdade verdadeira. — Ela está rindo. — Juro por tudo.

Pulo da cama e em passos rápidos, trago da cozinha a sacola branca da confeitaria na mão, encontrando dentro do recipiente de papel uma fatia de torta generosa. Me sento no lugar que estava anteriormente, e provo da comida em minhas mãos.

— Você é uma formiga... — É a sua reação pela forma que derreto ao sentir o sabor da torta.

— Eu sei... — Choramingo, sabendo que a quantidade de doce que ingiro semanalmente não deve ser saudável.

— Gostou?

— Apaixonei.

Permaneci me deliciando enquanto Dora se recostava no travesseiro da cama, fechando os olhos provavelmente pelo cansaço. Ligo a música novamente, já que o ritmo da dupla musical era bem tranquilo, tirando do fone par que ambas escutássemos.

— Como foi o seu dia? — Pergunto, deixando exatas três garfadas do doce para minhas amigas.

— Cansativo. — Ela não move seu corpo.

— Quer remédio? Tenho um último minha bolsa. — Olho para minha amiga, que tinha a mão sobre os olhos.

— Não... — Ela da uma risadinha. — Você não deveria tomar tanto remédio assim.

— É a enxaqueca.

— Isso porque não usa os óculos que tem que usar. — Ela abre os olhos, fazendo feição de mãe. Aquela feição de quem sabe que está certo e não tem como refutar.

Na mesa de cabeceira, ela pega o meu óculos e coloca no meu rosto.

— Quer um chá? — Mudo de assunto, sorrindo como a criança que sabe que não pode refutar sua mãe.

— Não, obrigada. — Ela da risada, deixando um beijo na minha bochecha. — Eu só preciso ficar sentadinha aqui por uns minutinhos.

Houve alguns segundos longos de silêncio. Dora, eu acredito, ainda estava deitada sobre meu travesseiro, respirando fundo e com as mãos mexendo os anéis dos dedos, ansiosa por algo. Eu, permaneci observando as páginas que abriam no meu computador e anotando o que achava útil no meu caderno.

— Sabe uma coisa engraçada que aconteceu hoje? — Ela ri sozinha.

— Não sei.

— Jude 'teve lá. Ele e a mãe dele. — Solta, abrindo os olhos.

— O quê? — Olho para trás, em sua direção, fechando a tela do meu notebook e voltando meu foco.

Eu estava surpresa. O que Jude estaria fazendo na confeitaria que Isadora trabalha em uma plena quarta-feira, no primeiro dia do mês de maio? Específico não? Talvez específica seja a minha pergunta.

— É. Ele apareceu la na loja. — Ri da minha reação.

— E tu só me conta agora, mulher?

— Eu queria fazer o drama! Queria ver sua reação. — Balançou as sobrancelhas de cima pra baixo. — Falando nisso, a gente nem conversou como foi o papo de vocês domingo passado passado.

— Não mude de assunto. — Aponto pra ela.

— Tá bom! — Ela levanta as mãos, se rendendo. — Eu tinha contado a eles que estava trabalhando lá. Aí ele disse que apareceria pra pedir alguma coisa. Só que eu não botei fé, né? Achei que tava falando só por falar. Né que ele apareceu, menina?

— E...? — Peço por mais, pausando a música atrás de mim.

— Ele fez um pedido pra o dia das mães. Aparentemente o irmão e o pai dele tão vindo pra cá uns dias antes pra comemorar, aí eles vão fazer um negócio em família.

Era algo tão bobo, tão simples, mas que na minha cabeça era tudo que eu queria escutar. Jude foi a melhor pessoa do mundo quando eu lhe dei um fora (momentâneo). Foi super respeitoso, não passou dos limites e eu senti que uma grande amizade surgiria dali. Mas ainda sim, existe uma curiosidade que meu ser tem sobre ele.

É quando percebo que talvez estava me importando demais com aquilo, penso que não é pra ser complicado. Costume meu.

— Uhm. — Me viro para a tela, ligando a música novamente e fingindo que não estou me importando com o fato de que ela viu Jude hoje. Me recosto ao seu lado nos travesseiros, pra conseguir conversar melhor.

— Ele até perguntou de você.

Olho de canto para ela, mas não dura muito porque percebi que talvez estivesse conseguindo ver minhas expressões, que demonstram tudo que penso.

— O que?

— Só se tá bem, o que tá fazendo...

— Literalmente pesquisando o que fazer em casa.— Dou em fase no "o que".

Meus dedos deslizam sobre o mouse do notebook, vasculhando uma página da internet, fingindo que aquilo não era tão relevante pra mim. Talvez meu sorriso declarasse o contrário. Era impossível não dar atenção quando mencionavam seu nome.

— A mãe dele foi super generosa. Até convidou a gente a passar com ela já que não vamos passar com as mamães. Escuta o áudio dela. — Dora pega seu celular no bolso, desbloqueando e encontrando o áudio que salvou no celular.

"Oi, meninas. Tudo bem? Se precisarem de uma mãezinha pra puxar a orelha ou dar carinho aqui em Madrid, saibam que são bem vindas, ok? Já falei para Jude chama-las para nossa casa no nosso dia das mães adiantado. Um beijo, queridas!"

Essa é a coisa mais fofa que já escutei em séculos. Achei tão lindo da parte dela querer nos acolher, por mais que eu acho que tenha sido por pura bondade e eu não quero incomodar, mas isso certamente deixou meu coração mais quente e feliz.

— Você deveria agradecer a ela por mensagem a Jude. Por todas nós, na real.

— Eu vou pensar. A gente não chegou nesse nível de intimidade por mensagem. Aliás, por que eu?

— Só liga pra ele, então. — Diz como se fosse fácil.

— Eu não! — Digo como se fosse uma ofensa.

Quando escuto barulho de ligação, olho rapidamente para Dora e vejo ela com meu celular em mãos. Entro em pânico, porque mesmo que desligue agora, teria que pedir desculpas pela ligação. Mas a dor de cabeça de Dora parece ter sumido, porque já está fora da minha cama, correndo de mim.

A ligação não demora para ser atendida. Corro até sua mão e pego meu celular.

Bella? — Ele fala através da ligação.

— Oi, Jude.

Ta tudo bem? Não tava esperando uma ligação sua, me pegou de surpresa.

— Pois é, nem eu... — Resmungo baixo para Dora, que está animada, escutando a conversa no viva-voz.

O que você disse? Acho que a ligação falhou.

— Não, sim, pois é. — Me confundo com minhas próprias palavras. — Eu só queria agradecer a sua mãe pelo convite. Dora me falou que vocês estavam lá na confeitaria.

Ah, sim. Ela ficou sentida quando soube que vocês não iam passar o dia das mães com as de vocês, quando a Dora comentou lá. Veio a viagem de carro toda falando disso.

— É muito generoso da parte dela, de verdade. E agradeça por todas nós pelo convite, mas não queremos estragar a comemoração de vocês... — Digo, mas Dora faz feição de confusão pra mim e nega com a cabeça.

Estragar vocês não vão, Bella. Você sabe disso. — Ele diz, e agora Dora está sorrindo e tudo, me fazendo dar língua a ela.

— Mesmo assim, é muito gentil, mas a gente entende que é algo pra se passar em família.

Ela quer de verdade. Já tá pensando no que vai fazer de almoço, quer agradar vocês. E outra, amigos são família também.

— Tá vendo? Já estamos conturbando a vida dela.

Ela gosta de receber pessoas aqui. É muito solitário pra ela só conviver comigo. Imagine aí? Vai magoar minha mãe agora, é?

— Não diga isso, não. Tu tá me manipulando a aceitar isso, Jude.

Talvez. Tá funcionando? — Escuto sua risada, aquela boa de escutar.

Nesse momento, Alanis e Luana chegam em casa fazendo barulheira. Dora no mesmo momento pede para elas fazerem silêncio, explicando a situação baixinho, enquanto estou raciocinando. Todas as meninas, depois de tirarem seus sapatos e colocarem na sapateira improvisada que nenhuma de nós soube montar, estão prestando atenção na ligação.

— Você tem certeza?

Eu que te pergunto. Tem certeza que vai recusar um pedido da sua futura sogra? — Jude diz, e eu dou risada.

As meninas tem um mini surto juntas, pulando e tentando não fazer barulho mesmo assim.

— Você é esperto.

Eu tento. — Agora ele quem está rindo. — E aí, confirmo com ela ou não?

Olho para as meninas de relance, que estão com as feições mais engraçadas que já vi. Dora está sorrindo, confirmando com a cabeça, Lani me olha como se eu fosse boba de não aceitar e Luana ainda está dando risada da coragem que Jude teve.

— Pode confirmar.

Olha só... Quem diria? — Seu tom de voz é entusiasmado, então realmente imagino que não tenha sido por pura gentileza ou conveniência o convite. — Eu te mando nosso endereço e tudo mais tarde, ok? Preciso ir, tenho que ajudar ela.

— Certinho. Vai me avisando qualquer coisa. — Estou roendo minha unha de ansiedade. Depois reclamo que não cresce.

Beleza. Boa noite, Bella.

— Boa noite, um beijo. — Digo e me arrependo no mesmo segundo.

Outro de volta. — Ele diz rindo.

Desligo meu celular e olho para as meninas na minha frente, que novamente se sentem felizes para poder gritar a vontade e me puxar para pulos e um abraço coletivo.

Eu acho que tenho mais coisas pra fazer agora.













❛ por isso eu vou na casa dela, ai, ai, falar do meu amor pra ela, vai. tá me esperando na janela, ai, ai. não sei se vou me segurar ❜

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