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𝒅𝗼𝗶𝘀. estou de olho nela

importante: conversas em itálico são em inglês

❛ não me importo que ela não me olhe, não diga nada e nem saiba que eu existo, quem eu sou, pois eu sei bem quem ela é e fico contente só em ver ela passar. oba, lá vem ela, estou de olho nela ❜
oba, lá vem ela, jorge ben jor










Sinto que estou vivendo em um corpo que não é meu. Quando paro pra pensar onde estou agora, como aparento, os lugares onde vou, as pessoas que conheço, imagino que esse é só mais um sonho. Como pode tanta coisa que eu desejei ser tão real?

Um top faixa branco e uma saia multi colorida - com os tons do por do sol - caem no meu corpo como uma luva. A pele bronzeada destaca os acessórios dourados, inclusive a choker de libélula que comprei na mesma rua do nosso apartamento. Um saltinho da mesma cor da blusa, com cordões que prendem no tornozelo, finaliza o look e estou me sentindo como uma foto que salvei no Pinterest.

Então sou aquela garota?

Faz todo sentido me sentir tão gloriosa assim, já que sempre pensei que meu maior exemplo era eu mesma, só que no futuro.

Pego a bolsa branca na cama, guardando meu celular e carteira. Todas nós, quatro garotas, caminhamos pela nossa rua - que faz parte de um bairro boêmio, o que explica a movimentação nos bares - e pegamos o nosso Uber na esquina.

Vini pediu uma atualização nossa, já que ele fez essa festa em uma boate-varanda um pouco afastada de onde moramos. Pela foto que ele enviou, a localização estava fechada e com uma lista na entrada, o que certamente reduzia as pessoas. Bom, a maioria das festas que ele ia eram assim.

Conheci Vinicius verdadeiramente alguns anos atrás, quando Lucas e ele faziam parte do Flamengo. O jogador tinha 18 anos na época, e eu 14, mas era um dos únicos que me levavam a sério, até mesmo quando meu irmão não me levava. Eles se encontravam para zoar na piscina de casa, e eu aproveitava pra me enturmar um pouco.

Rodrygo conheci depois na Copa do Mundo, assim como Militão, mas não era tão próxima quanto do camisa 7 do Real Madrid.

— Ele disse quem vai? — Lu estava com um pirulito de coração na boca.

— Uns jogadores do Real.

— Seu irmão é amigo das pessoas erradas. — Lani resmunga, encostando a cabeça no banco.

— Você vai ter que engolir seu hate, amiga. Só tem jogador de Madrid lá.

— Parece que só tem brasileiro nesse time, isso sim. — Dora estava pesquisando no celular, fechando os olhos levemente observando a tela. — É tipo um time brasileiro, com estilo brasileiro, só que na Europa.

— Aí eu não vou precisar gastar meu inglês ou espanhol. — Lu respira fundo, aliviada.

— Vai sim, tem que praticar. — Olho pra ela.

Aprender espanhol foi um desejo por muito tempo, e tem apenas dois anos que comecei. Imagino que não seja uma ótima praticante, mas eu sei desenrolar uma conversa. Já o inglês sei desde de novinha, então não tenho medo algum do que estou falando.

— Pra você é fácil falar.

— Você não vai ficar falando com ninguém a tarde toda em espanhol. — Dora me relembra que trabalharia em uma loja de confeitaria em meio período.

Meus pais pagaram pelo apartamento na Espanha, junto com Lucas, mas elas insistiam em querer ajudar com tudo financeiramente por acharem que estavam incomodando. Foi um processo até que aceitassem que minha família pagasse por onde iríamos morar.

— Mas logo logo a gente não vai mais precisar disso, não, porque uma de nós vai ser esposa troféu de jogador e bancar tudo. — Dora balança as sobrancelhas, como se caçoasse da situação.

— Pode me tirar da reta.

— Qual foi, Isabella? Deve ter um monte de amigo do seu irmão te querendo há muito tempo e você nessa. — Lu estreita os olhos pra mim, me culpando por nunca ter dado chance aos jogadores de futebol.

Na realidade, nunca dei muitas chances a muitas pessoas na minha vida inteira. 20 anos de vida e 6 bocas beijadas. Tá bom pra você? Nenhum deles jogadores, porque eu conhecia muito bem os amigos do meu irmão pra saber que não se cai em charme de futebolista.

— Muita marra pra pouco homem.

— Muito dinheiro, você vacila nessa parte. — Alanis volta atrás da conversa.

— Pior ainda. É aí que ela aparece com um par de chifres mesmo. — Dora me defende, e eu só consigo confirmar com a cabeça.

— E seu irmão? — Lu aponta pra mim, como se tivesse um argumento ótimo.

Lucas é exceção da regra. Apaixonado não só pela esposa, Duda, que é minha irmã de alma, como apaixonado pela sua família. Ele faria de tudo pelos filhos e por minha cunhada, tenho certeza disso. Infidelidade não faz parte do seu vocabulário.

— Ele não conta.

— Tenho 100% de certeza que você é a pessoa mais contrariada do mundo. — Dora desiste de tentar, e eu só dou risada porque talvez seja mesmo.






Passamos com o nosso nome na lista e eu estava em completo estado de choque quando percebi que o DJ não só era brasileiro, como toda a playlist da festa era de músicas do Brasil. Do funk ao pagode, passando por um sambinha e MPB, exatamente do jeito que eu gosto.

Segurando uma latinha de energético, Vini vem até mim com a energia que todo mundo gosta. É impossível odiar esse cara, e conseguem essa proeza. O homem não é só um dos mais engraçados, como um dos mais risonhos. Solte uma piada ridícula, Vinicius Júnior estará rindo.

Chega daquele jeito solto, cumprimentando todas as garotas com carisma, mas comigo só trata como se eu fosse sua irmã mais nova, o que era de certa forma.

— Cabeçuda! — O cara me abraça, com seu sorriso de orelha a orelha.

— Me erra, Vinicius. — Abraço ele, com a exata mesma expressão.

— Tu viu a música? — Ele aponta pra o DJ, que fazia remixes incríveis, transformando no ambiente mais brasileiro de Madrid.

— Se ele tocar Turma do Pagode, eu choro.

— Claro que ele vai. Eu que montei a playlist. Mas 'vamo lá pra fora, tá calor pra 'carai aqui.

Ele não só me convida, como chama as garotas que observavam a conversa anteriormente. A área interna estava me fazendo suar pela multidão, mas a varanda aberta do outro lado trouxe uma energia muito melhor. Algumas cadeirinhas, a noite estrelada junto com os prédios espanhóis, e pessoas em todos os cantos.

Guiadas pelo jogador, imagino que estejamos indo até o grupo de amigos dele, já que de longe posso perceber aqueles citados pela nossa última conversa. De repente, começo a ficar nervosa e sei que estou quase me tremendo. Comum quando estou indo falar com um cara gato.

Não sei se tô preparada ainda.

Mas ninguém liga, porque elas estão animadas e só querem socializar no momento. Eu entro na onda porque o ambiente tá agradável.

— Mini Paquetá! — Rodrygo chama a atenção do grupo, e só não o mato porque estamos em público.

Mas agora, há uns 5 metros da mesa, todos os olhares já estavam em nós. Aceno de longe, e mais próximos, posso abraçar o garoto.

— Que loucura é essa de você morando na Espanha?

— Não é isso, véi? Nem eu to botando fé numa coisa dessas. — Evitei olhar muito para os amigos deles, mas ainda estávamos falando em português. — Minhas aulas começam em agosto.

— E tá fazendo o que aqui 3 meses mais cedo? — Militão também me abraça, sem se levantar da alta banqueta. — Achei que a gente ia só ia se ver na próxima Copa.

— Eu não podia deixar vocês em paz por muito tempo. E tem verão agora, véi! — Os três brasileiros dão risada. — Essas são Lu, Dora e Lani.

Me sinto na obrigação de ser a intermédiaria na conversa, mas eu sabia que não seria dificuldade para que se enturmem. Podemos não ser as mais sociáveis do mundo, mas somos muito carismáticas. Todos os brasileiros se cumprimentam com um abraço e um beijo.

Mas além disso, vejo que Vini se sente na mesma necessidade que eu, de me apresentar para o time, que visivelmente não entendia uma palavra do que dizíamos.

O portunhol não funciona, verdadeiramente em sua essência.

Caras, essa é a Bella, Lu, Dora e Lani, amigas dela. — Vini diz em espanhol, depois repete em inglês, mas estranho o uso da linguagem.

Eu sorri, acenando por educação, querendo aparentar mais gentil. Minhas amigas fazem o mesmo, mas entram em uma conversa mais entretida com Rodrygo e Militão atrás de mim.

— Por que o inglês? — Pergunto na língua local, espanhol, realmente com dúvida.

Vejo Camavinga, Tchouameni e Vini rirem, mas o último da fila não faz o mesmo. Aquele que deixa minha boca seca só de pensar em estar no mesmo ambiente que ele, e agora estou. Não só a boca está seca, como também minha garganta. Mas não aparento, sou ótima em fingir.

Esse em questão possui o sobrenome Bellingham, e o nome Jude. Esse em questão está envergonhado com a minha pergunta.

Eu não faço ideia do que você disse. — O inglês ri sem jeito. A roupa preta cai bem nele, e desejo que a roupa do clube simplesmente vire preta, não só para os jogos externos.

Melhor ainda, posso falar mal de você a noite toda. — Digo, dessa vez em inglês. Todos riem, inclusive ele.

Jude estranhamente não tira o olho. Na verdade, o olhar até passeia por mim. Finjo não ver. Não pode ser possível.

Ele fica bravo. — Eduardo Camavinga caçoa do amigo.

Eu tenho que tentar aprender de algum jeito. Mas eu já sei muita coisa. — Ele volta atrás.

Só vai aprender na marra mesmo, é o melhor jeito. — Tento ser educada.

Eu até tenho um professor, mas agora eu to achando ele péssimo. Acho que vou precisar de outro. — Seu corpo se direciona a frente, com os braços cruzados e apoiados na mesa, me olhando.

As palavras do jogador de camisa 5 do Real Madrid poderiam ser simples palavras se sua entonação não insinuasse tanto. Eu fiquei meio chocada por uns segundos, assim como os outros jogadores. Até se juntaram para rir, eu tive a mesma reação mas de uma forma envergonhada e vermelha.

Isabella sabe espanhol, que coincidência! — Tchouameni nem mesmo se aguenta falar, já está rindo com os parceiros.

Deixa de ser ridículo. — Camavinga dá um tapa nele.

Ela já aproveita e te ensina a língua brasileira. Oh, portuguesa. — Vini se junta na zoação e eu só quero me enterrar.

Jude tem sorte que seu tom de pele não aparenta seu rosto vermelho, e eu tenho sorte de já estar avermelhada pelo sol de mais cedo, com adição do blush. Na verdade, nem mesmo sei como reagir.

Vocês são ridículos, sério.

São um bando de crianças, cara. — Ele diz, tentando descontrair o momento. — Desculpa por eles, costumam ser mais educados.

Jude se aproxima de mim, saindo da mesa e fechando a conversa apenas para nós, e então me pergunto se não aumentou uns vinte graus nessa cidade. Ele era um cara bonito e tal, mas eu me recusava me sentir nervosa assim por alguém que acabei de conhecer.

Sem problemas, eu tô acostumada com esse tipo de gente. — No mesmo instante que termino minha frase, coloco a mão na boca. — Que grosseria. Não é de um jeito negativo, meu Deus. É tipo... Meu irmão gosta de me perturbar.

Fica tranquila, eu entendi. — Ele dá risada da situação.

Entendeu mesmo? — Pergunto e Jude acena. — Porque as vezes eu sinto que só consigo me expressar bem em português, ou ser engraçada.

Você acha? Eu consegui entender você muito bem. É divertida em qualquer língua, então. — Jude está sorrindo.

O sorriso dele tinha um efeito diferente em mim, porque não era possível que só eu pensava que o homem brilhava toda vez que sorria. Tinha algo de diferente e eu novamente estava pensando bobagem.

Besteira sua. Isso porque você não entende português.

Você pode me ensinar. Espanhol e português. Estou sabendo que você seria uma ótima professora. — Seus olhos pousam na minha boca por alguns segundos antes de voltar para meu olhar.

Acho melhor não... — Dou risada, de nervoso. Nesse momento, olho de relance para minhas amigas, que obviamente estavam curiosas em onde aquela conversa pararia.

Imagino que minha feição tenha feito elas entenderem que precisavam me salvar.

O pedido ainda está de pé.

Me cobra um dia desses.

"Deixa Acontecer" começa a tocar no som.

Bella, tá tocando Turma do Pagode! — Dora chega na conversa, falando em português. Eu pagaria pra ver a cara de confusão de Jude, outra vez. — Viemos te salvar contra nossa vontade.

Vem dançar com a gente! — Lu está caminhando pra a pista. — Por que você não pega ele, Isabella?!

— A sorte desse otario é que ele não sabe português, né? — Lani sorri para o jogador na minha frente. — Eu só disse que é uma pena você não saber português!

Jude olha de novo para mim, sorrindo. Jogando seu charme como se fosse dar o bote no primeiro sinal verde meu. Ele tinha esse jeitinho, de quem fica na espreita. Mas só sinais vermelhos por aqui, incapaz de deixar isso aqui acontecer. Eu não caio em charmes.

É uma pena mesmo.

Sou puxada de vez para a pista de dança, com algumas reclamações por eu estar usando a carta do "olhar estranho" a elas pra me tirarem da situação, porque elas com certeza gostariam que eu estivesse conversando com Bellingham nesse momento.

No momento que estou me locomovendo onde uma multidão dançava, olho mais uma vez para trás e Jude ainda estava lá, parado, me olhando e bebericando do energético em seu copo. No mesmo instante, Vini chegava ao seu lado para comentar algo.

Eu não caio em charmes, me repito.

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