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𝒅𝗲𝘇𝗼𝗶𝘁𝗼. mulher de fases

❛ "meu filho aguenta. quem mandou você gostar dessa mulher de fases?" complicada e perfeitinha, você me apareceu. era tudo que eu queria, estrela da sorte. quando a noite ela surgia, meu bem você cresceu. meu namoro é na folhinha... mulher de fases ❜
mulher de fases, raimundos















Tudo que uma mulher verdadeiramente precisa é de um grupo de amigas que vá para um dia de compras ao seu lado.

Na verdade, eu nem queria estar aqui nessa rua. Óbvio que eu adoro gastar; e vamos ser sinceros, quem não gosta? Mas minha cama estava tão agradável, junto com um monte de besteiras que comprei na noite passada. Não pela primeira vez nessa semana, o que fez a moça do caixa do mercadinho me olhar feio.

Eu só queria terminar de assistir todos os filmes de Velozes e Furiosos que coloquei na minha lista, mas agora estou experimentando vestidos floridos em uma loja de roupas espanholas. Já me jogaram um bolero, um vestido colorido, tudo que sinceramente eu desejo muito comprar - e provavelmente irei - mas que não me tiram da sensação terrível que eu estava.

Minhas costas, pescoço e ombros doíam, possível que pela péssima posição que dormi essa noite. Minha disposição era a de um neném sonolento, e a energia do meu corpo era toda de uma única barra de snickers que comi pela manhã. Duas, na verdade.

Saio do provador mais uma vez, e que sei que seria a última porque nada mais conseguiria suprir minha cota de alegria do dia, nem mesmo uma compra no cartão do meu irmão.

— O último. — Alerto, antes que joguem qualquer outra roupa em mim. Falo isso porque vejo a pilha de coisas ao lado de Alanis.

— Perfeito! — Lu diz, se levantando do mini sofá. Ela pega minha mão e me rodopia, posso escutar palmas das três outras garotas, exclamando elogios que me fazem sorrir.

— Esse vestido nasceu pra você. Imagina você bronzeada, com o cabelo super volumoso e joias douradas. — Dora alisa a parte amassada do vestido.

Era preto, e o tecido se alongava até os meus pés, a não ser pela enorme fenda na mina coxa esquerda, que mostrava um sinal na minha perna. A peça de roupa valorizava meu busto, já que era tomara que caia e super justo, com mangas até o meu punho. Me virei para o espelho e mexi nos meus cachos, apenas para melhorar o visual. Era realmente uma roupa incrível.

— Você vai levar, né? — Isa me pergunta, sem sair do seu lugar.

— Acho que vou...

— Acha não, você vai. — Alanis determina.

— Tudo bem, eu vou. — Ouço comemorações de novo, e então fecho a cortina do provador com um sorriso no rosto.

Eu tenho a tendência de filtrar minhas decisões ao máximo para que não cometa erros. Sou uma fábrica de boas maneiras ambulante, com menos detenções na escola do que um aluno comum. Mas quando há álcool no meu organismo, suficiente para realmente me deixar agitada, e não só boba, tenho atitudes que poderia ter escolhido melhor. Quando as memórias me batem pela manhã, sou surrada por elas e me martirizo por isso, com a promessa de nunca mais ingerir uma gota de bebida se quer.

Mas elas, as quatro garotas atrás daquela cortina branca, me fazem menos idiota do que costumo pensar. Fazem parecer que sou uma jovem comum que pode cometer erros e que, independente das atitudes que cometi, vão estar ali sempre.

Então mesmo que eu vá perder um grande amigo, sei que ainda tenho elas. Tão leais ao ponto de apagar a existência do garoto em suas mentes, mesmo que achem errado eu apenas fugir dos meus problemas e não resolve-los propriamente. Mas antes de eliminar Jude da minha vida, sei que vou precisar desabafar sobre tudo que aconteceu em detalhes.

Compramos baldes de salada para equilibrar minha dieta nada saudável dos últimos dias e sentamos na varanda do apartamento, vigiando a rua nada movimentada - já que as pessoas só tendem a chegar a partir das 5 horas por ser uma bairro bastante boêmio. Ao meio dia, somos apenas nós e a vista de um senhor limpando a calçada, que com certeza de perto cheira a cigarro, cerveja barata e xixi de homem.

— Vamos aos fatos decorridos porque estou me matando de não saber. — Isa termina seu balde, primeiro que todas.

Largo meus talheres dentro da comida, limpando minhas mãos no shorts de pijama azul marinho que troquei quando cheguei das compras. Observo os prédios a minha frente, respirando fundo e me concertando no mini sofá da varanda, cruzando minhas pernas e apoiando uma delas nas de Dora, que estava ao meu lado.

— Ok. — Término de mastigar e engolir, bebendo um gole de água antes de começar. — Então... Jude me chamou pra a casa dele, vocês sabem, e eu fui. Tudo que fizemos foi conversar e assistir filmes, também cochilar um pouco. Relaxar a mente dele, sabe?

Elas concordam, como se pedissem para que eu continuasse a explicação.

— No final da noite, depois do jantar, eu e ele fizemos uma aposta boba, tipo, nada séria. Só uma brincadeira. Se ele ganhasse o jogo, eu estaria devendo um beijo. — Vejo alguns sorrisos em minha frente, e trocas de olhares. Sei que todas adoram a ideia de mim e Jude. — De volta à festa, o babaca chega por lá e então eu fico incomodada. Converso com Jude muito pouco sobre o Louza e então ele sugere que a gente se beije, pela aposta e também pra incomodar um pouquinho o Arthur.

— Ele tava olhando vocês? — Lu da risadinhas, já que é uma das que mais odeia o meu ex namorado.

— Acho que tava, eu não estava prestando tanta atenção, principalmente depois das palavras de Jude. — Solto um riso único, remoendo minhas próximas palavras. — Eu recusei de início, porque não queria fazer isso pelo meu ex, sabe? Mas daí... Aí eu aceitei.

As lembranças me acertam em cheio quando coloco pra fora os fatos. O momento em que Jude, em um ato aparentemente desesperado, segurou meu rosto e me beijou como se eu fosse a única mulher do mundo. Eu me senti assim por míseros e longos segundos. Segundos que eu desejava que pudessem durar mais, para que eu pudesse aproveitar ainda mais da sensação antes de fugir desesperadamente da sensação que crescia a cada segundo no peito.

No lado esquerdo, propriamente dizendo.

— E aí... — Lani me instiga a continuar.

— E aí eu corri.

Corri mesmo. O pânico instaurado na minha cabeça pela besteira que eu estava me colocando fez o que uma criança faz quando desliga as luzes da sala e precisa chegar até o quarto. Aquele momento em que o desejo falou mais alto mas que depois foi calado pela minha consciência. A maldita consciência que não só me mandou embora, como me martirizava cada segundo mais por tudo. Ela dizia que errei em beija-lo, errei em fugir e errei em não falar com ele depois. Uma mulher repleta de erros.

— Calma, calma. — Dora começa, logo depois. — Como foi o beijo? Foi ruim?

— Foi... Tão automático. Não que tenha sido robótico, ou nada do tipo, não! Era uma novidade muito conhecida, ou que pelo menos eu sonhei o suficiente pra que a sensação fosse familiar. E ele veio com pressa. — Sorri que nem uma idiota porque foi um momento gostoso de se viver. — Ele até que beija bem pra um europeu.

— Parece um livro. — Isa coloca a mão na boca, como se escondesse um sorriso.

— Parecia mesmo. — Suspirei. — Mas aí eu comecei a pensar demais e me mandei mesmo. — Novamente, risadas sem humor da minha parte. A pele ao lado das minhas unhas ia diminuindo suas camadas com o tempo de tanto que eu mastigava. — Não respondi sua última mensagem.

— Eu sei que todas conhecemos você e imaginamos a razão, mas eu quero escutar da sua boca de forma descritiva porque você não só caiu fora como está ignorando o garoto há dias. — Lu termina sua comida, deixando o recipiente de lado e segurando a minha mão.

— Eu sou fã de romances clichês, sabe? Casar e ter filhos cedo, montar uma família minha, minha casa. O típico casamento tradicional, sabe? — Agora o sorriso é mais pela esperança do sonho. — Jogadores de futebol, ou homens no geral, destroem esses sonhos, gostam de uma ficada pelo momento e eu tenho aversão a falta de sentimento. Conheço meu coração, sei quando ele quer que alguém entre.

— Já experimentou não deixar que entrem? Verdadeiramente? — Alanis me pergunta, e sua feição é de uma real curiosidade.

— A gente não escolhe...

Não me dei essa chance na vida. Das poucas psssoas que eu fiquei, ou conversei com elas o suficiente para que me interessasse até enjoar deles, ou depois da conversa, beijei uma vez e então pulei fora antes que a bomba estourasse no meu colo. Amizades coloridas e ficantes não exclusivos são uma área zero explorada.

— Você deveria tentar. Quer dizer, eu acho que Jude casaria com você hoje mesmo, mas se você gostou tanto de beijar ele como parece, mas não quer se dar o luxo de querer correr algum risco, tente algo menos exclusivo e mais casual. — Dora sugere, e todas parecem estar bem positivas sobre isso.

Sei que no final meu desejo sempre prevalece, já que não sou tão facilmente manipulada ou bajulada, mas escutar algo que possa fortalecer uma opinião pode facilitar as coisas.

— Então 'ce tá falando de amizade colorida?

— Não necessariamente. Ele pode ser aquela pessoa que você fica quando está com aquele calorzinho. Fiquem em festas, em saidinhas. Ele não precisa ser seu namorado, Bella. Só alguém que você se diverte porque a atração existe e é óbvia. — Dora completa, e todas as garotas parecem estar em uníssono.

Acho que nunca parei pra pensar por esse lado. Ter alguém que, obviamente mutuamente, apenas me divirta e seja meu amigo, sem precisar fazer as coisas românticas (que particularmente eu amo, mas trariam confusão pra nossa relação).

— Mas pra isso, você vai precisar conversar com ele... — Isa toca em meu braço, como se o toque me confortasse de alguma forma. Talvez fizesse, mas não tirava o peso daquilo.

— Eu odeio conversas difíceis. — Cubro meus olhos, resmungando como se fosse chorar. Mas eu não iria.

— Eu sei, princesa, mas essa é a vida. — Lu deixa um beijo no meu rosto.

Respiro fundo, ponderando todas as informações que recebi. Amizade e ficada casual, não românticos, conversas difíceis (ou necessárias) e desconfortáveis que me fazem querer explodir ou pelo menos sumir daquele ambiente.

— Vou esperar alguns dias. É injusto fazer isso com ele agora. Jude tá na Alemanha, e eu prefiro que seja pessoalmente. Então vou esperar. — Digo, com o sentimento ambíguo de felicidade por não precisar ter essa conversa agora, mas também, estar longe demais para poder vê-lo.

— Tudo bem. — Dora sorri gentilmente, acatando minha decisão. Todas fazem.

— Enquanto isso, vamos montar uma semana super relaxante e ir à praia pra pegar um bronze lindo. — Alanis, que com certeza não ficaria bronzeada - e sim vermelha - me encoraja.

Quando sentamos para assistir um filme na sala, penso sobre as diversas possibilidades. A chance dele querer apenas minha amizade, dele me tratar como se eu fosse um lixo descartável, dele querer essa relação estranha. Reviso cada detalhe para estar preparada, porque, sinceramente, eu mereço escutar qualquer reclamação que seja.

Tomei uma decisão idiota. Não só de beija-lo, o que é culpa de ambos, mas de deixar ele para trás sem uma única explicação, ou talvez um pedido de desculpas por ter colocado ele no meio dessa bagunça que é a minha cabeça.

A verdade é que na mesma frequência que eu sinto coisas intensamente, elas podem parecer futilidades, e posso ser um pouco egoista quanto ao sentimento alheio. Por isso eu realmente precisava aprender a me posicionar e não deixar que sua mente tenha pensamentos vagos e dúvidas mirabolantes. Eu não devo nada a ninguém, mas desenvolvi um laço muito bonito com Jude, e ele não fez nada de errado para que eu complique as coisas dessa forma.

Bom, sei que sou complicada, mas quero melhorar nisso.

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