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𝒄𝗮𝘁𝗼𝗿𝘇𝗲. devagarinho

❛ enquanto não chegar, te espero. entrego o meu corpo em seu olhar pra quando tudo isso anoitecer, e a gente possa, enfim, se encontrar. e o nosso corpo solto como o mar. e aquela lua que você me prometeu... vem aqui que eu vou te dar meu amor devagarinho ❜
devagarinho, gilsons

Se me dissessem para narrar minha última contribuição para aquela partida de forma racional, teria que segurar alguns pensamentos sobre o momento. Diria que dei um passe médio para Vini, o vi receber a bola, correr mais um pouco e chutar na rede, marcando o segundo gol.

Mas se me dissessem que eu poderia dizer tudo que imaginei naquele momento, expondo meu coração, outra história seria contada.

Já estávamos um gol na frente, mas o Borussia Dortmund não descansava, e por mais que nossa defesa estivesse boa, não podíamos deixar para a sorte. Por essa razão, insistimos em marcar algum gol que seja. Tentativas consecutivas de tirar a angústia que estávamos sentindo.

Minuto 83. Chegamos perto o suficiente da área do adversário. Vini se adianta e ali eu vejo uma oportunidade. Dei um passei para o jogador, que com a habilidade que conheço, faria um bom trabalho. Antes mesmo do gol, jogo os meus braços para cima porque, mesmo que não marcasse, foi uma grande oportunidade. Mas o camisa 7 do clube não deixa passar. Com o ângulo perfeito, ele chuta e a bola vai no gol.

No minuto 83 do jogo, eu finalmente pude contribuir para aquela partida, mas não só isso, também dar a vantagem do triunfo. E por isso, me ajoelho no chão, inacreditado, vendo meus sonhos se materializando de uma forma tão vivida e calorosa.

As últimas 24 horas são de extrema importância. Não é à toa que mesmo com toda nossa confiança - sentimento esse criado não só por estar no maior clube do mundo, mas também cercado de bons jogadores e uma temporada impressionante - ainda sim o clima diferente podia ser até mesmo palpável.

Sabíamos o dever que tínhamos em mãos. Eu sabia do peso que aquilo traria pra mim. Vencedor da La Liga, vencedor de alguns prêmios individuais no caminho, mas aquela taça que nos nomeava reis da europa era a mais desejada. Porque dela, derramava todo o esforço que passamos até aqui. Pra mim, eu poderia entregar tudo isso para aqueles que me fizeram chegar ali.

Alguns minutos depois do segundo gol, sou retirado da partida, pelo cansaço. Dar minutos de uma partida tão importante para outros jogadores talentosos era um dever do técnico, e eu admirava essa decisão. Observo, do banco, cercado por meus amigos, os últimos minutos passarem, e então, o apito soar por uma última vez.

Reis da Europa.

Comemorei com meus parceiros de time, chorei porque só eu sabia todos os pensamentos que me enchiam durante todos os meses para ter essa conquista, abracei todos que podia porque era como eu podia demonstrar todo o meu carinho da minha melhor forma, olhei para os torcedores e vi a realização de mais um sonho.

Sonho esse que, se tudo der certo, se perpetuará por quanto tempo o universo quiser.

Recebemos nossas medalhas, posso tocar na forma física de um dos meus maiores desejos, que é a taça, comemoramos novamente porque aquilo não precisava ter fim. Merecíamos cada segundo de felicidade. Agradeci a todos que podia agradecer, e então começo a pensar naqueles que eu busco apoio, me assistindo nesse mesmo momento.

Caminho até onde meus familiares estavam, e choro mais uma vez porque aquele momento era tão deles quanto meu. O sacrifício que fazem todos os dias para me verem conquistando meus sonhos, mutuamente com os do meu irmão, é doloroso mas necessário. Só tinha gratidão no meu coração.

Meu olho, por acaso, pousa em alguém conhecido. Alguém que eu esperava ver ali, mas não sabia se estava mesmo.

Bella, junto com as meninas, sorria para mim e acenou depois de um tempo da nossa troca de olhares. Nesse momento eu pergunto ao universo se poderíamos nos casar. Não só pergunto como imploro, porque eu não sabia que em um mês eu seria tão feliz por simplesmente saber que ela estava ali.

Lentamente, depois de dar espaço para que eu comemorasse com minha família, ela desce. Nossos olhos não desgrudam, até parece mágica. Nos últimos segundos antes de encontra-la verdadeiramente, sou trazido para a terra e tenho o pensamento invasivo de como eu tinha o poder de estragar tudo aquilo por conta da mídia.

— Campeão! — Isabella diz, com aquele brilho no rosto que me faria matar alguém que tentasse tirar ele. Ela me abraça, mesmo que o meu corpo esteja ainda meio grudento pelo suor.

— Eu sabia que viria. — Digo em seu ouvido, deixando um beijo de bochecha com bochecha nela.

É assim que cumprimento todas as meninas igualmente, mesmo que meu corpo denuncie a minha favorita. Meu cérebro implorava para que eu não passasse tempo demais focado apenas em Isabella, mas vê-la com a minha camisa era um tópico extremamente sensível.

— Não sabia mesmo! Eu sou ótima atuando.

— Por um segundo eu pensei que não, porque procurei por você e não te achei. — Declaro, meio desacreditado que eu mesmo disse aquilo.

— Ok... — Dora quebra o momento. — Como está se sentindo?

— Cansado pra um caramba. — Solto uma risada, mas era a mais pura verdade. Elas acompanham o riso.

— Nem te vi jogar tanto assim. — Alanis faz piada.

— Vai se ferrar. — Declaro, mesmo assim, rindo porque eu sabia que elas podiam ser bem brincalhonas. Bom, nós também somos.

— Você não vai acreditar. Um cara do nosso lado jurou que daria sua irmã a você se aquele gol do Vini saísse. — Isa conta, e todas as meninas relembram o momento. Feições impagáveis e únicas.

— Eu acho que tô bem... — Declaro.

— O mesmo cara quis apostar um beijo com uma de nós se saísse um gol seu, e se não, ele pagava tudo que a gente comesse. Fizemos um sorteio e adivinha? Foi a Bella. — Luana declara como se aquilo não fosse nada.

Olho para a garota no mesmo momento que a menina declarou. Isabella estava envergonhada, segurando aquele sorrisinho. Demora uma fração de segundo pra que eu me lembre que não marquei, finalmente soltando uma risada.

— Ok... Feliz por não ter marcado, então! — Declaro, e ela não tira a feição envergonhada. Sempre assim. — Se me falassem isso mais cedo, teria pedido pra ir pro banco.

— Para com isso. — Ela diz, negando com a cabeça, ainda com certa graça.

— Você não faria um gol se soubesse disso mais cedo? — Alanis pergunta, e eu me sinto incomodado pelo meu cérebro ter feito uma confusão.

Demoro pra processar, ou não quero aceitar que uma pequena porcentagem de mim não faria o gol. Quer dizer, me esforçaria até o fim, mas nem comemoraria. Ou comemoria, mas corria pra as arquibancadas pra impedir que aquilo acontecesse de verdade.

— Faria, claro. — Acho que minha demora pra responder deixa todas meio suspeitas.

— Claro! — Bella declara, puxando um riso que todas forçam um pouco, umas mais que as outras, pra que aconteça.

— Quem perderia um gol em uma final de Champions por causa de um beijo? — Isa pergunta, como se quisesse limpar o clima que ficou.

— E tipo assim, escolha dela, né? Nem faria sentido eu impedir isso. — Me comunico com a mesma garota, mas parecia só piorar em vez de melhorar.

— Sabe de uma... Vou cobrar nossos doces. — Dora aponta pra trás, na direção das escadas. Todas concordam em uniosso, mandando beijos no ar e "tchauzinhos".

— A gente se vê em Madrid. — Bella diz, sendo a última a parar de me olhar, e é tão linda até desse jeito que não me dói ve-la indo embora.

Demoro pra reagir, passo uma eternidade olhando até que suma da minha vista. Quando finalmente volto minha atenção para o campo, Jobe está de braços cruzados, rindo de mim para o meu pai. O homem apenas sorri, mas sei que zombavam da minha situação.

— Ok, ok. — Me aproximo deles, puxando meu irmão para passar meus braços pelo seu pescoço.

Desde quando ficou maior que eu?

— "Oh Bella, te dedico essa medalha, e esse troféu, agora me dá um beijo" — O mais novo fazia uma vozinha e ria de si mesmo, tentando me empurrar pra que eu parasse de incomoda-lo.

— Cala essa boca. — Falo, agora só andando com ele em direção ao campo.

Nos meus últimos minutos naquele campo, antes de pegar o ônibus de volta a Madrid, mesmo que distraindo meus pensamentos, sempre volto para o momento em que meu cérebro ameaçou determinar que não faria um gol só pra que Bella não beijasse aquele homem.

Depois da primeira hora de viagem, os meninos finalmente aquietaram, o que não posso julgar porque também estava pilhado. Aproveito o momento de silêncio para andar até a frente do ônibus, onde Vinicius estava, assistindo algum filme no seu IPad, sozinho. Me sento no banco ao seu lado.

— Então... Festa na sua casa, é? — Abro um sorriso.

— Você já tá sabendo disso tem mais de uma semana. Tá ficando doidão? — Vini tira os fones, pausando o filme.

— Eu sei, eu sei. — Dou risada, cruzando os braços e me acomodando. — Mas era só pra ter certeza.

— Desembucha logo. Tá querendo ficar ruim de bêbado, né? — Puxo o moletom dele, vendo que começaria a rir.

— Não só isso. — Sou mais silencioso quando ouso a dar risada.

— É a Bella? — Diz, mas não respondo. Só fico com aquela cara de idiota, me impedindo de sorrir mais do que já estava. — Eu sabia!

— Eu não te contei o que a gente combinou. — Falo mais baixo.

— Marcaram de ficar? Que coisa feia de pré adolescente, eu criei aquela menina melhor que isso. — Muda sua feição para uma meio chocada e revoltada ao mesmo tempo.

— Claro que não! Olha a cara da Bella de quem vai marcar pra ficar com alguém.

— Por isso eu estranhei. Conta logo. — Ele olha pros lados, como quem soubesse que o que eu contaria não deveria ser uma coisa espalhada.

Sou uma pessoa extremamente reservada com a minha vida pessoal. Não era me intenção sair contando a minha vida, principalmente sendo vigiado onde vou. Preciso das minhas intimidades. E Bella, além de não ser uma figura pública, já que sempre evitou esse tipo de exposição, não merecia ter a vida conturbada por conta de algo tão mínimo.

— Apostamos que se a gente ganhasse essa final, ela me daria um beijo. — Digo, ainda mais baixo que antes.

Ai, moleque! — Ele solta, alto, e em português. Me espanto e deixo um tapa em seu tórax.

— Deixa de ser escandaloso, cara! — Reclamo, mas nem isso tira a felicidade do seu rosto.

— Por que vocês tão rindo sem mim? — Camavinga chega, se jogando em cima de nós dois.

— O Jude vai beijar a Bella. — Vinicius fala baixo, e agora sei que estou completamente ferrado entre os dois.

Ai, moleque! — Camavinga faz exatamente como o outro o jogador, porém, dessa vez, baixo.

E é nesse momento que eu só comecei a rir, o mais silencioso que podia, com os comentários deles. Por alguns segundos me sinto feliz de ter encontrado aquelas pessoas naquelas circunstâncias. Fico feliz por ter tomado decisões que me levaram a esse momento.

O peso desse troféu é maior que só o triunfo.

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