Capítulo 19
Laura
Minha cabeça estava girando, eles nos moveram de alguma forma, esse local que estávamos era pelo menos um pouco melhor que o outro, estávamos os quatro no mesmo quarto, era um quarto simples, uma cama de solteiro, cômodas vazias, nada significativo, janelas foram simplesmente cobertas com tijolos.
Ouvi Mike gemendo perto de mim – Estou tão preocupada com você... – Eu disse tentando me aproximar dele, estava com as mãos livres e afaguei seu cabelo.
- Dói, mas está dando para suportar... – Mike respondeu e se virou para Amber e tia Julie que se abraçavam sentadas em outra parte da cama, nós nos revezávamos na cama para que pudesse ser um pouco mais suportável, apesar que o colchão era cheio de ondulações. – E vocês duas?
Tia Julie suspirou – Pensando no quanto essas pessoas vão sofrer por terem feito isso conosco... Quanto mais o tempo passa, mais eu prevejo Jake, John e James enlouquecendo, eles vão se arrepender tanto...
- Johnny sempre falava do pai e dos tios como se fossem heróis... – Mike tentou dar um meio sorriso. Seu tom de voz, transparecendo tristeza ao pronunciar o nome de Johnny.
- Para nós meio que são... – Amber respondeu sorrindo um pouco, finalmente falando um pouco, e continuou para Mike – Você se ilumina quando diz o nome de Johnny...
Ele abaixou a cabeça permitindo que um pouco do seu cabelo louro cobrisse seu rosto.
- Você o ama. – Eu afirmei.
Ele sacudiu a cabeça na tentativa pobre de negar e fez um som como um engasgo e respiro ao mesmo tempo.
- Não. Caras bi sempre escolhem uma mulher, porque elas são mais fáceis. As mulheres podem dar-lhes crianças e o 'normal'. - Fez aspas no ar. - Caras bi só querem foder o cara do lado, enquanto eles fazem a coisa a sério com uma mulher. – Mike disse e pude ver o amargor em suas palavras.
- Johnny não é assim... A nossa família é disfuncional, mas nós sempre vamos pelo amor... – Eu disse isso e meu pensamento foi para Jacob.
Ficamos em silêncio, a alimentação que nos dávamos era escassa, pelo menos tinha um pequeno banheiro anexo em que pegávamos água na torneira.
Fechei os olhos e acho que acabei dormindo.
Sua boca estava na parte de trás do meu pescoço e ele entrou em mim com um impulso poderoso. Eu gritei quando sua mão escorregadia foi para debaixo de mim, acariciando minha entrada, e ele mordeu meu ombro.
- Minha menina bonita.
Eu sentia como se a vibração que estava dentro de mim ressoasse, e estremeci sob ele.
-Diga meu nome! - Ele exigiu, e a voz quase não parecia dele – mais gutural, primitiva,
cheia de calor e luxúria.
- Jacob... - Eu disse.
-Apenas eu... Só eu em você - Ele prometeu, impulsionando para dentro de mim. - Diga!
- Só você.
Uma mão se enrolou no meu cabelo antes da minha cabeça ser puxada para trás com
força. - Diga que você pertence a mim.
- Sim... Sua! – Eu disse com um gemido forte.
Ele me devorou então, a boca, as mãos, virando-me sobre minhas costas como se eu
não pesasse nada, envolvendo minhas pernas em volta dele, entrando em mim enquanto eu
gritava seu nome. O poder exercido sobre mim, a possessividade absoluta, a necessidade de me dominar, afogou tudo mais.
Acordei ofegante, com um barulho de um estrondo, a porta se abriu de repente, dois homens encapuzados entraram, um dele agarrou Mike, que se debateu como pode.
- Solte-o! – eu gritei tentando ajuda-lo, usando o que Jacob tinha me ensinado, mas o outro me puxou e me jogou contra a parede e veio se aproximando de mim.
- Fique longe dela ou eu juro que todos terão uma morte lenta e dolorosa! – Tia Julie entrou na frente, cuspindo as palavras com raiva, mas os homens riram com escárnio. O homem encapuzado próximo a nós levantou a mão, mas Mike gritou:
- Eu vou! Só não toquem nelas, eu vou!
- Mike, não! - eu disse entre lágrimas.
- Tudo bem Laurinha – ele disse num falso sorriso que não chegou aos olhos – Vai ficar tudo bem. . .
Então ele foi arrastado, antes que a porta se fechasse ouvimos os primeiros gritos dele, gritos de muita dor, mas assim que a porta se fechou, o silêncio nos esmagou. Tia Julie me puxou para a cama e abraçou Amber e eu, então choramos, porque não havia mais nada que pudéssemos fazer.
Johnny
- Você não vai interrogá-lo! Ele está ferido num hospital pelo amor de Deus Jacob!
- Ele é o único que esteve lá dentro! – Jacob disse impaciente.
- Eu conheço seus métodos, e depois de tudo que ele passou... Você viu o estado dele? Mike não está em condições, na verdade quando o vi na ambulância ele estava delirante...
- Delirante? Como você sabe que porra é "estado delirante", caralho? Ele pode muito bem está soltando fragmentos de verdade.
Eu dei um suspiro raivoso e ficamos em silêncio por um momento - Eu faço! Eu faço porra! – Eu explodi – Deixe apenas os médicos falarem que é seguro.
- Nossa família não pode esperar!
- Porra Jacob, não aja como um idiota, Mike é importante para mim, ninguém vai mexer com ele assim, você pensa que não estou preocupado tanto quanto você?
- Está? – Jacob revidou – E porque estaria? Se perder Mike, ainda tem a outra, como é mesmo o nome?
- Mantenha Summer fora disso! – eu disse entredentes.
- Summer, isso! A sua outra foda!
- Jacob, pare com isso – Jared disse tentando nos acalmar.
- Parar? Eu nem comecei! Johnny está tão perdido no meio das suas fodas que não se deu conta de mais nada! Minha mãe, minha irmã e Laura foram levadas e eu não to nem aí se ele está no dilema entre a buceta de Summer e o. . .
Não esperei ele terminar de falar e dei um murro nele, Jared nos separou e os gritos ficaram maiores.
- Seu filho da puta, como ousa falar essa merda?
Jacob deu um murro na parede e se afastou passando as mãos pelos cabelos.
- Eu não vou pedir desculpas! – Ele disse cuspindo sangue no chão, eu acertei a boca do filho da puta!
- Eu vou fazer até o impossível para recupera-las, você me ajude ou não! – ele disse olhando nos meus olhos e eu vi toda loucura e o desespero no seu olhar. Jacob estava no limite e eu poderia culpá-lo? Agora com Mike a salvo, minha família era a única a não estar diretamente afetada com o sequestro.
- Okay! – Eu comecei a me afastar.
Sentei sozinho no banco do hospital, coloquei as mãos no rosto, senti alguém sentando ao meu lado, mas não virei para ver quem era.
- Jacob é um idiota às vezes... – Jared disse. Eu continuei silencioso porque não poderia concordar mais - Mas, ele tem um ponto... Mike foi o único que conseguiu escapar ou foi deixado lá por alguma razão...
- Eu sei... – Suspirei – Eu estou enlouquecido de preocupação com elas, me deixa mais louco ainda saber que agora estão lá sozinhas, eu tinha uma ilusão que com Mike lá ele poderia protegê-las de alguma forma...
Jared suspirou ao meu lado e disse – De alguma forma eu tentei pensar assim também...
- Como está Alice? – Eu perguntei muito preocupado, Alice e Amber raramente se separavam.
- Minha mãe e tia Meggie estão com ela, tomou um tranquilizante. Não sei como vamos passar por isso... Estou tão cansado de lutar, quero recuperar Amber, quero que ela fique bem, quero as duas, amo as duas, mas talvez...
- O que? – Eu falei querendo escutá-lo, querendo fugir dos meus próprios problemas.
- Talvez eu devesse dar um tempo de tudo, talvez eu não seja o melhor para elas... Eu não sei... E ao mesmo tempo é como se tivessem arrancando uma parte de mim só de pensar nessa possibilidade, quando penso em ficar assim... Ficar longe delas, ficar longe da família, está em tempo talvez... De ir...
Eu olhei para ele espantado, mas não tive tempo de continuar a conversa, pois o médico que estava olhando Mike apareceu dizendo que eu podia falar com ele.
Meus sentimentos não estavam claros nem pra mim. Eu sabia que Summer me enfeitiçava, seu corpo, sua voz. Mas Mike. . . Eu não conseguia verbalizar o que sentia. Meu coração quase parava quando pensava nele em cima daquela maca e como eu podia deixar Jacob, na sua loucura, o interrogar? Não podia!
E talvez eu estivesse no mesmo dilema de Jared, eu precisava decidir meu futuro, não podia continuar naquela situação, magoando quem amo. O problema era saber quem eu amo. . .
Levantei da cadeira e o cansaço bateu em mim, me senti meio zonzo e alguns sentimentos bateram de novo, o que estava sentindo por Summer, o sentimento que ainda me deixava preso em Mike, o medo pelas minhas primas e tia... Suspirei e coloquei minha máscara no lugar. Sentimentos depois. Decisões depois, mesmo que essas decisões não sejam exatamente tomadas por mim, fechei os olhos por um momento e levantei para ir em direção ao quarto em que Mike estava.
Senti uma mão no meu ombro, e então Jared disse – Eu só quero dizer que estou aqui, Jacob é um idiota, mas ele está aqui, nós estamos todos aqui...
Eu virei e o encarei um instante. – Porque você está dizendo isso?
Ele deu de ombros e apenas disse – Eu não sei...
Eu acho que ele sabe.
Eu o encarei mais uma vez, andei um pouco para frente e finalmente parei na porta de Mike.
Jacob
- Pai onde você estava?
Meu pai continuou em pé de frente para a grande janela do escritório dele, mãos para trás, vestido de preto, como eu mesmo estava, apenas parado ali ele mantinha sua aura de poder e uma solidão, um ar impenetrável... Meu pai é um homem muito privado, sempre foi, minha mãe dizia que eu puxei muitas coisas dele, mas que eu, com certeza, era mais acessível porque quando sentia raiva eu simplesmente saia explodindo, sem considerar o que dizia, saia quebrando tudo, já meu pai... Ele é silencioso, você nunca sabe exatamente o que ele está pensando, ele apenas age.
Ele não se virou para me responder. Então continuei a questionar:
- Nós estávamos na operação do galpão e você chegou bem depois, não se juntou a nós, pai, por favor, fale comigo! Onde você estava? Que pista você seguiu porra? Por que você me mantém no escuro o tempo todo? – Eu gritava minha frustração.
Enquanto falava a porta abriu e meus tios entraram seguidos por Jared.
Sem se virar meu pai finalmente falou – Há um tempo atrás, antes mesmo de vocês nascerem, nós quase perdemos sua mãe e suas tias... Sei que vocês têm conhecimento de uma parte de tudo que aconteceu. Esta mulher Andrea, junto com um grupo de mafiosos, quase destruiu nossas vidas...– Então ele se virou e disse – Nós os prendemos, e enterramos esse assunto... Mas, ela está de volta, nós já sabemos isso, só que tem mais alguém envolvido nisso, eu só não tenho certeza ainda, e o porque...
Eu fiquei exasperado, estava com pressa – Pai chega logo ao ponto porra! Toda essa porra está ligada a isso, ao tiro que tio James levou, a esse sequestro, Jim Alden não está envolvido, mas tinha alguém mais.
- Quem poderia ser? E porque? – Tio James falou. – Eu entendo Andrea nos odiar, temos muitos desafetos por aí. Mas, quem além de Jim estaria ligado a ela que poderia ter esse nível de ódio e o nível de conexões para uma operação desse porte, sequestrar nossas mulheres, bem e... O homem de Johnny, acho que nunca vou me acostumar com essa merda...
- Sim, ela não poderia fazer tudo isso sozinha, tem gente ajudando! – Jared disse impaciente.
- Eu estive na boate, a que Andrea era proprietária... – Meu pai falou – Tem algo ali... Ela não consta como nada mais, eu investiguei bem a fundo, mas vi pessoas que podem estar envolvidas, uma movimentação.
-Tem mais, Olaf Gabiatti, acho que ele pode saber de algo... – Tio John disse.
- Olaf? – Tio James perguntou franzindo o cenho.
- Vocês se lembram do incêndio da fábrica têxtil em Oklahoma? – Meu pai continuou falando.
- Você foi responsável por isso pai? – Eu perguntei sério.
Meu pai olhou para mim com raiva – Nem todos os incêndios do mundo são causados por mim porra!
- Mas, de nós você era o único que estava em Oklahoma naquele dia Jake... – Tio James finalmente falou causando um silêncio na sala.
Meu pai avançou para tio James e eu o segurei – Filho da puta! Eu não causei a porra daquele incêndio – Ele parou olhando para todos nós, principalmente para meus tios – Então é isso? Vocês acreditaram esse tempo todo que eu causei a porra desse incêndio? Eu já não carrego culpa o suficiente, por ter estado lá e não ter feito nada para impedir de queimar. Eu sou um filho da puta, mas quando cheguei tudo já estava queimando, eu apenas fiquei lá olhando o fogo, mas não fui eu que incendiei o caralho do local!
Meu pai se soltou do meu aperto e foi em direção à porta – Eu não acredito que vocês pensaram isso de mim! Vocês são meus melhores amigos porra! – E então ele saiu batendo a porta com força deixando o silêncio atrás de nós.
- Porra nós fodemos isso! – tio John sacudiu a cabeça e nós todos concordamos.
Meu celular começou a chamar, houve uma movimentação aos arredores da boate que meu pai investigou.
- Vamos! – Puxei Jared pela camisa.
- Vocês não tem pistas! Acham que vão simplesmente encontrar elas assim? – Tio James gritou. Não houve tempo de resposta, em poucos momentos já estávamos na rua.
Jared
- Jacob! – Eu gritei – Que porra você está fazendo?
- Os investigadores não estão trabalhando apenas para meu pai, a minha equipe está passando tudo para mim também, acho que a essa altura ele já deve estar a caminho, eu também quero ver o que está acontecendo, não posso simplesmente ficar aqui sentado esperando sem saber o que está havendo. Vamos porra!
- Pelo menos vamos no carro, eu não vou subir na porra da sua moto e nem agarrar você!
Assim que saímos da garagem da Strephford, um carro veio voando de uma rua lateral, em nossa direção, sem dúvida, atrás de nós. −Merda,− Jacob murmurou, acelerando de qualquer maneira, tendo uma curva em alta velocidade.
− Segure-se. − Resmungou.
Jacob se contorceu para olhar pela janela traseira.
− Ou um dos caras no estacionamento deu o aviso, ou tem mais deles nos vigiando − Jacob girou o volante e rapidamente pulou um semáforo vermelho, fazendo outra curva.
Mal essas palavras tinham acabado de deixar sua boca, três balas zuniram pela janela traseira, quebrando-a em muitos pedaços.
− Cristo! – Eu gritei, curvando-me, com as mãos na cabeça. − Eu pensei que queria viver!
− Tentando. − Jacob parou o carro e depois retomou a velocidade, tomando tudo que o carro podia dar de retomada de aceleração, desviando feito um louco por entre os carros, irritado e soando sua buzina, enquanto cruzou da esquerda para a direita.
− Merda... Agora são dois. − Eu disse, estava tentando ver meio abaixado, mas ainda vendo a janela.
Jacob foi até uma saída para a auto estrada, esperando até o último minuto para entrar. Poderia jurar que senti o carro apoiado em dois pneus por alguns segundos.
− Nós temos que mudar de posição − disse.
− Mudar o que?
− Você dirige, a menos que você acha que possa atirar nos pneus. – Jacob gritou para mim irritado.
− Mudança? SÉRIO??!! Porra eu odeio essas merdas! Esqueceu que eu sou a porra de um hoteleiro caralho? Eu não sou o Bruce Willis em duro de matar...
− Tome. Você sabe fazer, todos nós sabemos, fomos treinados pelo melhor – meu pai. Foi pensando nessas horas que ele nos fez aprender, caralho. Coloque o seu pé aqui no acelerador. − Jacob mudou as mãos no volante e colocou o pé esquerdo no pedal do acelerador quando ele passou a perna direita para o pé repousando sobre o lado do passageiro.
− Merda, merda, − Eu repetia baixinho. Coloquei meu pé perto do pedal do acelerador, estiquei e agarrei o volante com a mão direita.
− Ok, na contagem de três. Um, dois... Três! – E Jacob escorregou para o banco do passageiro, ao mesmo tempo que eu escorreguei para o assento do motorista. O carro só balançou.
− Okay− Jacob disse puxando a arma.
Ele apontou através do espaço que ficou de vidro estilhaçado que costumava ser a janela de trás e disparou vários tiros.
- Rápido porra! – Jacob gritou.
− Eu faço o melhor que posso! – Gritei . – Por acaso estou de capa preta? Pareço uma porra do Batman no batmovel??
Os dois carros que os seguiam foram praticamente colados a eles.
- Não reconheço nenhum deles – Outros tiros e outra resposta de tiros de Jacob
− Merda, tem mais filhos da puta do que pensei que teria! – Gritei.
Disparar arma no pneu de um carro em movimento foi mais difícil do que parecia nos filmes, mas Jacob finalmente conseguiu acertar em um dos carros. Este se virou para o centro, sem controle. O outro carro acelerou e parou ao lado deles.
O motorista atirou no lado do motorista. − Merda! – Eu gritei novamente, ainda gritando, abaixei a cabeça.
Jacob disparou de volta, mas só conseguiu atingir a lateral do carro. O carro começou a se aproximar lentamente, obrigando-os à direita. − Foda-se, está me forçando para fora do caminho!
− Acelere ou freie, caralho! − gritou Jacob.
Antes que eu pudesse fazer uma das manobras, nossos perseguidores nos atingiram duramente no lado esquerdo. Eu virei bruscamente para a direita, tentando fugir, terminando em uma saída. Era totalmente contra-mão, mas consegui desviar dos carros com manobras que aprendi há muito tempo, mas não usava com frequência, felizmente ainda estava tudo na minha cabeça.
O carro dos bandidos passou do outro lado da pista em velocidade e eles não poderiam nos alcançar daqui e pelo visto até mesmo desistiram.
- Eles estão tentando nos distrair porra! Isso é apenas manobra para nós sairmos do caminho... Deixa eu dirigir! – Ele gritou comigo. – Temos que encontrar o local, nossa chance é perseguindo esses filhos da puta!
- Foda-se Jacob eu consigo! – E então recomecei a acelerar com tudo, os filhos da puta deveriam estar com pelo menos dez minutos de vantagem sobre nós, eu passei no meio de uma pista dupla, passei o carro num canteiro.
- Uoooaaa Jared! Agora vejo a capa preta! – Jacob gritou e apesar do momento me deu um sorriso de satisfação.
Eu continuei concentrado até que avistei o carro, eles iam numa velocidade não muito alta, com certeza para não atrair atenção desnecessária, acredito que eles não esperavam que fossemos segui-los, isso facilitou que nos aproximássemos.
Um dos pneus do nosso carro estourou causando novamente um desequilíbrio na direção, a jante começou a arrastar no asfalto fazendo soltar faísca e muito barulho.
- Porra! Esse é o carro do tio James, nós estamos tão fodidos! – Jacob gritou.
- Eles estão acelerando, o barulho chamou a atenção! – Eu disse acelerando mais ainda o carro, nós não tínhamos mais nada a perder e então me aproximei e bati com tudo no fundo do carro, o motorista perdeu a direção o carro ficou meio de lado e então o arrastei até um muro, alguns carros desviando de nós. Jacob pulou na frente do carro, mas os caras estavam muito machucados para reagir, com uma arma apontada para a cabeça de um deles, Jacob desarmou e o outro ficou preso nas ferragens.
- Vamos sair daqui antes que a polícia chegue e não tenhamos tempo de conversar com eles... – Jacob disse. – Acho que tem um prédio abandonado aqui por perto dessa área. Vamos para lá...
- Jacob... – Eu sabia como Jacob arrancava informações e ele estava bem no modo louco nesse momento.
- Eu avisei que vou fazer de tudo para recupera-las e não me encha a porra do saco!
- Eu também estou preocupado! Porra! A minha irmã também foi sequestrada! E Amber. . . mas não significa que podemos simplesmente. . .
- Foda-se Jared, eu vou moer esses caras até nos darem a informação!
- Mas. . .
- Você já parou para pensar o que eles podem estar fazendo com elas agora? – ele disse com ódio – Laura, Amber e minha mãe! Elas estão sozinha com eles e esses cara podem fazer o que quiserem com elas!
Foi necessário menos de um segundo para eu imaginar. As três são muito bonitas e só de imaginar neles a tocando. . . Tia Julie. . . Laurinha. . . Amber! Meus olhar dever ter ficado tão louco quanto de Jacob, porque ele deu um sorriso maligno.
Ele foi andando arrastando um deles enquanto eu consegui soltar o outro que não ofereceu resistência
Chegamos até o edifício em ruínas e soltamos eles no chão. Eles começaram a se arrastar para longe de nós.
- Ei filhos da puta! – Jacob gritou – Estão tentando fugir por que? Eu só quero conversar! – Ele disse isso enquanto pegou uma barra de ferro que encontrou pelo caminho.
- Porra! – Eu disse para os caras no chão – Me façam o favor de falar logo o que nós queremos saber! Eu odeio assistir torturas! Me faz mal ao estômago...
- Fresco! – Jacob disse, com sorriso de canto de boca, enquanto batia com força a barra de ferro no chão num estrondo.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro