Dia 19 • Cor Favorita
NÃO SEI QUE HORAS ERAM e nem estava preocupada com isso do momento. Tinha finalizado minha coleção country, que dei o nome de "Shiny Unicorn", porque realçava o que havia de melhor na moda de botas e fatos, mas com um toque requintado.
O sol já estava dando cabo dos meus olhos como se eu fosse uma vampira. E eu estava com sono. Dormi durante três horas apenas e quando dei por mim, já tinha o sol todo lá fora e ouvia as crianças brincando.
Sophia Mackenzie era maravilhosa. Bem, eu sempre soube que minha mãe era boa pessoa com os outros e sempre apoiou os novos talentos, mas quando eu liguei-lhe ontem à noite e ela pediu que eu mostrasse a coleção hoje na sua casa, quase gritei de felicidade, quis voar por toda Broken Hill e exalar toda a minha felicidade.
Mas tive que voltar para terra e colocar os fones de ouvido e escutar o máximo possível de músicas Country raiz, capazes de me fazer imaginar cada traço de cada roupa possível.
Nunca me senti tão feliz quando terminei de desenhar a última peça.
Me olhei no espelho e ri com a minha aparência. As olheiras enormes, os fios de cabelo bem despenteados e batom borrado nos lábios.
Quando estava a me levantar da cadeira, ouvi o som de notificações e ao olhar para o visor, abri um sorriso gigante após ler o nome do autor da mensagem.
Gregory: E aí? Tudo bem? Topa uma praia hoje? :-)
E de seguida ele mandou uma foto dele, deitado na cama ainda e com o rosto bem emburrado de pós-sono, mas tinha um sorriso nos lábios que me confortou por dentro.
Posicionei a câmera do celular bem próxima ao meu rosto e capturei o meu rosto com uma careta e mandei a Gregory.
Eu: Claro, mas ursos normalmente não frequentam esses lugares, haha(^^)
Gregory mandou uma sequência de emojis de risos e uma mensagem de voz.
— Este urso faz os esforços possíveis para ir a um encontro com uma donzela.
Pera aí, encontro?
Ele disse encontro? Tipo, um encontro romântico com duas pessoas apaixonadas?
— Ah! — Gritei de felicidade e fiz uma dancinha da vitória. — Bem, acalma-te, Molly, vamos responder a isto.
Cocei a garganta e coloquei a gravar.
— Que fofo, Ursinho, e bem, não esperava um convite para um encontro, mas bem, estou muito feliz! E ah, que horas você passará daqui a me buscar?
Mandei e sentei-me novamente aguardando a sua resposta. E não tardou a chegar outra mensagem de voz.
— A carruagem chegará em duas horas. Vamos passar o dia todo lá e ah, tenho uma surpresa para você.
A sua voz rouca me fez sorrir involuntariamente, e a sua "surpresa" me fez ficar com uma pulga atrás da orelha.
— Que surpresa?
Digitei e mandei para Gregory, que me mandou um emoji tapando os olhos e um "até logo".
Deixei o celular sobre a penteadeira e abri o guarda-roupas, pronta para escolher o look que usaria o dia todo.
Depois de muito procurar coisas que combinavam uma com a outra, decidi que ia vestir um calções jeans curto e um top cropped rosa-bebé. Nos pés calcei as minhas sandálias rasteiras de pérolas e o cabelo deixei solto, apenas coloquei alguns ganchos por frente.
Arrumei a minha bolsa com perfume, dinheiro e coisas de maior necessidade.
Sentei-me em frente ao espelho e fiz a minha maquiagem simples, de verão mesmo e tirei uma foto minha e publiquei no Instagram. Primeira vez que publicava alguma coisa nas mídias depois do acidente.
Um encontro!
Céus, eu nunca fui em nenhum encontro romântico de verdade. Porque os que eu tive com o Parker eram apenas situações manipuladas, mas com Gregory era diferente, eu estava apaixonada por ele e mesmo que eu não soubesse se ele tinha interesse romântico em mim ou não, só dele ter me convidado eu já estava feliz que nem uma criança quando ganha sorvete.
Saí do quarto e desci as escadas até o rés-do-chão. Quando olhei as horas no celular constatei que eram oito da manhã. E apenas Mason se encontrava acordado e na sala assistindo o reprise do jogo de futebol da noite anterior.
Eu me sentei ao lado dele e puxei uma batata do seu prato. Ele me olhou por alguns segundos e voltou a sua atenção para o jogo.
— Para onde vai numa manhã de domingo? Com essa roupa presumo que não seja uma igreja — Mason quis saber.
— Vou para a praia. Com o Gregory.
— Uau, vocês estão namorando? — Mason perguntou e eu sorri nervosa.
— Ainda não.
— Ainda não? Você tem esperanças? — Ele alfinetou me encarando firmemente.
— Quem não teria? — Indaguei.
— Eu não teria.
— Ainda bem que isso não é sobre você. Que mau humor — rebati e levei mais duas batatas do seu prato. — Aconteceu alguma coisa?
— Ah, me desculpe, Stephanie. É que eu e a minha namorada brigamos ontem — explicou Mason, e me encarou de seguida. — Vocês garotas, porquê têm que ser tão confusas?
— Não chame as miúdas de confusa — contestei parcialmente ofendida. — E por favor, Mason, eu nem sabia que você namorava. O que você fez a ela?
— Eu disse a ela que encontros excessivos eram do pior e que devíamos nos encontrar apenas um na casa do outro ou na escola, ou por chamadas de vídeo — explicou.
— Bem, você aí tocou numa ferida das garotas. Nós gostamos de sair, ir ao cinema, à piscina, um jantar, um passeio. Aprenda com o Gregory.
— Ele não é teu namorado.
— Mas está sendo um cavalheiro — protestei. — Urgh! Que fanfarrão.
Mason me ignorou e aumentou o volume da TV.
Não tardou a se ouvir o som de buzina, e quando fui olhar a janela me surpreendi com a viatura que estava estacionada em frente a residência dos Walker.
Era um carro conversível com ar vintage e estava em ótimas condições. Greg estava vestindo uma camisa havaiana branca com palmeiras azuis estampadas e calções da mesma cor.
Ele estava deslumbrante, queria puder abraçá-lo e beijar os seus lábios e me perder neles.
Saí de casa e andei rápido até o carro. Greg abriu a porta e desceu do automóvel. Entregou-me um envelope branco e sorriu.
— Uau, você está bonita, Steph — Greg comentou e eu fiquei vermelha igual tomate.
— Obrigada, você também está muito lindo — eu disse ao Greg.
Ele abriu a porta de passageiro para mim e eu entrei no carro.
Abri o envelope e olhei para Greg bem encantada com o que estava escrito na carta feita a mão.
Os seus olhos me encantam, como a brisa que a praia canta, quero dançar contigo e fazer karaoke aos berros, obrigado por aceitares o meu convite.
Com carinho e amor,
Greg ou Ursinho, mas também Shrek nas horas vagas :-)
Ri com o seu bilhete e beijei o papel, antes de guardar na minha bolsa e colocar os óculos escuros no rosto.
O vento sobrava e batia bem para mim e o meu cabelo esvoaça. Bruno Mars Cantava Locked Out Of Heaven. Levantei e deixei-me levar pela música, enquanto passávamos pelas ruas perto da praia.
As palmeiras bem verdes, o céu bem azul e as gaivotas sobrevoando Broken Hill.
Greg estacionou numa loja de conveniência perto da praia e descemos do seu veículo.
— Posso saber que carro é este? — Perguntei assim que caminhamos em direção a areia.
— É o carro do meu avô. Ele sempre esteve parado. Coberto por um lençol branco na minha garagem — Greg explicou.
Ah, sim! Era o que sempre quis saber, porque nunca tirava-se aquele lençol da coisa escondida. Mas uau, que viatura!
— Eu concertei. Meu avô quebrou ele quando esteve para ir numa audição para entrar como backing vocals de um espetáculo de rock, bem, o carro acidentou, ele foi direto para um hospital e o show aconteceu. Ele nunca teve sorte quando o assunto eram shows ao vivo — Greg gargalhou sem graça e chutou a areia. — Mas e você? Está gostando disto?
— Estou amando — respondi muito empolgada ao ponto de Greg rir e unir as nossas mãos.
Olhei nos seus olhos e ele sorriu para mim, antes de me puxar com força e correr em direção a água.
Eu gritei pra ele parar, mas Gregory apenas me ajudou a tirar a bolsa e lançou-a na areia antes de nos jogar para o mar.
A água estava morna pelo calor do dia, mas mesmo assim foi totalmente desprevenido para mim o seu gesto.
Quando tirei a minha cabeça para a superfície e o vi sorrindo como uma criança quando ganha um doce, eu joguei água para cima dele e parti em direção a ele. Me joguei por cima de Gregory e tentei lhe dar um tapa, mas ele segurou as minhas mãos e aproximou o seu rosto ao meu.
— Me diga que não gostou de entrar no mar — Greg sussurou me encarando firmemente e eu senti as minhas bochechas aquecerem e o meu tom de pele ficar mais vermelho.
— Não foi assim tão mal — tive que admitir e seus olhos estavam me fazendo ficar mansinha. — Mas eu poderia ter quebrado o meu tornozelo.
— Não seja dramática, Steph — Greg pediu me abraçando e nos fazendo entrar pra debaixo da água de novo e subiu na mesma velocidade. — Viu, você está sorrindo.
Me deixei levar pelas suas brincadeiras e ficamos um tempinho brincando no mar, mas quando o meu estômago roncou, eu disse a ele que precisávamos fazer um lanchinho.
Saímos da água e eu pesquei a minha bolsa no chão. Já eram quase doze horas e eu não via a hora de ir ter com a minha mãe e mostrar-lhe a coleção Shiny Unicorn e ainda tinha uma carta na manga para apresentá-la.
Entramos num restaurante feito de madeira, com boa vista para o mar, onde dava para ver as crianças ainda brincando, algumas construindo castelos, enquanto que adultos bronzeavam-se e alguns liam romance ou mesmo auto-ajuda.
Sentamos numa mesa em que a toalha era estilizada em forma de estrela do mar. Os pratos pareciam cocos e o menu parecia ser feito de folha de palmeiras.
— Isto parece um parque de diversões temático — eu comentei para Greg.
— O Liam ia adorar vir cá — Greg disse, observando cada detalhe do estabelecimento.
— Como vai o pequeno Liam? — Quis saber e Greg sorriu sem graça alguma no rosto.
— Para ter notícias do Liam é um pouco complicado para mim — explicou. — Meio que a mãe dele não me conta nada sobre ele. Eu só sei de coisas do Liam quando ele vem passar alguns dias na minha casa e o Liam só vem na minha casa quando o meu pai e a mãe dele vão sair ou viajar.
Segurei a mão dele e acariciei, Greg olhou para as nossas mãos e ficou com as bochechas coradas.
— Devíamos fazer uma visita a ele um dia desses — eu sugeri.
— É. Vamos comer — ele fugiu rápido do assunto e chamou o garçom.
Eu soltei a mão dele e procurei o que pedir. No final, ficamos com um prato especial de mariscos e eu claro, pedi batatas fritas em especial para mim porque eu tinha um amor profundo por batatas fritas.
Trouxeram a nossa refeição e comemos em questão de segundos. A comida do restaurante era realmente boa e o ambiente também, com uma banda tocando músicas ao vivo, já tinha escutado Taylor Swift e agora eles estavam tocando Feather da Sabrina Carpenter.
Quando iniciaram uma melodia dançante, Greg levantou-se da cadeira e me levantou de seguida.
— Vamos dançar! — Sugeriu ele bem entusiasmado e me puxou para a pista onde se encontravam alguns casais desfrutando do som.
Sem saber como me mexer, Greg me guiou durante toda dança, e eu apenas sentia o meu coração dançar no meu peito e a minha felicidade atingir níveis desconhecidos por mim. Quando a música acabou, Greg me abraçou e me ergueu do chão. Deu uma volta e beijou a minha testa.
— Até que você dança bem, Steph — Greg disse e eu ri.
Saímos do restaurante e voltamos para a areia da praia. O sol torrando as nossas peles e a brisa nos refrescando.
— Qual é a tua cor favorita? — Gregory me perguntou e eu ri com a sua questão.
Mas que pergunta sem noção era aquela?
— É sério isso? — Perguntei e ele abanou a cabeça confirmando. — Está bem. Hum, a minha cor favorita é rosa, porque combina comigo, sabe, eu sinto isso — afirmei a ele.
— Rosa? — Greg indagou e eu confirmei num abanar de cabeça. — Na minha mente você é como a cor azul. Vibrante e alegre e ao mesmo tempo elegante. Sabias que a cor favorita diz muito sobre uma pessoa? Por exemplo, a minha cor favorita é branca, mas também existe a cor preta, e aí é um misto de emoções dentro de mim. Às vezes pareço um pervertido, e às vezes, um rapaz que apenas quer companhia dos seus num dia calmo como este. Mas convenhamos que rosa também seja a sua cor, pois você mudou, parece ser outra pessoa e eu estou feliz por ter conhecido essa sua nova versão, ela é fantástica.
Assenti e olhei para o mar. Eu sabia que ele estava se referindo a mim, a Molly, pois eu era totalmente diferente da Stephanie e eu estava me sentindo bem por saber que ele estava feliz por ter me conhecido bem.
— Você definitivamente é como a cor branca, Gregory — Falei. — Você é carinhoso, atencioso, divertido e maravilhoso. Sortudo são os seus, que aproveitam dias calmos contigo, como este.
Ele sorriu para mim e eu encostei a minha cabeça no seu ombro. Ele beijou a minha cabeça e me abraçou.
Aproveitamos o calor imenso, e quando o meu celular apitou o alarme, levantei-me depressa do chão e Greg me acompanhou no movimento.
— O que foi? — Ele quis saber com certa preocupação no olhar.
— Temos que ir para casa da Sophia Mackenzie, prometi que mostraria a minha coleção a ela — contei para Greg enquanto caminhava em direção ao carro.
Ele estava atrás de mim tentando acompanhar os meus passos.
Greg destrancou as portas do carro e nós entramos no automóvel. Conduziu até a mansão dos Mackenzie e estacionou bem em frente a casa. Me senti nervosa, pois por mais que eu soubesse que a coleção era ótima, estávamos falando da Sophia Mackenzie, a Style Queen.
Eu tirei o celular da bolsa e liguei para o número da minha mãe. Ela não tardou a atender e liberou a nossa entrada com os seguranças.
Entrar na minha casa era uma chuva de nostalgia, as paredes bege, as minhas fotos de quando era bebê até os meus últimos dias de vida. Tudo aquilo me trazia um conforto, e quando vi minha mãe descer do alto da escada, com um vestido vermelho-carmessim justo e sem mangas, um colar de rubis e o cabelo preso num coque, eu sorri ainda mais.
— Boa tarde, meninos — Cumprimentou-nos quando chegou ao rés-do-chão. — Como estão?
— Melhor impossível, Sra. Mackenzie — respondi com um sorriso de ponta a outra.
— Gosto da sua animação, Stephanie — minha mãe observou e eu ri envergonhada, embora os meus pés não ficassem quietos. — E você é o Gregory, pois não?
— Sim, prazer em conhecê-la, Sra. Mackenzie — Greg disse com o seu sorriso jocoso.
Minha mãe também sorriu e nos chamou para o jardim.
Seguimos até ao jardim e ela indicou-nos a mesa onde sentariamos. As rosas que ornamentavam o espaço eram brancas e tinham diamantes em algumas.
— Fiquei feliz quando recebi a sua ligação ontem à noite, Steph. Eu não via a hora de fechar algo contigo — Sophia Mackenzie disse enquanto abria um caderno que tinha nas suas mãos. — Quando vi os teus modelos eu me espantei, no meu ateliê só se falava de você e como seria uma estrela em ascensão. E quando conversei com a minha sobrinha, a Emily, e ela contou-me que foram coisas feitas num dia só, oh meus Deus! Eu quis tanto ter contacto com você. Eu quero imensamente trabalhar contigo, Stephanie.
Me senti lisonjeada e agradeci por suas palavras.
— Eu que fico agradecida pela senhora ter notado o meu esforço. E trouxe como prometido o meu caderno de desenhos com a coleção.
Tirei o caderno da bolsa e o entreguei a Sophia, que recebeu com os olhos brilhando e abriu cada folha, passando uma por uma bem devagar. Dava para ver pelas suas expressões faciais que estava se divertindo imenso com o que eu desenhei.
Não falou nada durante o tempo todo que observava as minhas criações e quando chegou ao fim, ela levou o meu caderno até o peito e sorriu de olhos fechados.
— Isto é uma obra de arte! — Exclamou e devolveu-me o caderno. — A próxima coleção será lançada na primavera e eu quero muito que seja sua. O mundo precisa ver o quão talentosa você é — Sophia segurou as minhas mãos. — Você está interessada?
— Claro! Claro que sim! — Respondi bem mais animada que ela. — Onde posso assinar?
— Calma aí, ainda devemos falar com a pessoa responsável por você, no caso, os seus pais e assinar um monte de burocracias para os direitos serem todos teus e alguns do ateliê — explicou-me a Sra. Mackenzie.
E foi então que me lembrei da minha cartada para a coleção, o meu principal objetivo com isto tudo.
— Não vai ser preciso isso, pois eu quero que a coleção seja assinada pelo nome de Molly Mackenzie — contei e pude ver os olhares surpresos dos dois.
— O quê?! — Questionaram em uníssono e eu afirmei com a cabeça.
— Mas por quê? — Sra. Mackenzie quis saber e eu reconstei-me a cadeira.
— Molly foi quem me inspirou a ser uma designer de moda, quando brincávamos as três, eu, ela e Emily, sempre observava ela desenhar e eu disse-lhe que se um dia eu fosse lançar uma coleção, eu dedicaria a ela, mas como já não se encontra entre nós, prefiro que a minha primeira coleção seja em seu nome. Como se fosse algo guardado do cofre dela, se me percebem — Expliquei e Sra. Mackenzie assentiu e olhou para o alto tentando conter as lágrimas.
— Muito obrigada pelo seu gesto, Stephanie. E tenha certeza que o dinheiro da coleção também irá entrar na sua conta — disse-me ela, mas eu recusei.
— Não precisa. Só de lançar a minha coleção, eu estarei feliz demais. Serei a miúda mais feliz do mundo — assegurei e levantei-me da cadeira. — Muito obrigada por nos receber na sua casa.
— Eu que agradeço, Stephanie — Sophia também levantou-se e me abraçou.
Eu também envolvi os meus braços nela e senti algumas lágrimas brotando nos meus olhos, mas não tinha o porquê de chorar. Estava fazendo algo por mim e deixar a minha marca registrada.
Sophia nos acompanhou até a saída da sua casa e nos abraçou mais uma vez.
— Adeus, e mais uma vez, obrigada pela vossa presença — Sophia despediu-se e entrou na sua casa.
Eu e Greg retornamos ao carro, já estava escurecendo e as estrelas já apareciam no céu.
— Uau, o teu gesto foi simplesmente magnífico, Steph — Greg comentou. — Você é tão maravilhosa.
— Obrigada, Ursinho — Agradeci e apertei o cinto de seguranças. — Já vamos para casa?
— Falta a minha surpresa — Greg disse e eu o olhei confusa. — Não te esqueceste, pois é?
Ah, a surpresa!
— Meus Deus! Eu tinha me esquecido disso — ri. — Qual é mesmo a surpresa?
— Se eu te contar deixa de ser surpresa, não é? — Greg rebateu e eu revirei os olhos. — Apenas aproveite o trajeto até lá.
Ele ligou o carro e conduziu pela cidade. Eu encarava cada bairro que passávamos e Greg não parava em nenhum deles. Até que chegamos a rua da Stephanie e eu olhei para ele em dúvida, mas ele foi mais em frente, até uma área cheia de flores e um baloiço duplo.
Estacionou e abriu a sua porta e desceu, eu também desci. Ele tirou a sua guitarra do banco de trás do carro e entrelaçou os nossos dedos.
Caminhamos juntos até ao baloiço e ele pediu para eu sentar-me nele. Greg sentou ao lado de mim e posicionou a sua guitarra e começou a cantar.
A melodia de I Wanna Be Yours de Arctic Monkeys iniciou e a sua voz complementava tudo com a composição majestosa da música.
O baloiço subia e descia lentamente enquanto que Gregory me encantava com a sua voz majestosa. O meu olhar se perdia nela, nos seus olhos e nos seus lábios. Quando a música terminou, Greg me abraçou e me beijou a cabeça.
— Estou gostando tanto dessa nova Steph — confessou no meu ouvido. — Eu quero ser seu, Stephanie, mais do que tudo nessa vida. Eu gosto de você.
Não estava preparada para o batimento do meu coração e a minha careta de dor não foi tão má ao ponto de estragar a emoção do momento. Toquei as mãos de Gregory, sentindo que não era só eu quem estava nervoso e ansioso com isso tudo.
— Eu também gosto muito de você, Greg — confessei. — E também quero ser sua.
Greg abriu o seu sorriso e mais uma vez me abraçou e eu me perdi nos seus braços enquanto controlava as minhas emoções e sentia o carinho do meu amado.
Notas do Sérgio:
Olá pessoal, tudo bem? E esse clima de romance? Ah, eu estou amando! Gregoly ou Mollory? Decidam! E muito obrigado por chegar até aqui, não sabe o quão importante isso é pra mim ❤️❤️❤️.
Tenho um brinde aqui, sobre o single Quase Nunca:
A arte foi feita para mim, as imagens capturadas no Pinterest, é isso, aproveitem a capa do single.
Vemo-nos no próximo capítulo 💗
>>>>>>>>
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro