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20 • Jantar

Se eu disser que dormi melhor depois da surpresa do Gregory acreditarão em mim? Porque realmente foi isso que aconteceu.

Quando voltei do parquinho com ele, nos despedimos com um abraço e eu entrei dando pulinhos de alegria. Dylan se encontrava na sala, jogando Mario Kart com o Matthew e os dois me encararam de forma esquisita.

Eu mandei beijinhos para eles e subi as escadas entoando uma música animada que ouvi no rádio do carro do meu amado.

Para dormir foi difícil, eu rebolava e mudava de lado, mas a única coisa que me aparecia na mente era o sorriso do Gregory e a sua confissão.

Essa manhã eu não podia estar mais feliz. Quando terminei de me arrumar para a escola, entrei na minha playlist: Feliz do que isto? Impossível, xo! e me diverti a cada faixa que tocava nos meus AirPods.

Fomos para escola e acho que não dei importância para a discussão entre Mason e Matthew, e nem quando Dylan arrancou o Lego causador da briga, apenas estava focada na voz da Taylor Swift cantando I Forgot That You Existed e eu me abanando ao seu ritmo.

Quando paramos em frente a casa de Gregory, eu fiquei atenta a janela, ansiosa para o ver. E quando ele saiu, oh meu Deus! Senti o meu coração em sped up no meu peito.

Greg estava esbanjando a sua beleza enquanto caminhava em direção ao carro. Os seus fios de cabelo estavam presos num mini rabo-de-cavalo, estava vestindo calções jeans preto e uma camisa branca que estava coberta pela sua jaqueta. Diferente dos outros dias, nos seus pés estava um par de All Star pretos, iguais ao que eu calçava.

Greg entrou no carro e ao invés de cumprimentar Dylan de primeira como fazia antes, ele olhou para trás e sorriu para mim.

— Bom dia, Steph — Greg disse para mim e eu sorri para ele.

— Bom dia, Ursinho — Respondi ao seu cumprimento e ele fechou os olhos e assentiu com a cabeça.

— Hum, Gregory? — Dylan pigarreou e nos fez perceber que não estávamos sozinhos no carro.

— Eles estão namorando — Mason provocou e eu fiquei vermelha de vergonha.

— O Gregory e a Stephanie? — Dylan questinou e e soltou uma gargalhada alta. — Aí, Mason, você é cá um palhaço, meu.

— Teria algum problema? — Indaguei e Dylan me fuzilou com o olhar. Me senti desconfortável.

— Bem, não, mas você é minha irmã e ele é o meu melhor amigo, e...

— Dylan, calma, miúdo. Não estou namorando a sua irmã — Gregory falou passando as mãos nas costas do amigo.

Eu me recompus e fiquei observando Greg o caminho todo até a escola. E ele também não parava de me encarar. Trocamos alguns sorrisos bobos e eu quis tanto o beijar.

Diferente do habitual, eu e Emily estávamos sentadas nas bancadas do campo de futebol da escola comendo o lanche que a minha amiga trouxe para nós as duas.

Eram muffins de chocolate com cobertura de chantilly. Estavam saborosos demais e eu estava contando a ela os detalhes do meu dia com o Greg Peterson. As miúdas cheerleaders estavam ensaiando e seria bom para mim e para Emy vermos as nossas antigas amigas, mesmo que Jenna tivesse se provado uma víbora invejosa.

— Bem, eu já suspeitava que você os dois ficariam juntos. Além de eu saber que ele é o rapaz da tua vida. Era meio óbvio que vocês ficariam juntos, Molly — Emy mordeu outro muffins e bebeu um pouco do sumo de maçã.

— Sim, era óbvio, mas ele se declarou cantando I Wanna Be Yours, uma das músicas mais românticas que eu já ouvi na vida — ressaltei. — Estou perdidamente apaixonada por ele.

— Falando no diabo, olha quem está vindo aí — Emily apontou para a entrada do campo e eu olhei e esforcei-me para ver.

Gregory estava vindo em nossa direção e carregava uma pasta de arquivos nas mãos. Quando chegou perto de nós, descemos alguns degraus e fomos ter com ele.

— E aí? Podemos falar a sós, Steph? — Greg perguntou e eu olhei para Emily que assentiu e voltou para onde estávamos sentadas.

— Já estamos sozinhos — eu disse me encolhendo de vergonha e Greg riu.

— Quero que você venha comigo para o gabinete da diretora Kimberly, para apresentarmos o plano do espetáculo para ela — Greg pediu e eu abanei a cabeça em um sim.

Fomos até ao gabinete da diretora Kimberly e a secretária dela permitiu a nossa entrada. O espaço era chique, com uma poltrona enorme e várias molduras penduradas a parede, com certificados e fotografias da directora com os membros da administração.

— Bom dia, meninos — A dra. Kimberly nos cumprimentou e apontou para as duas cadeiras vagas em frente a sua secretária.

Sentamos-nos onde ela nos mandou sentar e esperei Gregory começar o seu pedido. Mas ele parecia estar nervoso, então eu segurei a sua mão e fiz um sinal com a cabeça, que estava significando: vá em frente.

— Bom dia, dra. Kimberly. Eu sou o Gregory Peterson, aluno do último ano, e gostaria de mostrar a minha proposta de momento cultural na final do campeonato interscolar de futebol que tem acontecido cá na escola. Eu e mais três alunos da escola, nomeadamente, o Luke Morry, Dylan Walker e o Timothee Michaels — Dylan abriu a planilha e mostrou a secção de apresentação. — Temos um álbum já composto, ainda não gravado na totalidade, já nos apresentamos para a inauguração da empresa Steel cá em Broken Hill, já até gravamos o videoclipe do nosso single de estreia e gostaríamos de apresentar uma performance do single e fazer a estreia em simultâneo. Mas para que isso aconteça, precisamos de um público para divulgação e não há forma melhor do que nesse dia, pois além da escola ser bem comentada se ganharmos o campeonato, também ficará conhecida pela banda que performou muito bem no dia da final.

Directora Kimberly franziu o cenho, as suas rugas curvaram-se e parecia estar pensativa. Murmurei um "muito bem" para Greg que sorriu para mim.

— A ideia é boa, menino Peterson, só que temos que ver uma gravação de um ensaio dessa música, até porque precisamos saber o conteúdo, somos uma instituição de respeito — pontuou a directora. — Mas creio que sejam bons, até porque a sua planilha é convincente. E terem já um álbum já em papel é uma fase enorme, mas sabemos que falar é mais fácil que fazer. Espero pelo vídeo do ensaio até amanhã às oito da manhã.

— Está bem, directora. Faremos os possíveis para entregar neste horário — Greg assegurou e a directora sorriu para nós.

— Está bem, se era só isso, podem retirar-se, por favor — pediu, voltando ao seu jeito rude e nós levantamo-nos das cadeiras e saímos do gabinete.

Quando fechamos a porta, eu abracei-o e saltitei com ele de felicidade.

— Nunca pensei que seria tão fácil assim — Greg comentou e eu ri.

— Eu também pensei que seria difícil. Mas olha, não está tudo pronto, ainda falta esse tal "vídeo" de ensaio — Fiz aspas com os dedos.

— Isso é moleza, podemos filmar amanhã.

— Por que não hoje? — Quis saber, quando estávamos saindo da escola.

— Queria fazer isso de um jeito fofo e especial, mas, gostarias de ir comigo jantar à casa do meu pai? — Greg convidou-me e o meu peito encheu-se de alegria.

— Claro! — Respondi tão alegre que Greg riu. — Quero dizer, claro que sim. Céus, eu tenho que ver o que vestir e...

— Não coloque tanta expectativa para essa noite — Greg pediu e eu o olhei confuso. — Olha, eu e o meu pai não temos uma relação tão saudável, e não quero que penses que poderá ser um mar de rosa e brinde de champanhes caros. É apenas uma visita normal, que ele tem direito após a separação.

— Ok.

— Espero não ter te assustado — pontuou ele e eu gargalhei nervosa.

— Claro que não.

— Sério?

Assenti e me despedi do Gregory com um abraço.

— Estou tão nervosa, Emily. E se o pai dele me odiar? — Questionei a minha amiga enquanto me olhava mais uma vez no espelho. — Acha mesmo que ele vai gostar de mim?

Estava vestindo um vestido amarelo rodado com estampas de margaridas e  mangas até os cotovelos. Nos pés eu tinha um par de mocassins bege claro e o meu cabelo preso num coque alto.

— Miúda, é claro que vai. Você é espetacular — Emy sorriu para mim — E o importante é o Gregory gostar de ti e da tua aparência hoje.

Sentei-me na cama, bem ao lado da minha melhor amiga e peguei o gloss e o espelho de bolso e passei nos meus lábios.

— É a primeira vez que vou jantar a casa de um rapaz que eu amo de verdade — eu disse, as palavras saindo torturadas de dentro de mim — quem diria.

— Não é uma coisa lá tão difícil. Já fui jantar imensas vezes a casa do Luke e os pais dele são super atenciosos.

O meu celular vibrou e olhei no visor.

Meu Ursinho<3: Oi linda, estou aqui na porta à tua espera :⁠-⁠)

Sorri com a mensagem e levantei-me da minha cama. Peguei a minha bolsa e coloquei o meu celular dentro dela.

— Ele já está lá abaixo. Vamos, Emy — segurei a mão da minha amiga e a puxei até as escadas.

Posso dizer que corri até os rés-do-chão e abri a porta como um relâmpago. Sorri ao ver Greg parado em frente a porta, segurando um buquê de rosas brancas e sorrindo para mim.

Ele estava vestindo uma polo preta e calça social preta.

— Uau, Steph. Você está maravilhosa — Greg finalmente falou após segundos que passou a analisar-me.

— Obrigada e você também está muito jeitoso.

— Oi, Greg, adeus, Greg — Emily passou por nós às pressas e entrou no seu carro. Sorriu para mim e foi-se embora.

— Vamos? — Greg quis saber e eu abanei a cabeça como sim.

Recebi o buquê de rosas e entrei no seu carro. O seu perfume emanava pelo seu automóvel e ele conduzia com precisão enquanto que a mão esquerda estava agarrada a minha mão direita.

Quando chegamos a casa de dois andares de paredes cinza e uma cerca perfeita como a da sua casa, pude sentir o seu nervosismo pela forma que seus dedos tremiam junto a minha mão.

— Está tudo bem, Greg? — Quis saber e ele assentiu com um sorriso fraco e suspirou fundo.

Abriu as portas do carro e nós descemos. Me aproximei dele e envolvi os nossos braços. Caminhamos juntos até a entrada e ele tocou a campainha.

Dois minutos se passaram e ninguém abriu-nos a porta. Tocou novamente. De novo. E mais vinte vezes. Abriram a porta.

Uma mulher loira, de olhos azuis e nariz empinado, bem bonita, devia estar na casa dos trinta e sete ou trinta seis, abriu-nos a porta.

— Oi, Greg — ela Cumprimentou-nos com um sorriso largo e bem forçado. — Vejo que trouxe companhia hoje.

— Sim, ela é a Stephanie, irmã do Dylan — Greg apresentou-me e eu sorri nervosa e estendi a minha mão para ela que ignorou totalmente o meu gesto.

— Bem, não vai deixar-nos entrar? — Questionei quando as coisas começaram a ficar estranhas pelo silêncio.

— Ah, sim, me desculpem. Entrem por favor, e descalcem os pés — disse ela nos olhando com nojo e eu reparei os meus pés e os sapatos estavam muito limpos.

— Nunca fizeste isto, Debs, e ninguém vai tirar os sapatos, nem hoje e nem amanhã — Greg respondeu com agressividade e eu arregalei os meus olhos.

— Continuas o mesmo queridinho de sempre, enteado — a "Debs" alfinetou e revirou os olhos deixando a porta aberta e foi-se embora.

— Desculpa, Stephanie. Ela nem sempre é assim tão chata e...

— Não precisas pedir desculpa, até porque a culpa não é tua — eu disse e entrei na casa do pai do Greg.

Não é tão bonita como a casa da Andrea, mas é uma casa condigna. Com móveis modernos e a climatização em dia. Greg indicou-me o sofá perto as escadas e eu sentei-me.

— Onde está o Liam? — Greg perguntou a sua madrasta que olhou-nos com cara feia da cozinha — que só era separada da sala por um balcão.

— O Liam não pode ficar acordado até tarde fazendo besteiras — disse a Debs com certo desprezo na sua voz e aquilo doeu até para mim.

Besteiras? Um adolescente visitar o pai é besteira?

— Ursinho! — Ouvi a voz do pequeno Liam atrás de mim e eu olhei e o vi correndo com os braços abertos bem alegre.

O seu pijama de dinossauro azul era engraçado, pois as pantufas pareciam patas de dinossauro e o capuz lembrava a cabeça de um peteronodonte.

—  Liam! — Greg aproximou-se do seu irmão e o abraçou com força. — Como você está, macaquinho?

— Estou assim! — Liam mostrou os dedos para Greg e eu ri com a sua resposta. — Ursinho, eu fiz um desenho seu na escola, quer ver? Tenho que ir buscar e...

— Liam, já pro quarto! — Sua mãe mandou e ele contorceu os lábios.

— Mas mamãe, é o Ursinho!

— Qual é o problema dele ficar conosco? — Perguntei já começando a me irritar com a Debs e ela suspirou e fechou a panela. — Ele está feliz por ver o irmão.

— Está bem, Liam. Podes ficar, apenas até a sobremesa. Depois vá para cama.

Liam assentiu e sentou-se no sofá, bem ao meu lado e começou a contar-me sobre a briga feia que teve na escola, entre a sua professora e o pai do Cade, o seu amigo de turma.

Liam era engraçado e amável, sempre com detalhes exagerados e metáforas explícitas para puder contar suas aventuras e seu cotidiano. Muitas das histórias eram inventadas, porque ele nunca tinha viajado de dragão (essa foi a pior de todas), mas era interessante ouvi-lo a contar-me.

— E você, Stephanie? Não acontecem coisas boas na tua vida? — Liam indagou-me e eu pus-me a pensar.

Aconteciam. Raras vezes, mas aconteciam. E meio que eu estava "alugando" um corpo por poucos dias e só já restavam dez, então, nem sabia como respondê-lo.

— Eu acho que acontecem, Liam. É diferente comigo, nunca viajei de dragão — pontuei e ele riu baixinho. — Mas já fui assistente da equipe de futebol da escola e fui bem. Depois virei designer de moda da banda do Ursinho, e tenho a melhor amiga da vida toda. Acontecem, Liam.

Liam apenas assentiu e ligou a TV sincronizando um canal de desenhos animados bem infantis onde estava passando um programa de aprendizam das vogais.

A comida tinha um bom aroma, Gregory estava entretido no seu celular conversando com os rapazes da banda e bem, eu estava olhando as pessoas se movimentarem ao redor de mim.

Oito e meia e o pai do Gregory chegou a casa. Pensei que fosse ver um velho com barrigão e embriagado demais ao ponto de nos ignorar e partir para o quarto, onde dormiria sem o casaco e com a gravata frouxa e a sua esposa nurmuraria algum palavrão e aí eu perceberia a razão dela ser tão mau-humorada.

Mas foi totalmente o contrário que entrou pela porta principal. Pai de Gregory deveria estar na casa dos quarenta e um ou quarenta e dois anos de idade, o rosto milimetricamente perfeito, com a mandíbula definida e os olhos e nariz na medida estranhamente perfeita.

Tinha músculos aparentes, uma barriguinha que quase o faria parecer da minha imaginação. 0,001% do que eu imaginei.

Mas em contrapartida era mal-humorado. Nós olhou e soltou um murmúrio que nem consegui escutar, mas o meu boa noite foi bem audível.

— Não liga para ele, é sempre assim — Gregory disse para mim e forçou um sorriso. — Prometo para você que pior talvez não vá ficar.

Eu sorri nervosa e assenti.

Pai de Gregory realmente não deu a mínima para nós. Cumprimentou Liam com todo o amor e carinho, ofereceu-lhe um livro novo de colorir e Liam contou para ele sobre o dragão e o pai parecia estar entusiasmado com as aventuras imaginárias do filho mais novo.

— O jantar está servido! — Debs gritou da cozinha e nós levantamo-nos do sofá.

Sentamos-nos à mesa, eu ao lado de Gregory e Liam, em frente a mim estava a Debs que me olhava com desdém e ao lado dela estava o pai do Gregory.

Durante a entrada, que se resumia a salgados de carne fritos, ninguém falou nada com ninguém, com a excepção do pequeno Liam que pedia ao seu irmão mais velho para tirar o pedaço de carne que ficou entre os seus dentes.

— Como vão as notas, Gregory? — Seu pai questionou e eu senti ele ficar rigido e começar a suar.

— Er, boas, pai. Tive nota máxima em duas matérias. Geometria e... — Senti ele engolir em seco enquanto que o seu pai o encarava com o semblante impaciente. — Em música — soltou por fim e seu pai revirou os olhos e segurou a sua tempora com os dedos.

— Música. Música. A maldita música, Gregory! — Seu pai bateu com força na mesa, fazendo os talheres tilintarem. — A mesma coisa, sempre. Você acha que uma disciplina extra-curricular vai fazer de ti um homem de verdade? Céus! Leve a sério a vida, Greg. Isso não é uma série teen em que os problemas se resolvem cantando.

— Mas, pai, eu amo a música! — Greg rebateu e o seu pai soltou um suspiro alto, e sua esposa o segurou pelos ombros, olhando para Gregory com reprovação.

— Escute o seu pai, Gregory. Olha o seu avô, ele morreu sem nem mesmo vender um disco sequer. Você poderá cair no mesmo buraco do mesmo poço — Debs interviu com certo desprezo no seu linguajar.

— Você tem se tornado uma decepção. Nem sei porquê me dou o trabalho de tentar me orgulhar de ti. A culpada disso tudo é a Andrea, que fica alimentando essa ideia estúpida na tua cabeça de que "deves seguir os teus sonhos" "honre o teu avô", Greg, olhe para mim, você deve honrar a si mesmo, com uma educação de verdade, não essas merdas que achas que te levará ao sucesso — vociferou o seu pai, e se aquilo não doeu para Greg, para mim foi como um punhado de facas atravessando o meu coração.

Greg não conseguia encarar seu pai, suas pernas tremiam, seus olhos escureceram. Ele estava totalmente imóvel e estava me preocupando.

— Chega! — Gritei, com uma coragem que não sabia de onde havia parecido. — Merda! O senhor sabe o quão a música é importante para o seu filho? O senhor não vê o quão feliz o deixa? Merda! Merda! — Senti uma pontada no meu peito e respeitei fundo. — Gregory se dedica a música porque ele encontrou uma zona de conforto na música. Ele ama a música, ele vive a música. Vocês dois têm noção do quão abusivo estão sendo com ele? E você, Debs — apontei para ela. — A madrasta falsa e má que quer pagar de boazinha. Céus, que clichê, mude o roteiro da sua vida, por favor. E o senhor, pai do Gregory, deveria ter orgulho do seu filho. Não sei se está sabendo, mas o seu filho e a banda dele foram a atração principal do evento de inauguração da empresa Steel em Broken Hill, a porra de uma empresa milionária e de renome. Gregory conquistou tudo e muito mais com a música. Escreveu um álbum magnífico, quase assinou contrato com uma produtora de cinema e... — dei pausa para respirar e controlar as minhas emoção porque já estava em lágrimas pela ansiedade. — E ele vai já se apresentar neste sábado no campeonato de futebol da escola, onde vai estreiar os visuais do seu primeiro álbum de estúdio. Vocês têm noção do quão grandioso será o nome dele?

O pai de Gregory me encarava com uma expressão impagável. Não sabia se estava furioso, ou mesmo chateado. A madrasta sim estava furiosa e Liam, ele olhou para mim e disse:

— Stephanie, você falou cinco vezes palavrão e repetiu a palavra merda mais de duas vezes. Mamãe diz não que não podemos falar palavrão ao jantar — Liam pontuou parecendo ofendido e eu sibilei um pedido de desculpas com os lábios.

— Bem, se não têm nada a me responder, acho que servi o verdadeiro jantar. Bom apetite — lancei o guardanapo sobre a mesa e saí pisando até a porta de entrada.

Escancarei a porta e desci os poucos degraus tentando manter a respiração estável, os meus nervos controlados e não me arrepender do que eu acabara de fazer a um minuto atrás.

Ouvi a porta ser fechada e ao olhar para trás, eu encontrei Greg me encarando. Os lábios entreabertos, os olhos bem abertos e eu não sabia no que ele estava pensando.

— É melhor irmos embora — disse ele ao passar por mim e destrancar as portas do carro.

Eu entrei no banco de passageiro e ele no de motorista. Passamos o caminho todo sem nos encaramos ou trocar qualquer palavra. Eu perdi toda aquela coragem e ele talvez estivesse zangado comigo. Talvez eu tivesse estragado tudo. Mas eu jamais permitiria que alguém o maltratasse daquele jeito, principalmente na minha frente.

Quando Greg estacionou em frente a casa da Stephanie, eu suspirei fundo e finalmente o encarei. O seu perfil era bonito para caramba, ele era bonito para caramba e eu estava apaixonada para caramba.

— Me desculpa, eu... — respirei fundo. — Acho que estraguei tudo o que você tinha com o seu pai e...

Antes mesmo que eu terminasse, Greg segurou os meus ombros, me puxou até ele e uniu os nossos lábios. De primeira fiquei espantada, mas nos segundos seguintes me derreti no seu beijo. Greg beijava como se estivesse com pressa, com certa urgência, como se necessitasse dos meus lábios de imediato. Quando ele cessou o beijo, eu abri um sorriso fraco e ele também sorriu para mim.

— Você me beijou — eu disse e ele riu fraco.

— E você disse tudo que eu não conseguia falar para o meu pai. Eu estou perdidamente apaixonado por você, Stephanie.

Meu coração aqueceu e eu quis tanto me jogar nos seus lábios novamente, mas a porta da casa abriu-se e Dylan parecia estar com um olhar desconfiado e me lembrei da sua inquietação entre um possível romance entre mim e o seu melhor amigo.

— Eu também estou perdidamente apaixonada por você, Gregory. Mas acho melhor eu entrar em casa — fiz um sinal com os olhos e ele assentiu.

Me beijou mais uma vez e eu saí do carro sorrindo. Ele baixou os vidros e acenou para mim e para o Dylan que estava com cara de poucos amigos e foi-se embora.

— O que vocês dois estavam fazendo dentro do carro? — Dylan indagou e eu revirei os olhos, entrando em casa.

— Fiz um curativo no dedo do Greg, apenas isso.

— Um curativo? Me engana que eu gosto!

Eu já estava no alto da escada e ele estava na sala assistindo TV. Ri e entrei no quarto.









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