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Prólogo


"Você não deveria ter deixado a Eira sozinha nesse momento".

Repetia várias e várias vezes uma voz na minha cabeça.

- Eu sei! - respondi depois de um tempo.

"Se sabe realmente, então, por que a deixou?"

- Você acha que eu queria? - Por Mórrígan, estou ficando louca respondendo a mim mesma - O que eu poderia fazer? Me diz?

"O simples fato de vocês ficarem juntas, você já estaria fazendo muita coisa."

- É mesmo? Pois não era o que parecia.... Ela.... estava sofrendo.... ela.... - eu não conseguia dizer mais nada. O que eu poderia falar que fizesse com que eu fosse capaz de acreditar que eu poderia fazer alguma coisa de verdade pela minha pequena?

Nada...

"Ela te disse sobre o quanto és forte, mas você não quer acreditar".

- Não tem como eu acreditar em algo que não existe.... Agora cala a boca!

"Você está cometendo um erro, e se for adiante, não há como voltar atrás"

- Acha que eu não sei? - eu perguntei àquela voz. É claro que eu sabia que era errado o que eu estava prestes a fazer, mas não havia nenhuma outra maneira de resolver tudo o que estava acontecendo.

Ao testemunhar o estado angustiante de Eira, e ninguém era capaz de fazer nada para curá-la, nem mesmo a Deusa se dignou a tentar uma intervenção divina, sem hesitar, fui escondida até o centro de controle, abri um portal aleatoriamente emergindo em um território desconhecido carregado por uma abundância de árvores e plantas, todas estranhas aos meus olhos. Uma atmosfera estranha pairava, incitando dúvidas sobre se havia penetrado no domínio de Bariri e Uraraí pois, as características do local assemelhavam-se à narrativa que compartilharam sobre seu lar: árvores e plantas diferentes com cores, folhagens, galhos e troncos exuberantes como nunca havia visto antes. Gritei. Gritei. Gritei. Bem, e aqui estou eu aguardando há bastante tempo e, sinceramente, paciência não é algo que eu tenha....

Provavelmente eu não devo ter gritado alto suficiente e....

- Fiquei extremamente surpreso quando ouvir você me chamando, criatura selvagem. - aquela voz pertencente à pessoa que mais odeio no mundo interrompeu meus pensamentos - Quer se vingar da nossa última luta, ou da dor e ferimento que causei à sua guardiã?

A lembrança da extensão do sofrimento de Eira só aprofundava meu pesar só fazia eu me sentir pior do que estava por não ter sido capaz de cuidar dela melhor e o ressentimento crescia, alimentado pela indignação contra Ele, o causador da ferida irreparável que afligia Eira. Ao me virar, deparo-me com Ele a uma distância segura, envolto na peculiar vestimenta, um manto negro oscilando em suas costas e a espada maldita pendendo em sua cintura. Seus olhos me sondavam com desdém, como se eu fosse menos que um rato, ou pior, um inseto. A sensação de minha própria inadequação se aprofundava, questionando se talvez eu fosse realmente inferior, incapaz de executar algo corretamente.

- Estou desarmada. - murmurei, exibindo minhas mãos de maneira vulnerável.

- Eu percebi. E é o que me deixa mais curioso; uma guerreira desarmada, sem a ajuda da sua guardiã ou de algum dos outros me surpreende pelo que possa ser o seu chamado. - Ele respondeu, um lampejo de superioridade em seu sorriso.

- Tenho uma proposta para lhe fazer.

- Uma proposta? - sua expressão inicial de surpresa deu lugar a um sorriso de desdém - Soa bastante confiante de que eu vá fazer algum acordo com você. Se me procurou para tentar curar sua guardiã, desista! Foi em vão seu chamado, afinal eu não vou salvar a vida daqueles que quero destruir para que não me deixe fazer meu trabalho depois. Além do que nem mesmo eu tenho poderes para curar aquela ferida. Minha espada foi feita de pura energia das trevas; não há como voltar atrás uma vez que cause um ferimento por mínimo que seja, irá causar a morte da pessoa.

- Eu não acredito nisso! Tenho certeza que de alguma forma tanto os anciões quanto a Deusa irão curar aquela ferida que você fez a ela.

- Boa sorte com a fé na sua 'deusa' e naquele bando de velhos animais. Se houvesse uma forma de curar aquela ferida eu mesmo iria atrás dessa cura, mas não existe. - era impressão minha ou Ele estava falando com pesar na voz e sua feição demonstrava arrependimento pelo que ele fez? É, definitivamente estou ficando louca.... - Mas então, qual é a sua proposta? Estou curioso!

- Minha proposta é que deixarei de lutar contra ti; em troca, terei sua palavra de que nem tu, nem teus servos, nem teus soldados irão machucá-la novamente.

Sei que estava me arriscando nisso, mas alguma coisa eu tinha que fazer. No meio da minha gente eu era a melhor guerreira, nenhum dos homens tinha ganho de mim em um combate, mas ali... ali era diferente! Eu não conseguiria continuar lutando sabendo que não tinha como proteger minha Eira. Por um momento Ele me olhou como se não acreditasse em tudo que eu havia dito. Era estranho, pois ele parecia aliviado e incrédulo ao mesmo tempo; depois foi como se essas duas coisas sumissem e ele deu uma longa gargalhada, quase precisando sentar-se no chão para recuperar-se.

- Então essa é a sua proposta: você deixa de lutar e eu e meus servos não machucaremos sua guardiã?

- Sim.

- Infelizmente não vou poder aceitar.

- Por que não?

- Você lutando ou não lutando não faz diferença nenhuma. - Ele sabia que isso me colocaria com mais raiva ainda - Eu ficaria feliz se me dissessem que aquele grande do machado deixaria de lutar, isso sim seria uma ótima proposta.

Lógico, Haley era maior e muito mais forte que eu; quando ele brandia aquele machado enorme, era capaz de matar de seis a oito servos d'Ele de uma só vez. Mas era a única coisa que eu podia oferecer para Ele.

- Eu posso pensar em algo diferente vindo de você.

- O que você pode querer de mim além disso?

- Eis a minha proposta: nem eu nem meus servos causaremos danos à guardiã do amor, em troca de você se tornar minha serva.

"O que?" Gritei mentalmente. Não podia fazer isso, não podia trabalhar para Ele, obedecer-lhe e muito menos virar um daqueles monstros que ele tem. Mas, se eu não pensar tanto em mim, e no que pode acontecer comigo e sim no que verdadeiramente eu preciso, pelo menos Eira estará segura, ela iria continuar a ajudar os outros e ficará a salvo. Nunca mais ela sentiria dores, como as que estava sentindo nesse momento. E, no que se referia a Ele, parecia ser a minha única opção.

- Eu aceitarei a sua proposta, desde que seja feito um juramento; se você quebrar esse acordo sob qualquer circunstância, eu estarei livre da minha obrigação contigo.

- É justo. - disse já fazendo um corte em sua própria mão direita com uma pequena adaga que estava presa na cintura, estendendo-a para mim em seguida. Eu peguei a adaga e fiz um corte na minha mão esquerda.

- Você pretende me transformar em um daqueles monstros? - estava admitindo meu medo, mas não queria virar uma coisa horrível.

- Infelizmente não tenho tanto poder assim. Além de você ser uma guerreira, você foi criada especialmente pela Deusa, por isso meus poderes são poucos para mudar uma criação tão poderosa.

- "Criação tão poderosa"? O que quer dizer com isso?

- Um pouco tarde para você querer saber sobre si mesma. - antes mesmo de terminar o que estava dizendo Ele segurou a mão que eu havia cortado e uniu os dois ferimentos, misturando os sangues - Faço aqui agora um juramento de sangue: você será minha escrava, obedecerá a todas as minhas ordens em troca jamais permitirei que a guardiã do amor seja machucada novamente por mim ou por qualquer outro ligado a mim. Quem quebrar esse juramento deixará o outro livre do compromisso.

No mesmo instante sentir uma dor terrível vindo do corte em minha mão, que subia por dentro do braço passando a doer todas as partes do meu corpo.

E tudo ficou escuro.



Dor. Foi a primeira coisa que senti quando acordei; a dor ainda estava presente no meu corpo, apesar de mais fraca. Tentei levantar daquele chão imundo que estava, mas minhas costas era onde mais doía, além de parecerem muito mais pesadas. Ergui o braço e passei a mão pela mesma, sentindo algo que não estava ali antes, e nem nunca esteve; algo que tinha a textura que lembrava uma pena. Tentei novamente me levantar e conseguir sentar no chão, no mesmo instante que vi algo parecendo uma enorme asa negra. Virei-me para o lado, e aquela enorme asa acompanhou meu movimento, enquanto que do outro lado algumas penas passaram pelo meu braço, chamando minha atenção, fazendo-me perceber que aquelas asas saiam de mim; era o peso que sentia nas costas.

"Eu estava com asas! Será que mais alguma coisa havia mudado em mim?"

Mas eu não tive muito tempo para me analisar, pois comecei a ouvir muitos gritos vindos de longe, e quando olhei percebi que estava no lugar onde era o refúgio d'Ele e, os seus servos estavam correndo na direção de algo que flutuava e que eu nunca havia visto antes: a aparição tinha quatro pares de longas asas negras, usava um vestido também negro como a noite mais escura, e na cintura havia uma faixa negra com várias outras esvoaçantes de cores diferentes. Havia uma aura negra ao seu redor dando-lhe uma aparência sinistra e ao mesmo tempo bela, quase etérea, como se fosse uma deusa. No lugar de cabelos tinha labaredas de fogo, que ficava tremeluzindo como se estivesse vivo e, quando ela se aproximou mais d'Ele, pude ver que seus olhos eram completamente brancos e com o que pareciam ser raios atravessando-os.

- Agora é sua vez! Você matou alguém covardemente!

A voz da aparição reverberou no ambiente, parecendo como se várias pessoas falassem ao mesmo tempo, por isso não tinha como eu reconhecer a quem pertencia. Nesse momento, percebi que me encontrava atrás de uma alta cadeira, de onde Ele levantou já segurando sua espada maligna.

- Quem ou o que é você? Como ousa entrar na minha fortaleza, atacar meus servos e me desafiar?

- O que você pensa que vai fazer com essa sua espada assassina? Ela não mais pode me atingir, da mesma forma que não mais atingirá pessoa nenhuma.

Ele havia machucado aquela aparição, que, analisada agora de perto, percebi que a roupa se parecia com a mesma usada pelas guardiãs só que em cor diferente. Ele parecia muito assustado após escutar isso, e começou a dizer alguma coisa que não conseguir ouvir por que a mesma o prendeu em uma espiral de energia.

- Não diga meu nome, seu monstro! - gritou a aparição com raiva - Você não tem o direito de me dirigir a palavra depois do que fez! Deveria ter vergonha de agir tão covardemente, de ter atacado alguém que não podia se defender!

- Ora guardiã. - Ele respondeu, desfazendo a espiral. - Você por acaso pensou que essa sua espiralzinha iria me prender? Com quem você pensa que está lidando? Aliás, guardiã, como foi dado a você uma guerreira tão fraca? Foi tão fácil acabar com ela! Como pode ter passado pela cabeça dela que poderia gritar por mim na floresta? A mim? Desafiar-me?!

"Eira? Aquela aparição etérea é minha Eira?" Pensei maravilhada. Ela estava linda... Linda e muito poderosa! Mas, como e onde ela havia conseguido tanto poder?

"Espere, Ele disse 'acabar com ela'? Então, Eira pensa que eu estou morta, que Ele me matou, mas como? O que houve depois que fiz o acordo com Ele?"

- Seus dias de causar mortes, dores, tormentas e todo tipo de maldade acabaram. Você e seus algozes irão para um mundo vazio, completamente deserto, onde não há absolutamente nada, nenhum ser vivo de qualquer tipo ou espécie, onde ficarão totalmente isolados, abandonados, e sentirão o extremo vazio que existe em suas vidas mesquinhas. Um lugar que lhes cause sofrimento, que até o ato de respirar lhes cause dor e agonia e onde nunca tenham paz.

Na parede que ficava atrás da cadeira d'Ele, perto de mim surgiu uma rachadura no nada, entre o céu e a terra, de cima até embaixo, começou a abrir e duas portas apareceram.

Assustada, tentei recuar, mas estava muito fraca, e ainda com muitas dores. Só pude ficar observando aquelas duas portas e os servos gritando tentando fugir de onde estavam. A voz de Eira se sobrepôs ao caos que havia sido instalado.

- Abra-te porta! - a enorme porta abriu seus dois lados e de dentro daquela abertura vinha um cheiro fétido e um calor insuportável.

Quando tornei a olhar para Eira, raios espiralados saiam das suas mãos que se fechavam como algemas nas mãos e pés dos servos impedindo-os de saírem de onde estavam inclusive a mim. Ele levantou a espada partindo em direção a Eira. Com um gesto de mão, ela atirou um raio em direção a espada que foi arrancada com a força de um vendaval das suas mãos, ao mesmo tempo em que Ele caía. Raios prenderam seus pés e mãos. Quando todos estavam assim algemados surgiram como mãos esquálidas e enegrecidas de dentro da abertura da porta e os puxaram para dentro.

Eu tentei me mexer, chegar até ela quando uma daquelas mãos nojentas agarrou minha perna, me puxando para dentro daquele mundo escuro.

- EIRA - foi a última coisa que eu disse antes das portas se fecharem com um grande estrondo.

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