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Capítulo 32


Ao retornarem a um Outro Mundo completamente arrasado, Eira e Liam se afastaram de seus companheiros e de todos os questionamentos provenientes de todos e dos olhares de desconfiança por parte de alguns, e foram em busca de Falcão, encontrando-o auxiliando na cura de alguns anciões que ficaram machucados.

— Em que posso ajudá-las? — perguntou ele se afastando dos outros.

— Falcão, por que estão escondendo coisas da gente? — Liam perguntou sem rodeios, deixando a pequena guardiã espantada.

— Escondendo? — perguntou com um semblante confuso — Eu não compreendo o que está me perguntando Liam. Nós não estamos escondendo nada de vocês.

— Sim, estão! — ela exclamou com mais confiança — Podemos sentir que há falhas nas coisas que são passadas para nós. Tem coisas que estão faltando e que faz com que não consigamos compreender tudo que vem acontecendo conosco.

— Também faltam memórias nossas. — Eira disse timidamente se escondendo atrás de sua guerreira.

— Não estamos escondendo nada, não há nada faltando nem muito menos vocês perderam parte de suas memórias. Por que pensam isso?

— É simples Falcão.... — Liam começou, mas Eira segurou a mão dela a interrompendo.

— Falcão — disse Eira, mas sem muita coragem de encarar o ancião — eu sou a única aqui capaz de fazer coisas que as outras não fazem, como se algo as impedisse de avançar em seus poderes. Hoje mesmo vocês estavam a todo custo tentando abrir pelo menos um portal para nos enviar para fora do Outro Mundo a fim de lutarmos contra Ele e parar esse ataque que estávamos recebendo e não foram capazes disso, mas eu consegui.

— Guardiã....

— Quando chegamos lá — Eira continuou com mais confiança sem se importar que o ancião iria falar algo — havia uma nuvem negra enorme cheia de raios e emanava muita energia. Nós nunca vimos aquilo antes, nem mesmo algo parecido, no entanto, para mim era como se eu a conhecesse e sofresse por esse conhecimento. Eu chorei de dor ao vê-la. Só que eu não sabia o porquê daquela dor; era como se estivesse faltando algo na minha memória sobre essa nuvem. E depois Ele falou comigo...

— Espera! — exclamou Falcão atordoado — Você conversou com Ele?

— Sim. E infelizmente é alguém que eu conheço, era com quem meu pai queria que eu me casasse a fim de fazer uma aliança com o povo dele; porém, ele era muito estranho, falava como se me conhecesse de outro lugar, disse que destruiria a todos e outras coisas sem sentido... na realidade, hoje ainda fala, mas eu o expulsei do meu clã. Hoje, nas loucuras que ele disse, falou sobre o fato de eu não me lembrar de quem sou, mas que ele se lembra de tudo e por fim me pediu para ir com ele, pois, só assim me contaria toda a verdade.

— Você não pode ir com ele guardiã!

— Eu sei! Eu jamais iria com ele depois dele ter matado meu pai, irmãos e todo o povo do nosso clã! — Eira exclamou apertando a mão de Liam e olhando para o ancião — Mas nós merecemos a verdade! E eu quero saber a verdade por você Falcão!

— Em primeiro lugar guardiã, nós... eu lhe conto sobre tudo o que acontece. Não só a você e sua guerreira como a todos os outros também, não temos porque lhes esconder algo. Em segundo, a única coisa que Ele está fazendo lhe dizendo essas coisas sobre a verdade e memórias perdidas, é causar discórdia entre nós, criando dúvidas nos corações de vocês para que não confiem mais em nós e assim não irem mais lutar contra Ele.

— Mas Falcão....

— Guardiã! Eu te peço que confie em nós, que confie na Deusa, pois ela sabe de tudo e passa tudo para nós e para vocês.

— Então Falcão — disse Liam tristemente — onde estava a Deusa durante o ataque?

— Guerreira! — Falcão exclamou assustado, mas seu semblante mostrava a dúvida que Liam havia plantado com o que disse.

— ONDE ESTÁ A DEUSA AGORA, AQUI, NESSE MOMENTO EM QUE ESTAMOS ASSUSTADOS, FERIDOS, COM MEDO, CHEIOS DE DÚVIDAS E PRECISAMOS QUE ELA NOS CONFORTE, NOS AJUDE E QUE ESCLAREÇA ESSAS DÚVIDAS EM NOSSOS CORAÇÕES? NOS DIGA FALCÃO, ONDE ELA ESTÁ?

Ao terminar sua pergunta, Liam percebeu que o ancião já não olhava mais para ela, ele mantinha a cabeça baixa, para que elas não vissem a confusão, o medo e a descrença em seus olhos, pois também se fazia as mesmas perguntas e não recebia nenhuma resposta Dela. Como a última pergunta foi feita com a voz mais elevada, todos que se encontravam por perto, anciões, guardiãs e guerreiros, ficaram em absoluto silêncio olhando para o trio mais afastado. Os anciões se encontravam assustados, pois, jamais imaginaram que um dia o Outro Mundo sofreria um ataque desses e ficaria quase em ruínas; era considerado o lugar mais seguro que existia, mas isso já não era mais verdade. E as guardiãs e guerreiros estavam com medo das coisas que viam e de saberem que seus poderes não eram tão fortes assim para lutarem contra esse homem ainda desconhecido para eles.

— Eira, Liam — disse Falcão ainda de cabeça baixa — vocês duas estão cansadas e feridas, peço as duas que se recolham ao seu quarto. Não se preocupem, pois os quartos de vocês não foram danificados.

— Mas...

— Guerreira por favor! — Falcão ergueu o rosto mostrando que ele parecia ter envelhecido uns 50 verões em pouco tempo — Tenho irmãos para ajudar a curar... tenho um santuário para reconstruir... mais tarde, em outro momento, podemos conversar sobre isso.

O ancião se curvou para as duas e se afastou delas, voltando ao local onde estavam os feridos. Liam e Eira permaneceram algum tempo, paradas no mesmo lugar, apenas olhando uma para a outra e por fim, fizeram o caminho até o quarto que lhes pertencia. Caminharam de mãos dadas sobre olhares de admiração, de apoio, de concordância da parte de alguns, mas também sob olhares de medo, de descrença, de dúvidas da parte de outros.

— Não consigo acreditar que ele simplesmente se afastou sem dar uma explicação! — Liam disse após entrarem no quarto — E como ele pôde olhar para nós e dizer aquilo, sendo que mostramos para ele que temos como provar essas falhas?

— O que quer que esteja acontecendo Liam, está afetando a eles também.

Mo ghrá...

— Não estou dizendo que ele está certo em continuar nos mantendo sem saber a verdade mo chroi, mas, como ele disse, é melhor deixarmos para conversar sobre isso em outro momento. Eu vi a expressão dos outros anciões: eles estão muito assustados com o que aconteceu hoje.

— Está bem — Liam disse após um longo suspiro — deixaremos para depois. Mas não podemos demorar muito agora que sabemos quem é Ele e essa proposta que te fez.

— Que você sabe que eu não vou aceitar nunca, prefiro continuar sem saber de nada se ir com ele for a única opção. — Eira disse sentando na cama após retirar seu vestido ficando só com a combinação — Agora, venha aqui mo bheatha, me deixe curar suas feridas.

— Você estar querendo trocar de lugar com Xi-Wang? — Liam disse sorrindo e tirando sua roupa, deitando na cama com a cabeça no colo de Eira

— Você sabe que não — Eira respondeu sorrindo e passando a mão nos cachos de Liam — mas de alguma forma te curar faz bem para mim, eu me sinto ligada a você de uma forma muito mais íntima do que quando estamos.... — Eira parou virando o rosto muito vermelha por conta da timidez — você sabe...

— Não, eu não sei. — Liam sorria vendo sua amada ficar tímida — Quando estamos o que?

Mo ghrá! — Eira exclamou colocando as duas mãos no rosto cobrindo-o.

Mo chailín eu achei que não havia motivos para termos vergonha uma com a outra.

— Eu sei — respondeu por entre os dedos — mas eu não sei como falar sobre isso. Nem mesmo quando estou com as outras eu consigo falar sobre isso, eu tenho vergonha.

— Está bem, está bem — Liam disse rindo e puxando as mãos de Eira para tirá-las do rosto colocando-as em seu próprio rosto. — Não vou mais te dizer para falar sobre isso. Então ao me curar você se sente ligada de maneira mais íntima do que quando estamos fazendo amor, é isso?

— Sim, é isso — ela disse envergonhada pelas palavras de Liam — não sei explicar por que isso acontece, mas é como eu me sinto.

— Então pode se ligar a mim! — Liam disse com um enorme sorriso, deixando sua pequena mais envergonhada ainda.

Mo bheatha, você faz isso de propósito!

— Eu amo ver você tão vermelha quanto seus cabelos! — ela disse puxando para si uma mecha do cabelo de Eira.

— Você conseguiu... — Eira respondeu sorrindo — agora fique quieta para que eu possa me concentrar e te curar direito.

Liam se ajeitou na cama, ainda segurando a mecha do cabelo, enquanto Eira fechava seus olhos e uma luz brilhava do seu corpo para o corpo de Liam; cada corte, cada ferida e cada queimadura era banhada por essa luz e logo desaparecia, deixando a pele lisa como se nunca houvesse sido machucada antes, sendo a única a ficar, pois Eira não conseguia curar, era a cicatriz do rosto de Liam. Ela imaginava que era por ter sido feita antes delas irem para o Outro Mundo, por isso não podia ser curada, mas Eira já havia se acostumado com ela.

Quando Eira curou todas as feridas de Liam, esta a puxou para que deitasse em cima de si e, entre beijos e carícias, elas se ligaram da forma que Liam mais gostava.



No dia seguinte elas foram despertadas com firmes batidas na porta. Liam e Eira olharam uma para outra tentando imaginar quem seria e depois levantaram da cama, se vestiram e Liam abriu a porta se deparando com Myrkur, Ghatha Bháin e Scáth que logo entraram no quarto das duas sem nem mesmo esperar um convite, fazendo com que o pequeno ambiente se tornasse ainda menor com aqueles homens imensos. Assim que entraram, Ghatha Bháin correu para perto da cama, se ajoelhou e colocou a cabeça no colo de Eira.

— Sinto falta de poder deitar assim e de você me fazer carinho... — disse esfregando a cabeça nas pernas da guardiã recebendo o carinho que tanto queria.

— Eu sinto falta de ficar em seu braço conversando contigo — disse Scáth se sentando na cama, que rangeu com seu peso, e deitando a cabeça no ombro de Eira, a fazendo sorri.

— Não imaginei que eles fossem tão carentes. — disse Liam olhando a cena à sua frente.

— Eles ainda são muito jovens, e basicamente Eira foi a mãe deles, por isso que sentem a falta dela. — disse Myrkur parando ao lado de Liam.

— Você sente falta de alguma coisa também Myrkur? — perguntou a guerreira.

— Com Eira não, pois tive pouco tempo ao lado dela — respondeu o homem olhando para Liam — se for para sentir falta de algo, sinto falta de quando corríamos pelos campos durante seu treinamento e de quando você conversava comigo, mesmo achando que eu não estava entendendo nada do que dizia.

— Espera! Você me entendia?

— Claro! Eu era capaz de te entender, talvez pela sua ligação com Eira. Não sei. Apenas sei que te entendia.

— Então, tudo o que eu falei você ouviu.... — a guerreira falou colocando uma das mãos sobre os olhos e depois abrindo os dedos para olha para Myrkur.

— Sim! — ele respondeu com um grande sorriso, o que fez a guerreira ficar desesperada, pois, por achar que ele não a compreendia, ela contava tudo para ele, tanto lá no outro clã quando treinava, quando depois de voltar para o próprio clã e perceber seus sentimentos por Eira. — Mas não se preocupe, não vou sair contando para ninguém sobre as coisas que me falou. Por me contar seus segredos, eu sentia que você me considerava um amigo, e amigos guardam segredos.

— Sobre o que vocês dois tanto conversam? — perguntou Eira, ainda tendo Ghatha Bháin em seu colo e Scáth em seu ombro.

— Nada em especial mo chroi — respondeu Liam rapidamente — só lembrando da época que eu estava treinando.

— Então vocês três vieram hoje aqui, pois sentiam nossa falta?

— Não apenas por isso. — disse Myrkur.

— Nós ouvimos ontem o que falaram com Falcão e queríamos conversar com vocês sobre isso. — disse Scáth levantando a cabeça do ombro de Eira e sentando de modo a ficar de frente para as duas — Todos os anciões estão muito assustados, principalmente com o que aconteceu ontem, tanto aqui no Outro Mundo, como com vocês duas.

— Nós? — perguntou Eira olhando para Scáth.

— Sim — disse Myrkur — eles não esperavam que, apesar de todos os esforços que eles empreenderam para tentar conseguir abrir um portal, você conseguiu fazer sem que ninguém percebesse.

— Só quando os ataques pararam foi que viemos perceber que vocês duas haviam desaparecido — disse Ghatha Bháin.

— O fato de vocês terem conseguido fazer isso, terem lutado contra Ele e ganhado, deixou os anciões bem assustados e desejosos em entender como fizeram isso.

— Nós não ganhamos... — disse Liam — Eira conseguiu fazer com que Ele parasse o ataque e aquele eejit fugiu quando viu os portais se abrindo.

Eejit? — perguntou Myrkur — Eu lembro que havia um humano macho que vocês chamavam assim. Como também de ollphéist e craiceáilte.

— É ele mesmo. — disse Eira.

— Então é esse humano que estar fazendo essas coisas? Mas porquê?

— Não sabemos. — respondeu Eira — Ele falou um monte de coisa sobre saber quem eu sou de verdade, que a Deusa e os anciões tiraram minhas memórias, que ele sabe de tudo.

— Talvez seja como Falcão falou, que Ele só disse para criar dúvidas e desconfiança em vocês. — disse Scáth.

— Algumas coisas podem até ter sido com essa finalidade, mas com relação à parte da minha memória não ser completa, isso eu sei que é verdade, pois, já aconteceram coisas que me mostraram isso. Mas se Falcão não quer nos dizer nada, então perguntarei a Deusa.

— Isso vai ser impossível Eira. — disse Ghatha Bháin.

— Porquê? — perguntou Liam.

— Porque desde o dia que vocês voltaram com aquele guerreiro quase sem as mãos, a Deusa desapareceu e ninguém consegue falar com ela. Os anciões já tentaram tudo que é possível para chamá-la, mas ela não aparece para ninguém. — disse Myrkur.

— Naquele dia ela parecia tão triste e assustada — disse Eira.

— Falcão disse que não entendia porque a guardiã da cura não foi capaz de curar o guerreiro, só a Deusa que conseguiu. — disse Scáth.

— De alguma forma eu consigo ter mais poderes que as outras guardiãs. É como se algo as impedisse de alcançá-los, por isso que Xi-Wang não conseguiu curar o Haley sozinha, nem a Yildiz consegue controlar o fogo sagrado.

— É como se elas estivessem com medo de controlar. — disse Ghatha Bháin.

— Como assim Ghatha? — perguntou Eira.

— Como seu poder vem do amor — ele disse erguendo a cabeça, olhando para a guardiã — você luta com amor pelo bem dos seres, não importa quem seja. Por isso você não tem medo de alcançar um limite no seu poder e depois superar esse mesmo limite a cada dificuldade que você encontra. Você se doa para os outros. Já as outras guardiãs lutam por que foram chamadas a lutar, e quando se veem em uma dificuldade que precisam superar o limite conhecido do poder, elas têm medo de fazer isso, o que causa a perda de controle do mesmo.

— Esse deve ser o motivo que as leva a sentir medo de você mo ghrá. — disse Liam — Quando você faz algo mais forte que o anterior, elas se assustam e não querem fazer o mesmo consigo.

— Vocês podem ter razão — Eira disse com tristeza — mas se realmente é o medo que as impede de usar os poderes, elas precisam superar esse medo, pois, lutar contra Ele apenas com o que fazem agora, não vamos conseguir ganhar.

— Acho que vocês duas deviam se reunir com as outras guardiãs e os guerreiros e conversar sobre isso começando por contar a eles o que aconteceu ontem. — disse Myrkur.

— Você tem razão. — disse Eira — Ontem nós viemos para o quarto sem dizer nada e eles precisam saber o que aconteceu e o que nos espera nessa luta contra Ele.

— Se quiserem, podemos estar com vocês, afinal eu conheci o ollphéist que vocês falavam.

— Eu gostaria muito que vocês estivessem conosco! — disse Eira com um sorriso.

— Então vamos lá encontrar os outros. Eles devem estar comendo.

— Espera! — exclamou Ghatha Bháin quando Eira fez menção de se levantar, todos olharam para eles e o homem de cabelos brancos tornou a deitar a cabeça no colo de Eira — Me deixa ficar assim mais um pouquinho... Eu não sei quando terei outra oportunidade....

Todos riram do modo como Ghatha Bháin falou e da expressão de carência em seu semblante, e Eira voltou a fazer carinho nele enquanto os outros conversavam sobre qualquer coisa, em um momento de paz, que há muito tempo não tinham juntos.

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